A postura do Sport na Fonte Nova foi vergonhosa do começo ao fim, fazendo justiça ao discurso blasé de Eduardo Batista sobre a Sul-Americana. Outrora apontado como consequência positiva da última campanha na Série A, a copa internacional foi vista agora como um “desgaste” na agenda do time, na briga pelo G4 em 2015. Uma análise superficial, à parte do que diz a tabela da Sula. Começando pela curta viagem a Salvador, de 50 minutos. Lá, o Leão entrou em campo com cinco reservas. A defesa até foi a titular, mas do meio pra frente foram várias modificações e improvisações, com Ronaldo na cabeça de área, longe de ter uma saída de jogo eficiente, Elber armando (Régis, o suplente imediato do poupado Diego Souza, foi preterido) e Maikon Leite sem ritmo.
O time pernambucano foi engolido pelo misto do Bahia, com domínio no primeiro tempo. O Tricolor passou longe de uma atuação exuberante, mas jogou nos erros do adversário e pressionou bastante. Merecia ter ido para o intervalo com três gols, mas ficou no 1 x 0, com Biancucchi – após recuo mal feito de Samuel Xavier. Pior para Magrão, acuado em seu retorno, com o recorde de 571 jogos pelo clube. A única substituição na parada não foi para corrigir o meio-campo, mas para colocar André ao lado do Brocador, ambos isolados. Depois, quando Régis enfim entrou, André parecia um meia. A cara de um time desordenado.
A apatia foi tanta que uma estatística resume a estreia leonina na Sula. Em 9 jogos na Série A como visitante, o Sport balançou as redes em 8. Já contra o Bahia foi incapaz de chutar uma bola na barra! Obviamente, não havia mesmo como empatar. Por sinal, esta foi a 6ª derrota seguida do Rubro-negro na competição, desde 2013: Náutico (1), Libertad (2), Vitória (2) e Bahia (1). E o time que desistiu da Copa do Brasil para jogar a Sul-Americana, parece agora querer desistir da Sul-Americana para jogar só o Brasileiro. Nesse discurso truncado, o time foi junto. Dentro de uma semana, a partida de volta na Ilha, numa noite de incertezas, dentro e fora de campo.
Buenos Aires, la ciudad con más campos de fútbol del mundo
Este foi título da reportagem produzida pelo jornal El País, que numa tradução simples estabelece a capital argentina como a região metropolitana com mais estádios a partir de dez mil lugares. Numa paixão futebolística nítida em cada esquina da cidade de 13 milhões de habitantes, existem 36 palcos, do imponente Monumental de Nuñez (do River Plate, com 61.688 lugares) ao acanhado Malvinas (do San Miguel, com 10.000). Para se ter uma ideia, a quantidade é superior ao dobro do segundo colocado. O ranking publicado pelo periódico, aliás, apresenta cidades com muita tradição no futebol.
1º) Buenos Aires (36) 2º) São Paulo (15) 3º) Londres (12) 4º) Rio de Janeiro (9) 5º) Madri (5)
O blog analisou o mais recente cadastro nacional de estádios brasileiros, produzido pela CBF e cuja 5ª versão inscreveu 782 praças esportivas, elaborando uma lista nacional. Com este levantamento, o Grande Recife ficou numa posição surpreendente, superior a Madri, diga-se. Adicionado o estádio Grito da República, em Olinda, previsto (enfim) para dezembro de 2015 e com gasto acima do previsto, seriam seis palcos acima da capacidade estipulada.
Nesta apuração, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com números inferiores em relação ao do ranking mundial, mas há uma justificativa plausível. No caso paulistano, a popular Rua Javari, do Juventus, teve a sua capacidade oficial reduzida para apenas 4.004 espectadores, apesar do recorde de 15 mil pessoas apinhadas. O mesmo ocorreu em dois locais tradicionais na Cidade Maravilhosa, o Moça Bonita (Bangu) e o Luso Brasileiro (Portuguesa).
Abaixo, as onze metrópoles brasileiras com mais estádios.
Caso alguém atualize a lista mundial, a RMR ficaria em 5º lugar…
1º) São Paulo (14) – 20,93 milhões de habitantes e 7,94 mil km²
66.795 – Morumbi (São Paulo)
45.000 – Arena Corinthians (São Paulo)
45.000 – Allianz Parque (São Paulo)
37.730 – Pacaembu (São Paulo)
31.452 – Arena Barueri (Barueri)
21.004 – Canindé (São Paulo)
16.744 – Anacleto Campanella (São Caetano)
14.384 – Francisco Ribeiro (Mogi das Cruzes)
14.185 – Bruno Daniel (Santo André)
13.440 – 1º de Maio (São Bernardo)
13.400 – Ícaro de Castro (São Paulo)
12.430 – José Liberatti (Osasco)
12.000 – Parque São Jorge (São Paulo)
10.117 – Nicolau Alayon (São Paulo) Total de lugares: 353.681 Média por estádio: 25.262 Um estádio a cada 1,49 milhão de pessoas Um estádio a cada 567 km²
2º) Rio de Janeiro (7) – 12,11 milhões de habitantes e 8,14 mil km²
78.838 – Maracanã (Rio de Janeiro)
44.661 – Engenhão (Rio de Janeiro)
24.584 – São Januário (Rio de Janeiro)
18.000 – Ítalo Del Cima (Rio de Janeiro)
15.000 – Campo dos Cordeiros (São Gonçalo)
13.544 – Edson Passos (Mesquita)
12.000 – Caio Martins (Niterói) Total de lugares: 206.627 Média por estádio: 29.518 Um estádio a cada 1,73 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,16 mil km²
3º) Recife (6) – 3,88 milhões de habitantes e 2,77 mil km²
60.044 – Arruda (Recife)
46.214 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
32.923 – Ilha do Retiro (Recife)
22.856 – Aflitos (Recife)
15.000 – Grito da República (Olinda)
12.000 – Ademir Cunha (Paulista) Total de lugares: 189.037 Média por estádio: 31.506 Um estádio a cada 646 mil pessoas
Um estádio a cada 461 km²
4º) Curitiba (5) – 3,46 milhões de habitantes e 16,58 mil km²
42.372 – Arena da Baixada (Curitiba)
35.000 – Pinheirão (Curitiba)
34.872 – Couto Pereira (Curitiba)
17.200 – Durival de Brito (Curitiba)
10.000 – Vila Olímpica (Curitiba) Total de lugares: 139.444 Média por estádio: 27.888 Um estádio a cada 692 mil pessoas
Um estádio a cada 3,31 mil km²
4º) Porto Alegre (5) – 4,18 milhões de habitantes e 10,34 mil km²
56.500 – Arena Grêmio (Porto Alegre)
56.000 – Beira-Rio (Porto Alegre)
45.000 – Olímpico (Porto Alegre)
10.000 – Complexo Esportivo (Canoas)
10.000 – Cristão Rei (São Leopoldo) Total de lugares: 177.500 Média por estádio: 35.500 Um estádio a cada 836 mil pessoas
Um estádio a cada 2,06 mil km²
4º) Brasília (4) – 2,85 milhões de habitantes e 5,80 mil km²
72.788 – Mané Garrincha (Brasília)
27.000 – Boca do Jacaré (Taguatinga)
20.310 – Bezerrão (Gama)
10.000 – Augustinho Lima (Sobradinho) Total de lugares: 130.098 Média por estádio: 32.524 Um estádio a cada 712 mil pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²
7º) Belém (3) – 2,38 milhões de habitantes e 3,56 mil km²
45.007 – Mangueirão (Belém)
16.200 – Curuzu (Belém)
12.000 – Baenão (Belém) Total de lugares: 73.207 Média por estádio: 24.402 Um estádio a cada 793 mil pessoas
Um estádio a cada 1,18 mil km²
7º) Belo Horizonte (3) – 5,76 milhões de habitantes e 9,46 mil km²
61.846 – Mineirão (Belo Horizonte)
23.018 – Independência (Belo Horizonte)
22.000 – Arena do Jacaré (Sete Lagoas) Total de lugares: 106.864 Média por estádio: 35.621 Um estádio a cada 1,92 milhão de pessoas
Um estádio a cada 3,15 mil km²
7º) Fortaleza (3) – 3,81 milhões de habitantes e 6,96 mil km²
63.903 – Castelão (Fortaleza)
20.262 – Presidente Vargas (Fortaleza)
10.500 – Domingão (Horizonte) Total de lugares: 94.665 Média por estádio: 31.555 Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 2,32 mil km²
7º) Natal (3) – 1,50 milhão de habitantes e 3,25 mil km²
32.050 – Arena das Dunas (Natal)
15.082 – Frasqueirão (Natal)
10.068 – Barretão (Ceará-Mirim) Total de lugares: 57.200 Média por estádio: 19.066 Um estádio a cada 500 mil pessoas
Um estádio a cada 1,08 mil km²
7º) Salvador (3) – 3,91 milhões de habitantes e 4,37 mil km²
50.025 – Fonte Nova (Salvador
35.000 – Barradão (Salvador)
32.157 – Pituaçu (Salvador) Total de lugares: 117.182 Média por estádio: 39.060 Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²