Na 8ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. No sábado, dois jogos pela segundona. Num gramado em péssimas condições no Arruda, tricolores e colorados encontraram dificuldades para jogar bola. No interior mineiro, o timbu deu sequência à péssima campanha, já com reversão complicada. No domingo, o clássico entre os leões nordestinos, com atuação lamentável do pernambucano, sofrendo o primeiro revés como mandante. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
O Sport deu sequência ao seu futebol burocrático no Brasileirão, sem intensidade, como de costume, com excesso de passes laterais e muitos erros na saída de jogo. Nem a volta de Diego Souza mudou a cara do time, com o camisa 87 jogando mais adiantado e pouco participativo na criação, quase inexistente. Por sinal, a distância entre a defesa e o ataque chamou a atenção, com um deserto de rubro-negros no círculo central. Ao menos entre os pernambucanos, pois o rubro-negro baiano, excepcionalmente de branco, jogou de forma bem mais aguda, melhor o tempo inteiro.
Segundo o Footstats, o número de passes certos foi Sport 405 x 260 Vitória, com o visitante proporcionalmente errando mais, 11,1% x 12,4%. Menos passes e mais objetividade, armado bem os contragolpes. Não por acaso, nesta partida, foi o dado bruto de passes errados que comprometeu, 51 x 37. Pior para o Sport, grotesco defensivamente – numa queda brusca em relação ao jogo anterior, contra o São Paulo. Lá na frente, ainda sofreu com atuações individuais abaixo da crítica, como Oswaldo, Thomás, Samuel Xavier e o próprio DS87, resumido ao gol de carrinho. Para completar, Luxemburgo mexeu muito mal, sacando André, “punido” por uma chance perdida, que poderia ter gerado o empate. Acionou Leandro Pereira, que ainda não disse a que veio e que, tecnicamente, não muda jogo algum. Desconstruiu o mínimo.
Tão mal assim, o Sport acabou superado, 1 x 3, na primeira derrota na Ilha do Retiro. O que torna ainda pior o resultado é a tabela da Série A, pois foi o 5º jogo em casa em 8 rodadas. Portanto, a “conta” vem agora, longe do Recife, onde ainda não pontuou. De cara, Galo (quarta) e Santos (sábado), dois dos principais elencos da competição. Só uma transformação improvável, a curto prazo, tiraria o clube do Z4. Involuindo há dez dias, fez por onde…
Sport x Vitória no Recife, pelo Brasileiro 6 vitórias do Leão da Ilha 4 empates 2 vitórias do Leão da Barra
A agonia do Central na Série D é duradoura. Está lá desde a criação da quarta divisão, com sete participações em nove possíveis. Já chegou a flertar com o acesso, ao alcance dos quatro primeiros colocados, mas fracassou em casa, nos pênaltis, pelo gol qualificado, de goleada. Haja pancada.
Mas a Patativa insiste no Campeonato Brasileiro, único meio para obter um calendário mais digno. Hoje, mal consegue pôr as contas em dias, convivendo com (justas) ameaças de paralisação dos jogadores. E apesar da campanha irregular, com uma vitória até então, não falta luta. Em Coruripe, precisando da vitória para se manter vivo no grupo A7, uma história daquelas…
À parte das ondas do rádio, sete torcedores alvinegros pegaram a estrada, com 289 quilômetros de viagem para uma partida complicado. Se já não havia muitos motivos para confiar, tomar um gol no primeiro lance deve ter rendido um leve arrependimento sobre a viagem. Ao menos desta vez, não! A tarde seria alvinegra, seria do atacante Leandro Costa. Os sete fiéis mereciam.
Certamente, esses torcedores estarão no Lacerdão na última e decisiva rodada, no domingo de São João, contra o Sousa…
Os gols de Coruripe x Central 1 x 0 – Alisson aos 25 segundos… 1 x 1 – Leandro Costa aos 39/1T 2 x 1 – Nilson Júnior aos 46/1T 2 x 2 – Leandro Costa aos 2/2T 2 x 3 – Leandro Costa aos 47/2T
Campanhas alvinegras na Série D 2009 – 12º lugar 2010 – 32º 2013 – 14º 2014 – 16º 2015 – 14º 2016 – 36º 2017 – disputando…
Após um teste mal executado no Mundial de Clubes, em dezembro de 2016, a Fifa voltou ao tira-teima tecnológico com um novo formato na Copa das Confederações de 2017. No jogo entre Chile e Camarões, com vitória da Roja por 2 x 0 na largada do torneio-teste, o árbitro de vídeo (sigla VAR, para video assistant referee) foi acionado duas vezes em lances bem ajustados.
Impedimento ou não? Em ambos, o chileno Vargas balançou as redes…
Uma característica interessante vista na tevê foi a medição do campo com linhas em 3D, ou “grid”, equalizando os ângulos duvidosos das câmeras. Na cabine instalada na arena do Spartak, três árbitros analisaram os lances.
1) No último lance do primeiro tempo (acima), Vargas recebeu um belo passe de Vidal, entre os zagueiros africanos, e finalizou com categoria. Porém, o VAR apontou o atacante adiantado. Gol anulado.
2) No fim da partida (abaixo), Alexis Sánchez foi lançado ainda no círculo central e desperdiçou a chance na sequência, com Vargas marcando no rebote. O VAR paralisou para conferir o passe para Sánchez. Gol validado.
Sobre o tempo gasto em cada lance, considerei aceitável, sem quebrar o ritmo da partida. No entanto, a partir de agora, em jogos de futebol com a função, o gol passa a ser comemorado à vera somente após a a confirmação da cabine. Nada muito diferente do que já vemos na NFL, NBA, tênis etc.
Melhor do que anular um lance legal ou validar um lance irregular…