Os maiores públicos do Náutico como mandante na Arena Pernambuco

Pernambucano 2018, semifinal: Náutico 1 x 0 Salgueiro. Foto: Mário Mawad/cortesia, via twitter (@mariomawad)

O público na semifinal do Estadual 2018, com 20 mil alvirrubros (o 6º maior)

O Náutico foi o primeiro mandante da história da Arena Pernambuco, literalmente, pois a inauguração foi marcada por um amistoso do timbu diante do Sporting de Lisboa, em 2013. Naquela mesma época, o clube assinou um contrato de 30 anos com o consórcio-operador, então existente, para mandar os seus jogos em São Lourenço. A parceria público-privada acabou em 2016, após decisão do governo do estado, devido ao alto custo, mas o alvirrubro seguiu mandando as suas partidas na arena até 2018. Por necessidade, já que o estádio dos Aflitos estava sem condições – tanto na questão estrutural quanto na legal. Portanto, entre idas e vindas por lá, foram seis temporadas do Náutico, até o retorno de fato para o já centenário Eládio de Barros Carvalho.

O período no palco da Copa do Mundo de 2014 foi marcado pela queda do clube da Série A para a Série C e também pelo fim do subsídio estatal nos ingressos através do ‘Todos com a Nota’. Ainda assim, num contexto frágil técnica e financeiramente, o clube conseguiu registrar públicos interessantes, – oito deles superiores aos Aflitos após a reforma, com 19.600 lugares.

Lista atualizada, com o público total, até 25/03/2018

Os maiores públicos do Náutico na Arena Pernambuco (+15 mil)
30.061 – Náutico 0 x 1 Sport, em 23/04/2014 (Estadual)
26.803 – Náutico 1 x 1 Sporting (POR), em 22/05/2013 (amistoso)
25.602 – Náutico 0 x 2 Oeste, em 26/11/2016 (Série B)
25.257 – Náutico 1 x 0 Ceará, em 01/10/2016 (Série B)
20.661 – Náutico 1 x 4 Cruzeiro, em 06/10/2013 (Série A)
20.446 – Náutico 3 x 2 Salgueiro, em 25/03/2018 (Estadual)
20.413 – Náutico 1 x 3 Ponte Preta, em 06/07/2013 (Série A)
19.997 – Náutico 0 x 0 Atlético-MG, em 10/08/2013 (Série A)
19.541 – Náutico 1 x 1 Sport, em 23/04/2017 (Estadual)
19.488 – Náutico 3 x 0 Internacional, em 28/07/2013 (Série A)
18.136 – Náutico 1 x 0 Afogados, em 18/03/2018 (Estadual)
16.774 – Náutico 0 x 2 Flamengo, em 15/07/2015 (Copa do Brasil)
16.583 – Náutico 0 x 1 Fluminense, em 17/08/2013 (Série A)
16.502 – Náutico (5) 1 x 0 (3) Salgueiro, em 13/04/2014 (Estadual)
15.683 – Náutico 3 x 5 Santa Cruz, em 23/03/2014 (Estadual)
15.596 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz, em 24/04/2016 (Estadual)
15.003 – Náutico 0 x 0 Flamengo, em 22/09/2013 (Série A)

Podcast – A análise da classificação do Náutico sobre o Salgueiro na semi do PE

Pernambucano 2018, semifinal: Náutico 1 x 0 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Pela 3ª vez desde que o formato de semifinal e final implantado, em 2010, o Náutico chega à decisão do Pernambucano. Em jogo único, na arena, o alvirrubro eliminou o carcará. No caminho da final anterior, em 2014, o adversário na semi foi o mesmo. Sobre a vitória em 2018, o 45 Minutos analisou o jogo, as dificuldades encontradas pelo time de Roberto Fernandes e as mudanças que pavimentaram o resultado. Estou nesta gravação com Celso Ishigami, Diego Borges, Fred Figueiroa e Lucas Fitipaldi. Ouça!

25/03 – Náutico 3 x 2 Salgueiro (54 min)

Após 8 edições, o Central volta a ser o campeão do interior. Na história, a 37ª vez

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Central/facebook (@centralsportclub)

Após a classificação inédita à final do Estadual, o Central viu o Náutico eliminar o Salgueiro e formar a decisão de 2018. Com o resultado das semifinais, o alvinegro também obteve outra garantia. Independentemente da colocação final, campeão ou vice, o clube terá a melhor campanha do interior nesta edição, o que não acontecia desde 2010 – foi o maior ‘jejum’ desde que o clube tornou-se um participante regular, igualando o hiato entre 1993 e 2001. Com uma campanha excelente na competição (7V, 4E e 1D), a patativa terminou o turno classificatório na vice-liderança e em seguida eliminou América (quartas) e Sport (semi). Portanto, o status é pra lá de justo.

Na história, 28 clubes do interior já participaram do Pernambucano, a partir do próprio Central, pioneiro em 1937. Após aquela breve passagem, a patativa voltou em 1961, com a presença fora do Grande Recife se mantendo até hoje. Dominante neste contexto nos anos 60, 70 e 80, o alvinegro caruaruense já foi o melhor do interior em 62% das 59 edições com ao menos um representante – ao todo, nove clubes diferentes conseguiram. O Central chegou a cravar uma série impressionante de 17 anos seguidos, de 1961 a 1977. Ainda que o título simbólico não seja tão celebrado no futebol local como em outros centros, gaúcho e paulista por exemplo, o blog detalhou os ‘campeões do interior’. O critério é simples: a melhor colocação do clube interiorano no ano.

Sobre a tabela final, nenhum título. No máximo, cinco vices.

A campanha do Central segue aberta em 2018…

Central (37 vezes) – 1937 (5º), 61 (4º), 62 (4º), 63 (4º), 64 (3º), 65 (5º), 66 (4º), 67 (4º), 68 (4º) 69 (4º), 70 (4º), 71 (4º), 72 (4º), 73 (6º), 74 (6º), 75 (4º), 76 (4º), 77 (4º), 79 (4º), 80 (4º), 81 (4º), 82 (4º), 83 (4º) 84 (4º), 85 (4º), 86 (3º), 87 (4º), 88 (5º), 89 (4º), 90 (4º), 93 (4º), 2001 (4º), 02 (4º), 07 (vice), 08 (3º), 10 (4º) e 18 (a definir)

Porto (6 vezes) – 1994 (4º), 95 (4º), 97 (vice), 98 (vice), 2000 (4º) e 11 (4º)

Salgueiro (6 vezes) – 2009 (4º), 12 (3º), 14 (3º), 15 (vice), 16 (4º) e 17 (vice)

Vitória (4 vezes) – 1991 (3º), 1992 (4º), 1996 (4º) e 1999 (4º)

Ypiranga (2 vezes) – 2006 (3º) e 2013 (4º)

Serrano (1 vez) – 2005 (4º)

Itacuruba (1 vez) – 2004 (4º)

AGA (1 vez) – 2003 (4º)

Atlético Caruaru ( 1 vez) – 1978 (6º)

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Central/facebook (@centralsportclub)

Central x Náutico, a 14ª final da história do PE. Entre o 1º título e o fim do jejum

Central x Náutico, a final do Pernambucano 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Entre 1953 e 2014, com a era profissional do futebol pernambucano já consolidada no Trio de Ferro, ocorreu apenas uma final inédita no campeonato estadual, com a presença do Porto, em 1998. De 2015 a 2018, o cenário mudou, com a terceira final inédita no curto período. Após as duas decisões com o Salgueiro, contra tricolores e rubro-negros, o interior se faz presente com a patativa. Na primeira semifinal, em Caruaru, o Central eliminou o Sport, com a primeira classificação à final da história do clube. Quatro dias depois, na arena, o Náutico despachou o Salgueiro. Ao longo de 104 edições, portanto, esta é a 14ª final distinta, num contexto pra lá de interessante.

Quem será o campeão pernambucano de 2018

  • Náutico (64%, 599 Votes)
  • Central (36%, 335 Votes)

Total Voters: 932

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Para começar, reúne os dois melhores times do campeonato, com campanhas idênticas em termos de pontuação (7V, 4E e 1D), ambos invictos na condição de mandante. Equilíbrio puro. Como o alvirrubro terminou à frente no turno, pelo número de gols marcados, jogará a partida de volta na Arena Pernambuco – sim, ao contrário das quartas e da semi, na decisão prevê dois jogos, com pontuação, saldo e penalidades como critérios de desempate.

Seguindo a análise pelo viés histórico, o alvinegro busca o 1º título estadual do interior – presente em 59 das 104 edições. Até hoje, no máximo cinco vices fora do Recife. Já o Náutico busca o fim do maior jejum de títulos entre os grandes da capital. Não ergue a taça desde 2004. E chega cascudo para esta final, com seis classificações em seis mata-matas no ano. Até hoje, os dois clubes já se enfrentaram 263 vezes, mas dá pra cravar que os dois próximos jogos serão os mais importantes – nas últimas dez partidas, apenas uma vitória alvinegra, justamente este ano, num 3 x 0 no início da competição.

Agenda da final Interior x Capital
01/04 (16h) – Central x Náutico (Lacerdão)
08/04 (16h) – Náutico x Central (Arena Pernambuco)

Histórico de Central x Náutico (todos os mandos)
263 jogos
146 vitórias alvirrubras (55,5%)
71 empates (26,9%)
46 vitórias alvinegras (17,4%)

Ordem cronológica das finais do Estadual*
1º) Flamengo x Torre (1915)
2º) Sport x Santa Cruz (1916)
3º) Santa Cruz x América (1921)
4º) Santa Cruz x Íris (1932)
5º) Santa Cruz x Varzeano (1933)
6º) Náutico x Santa Cruz (1934)
7º) Santa Cruz x Tramways (1935)
8º) Náutico x América (1944)
9º) Sport x América (1948)
10º) Sport x Náutico (1951)
11º) Sport x Porto (1998)
12º) Santa Cruz x Salgueiro (2015)
13º) Salgueiro x Sport (2017)
14º) Central x Náutico (2018)

* Considerando final em ida e volta, melhor de três, extra e supercampeonato

Presença em finais estaduais (2010-2018**)
7 – Sport (campeão 3x)
5 – Santa Cruz (campeão 5x)
3 – Náutico
2 – Salgueiro
1 – Central

** Período com o formato de semifinal e final

Náutico vence o Salgueiro de virada e vai à decisão do Pernambucano após 4 anos

Pernambucano 2018, semifinal: Náutico x Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Cinco gols, quatro bolas na trave e virada no placar. A semifinal estadual entre Náutico e Salgueiro, na Arena Pernambuco, foi emocionante, com tensão até o apito final do árbitro Tiago Nascimento. Com vitória alvirrubra, 3 x 2, mantendo a alma copeira desta equipe, que superou os seis mata-matas disputados no ano, entre Pernambucano (2), Nordestão (1) e Copa do Brasil (3). Classificado à decisão após quatro edições, o timbu se projeta para um título esperado há quase 14 anos. Decidirá em casa, novamente com a arena cheia, como foi nas quartas (18.136) e na semi (20.446)

No domingo, o técnico Roberto Fernandes armou o Náutico com um volante e cinco peças ofensivas. Queria emular o 2T contra o Afogados, após o cadeado no 1T. Contudo, à parte da bola na trave de Rafael Assis, o timbu insistiu no jogo aéreo, sem sucesso. Para completar, o visitante marcou aos 21, num pênalti de Camacho no também zagueiro Maurício – bem convertido por Dadá. Em desvantagem e atuando fora de sua característica, o timbu até criou chances, mas já impaciente diante do paredão azul. O cenário só mudou no vacilo do capitão do Salgueiro, Luiz Eduardo. Após lançamento de Gabriel Araújo, o defensor cortou de cabeça para o próprio gol e encobriu Mondragon – curiosamente, o mesmo beque marcara o 1º gol da arena, também contra, quando defendia o Náutico, em 2013. Apesar do baque, o carcará ainda acertou a trave, com o sinal de alerta ligado no intervalo nos dois lados.

Pernambucano 2018, semifinal: Náutico 1 x 0 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Na retomada, o paraguaio Ortigoza fez a diferença. A principal contratação do Náutico chamou a responsabilidade na criação de jogadas e ainda guardou quando teve a chance para definir. Embora o Salgueiro tenha acertado o travessão numa falta de Fabiano, o Náutico foi superior, com o adversário apresentando desgaste e pouca inspiração ofensiva. Na bola aérea, tão utilizada, o Náutico virou aos 18, com Ortigoza cabeceando após um desvio no escanteio. Na sequência, o time poderia ter ampliado com Rafael Assis, que desperdiçou a ótima assistência de Ortigoza. Mas o terceiro gol efetivamente saiu, aos 45, com Camacho. Ainda deu tempo para um susto, com Maurício diminuindo aos 47 e o jogo seguindo até os 50. Porém, o Náutico se manteve soberano na arena em 2018: 10V, 2E e 0D.

Náutico x Salgueiro (todos os mandos)
31 jogos
15 vitórias alvirrubras (48,3%)
5 empates (16,1%)
11 vitórias salgueirenses (35,4%)

Náutico no Estadual na era do mata-mata
2010 – Final (vice)
2011 – Semifinal (3º lugar)
2012 – Semifinal (4º lugar)
2013 – Semifinal (3º lugar)
2014 – Final (vice)
2015 – Fase principal (6º lugar)
2016 – Semifinal (3º lugar)
2017 – Semifinal (4º lugar)
2018 – Final (a definir)

Pernambucano 2018, semifinal: Náutico x Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP