A negociação sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nunca foi tão repercutida quanto no momento atual, com o Esporte Interativo entrando na briga com a Rede Globo, na figura do Sportv, pelo mercado de televisão por assinatura a partir de 2019. O objetivo do canal controlado pelo bilionário grupo Turner era ter oito clubes na elite a partir do futuro contrato, um número que garantiria uma grade mínima de jogos. Divulgando propostas até dez vezes maiores que o braço de tevê paga da Globo, o EI conseguiu captar clubes como Santos, Inter e Atlético-PR. No Nordeste, o objetivo era obter um time de massa em cada uma das três maiores metrópoles: Recife, Salvador e Fortaleza. Faltava só a capital pernambucana para cumprir a missão.
O Santa vinha sendo seduzido pelo EI há meses. E após os anúncios de Sport, em 23 de fevereiro, e Náutico, em 16 de março, ambos com a Globo, o tricolor se decidiu. Aguardado para um evento em São Paulo, no anúncio das equipes confirmadas pelo Esporte Interativo, o presidente coral, Alírio Moraes, revelou ao repórter Yuri de Lira, do Diario de Pernambuco, o acerto com a concorrente.
“Temos como cravar a Globo, mas só daqui para o fim do mês que vou viajar para sacramentar os valores.”
O dirigente evita falar de cifras, mas garantiu o acerto de 2019 a 2024, o mesmo período dos alvirrubros – os leoninos assinaram por dois anos, 2019/2020. Considerando todas as plataformas (tvs aberta e fechada, ppv, internet e sinal internacional), o mandatário timbu, Marcos Freitas, projeta R$ 45 milhões caso dispute a elite. É improvável que a cota coral seja inferior. Com a decisão, os três clássicos locais poderão ser exibidos no Sportv, menos para o Recife, que segue no modelo pay-per-view. Vale lembrar que o clube do Arruda já topara a proposta pontual de R$ 26 milhões para a Série A de 2016.
Tricolor, o que você acha do acordo entre Santa e Globo de 2019 a 2024?