Na nova edição do 45 minutos, o primeiro tema foi a troca de treinador no Santa, com a volta de Marcelo Martelotte, campeão pernambucano em 2013, no lugar de Ricardinho, o campeão de 2015. Será suficiente para fazer o Tricolor jogar bem na Série B? Na sequência, uma análise sobre o primeiro revés do Náutico na competição. Oscilação normal. Porém, como time deve agir com os desfalques? Entrando na elite, comentamos a relação da torcida do Sport com o desempenho em campo, uma vez que a média atual (8.916 pessoas) é a pior desde 1997, mesmo com o time no G4. Por último, a “Neymardependência” na Seleção, com estreia vitoriosa na Copa América do Chile.
Confira o infográfico com os principais temas do programa aqui.
O podcast, com 1h44min, conta com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A 27ª edição do Campeonato Sul-Americano, atual Copa América, aconteceu no Equador, em 1959. Além do anfitrião, participaram do torneio o Uruguai, a Argentina, o Paraguai e, claro, o Brasil. A Canarinha, campeã mundial no ano anterior com Pelé e Garrincha, foi representada pela seleção pernambucana. Isso mesmo, a Cacareco. Formada apenas por jogadores de Náutico, Santa e Sport, aquela Seleção Brasileira acabou numa honrosa 3ª colocação.
Nos quatro jogos em Guaiaquil, vitórias sobre Equador e Paraguai e derrotas para os rivais Uruguai, o campeão, e Argentina, vice.
Os repórteres Brenno Costa e Alexandre Barbosa, do Diario de Pernambuco, produziram uma reportagem especial sobre a campanha e causos daquele time. No vídeo, depoimentos dos remanescentes Zé Mária (volante rubro-negro), Givaldo (lateral alvirrubro) e Fernando José (ponta-esquerda alvirrubro), além de imagens históricas no torneio e uma crônica de Nelson Rodrigues.
A vitória do Sport sobre o Joinville, somada ao empate da Ponte Preta (0 x 0 com o Goiás) e à derrota do Atlético-PR (2 x 1 para o Grêmio) deixou o Leão numa posição ainda mais favorável no Brasileirão. Agora, está a apenas um ponto do líder, o São Paulo. Subiu do 4º para o 3º lugar, empatado com o vice-líder Furacão, atrás no número de vitórias (5 x 4). Para manter a já histórica arrancada, o Rubro-negro terá que superar o Vasco, em péssima fase desde o título carioca. Estatisticamente, porém, o time cruz-maltino é o maior algoz do Sport em jogos em Pernambuco. Em 12 partidas pela Série A, aqui, o mandante ganhou apenas uma vez, em 1995. Na Ilha, 1 x 0, gol de Marcelo Rocha.
A 8ª rodada do representante pernambucano
20/06 (16h30) – Sport x Vasco (Arena Pernambuco)
Histórico no Recife pela elite: 1 vitória do Sport, 5 empates e 6 derrotas.
Em 9 de outubro de 1959, a FPF recebeu da CBD, atual Confederação Brasileira de Futebol, a missão de representar o país no Campeonato Sul-Americano. Seria a segunda edição da tradicional competição naquele ano, não por acaso chamada de “Extra”. Para a disputa no Equador, viajariam 22 jogadores.
No entanto, houve uma pré-convocação com 34 nomes, sob as ordens de Gentil Cardoso, nomeado técnico da Seleção Brasileira na ocasião. E há, aí, um capricho da história. Hoje conhecido como o Pior time do mundo, o Íbis emplacou três atletas na lista pioneira. O goleiro Jagunço e os atacantes Vantu e Inaldo. Integrantes da equipe com apenas 2 vitórias em 20 jogos no Estadual. E não foi só. Além das convocações esperadas, com dez tricolores, nove alvirrubros e sete rubro-negros, outras duas equipes pequenas do futebol local foram lembradas. O Ferroviário do Recife cedeu quatro, enquanto o extinto Asas Esporte Clube, ligado à Aeronáutica, cedeu o atacante Manoelzinho.
E olhe que poderiam ter sido 35 nomes, pois o treinador acabou deixando Jovelino de fora. Vindo do Rio de Janeiro para reforçar a Canarinha, ele sequer entrara em campo no Recife. Qual seria o seu clube aqui? O Íbis! No torneio continental propriamente dito, rebatizado nos anos 70 de Copa América, o Brasil, sem representantes do Pássaro Preto, acabou numa honrosa 3ª colocação, após duas vitórias e duas derrotas para os favoritos Uruguai e Argentina.
Na 100ª partida de Eduardo Batista comandando o Sport, o time voltou a vencer na Ilha do Retiro, chegando à quarta vitória em quatro jogos como mandante na Série A. O placar de 2 x 1 sobre o Joinville, com o lanterna do campeonato apertando nos últimos dez minutos, foi bastante comemorada pela torcida, que vê o time se manter por mais uma rodada no G4. Com o resultado, Eduardo vai consolidando o seu nome no “mercado”. Em um ano e quatro meses treinando o Leão, já acumula 50 vitórias, 20 empates e 30 derrotas, com dois títulos. Um retrospecto que tem na sua estrutura tática o maior trunfo, sobretudo no Brasileirão, com a formação competitiva pelo segundo ano seguido.
Na noite deste sábado, o primeiro tempo parecia indicar mais uma goleada rubro-negra diante de um catarinense. Com uma atuação segura, abriu dois gols de vantagem, ambos com Maikon Leite. Aliás, a sua produtividade em relação ao antecessor da camisa 11, Felipe Azevedo, impressiona. Ambos se doam bastante em campo, com velocidade, mas a pontaria do novo atacante é bem melhor. Nas duas chances, duas finalizações certeiras pelo lado direito.
Na volta do intervalo, o Leão manteve a posse de bola (56%), mas sem a mesma objetividade. O resultado era plenamente aceitável, mas a falta de ímpeto causou um susto na reta final, mesmo sem muitos erros (apenas 16 passes errados). Após a bela cobrança de falta de Marcelinho Paraíba (uma cena vista tantas vezes na Ilha), o Jec foi pra cima em busca do empate. Chegou a ter uma chance cara a cara com o goleiro Danilo Fernandes, que salvou. No fim, com a adrenalina de novo em alta, o time segurou a vitória, ampliando a série invicta na Série A para 14 jogos, superando a marca de 1975.
A liderança da Série B foi mantida pelo Botafogo ainda na terça-feira, vencendo o Oeste fora de casa. Somente a vitória deixaria o Timbu na cola. No Serra Dourada, não chegou nem perto disso. O Náutico perdeu do Atlético-GO por 2 x 0, pondo fim à sua melhor arrancada na Segundona. Queimou um pouco a gordura acumulada e ainda tem dois pontos de vantagem.
Enquanto isso, com menos de quatro mil torcedores no Arruda, o Santa Cruz ficou no empate sem gols com o Boa Esporte, segundo tropeço seguido como mandante. Terminou a rodada no Z4, um ponto atrás do 16º lugar. E na próxima semana terá outro “confronto direito”…
No G4, um carioca, um pernambucano, um paraense e um maranhense.
A 8ª rodada dos representantes pernambucanos
16/06 (19h30) – Náutico x Paysandu (Arena Pernambuco)
20/06 (16h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)
A invencibilidade do Náutico caiu na Segundona. Após sete rodadas, o Timbu terminou um jogo sem pontuar. E no Serra Dourada, com 1.108 testemunhas, não fez por merecer. Diante do frágil Atlético-GO, então na vice-lanterna, os pernambucanos cederam espaço nas laterais, sem contar a pouca eficácia no ataque. A derrota por 2 x 0 não tirou o time do G4, ainda com dois pontos de vantagem sobre o 5º colocado (16 x 14). Contudo, apertou um pouco a situação, o que era esperado mais cedo ou mais tarde, tamanho o equilíbrio no torneio.
Em Goiânia, o encaixe tático formado por Lisca se desfez rapidamente, sentindo a falta de três peças. Pior ainda foi ficar em desvantagem tão cedo. Aos cinco minutos, os atleticanos marcaram usando o ponto fraco do Alvirrubro, uma queixa do próprio Lisca. Numa bola alçada na área, Fabiano Eller e Diego deixaram o atacante Juninho livre no meio. Ele só teve o trabalho de desviar a bola para as redes de Júlio César. Até ali, o time sofrera apenas dois gols na Série B, mas ainda assim havia a preocupação na jogada. Dito e feito.
No outro extremo, Rogerinho pouco fez. Não só ele, claro, mas neste caso trata-se da cota de teimosia do treinador, como Émerson Santos no Santa, através de Ricardinho, e Mike no Sport, com Eduardo Batista. O “atacante tático” teve a grande chance pernambucana no sábado, quando o placar já apontava 2 x 0, no segundo tempo. Dentro da pequena área, recuou para o veterano Márcio. Em casa, diante da tevê, a torcida viu mais um motivo para cobrar mudanças no setor ofensivo, que carece de reforços para uma duradoura campanha.
Era um confronto direto contra o rebaixamento, segundo aponta a classificação. Uma partida na qual apenas a vitória tiraria o Santa Cruz da zona de descenso da Série B. Dando sequência ao desempenho pífio, nesta sétima rodada, o Tricolor ficou no 0 x 0 com o Boa Esporte, um adversário pobre tecnicamente, mas que se defendeu com muita garra no Arruda. Pior para o atual campeão pernambucano, com apenas 5 ganhos dos 21 disputados (23%).
No primeiro tempo, algumas boas oportunidades foram criadas pelos corais, a partir das articulações dos meias João Paulo e Daniel Costa. Faltou, mais uma vez, qualidade nas definições – bola no travessão à parte. Essa conhecida limitação vem custando pontos importantes, sobretudo em casa. Na etapa complementar, o ritmo do jogo caiu bastante, beneficiando, claro, o visitante, satisfeitíssimo com o resultado. Recuado estava, recuado ficou. Enquanto isso, um apático Bruno Mineiro foi novamente substituído. Contratado para ser o “matador” tricolor, o centroavante é uma decepção até aqui.
No fim, com cinco minutos de acréscimo, nem o abafa trouxe perigo real à meta mineira, com vaias no Mundão. A pressão sobre Ricardinho só não foi maior porque o público foi diminuto, com o Mundão vazio. Apenas 3.985 tricolores deixaram a má fase de lado e ignoraram o péssimo horário, 21h50 de uma sexta. Agora, o Tricolor vai ao Castelão para outro confronto direto no Z4, contra o Ceará. Continuar relembrando essa situação o tempo todo só atrapalha…
As centenárias marcas de Sport, Náutico e Santa Cruz valem R$ 156,7 milhões.
Para se chegar ao valor absoluto das marcas dos clubes, em 2015, a consultoria BDO RCS Auditores Independentes fez um cálculo com 21 variáveis em três frentes: dados financeiros (marketing, estádio, sócios e mídia, à parte das transferências de atletas), torcida (tamanho, faixa etária, nível de renda e distribuição geográfica) e mercado local (informações econômicas e sociais sobre a região em que os clubes atuam).
A projeção local aumentou em 30,5 milhões de reais sobre 2014 (que era de R$ 126,2 millhões), correspondendo a um acréscimo de 24%, curiosamente o mesmo percentual anterior. Produzido anualmente desde 2009, o levantamento é feito pelo braço brasileiro da companhia britânica de mesmo nome.
Ao se manter na primeira divisão sem sustos, aumentando as suas receitas (e a visibilidade), o Sport registrou a sua maior marca no quadro, com 87 milhões de reais, num aumento de quase 40% sobre o dado anterior, seu recorde até então. Porém, o Leão (16º) segue atrás do Bahia (15º) entre os nordestinos. Quem também cresceu foi o Santa, de volta à Série B. Com isso, elevou em 7,6 milhões a sua marca, passando pela primeira vez da casa dos R$ 30 milhões. Enquanto isso, o Náutico regrediu, após três anos de evolução. A baixa de quase 5% também derrubou o clube na ranking, passando do 20ª para o 23º lugar.
Apesar do aumento geral no quadro local, o valor ainda é baixo no cenário nacional. Só o Atlético-PR, em 13º lugar no ranking, foi avaliado em R$ 146 milhões. Pendeu a favor do Furacão o poder econômico do estado do Paraná.
Lá no topo, dois times brasileiros já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão. Sem surpresa, Flamengo (R$ 1,243 bi) e Corinthians (R$ 1,241 bi). Por sinal, o time carioca tomou a ponta após cinco anos de liderança do Timão.
Confira a evolução dos recifenses, tanto nos valores quanto no ranking nacional.
Sport
2015 (16º) – 87,4 mi (Série A), +39.6%
2014 (17º) – 62,6 mi (Série A), +50.8%
2013 (19º) – 41,5 mi (Série B), -0.9%
2012 (17º) – 41,9 mi (Série A), +6.6%
2011 (16º) – 39,3 mi (Série B), +5.3%
2010 (15º) – 37,3 mi (Série B)
Náutico
2015 (23º) – 36,4 mi (Série B), -4.9%
2014 (20º) – 38,3 mi (Série B), +0.7%
2013 (20º) – 38,0 mi (Série A), +23.3%
2012 (20º) – 30,8 mi (Série A), +16.2%
2011 (21º) – 26,5 mi (Série B), -1.8%
2010 (19º) – 27,0 mi (Série B)
Santa Cruz
2015 (25º) – 32,9 mi (Série B), +30.0%
2014 (25º) – 25,3 mi (Série B), +16.5%
2013 (25º) – 21,7 mi (Série C), +0.9%
2012 (24º) – 21,5 mi (Série C), +10.8%
2011 (23º) – 19,4 mi (Série D), +4.3%
2010 (23º) – 18,6 mi (Série D)
Desde o primeiro dado, em 2010, o trio, então com 82,9 milhões, valorizou 89%.
Neymar é a grande estrela da capa do Pro Evolution Soccer 2016, a nova versão da franquia produzida pela Konami, completando 20 anos de história. O craque já havia aparecido na capa de 2012, apenas para o mercado brasileiro, como coadjuvante de Cristiano Ronaldo. Agora, não. Em vez da camisa do Santos, o atacante aparece com o uniforme da Seleção Brasileira, até para não competir com o Fifa Football, da EA Sports, que deve ter Lionel Messi como astro pela quarta vez seguida e cuja capa em preto e branco é apenas a versão inicial, divulgada na pre-order, a compra antecipada pela web (60 dólares + frete).
A última vez em que jogadores de um mesmo time estamparam as capas dos games de futebol mais tradicionais do mundo foi em 2012, com CR7 no PES e Kaká ao lado de Rooney, do Manchester United, no Fifa. Na ocasião, ambos apareceram com o padrão branco do Real Madrid. Em relação às licenças oficiais, a Champions League e a Europa League seguem no PES, após o contrato renovado, de três anos. Já os clubes brasileiros, das Séries A e B, seguem em negociação com as produtoras, devido à indefinição causada pelos nomes dos atletas, segundo a legislação nacional. Nos games de 2015, apenas a Konami conseguiu firmar contratos com times nacionais (21 ao todo).
A ferrenha rivalidade Fifa x PES existe há duas décadas nos videogames, dos consoles de 16 bits (Mega Drive e Super Nintendo) aos modelos mais modernos (PS4 e Xbox One). Abaixo, as capas internacionais desde 2007, lembrando que alguns anos contaram com capas regionalizadas, inclusive no Brasil.
O post será atualizado quando a capa definitiva do Fifa for apresentada.