As classificações e objetivos de Náutico e Sport na Copa do Brasil foram analisados no 45 minutos por óticas distintas. No Alvirrubro, o resgate técnico e a necessidade das cotas. No Leão, uma campanha até a provável saída para a disputa da Sul-Americana. Por sinal, na vitória contra o Cene, a torcida protestou bastante contra o técnico Eduardo Batista. Era para tanto? O assunto também entrou na pauta, assim como as semifinais do Estadual – com a “volta” do Santa – e a expectativa para o duelo entre Salgueiro e Flamengo, pela Copa do Brasil.
Nesta 120ª edição, com 1h21min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A aberração criada pela confederação para compor os representantes do país na Copa Sul-Americana, misturando a classificação no Brasileiro à eliminação (obrigatória) na Copa do Brasil, segue incompreensível. E, pelo visto, sem movimento de mudança por parte da CBF, já sob nova gestão. O cenário vem campanhas voltadas exclusivamente para o lado financeiro.
Ao optar pela Sula, o time já entra no mata-mata nacional calculando a arrecadação possível antes da eliminação (desistência, na prática). O Sport, por exemplo, pode ganhar até R$ 1,33 milhão em cotas até a terceira fase, o limite para quem quer participar do torneio internacional. Ao eliminar a fraca equipe do Cene, numa Ilha do Retiro às moscas, o Leão garantiu a segunda cota de participação, de R$ 420 mil, devidamente somada à primeira, de R$ 350 mil.
Objetivamente falando, a tranquila vitória por 4 x 1 – construída no primeiro tempo, apesar dos erros primários do Leão -, condicionou o confronto contra a Chapecoense. Aí, um duelo valendo R$ 560 mil. Projetando o futuro, a chave na terceira fase teria o Santos. Valeria uma nota preta (R$ 690 mil), mas aí a questão esportiva seria a prioridade aos rubro-negros. No caso, ir pela terceira vez seguida à Sul-Americana, uma obsessão na Ilha.
Fila brasileira pela vaga ‘Brasil 1’ da Sula: Grêmio, Atlético-PR, Santos, Fla e Sport. Portanto, vale torcer pelas classificações alheias na Copa do Brasil, uma vez que o “melhor colocado eliminado” enfrentará o ‘Brasil 8’, o Brasília.
Os uniformes da delegação brasileira para a cerimônia de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos de 2015, em Toronto, foram apresentados oficialmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro na São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda do país. A bandeira nacional ganhou diversas estampas, com três versões femininas e duas masculinas. Os campeões olímpicos de vôlei, Giba e Fabiana, foram as estreças do lançamento.
O vestuário é assinado pela Amapô, das estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, que venceram um processo seletivo criado pelo COB há um ano, com quatro marcas, todas com profissionais brasileiros inscritos. As roupas escolhidas serão repassadas aos 600 atletas que representarão o Brasil no Canadá.
Na edição de 2011, foram 515 brasileiros competindo na ciade de Guadalajara, no México. Presentes na abertura do maior evento esportivo das Américas, as roupas (acima), com camisas azuis, verdes e amarelas com desenhos do Calçadão de Ipanema, combinando com calças brancas, foram produzidas pelo estilista Oskar Metsavaht, criador da Osklen.
Em relação ao material esportivo, a Olympikus é a parceira do COB desde o Pan de 1999, com 70 mil peças produzidas a cada edição. Contudo, tornou-se comum o convite a um estilista ou agência para produzir as roupas de gala.
No Rio de Janeiro, em 2007, a marca convidou o OEstudio para criar os uniformes de desfile. Os 660 brasileiros, em uma delegação recorde, desfilaram no Maracanã com um modelo mais sóbrio, com camisas brancas e calças e saias verdes. O diferencial entre homens e mulheres (acima) foi o chapéu no estilo “carioca”, na cor verde para eles e amarelo para eles.
A primeira vez que um estilista de moda foi convidado para desenhar os uniformes do chamado “Time Brasil” ocorreu em 2003, no Pan de Santo Domingo, na capital da República Dominicana. A missão de vestir os 479 atletas do país coube a Alexandre Herchcovitch, abusando do tom claro nas cores azul e verde (abaixo). Como em 2015, a apresentação na época também foi em um evento à parte em São Paulo, na feira CouroModa.
Essa volta no tempo através dos uniformes utilizados pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos para justamente no Canadá. Sede da próxima edição, o país havia recebido a competição pela última vez em 1999, em Winnipeg.
Curiosamente, aquela também foi a última vez que o terno (azul) foi escolhido para o desfile brazuca. Abaixo, parte da equipe de atletismo, com destaque para uma jovem Maurren Maggi, ao centro. Aos 23 anos, ela conquistaria o ouro no salto em distância. O outro ouro, olímpico, viria em 2008, sem terno.
Qual foi o uniforme brasileiro mais bonito no Pan, entre 1999 e 2015?
O advogado paulista Marco Polo Del Nero, de 74 anos, ex-presidente da federação paulista de futebol (2003-2010), assumiu o comando da CBF para um mandato de quatro anos. Na sede da entidade no Rio de Janeiro, a mesma na qual ocupou a vice-presidência nos três anos de gestão de José Maria Marin, ele discursou pela primeira vez como mandatário da confederação.
Sem surpresa, claro, valorizou o próprio trabalho, citando um investimento de R$ 100 milhões nos torneios promovidos pela CBF, que agora organiza 13 competições oficiais, envolvendo 200 clubes e 4.500 atletas.
“Avanço. Modernização. Legalidade. Estímulo à gestão responsável dos clubes. Busca de padrões de governança. Abertura. Segurança jurídica. Consciência de sua função social. Esses são os lemas da nova CBF.”
Qual é a sua opinião sobre o novo presidente da CBF?
Del Nero comandará o futebol brasileiro até 2019…
Vale assistir ao vídeo com a íntegra do discurso de posse. No futuro, a cobrança.
A partida foi dura de assistir. O momento do Náutico não ajuda e o horário (22h) na Arena Pernambuco, sem metrô, muito menos. Mas valia vaga na próxima fase da Copa do Brasil, tendo como consequência uma boa cota em dinheiro, de uma escassez tremenda na sede na Avenida Rosa e Silva.
Em sua única disputa até a Série B, vitória sobre o Brasília por 2 x 0, após duas cobranças de escanteio. Na primeira, um gol contra de André, bisonho. Fechando o placar, já aos 41 minutos do segundo tempo, Anderson Preto. À parte disso, a impressão era que os atacantes Stéfano Yuri, Bruno Alves e Renato provavelmente só marcariam semana que vem. Falta muito para o time convencer, mesmo os 2.170 fanáticos presentes nas cadeiras vermelhas.
Se tecnicamente a evolução foi tímida, financeiramente rendeu. Aos R$ 200 mil da primeira fase, o Náutico somou R$ 240 mil pela próxima etapa, onde enfrentará Paraná ou Jacuipense. O verdadeiro pulo do gato (ou do timbu) será uma eventual classificação à terceira fase, com uma cota de R$ 560 mil. Pois é, agora o time terá a chance de ganhar um razóavel fôlego financeiro após o prejuízo causado pelas eliminações no Nordestão e no Estadual.
A questão esportiva num clube é a prioridade. Também funciona assim com o Náutico, naturalmente. Entretanto, numa crise o lado financeiro ganha a dianteira, uma vez que a sua influência no campo é direta. Saneando esse problema, os outros tendem a melhorar também.
Até a década de 1980 não era incomum ver uma decisão no Brasil com mais de 200 mil pessoas somando os dois confrontos. A limitação da capacidade nas arquibancadas e a recente modernização dos estádios reduziu bastante a lotação. Tanto que a última decisão com mais de 100 mil espectadores, com ida e volta, aconteceu em 2009, no Estadual do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o Botafogo levou a Taça Guanabara e o Flamengo ganhou a Taça Rio. Na finalíssima do futebol carioca, dois empates em 2 x 2 no Maracanã, com o Mengão conquistando o título nos pênaltis. Na primeira partida, 63.063 pessoas. No domingo seguinte, mais 84.027, totalizando mais de 147 mil torcedores. Na prática, só é possível superar a marca em dois jogos no Maracanã ou um no Maraca e outro no Mané Garrincha, em Brasília.
Recorde à parte, a barreira dos 100 mil torcedores pode voltar a ser quebrada na final da Copa do Nordeste de 2015, entre Ceará e Bahia. A decisão da Lampions começa em Salvador, em 22 de abril, com 50.223 lugares à disposição na Fonte Nova. No dia 29, em Fortaleza, mais 64.846 assentos no Castelão.
Abaixo, num levantamento a partir da última final com 100 mil pessoas, confira todas as decisões no país (ida e volta) nos 13 campeonatos nos quais havia a possibilidade de um público gigantesco – tendo estádios inscritos com capacidade superior a 50 mil espectadores. Teoricamente, Maranhão (Castelão), Goiás (Serra Dourada) e Pará (Mangueirão) também poderiam registrar marcas próximas, mas não obtiveram públicos suficientes.
Obs. As Séries A e B não têm final, funcionando nos pontos corridos.
Recopa Sul-Americana
2013 – 67.741 (Corinthians x São Paulo)
Copa do Brasil
2009 – 87.724 (Corinthians x Inter)
2010 – 48.171 (Santos x Vitória)
2011 – 49.508 (Vasco x Coritiba)
2012 – 46.375 (Palmeiras x Coritiba)
2013 – 73.485 (Flamengo x Atlético-PR)
2014 – 58.364 (Atlético-MG x Cruzeiro)
Copa do Nordeste
2013 – 26.712 (Campinense x ASA)
2014 – 86.785 (Sport x Ceará)
Copa Verde
2014 – 71.843 (Brasília x Paysandu)
Série C
2009 – 20.292 (América-MG x ASA)
2010 – 16.032 (ABC x Ituiutaba)
2011 – 35.188 (Joinville x CRB)
2012 – 11.245 (Oeste x Icasa)
2013 – 59.788 (Santa Cruz x Sampaio Corrêa)
2014 – 41.539 (Macaé x Paysandu)
Série D
2009 – 16.579 (São Raimundo x Macaé)
2010 – 8.930 (Guarany x América-AM)
2011 – 68.998 (Tupi x Santa Cruz)
2012 – 41.127 (Sampaio Corrêa x Crac)
2013 – 23.643 (Botafogo-PB x Juventude)
2014 – 11.258 (Tombense x Brasil)
Pernambucano
2009 – sem final
2010 – 50.878 (Sport x Náutico)
2011 – 92.412 (Santa Cruz x Sport)
2012 – 76.080 (Santa Cruz x Sport)
2013 – 65.007 (Santa Cruz x Sport)
2014 – 56.234 (Sport x Náutico)
Baiano
2009 – 56.957 (Vitória x Bahia)
2010 – 55.394 (Vitória x Bahia)
2011 – 33.012 (Bahia de Feira x Vitória)
2012 – 63.420 (Bahia x Vitória)
2013 – 51.909 (Vitória x Bahia)
2014 – 59.404 (Bahia x Vitória)
Cearense
2009 – 80.131 (Fortaleza x Ceará)
2010 – 77.682 (Fortaleza x Ceará)
2011 – sem final
2012 – 30.564 (Ceará x Fortaleza)
2013 – 57.861 (Ceará x Guarany)
2014 – 60.981 (Ceará x Fortaleza)
Paulista
2009 – 54.119 (Corinthians x Santos)
2010 – 68.355 (Santos x Santo André)
2011 – 48.869 (Santos x Corinthians)
2012 – 93.895 (Santos Guarani)
2013 – 53.245 (Corinthians x Santos)
2014 – 64.167 (Ituano x Santos)
Carioca
2009 – 147.090 (Flamengo x Botafogo)
2010 – sem final
2011 – sem final
2012 – 43.544 (Fluminense x Botafogo)
2013 – sem final
2014 – 75.381 (Flamengo x Vasco)
Mineiro
2009 – 85.675 (Cruzeiro x Atlético)
2010 – 71.704 (Atlético x Ipatinga)
2011 – 35.113 (Cruzeiro x Atlético)
2012 – 31.705 (Atlético x América)
2013 – 69.140 (Atlético x Cruzeiro)
2014 – 71.160 (Cruzeiro x Atlético)
Gaúcho
2009 – sem final
2010 – 86.681 (Grêmio x Inter)
2011 – 65.673 (Inter x Grêmio)
2012 – 35.070 (Inter x Caxias)
2013 – sem final
2014 – 52.713 (Inter x Grêmio)
O mandato de quatro anos do novo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, começa em 16 de abril de 2015. No comando, uma figura terá bastante peso, o secretário-geral Walter Feldman, de 61 anos. Médico por formação e político por vocação, na descrição da própria entidade, ele concedeu entrevista ao Estado de S. Paulo, publicada na íntegra no site oficial da confederação. Chama a atenção a visão do dirigente sobre as ligas. Abaixo, as citações.
“(sobre a liga) Não tem nenhum sentido, na lei brasileira, entrar na organização independente e autônoma da sociedade civil. Em alguns pontos a MP ultrapassa a fronteira e em outros vai muito além da fronteira. É assustador, porque chegou a esse ponto que a Casa Civil fez: vamos colocar tudo o que a gente quer no novo futebol. Quem sabe passa?”
“O Bom Senso quer coisas muito boas para o futebol, mas tem exageros também. Trabalha com a ideia de liga e com a ideia de participação de jogadores e sistemas decisórios que são muito complicados porque não estão enquadrados nos modelos de organização da sociedade brasileira”.
Não nenhum sentido na lei brasileira? A criação de ligas esportivas no Brasil está prevista na lei federal de nº 9.615, desde 1998. Mais conhecida como Lei Pelé, a norma já teve diversas revisões, entre 1999 e 2013, mas sem nunca riscar do papel o artigo 20, que autoriza a criação das ligas autônomas em relação às confederações: “As entidades de prática desportiva participantes de competições do Sistema Nacional do Desporto poderão organizar ligas regionais ou nacionais”.
Não está enquadrado nos modelos de organização da sociedade? Em mais um lapso de Feldman, pois a Lei Pelé rege o desporto nacional como um todo, outras modalidades à parte do futebol já contam com ligas, como o basquete (NBB e LBF) e o vôlei (Superliga). Apesar de hoje estar subordinada à CBF, vale destacar a própria Liga do Nordeste, com mais de 15 anos de história. Não por acaso, quando a confederação acabou com o Nordestão em 2003, a liga levou o caso à justiça, ganhando uma ação superior a R$ 30 milhões – o resultado disso foi o acordo para a volta do torneio, em 2013.
Eduardo Galeano é um dos mais renomados escritores da América Latina.
O escritor uruguaio faleceu aos 74 anos, em sua casa em Montevidéu. Deixou uma obra com mais de 40 livros em inúmeros gêneros, como ficção, jornalismo, análise e, sobretudo, esportes, uma de suas paixões…
Em 1995, ele escreveu o livro “Futebol ao Sol e à Sombra”, indispensável no jornalismo esportivo, com os momentos de esplendor e desgraça do futebol, entre a performance teatral e a guerra movendo as massas, pontuados por grandes nomes da pelota mundial, como Pelé, Di Stéfano, Maradona e Obdúlio Varella, campeão com a Celeste no Maracanazo de 1950.
Sucesso editorial, o livro ganhou várias versões, inclusive em português.
Na Espanha, a grande surpresa, com uma capa à parte. Apaixonado pelo Brasil, Galeano já esteve inclusive em Pernambuco. Da cultura caruaruense saiu a sua ideia para a capa ibérica, com um time de barro.
O 45 minutos fez um raio x da movimentada semifinal nordestina entre Bahia e Sport, finalizada com a classificação dos baianos. Qual é o “tamanho” da culpa de Elber pelo gol perdido na Fonte Nova? E de Eduardo? Analisamos a necessidade de reforços para a Série A. Por fim, também entrou na pauta a crescente imagem da Copa do Nordeste, consolidada como principal torneio da região, apesar de ainda ignorada por parte da imprensa do Sul-Sudeste.
Nesta 119ª edição, com 1h26min, gravada logo após a partida, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A final da 12ª edição da Copa do Nordeste será entre Ceará e Bahia.
A finalíssima, inédita, reúne os últimos invictos da Lampions League.
Os times estabeleceram campanhas praticamente iguais, restando apenas o saldo de gols para definir o mando de campo no jogo de volta. No caso, as partidas serão nos dias 22 (Fonte Nova) e 29 de abril (Castelão). Promessa de 100 mil torcedores em campo no confronto.
Teremos uma final de grande porte, com o Vozão na briga pelo segundo ano seguido. A taça dourada segue como o maior sonho do clube alvinegro.
Enquanto isso, o Baêa, sob nova gestão, quer voltar a comemorar uma grande conquista depois de 13 anos, desde o bicampeonato nordestino.
Ao campeão desta temporada, a vaga na Copa Sul-Americana e uma premiação absoluta de R$ 2,74 milhões. O vice ficará com R$ 1,24 milhão.