Dono de um dos nomes mais folclóricos do futebol brasileiro na atualidade, o atacante Flávio Caça-Rato viveu no domingo o auge de sua carreira, ao marcar um golaço, abrindo a vitória do Santa Cruz sobre o Sport, em plena Ilha do Retiro. O placar resultou no tricampeonato estadual.
No Diario de Pernambuco, a charge do campeão, nos traços de Samuca.
Assista ao vídeo-reportagem especial do Superesportes sobre a decisão de 2013, na Ilha do Retiro, com todos os detalhes dentro do campo, da entrada dos times ao troféu erguido pelos corais. Veja o vídeo do ano passado aqui.
Produções de Brenno Costa, do Diario de Pernambuco.
É inegável que a edição desta temporada do Campeonato Pernambucano, a 99ª da história do futebol local, foi pouco ortodoxa.
Com a volta da Copa do Nordeste ao calendário oficial, era preciso adaptar a estrutura estadual para encaixar uma tabela. Digamos que o formato com dois turnos, sem que o primeiro não influenciasse em nada no restante do certame, um octogonal do rebaixamento e critérios de desempate como cartões amarelos e sorteio não resultou na competição mais feliz da história da federação…
Ao todo foram 138 jogos de janeiro a maio, com doze clubes. Abaixo, as consequências. Avalie o torneio na enquete e reveja a pesquisa de 2012 aqui.
Campeão pernambucano 2013: Santa Cruz
Rebaixados à segunda divisão estadual 2014: Petrolina e Belo Jardim
Vagas na Copa do Brasil 2014: Santa Cruz, Sport, Náutico e Ypiranga
Vagas na Copa do Nordeste 2014: Santa Cruz, Sport e Náutico
Vagas no Brasileiro da Série D 2013: Ypiranga e Central
O que você achou do Campeonato Pernambucano de 2013?
Péssimo - Um dos piores que já viu (34%, 331 Votes)
O Campeonato Pernambucano de 2013 foi um dos mais violentos já vistos.
Lucas Lyra baleado no início do ano, torcidas uniformizadas invadindo as sedes dos clubes rivais, posterior veto às organizadas, mas sempre presentes nos jogos mesmo sem as camisas. Arrastão, brigas, pedra, tiro etc. Relembre aqui.
Neste domingo, o último ato desta violência incessante. Começou com marginais supostamente tricolores depredando o banheiro da Ilha do Retiro e arremessando os entulhos da arquibancada.
Terminou com marginais supostamente rubro-negros, sem controle, atirando pedras nos carros estacionados no clube, incluindo veículos da imprensa, como o do repórter Tiago Medeiros e o caminhão de transmissão da Rede Globo.
Havia segurança? Estatisticamente havia sim, bastante.
O efetivo articulado pela Polícia Militar para a final do Estadual contou com 1.425 homens no interior do estádio e no entorno. Dado abaixo apenas da decisão de 2011, no Arruda, quando 1.608 policiais foram destacados para o trabalho.
Entre os vários tópicos que motivaram a queda na média de público neste ano, a menor das últimas sete temporadas, sem dúvida alguma a (falta de) segurança foi um dos principais, associada ao regulamento fajuto.
E que ninguém ache que tenha sido pontual, pois há uma notória escalada da violência no futebol pernambucano, sobretudo no Recife.
Tudo isso embaixo do nariz do poder público. Não foi por falta de alerta.
Efetivos gigantescos já não fomentam qualquer sensação de proteção…
No biênio 2011 e 2012 a receita do Santa Cruz não passou de R$ 30 milhões.
No período, o Náutico somou R$ 60 milhões, o dobro. E o que dizer do Sport, com R$ 113 milhões? Ambos em divisões nacionais acima do Tricolor.
Contudo, ambos derrotados na disputa local, tête à tête.
Em 2013, as cifras não mudaram. O Santinha continua trabalhando com um orçamento limitadíssimo, se virando como pode para driblar credores, para conseguir novos investimentos. Para montar elencos competitivos.
De fato, não mudou o defecho dos campeonatos estaduais, com o capitão tricolor erguendo o troféu de campeão estadual no mês de maio.
No post, as imagens das três conquistas corais, em 2011, 2012 e 2013.
Nas finais das multidões, a triologia completa.
Taças erguidas no Arruda, na Ilha do Retiro e festa em todo o estado…
O museu tricolor, agora com 27 troféus, está revigorado.
Pela terceira vez em sua história o Santa Cruz é tricampeão pernambucano.
Mas nunca de uma forma tão avassaladora sobre um rival.
Sobre o maior rival, diga-se.
Economicamente mais frágil, divisões nacionais abaixo, mas valente. Construído em três cores para superar todas as dificuldades pelo caminho.
Para não enxergar nenhuma delas como impossível…
O Santa levantou mais um troféu na Ilha do Retiro, pelo segundo ano seguido. Impôs ao rival das multidões o trivice-campeonato. Uma marca histórica.
Inédito em quase um século de disputas no futebol do estado, nunca um clube havia vencido o mesmo adversário na final em três anos consecutivos.
Aconteceu. Sempre ganhando na Ilha do Retiro nas decisões…
Em 2011, na improvável reviravolta de um clube afundado na Série D, fez 2 x 0 e comemorou na semana seguinte, com 62 mil pessoas no Arruda.
Em 2012, ainda sob comando do técnico Zé Teodoro, triunfo na Ilha por 3 x 2. E olhe que o time da casa jogava pelo empate. Superação, não se esqueça.
Em 2013, com Marcelo Martelotte escrevendo a sua história, nova vitória do povão, com dois golaços de Caça-Rato e Sandro Manoel, 2 x 0 neste domingo.
Nesta temporada, 20 gols marcados e apenas 10 sofridos em 15 jogos.
Teve a melhor defesa, sólida, com Tiago Cardoso numa fase impressionante, unindo elasticidade e técnica. E com um ataque eficiente, cirúrgico. Sobretudo Dênis Marques, destaque pelo segundo campeonato seguido.
E como se não bastasse tantos pontos para costurar um história incrível, com a 27ª taça do clube, há mais. Foi a primeira glória alcançada após ganhar clássicos na semifinal, Náutico, e final, Sport.
Por sinal, o velho apelido dos festejos da Ilha do Retiro ganhou mais força…
Em 14 finais entre tricolores e rubro-negros no estádio leonino, a Cobra Coral ampliou a vantagem para 8 x 6.
Santa Cruz e Sport decidem o Campeonato Pernambucano de 2013 na Ilha do Retiro. Neste domingo, apenas o Tricolor pode erguer a taça. O Rubro-negro joga por uma vitória, por qualquer placar, para forçar uma partida extra.
Em um exercício de futurologia, eis as semanas desejadas por tricolores e rubro-negros após o apito final do clássico deste 12 de maio…
Definidos os dois rebaixados para a segunda divisão do futebol do estado em 2014. O Belo Jardim, que caiu na rodada passada, recebeu a companhia do Petrolina, relegado neste sábado na 7ª e última rodada do octogonal do rebaixamento do Campeonato Pernambucano.
A classificação desta fase vale para a tabela geral, considerando do 5º lugar (Central) ao 12º (Belo Jardim). Vale também uma curiosidade envolvendo os dois clubes que disputaram esta fase extra do Estadual. O regulamento previa que apenas a pontuação octogonal definiria o descenso.
Contudo, caso os dados fossem agregados ao segundo turno, o campeonato de fato, a ordem seria esta: 1º Pesqueira 28 pontos (8 vitórias), 2º Central 26 pts (8v), 3º Salgueiro 25 pts (7v), 4º Porto 23 pts (6v), 5º Chã Grande 21 pts (6v), 6º Petrolina 20 pts (5v), 7º Serra Talhada 18 pts (6v) e 8º Belo Jardim 14 pts (3v).
Os representantes na Série D serão Salgueiro, Ypiranga, Central.
Pesqueira 6 x 1 Central – Campeãa da fase por antecipação e garantida no Brasileiro, a Patativa relaxou. Acabou perdendo o voo para a Águia, sem Balotelli.
Chã Grande 1 x 2 Porto – No Carneirão, o Tricolor do Agreste jogou a sua vida e se salvou, com gols de Lalá e Joelson, principal nome do time na campanha.
Salgueiro 2 x 0 Belo Jardim – Uma partida sem qualquer atrativo, com um time no Brasileiro e salvo e outro rebaixado. Pio e Canga marcaram os gols da tarde.
Petrolina 2 x 1 Serra Talhada – A Fera até fez a sua parte, vencendo com gols de Cleitinho e Julinho, mas pecou pelos vários erros ao longo do campeonato.
Geral(atualizado no domingo) – O Estadual terminou com 138 partidas. Foram 379 gols, com média de 2,74. O alvirrubro Elton foi o artilheiro, com 17 gols.
O primeiro jogo oficial da história da Arena Pernambuco será o amistoso entre Náutico e Sporting de Lisboa. A partida em 22 de maio de 2013 apresentará o moderno estádio ao público local. Será a primeira chance para começar a compreender o custo de frequência da arena, cuja operação inicial terá 30 anos.
Os preços do amistoso internacional ainda não servem como parâmetro para os valores que serão aplicados em breve. Contudo, é possível observar os inúmeros setores à disposição e onde ficarão os assentos mais em conta.
Composto por dois anéis de arquibancada, o estádio será dividido em oito setores, sendo dois nas alas sul e norte e três nas alas leste e oeste. Cadeiras simples e premium, camarotes etc. Vale destacar ainda que os bilhetes do Todos com a Nota, e serão 15 mil, ficarão no anel superior, atrás das metas.