Pernambucano em 2 linhas – 4ª/2013

4ª rodada do 2º turno do Pernambucano 2013: Salgueiro 0x4 Náutico (Paulo Paiva), Ypiranga 0x2 Santa Cruz (Ricardo Fernandes) e Sport 1x1 Pesqueira (Helder Tavares), com fotos do DP/D.A Press

Mais uma rodada sem uma atuação plena dos grandes clubes do estado. Como nas três anteriores, a 4ª rodada do Pernambucano também registrou um tropeço da capital. Na própria capital, aliás, com o empate do Sport. No interior, a terceira goleada alvirrubra nesta fase. Líder.

O G4 do Pernambucano de 2013 segue bem disputado (por baixo?). Ao todo foram 17 gols na quarta rodada da fase principal do #PE2013, com média de 2,83 por jogo. No geral são 156 tentos em 60 partidas, com índice de 2,6. Na artilharia, Elton. Dois gols no primeiro turno e oito no segundo. Dez ao todo.

Sport 1 x 1 Pesqueira – Mais uma vez o Leão se enroscou num duelo contra uma equipe menor. Desta vez, tropeçou em casa, com mais vaias ao time.

Ypiranga 0 x 2 Santa Cruz – Krauss passou em branco nesta noite para a Máquina. Do outro lado, a dupla foi forte, funcionando em 25 minutos. Decisiva.

Porto 2 x 1 Petrolina – Sem dúvida, o Gavião é a maior surpresa do turno. No primeiro só havia feito um gol. Com gols de Joelson, pegou o elevador até o G4.

Serra Talhada 2 x 2 Belo Jardim – Uma partida com três pênaltis marcados. O Cangaceiro perdeu uma chance daquelas de se manter em 2º lugar.

Chã Grande 1 x 1 Central – Após o bom primeiro turno, a Patativa acumula tropeços nesta fase e vê comprometida a campanha até a semi do Estadual.

Salgueiro 0 x 4 Náutico – Chocolate timbu no Sertão, chegando a incríveis 19 gols no turno, com média de quase cinco por jogo. Arrumando a defesa, dispara.

Confira a tabela da competição clicando aqui.    

Destaque da rodada: Elton. Marcou nos quatro jogos do turno. Até de bike.

Carcaça da rodada: Vadão. Após o tropeço, alegou que seguia “invicto” na Ilha.

Classificação do Pernambucano 2013 na 4ª rodada do 2º turno. Crédito: Superesportes

Implacável, o Náutico impõe ao Salgueiro a sua maior derrota no Cornélio de Barros

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A transformação do estádio Cornélio de Barros em um alçapão com dez mil lugares elevou ao quadrado a força do Salgueiro como mandante.

Se o Carcará já era difícil de ser batido no Sertão, ficou “quase” invencível no cenário local na sua nova casa, erguida em um acordo envolvendo poder público estadual e municipal e a inicitiva privada ao custo de R$ 6 milhões.

No palco inaugurado há um ano o Salgueiro tinha um retrospecto de 25 jogos, com 17 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, para o Vitória/BA. Ou seja, nenhum adversário pernambucano havia somado três pontos ali. Diante de 8.712 pessoas, o Náutico quebrou essa escrita, com autoridade.

O Timbu não derrotava o Salgueiro fora de casa desde 3 de março de 2010, na antiga versão do estádio, pelo magro 1 x 0. Na noite desta quarta, o ataque voltou a funcionar com força, resultando numa goleada por 4 x 0, mantendo o clube de Rosa e Silva na liderança do turno principal da competição.

Aos 33 minutos, Élton, com uma touca de natação, recebeu de Rogério, avançou a la Phelps e bateu rasteiro. No minuto seguinte, numa bobeira da defesa, Rogério se antecipou e encobriu o goleiro. A vantagem abateu o Carcará, já surpreendido com a saída do meia Clébson para o Remo.

Na etapa final, o meia Giovanni ampliou. Coube a Élton fechar o placar, de bicicleta. Repetiu a bike de Rogério há uma semana. Por sinal, a disputa particular aponta Élton como artilheiro do Estadual com 10 gols, e Rogério como vice, com 7. Ganhar no Cornélio de Barros é difícil. Golear então…

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro 0x4 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A latente insegurança da zaga rubro-negra gera novo tropeço

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Pesqueira. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

No primeiro duelo da história entre Sport e Pesqueira, o Leão bem que tentou entrar nos trilhos. Era conquistar a terceira vitória seguida e tranquilizar o clube. O adversário até parecia indicar o caminho.

A Águia pisava pela primeira vez na Ilha do Retiro. Apesar disso, não se intimidou. Com apenas 9.423 pessoas nas arquibancadas, num desencontro entre apoio e pressão, o confuso Leão de Vadão até buscou o jogo na largada.

A blitz de praxe, mas o gol saiu apenas aos 31 minutos, quando o duelo já estava mais frio. De cabeça, o zagueiro Gabriel abriu o placar.

No intervalo, um lampejo de paz. Que acabou rapidamente, pois aos nove minutos da etapa complementar Jonathan “Balotelli” recebeu sem marcação, avançou livre e bateu de fora da área. Gol do empate em 1 x 1.

O Pesqueira foi mais um time de porte menor balançar as redes na Ilha nesta temporada. Antes, Confiança, Campinense e Serra Talhada. E olhe que o time agrestino até pressionou em busca da virada na noite desta quarta.

Na Ilha do Retiro, a defesa leonina, carente desde a saída de Durval, pode até marcar a favor lá na frente. Mas lá atrás, onde realmente importa, está mais frouxa do que nunca. Considerando que tecnicamente o time pouco produz, além dos gols perdidos pelo ataque, então a coisa está feia…

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Pesqueira. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

DM9 e CR7, a improvável dupla de ataque do Santa Cruz, vitorioso

Pernambucano 2013, 2º turno: Ypiranga x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A boa fase de Dênis Marques segue no campeonato estadual. No Otávio Limeira Alves, na Capital da Sulanca, o artilheiro recebeu a bola aos 23 minutos de jogo, num contragolpe em alta velocidade.

Limpou o marcador do Ypiranga e bateu. Foi o seu terceiro gol em quatro jogos no torneio. Àquela altura, na noite desta quarta, a torcida tricolor presente em Santa Cruz do Capibarib já havia comemorado o tento de Flávio Caça-Rato.

Aos 7 minutos, o atacante, um misto de contestação e xodó do povão, recebeu um passe de Natan e tocou com tranquilidade para o gol.

Há mais de um ano o jogador convive com altos e baixos no Arruda. Folclórico pelo nome, e agora também pelo inacreditável cabelo, Caça-Rato, ou “Flávio Recife como divulga o clube, foi adotado por Dênis Marques.

Nas dancinhas nas comemorações dos gols, no empenho em campo. Um apoio importante num setor tão carente no Santa.

Quantos jogadores se candidataram a companheiro de ataque de DM9? Foram vários testes. No fim, apenas Dênis Marques resolvia.

Não que isso tenha mudado. Porém, aos trancos e barrancos Caça-Rato vem tentando ajudar. Desta vez, conseguiu. Sem sustos em um duelo imaginado como difícil e corte de cabelo à parte, Ypiranga 0 x 2 Santa Cruz.

O bicampeão pernambucano está de volta ao G4.

Pernambucano 2013, 2º turno: Ypiranga x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Torcedor vs clube, clube vs torcedor e o limite dos protestos

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Pesqueira. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Até que ponto o torcedor tem o direito de protestar contra o time? Pagando ingresso e diante de um futebol mandrake, é impossível ficar em silêncio.

Contudo, mesmo sem qualquer tipo de regra, o xingamento a Roger, usando a deficência visual da filha do atacante para comparar com os seus gols perdidos, ultrapassou bastante essa linha invisível.

Ato de um torcedor estúpido, condenado pelos demais companheiros de arquibancada e elegantemente perdoado pelo jogador.

Na Ilha do Retiro, a temperatura já estava mesmo alta, nada diferente do que já viveram num passado bem recente Náutico e Santa Cruz.

Curiosa foi a resposta do Leão, há pelo menos três jogos limitando com grades um setor do estádio destinado aos sócios, em uma área próxima ao banco de reservas do clube, como mostra o registro do fotógrafo Hélder Tavares, do Diario. Com direito a dois seguranças para manter a “ordem”.

A medida tentar evitar qualquer tipo de protesto. Pode até dar certo, mas acaba passando uma imagem de autoritasimo da direção.

Ou seja, acaba se criando uma nova pergunta…

Até que ponto o clube tem o direito de impedir os protestos de seus torcedores?

Chuva leva cobertura do Maracanã à lona

Histórica, a cobertura de concreto do Maracanã, datada de sua inauguração em 1950, precisou ser demolida para a reforma do estádio visando a Copa de 2014.

Segundo a construtora responsável, a estrutura estava comprometida. O consórcio optou por um modelo com membranas tensionadas na estrutura, com o teto coberto de imensas lonas produzidas com teflon e fibra de vidro.

A lona tem 68,4 metros de comprimento e será esticada, o suficiente para proteger 75 mil dos 78.639 lugares da nova arena. Porém, vai demorar um pouco para o torcedor se acostumar com esse novo visual do velho Maraca.

Na primeira forte chuva desde o início da instalação, um helicóptero da Rede Globo captou cenas inacreditáveis, com água acumulada e trabalhadores com balde na mão e equipamento de segurança de menos. Confira a sequência.

Trabalhadores tiram a água acumulada na cobertura do Maracanã. Crédito: Rede Globo/reprodução

Trabalhadores tiram a água acumulada na cobertura do Maracanã. Crédito: Rede Globo/reprodução

Trabalhadores tiram a água acumulada na cobertura do Maracanã. Crédito: Rede Globo/reprodução

Trabalhadores tiram a água acumulada na cobertura do Maracanã. Crédito: Rede Globo/reprodução

Uma verdadeira pista de atletismo para Pernambuco

Centro de Esportes e Lazer Alberto Santos Dumont em 2013. Foto: Polícia Rodoviária Federal

A espera por um nova pista de atletismo no estado durou quase vinte anos.

Inaugurado em 1975, com uma pista de carvão, o Centro de Esportes e Lazer Alberto Santos Dumont, em Boa Viagem, teve sua primeira reforma dezenove anos depois, em 1994, na instalação do piso roberdan, com placas de borracha.

Pouco tempos depois, a pista de 4.331 metros quadrados ficou desatualizada em relação ao alto padrão definido pela a federação internacional de atletismo, a IAAF. Fora as placas que envelheceram e passaram a descolar.

Foram muitas as promessas de reformas desde então. Mais de uma dezena, com certeza. Propostas, orçamentos, reuniões, sempre terminando no limbo.

Passados mais dezenove anos, curiosamente, enfim Pernambuco ganha uma pista de atletismo com estrutura para a prática visando o alto rendimento

A pista sintética SBR, feita de poliuretano, já está sendo usada pelos atletas.

É o ponto de partida para a ampla reforma do Santos Dumont, selecionado para ser um dos 176 pontos de pré-treinamento da Olimpíada de 2016 (veja aqui).

Que a nova pista seja bem cuidada, bem utilizada e que uma eventual reforma não dure mais dezenove anos…

Após duas décadas, a língua portuguesa nos sites da Fifa e da Conmebol

Site oficial do Conmebol em português

Apesar da importância do futebol brasileiro para o mundo, nem sempre o torcedor local recebeu o mesmo tratamento, considerando o viés consumidor.

Um exemplo claro é o fato de a torcida verde e amarela ter demorado para entrar na linha editorial das duas principais entidades das quais a CBF é associada.

No site da Fifa, criado em 1994, apenas em 2009 foi lançada uma versão em português do portal, que já contava com inglês, francês, espanhol, alemão e até árabe. A sexta língua só foi adotada por causa da Copa de 2014.

Pior fazia a Conmebol. Com apenas dez países sob suas asas, sendo nove deles de língua espanhola e apenas um com português como idioma oficial, o site oficial tinha duas línguas. Espanhol e… inglês.

Considerando a população brasileira, de 192 milhões, os cinco títulos mundiais, de um total de nove conquistados pelo continente, e a forte economia bem acima dos vizinhos, não havia uma explicação plausível para esta lacuna virtual.

Agora, depois de um longo tempo de espera, a Conmebol enfim lançou a versão do seu site em português. Em 2013, a um ano do Mundial…

Site oficial da Fifa em português

Chorão, eternamente Menino da Vila

Chorão, torcedor do Santos. Crédito: SantosTV/reprodução

Santista fanático, o cantor Chorão, líder da banda da Charlie Brown Jr., foi encontrado morto nesta quarta-feira em seu apartamento, em São Paulo.

Enquanto as investidações apontam para mais um possível caminho desvirtuado pelo consumo de drogas, vale conferir a homenagem do Santos Futebol Clube ao seu torcedor.

Com álbuns discos na bagagem, a banda vendeu cinco milhões de discos. Entre os ouvintes, santistas e vários não santistas.