Central vence o Sport em Caruaru e chega à final do Estadual pela 1ª vez na história

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Central/twitter (@centraloficial)

O Central foi o primeiro interiorano a disputar o Campeonato Pernambucano, na estreia do profissionalismo no futebol local, em 1937. Depois, só voltaria na década de 1960, se firmando como uma força tradicional. Embora represente uma cidade de quase 400 mil habitantes e tenha o maior estádio particular do interior nordestino, o clube jamais disputou o título estadual. Em 56 participações, havia alcançado no máximo o vice, em 2007, numa edição com turnos. Agora, na 57ª campanha, a patativa chegou à decisão. Fazendo valer o seu ótimo desempenho em 2018, venceu o Sport por 1 x 0 na semifinal, num Lacerdão cheio. Resultado justo, considerando o scout alvinegro em Caruaru (5V, 2E e 0D) e o scout rubro-negro como visitante (0V, 4E e 2D)

O leão, cuja folha era superior a de todos os outros dez times, foi mesmo irregular no Estadual, se desfazendo de suas principais peças entre janeiro e março. Na semi, o Sport foi a campo com o ataque bem desfalcado, sem André (vendido), Rogério (machucado) e Leandro Pereira (afastado). À frente, então, Índio, que jogou 45 minutos e deu uma chute, ruim. Apesar disso, o visitante conseguir jogar mais no campo ofensivo – e eventualmente criou mais chances, em triangulações e através da bola parada, com 8 x 5 no 1T. O Central de Mauro Fernandes parecia mais precavido, talvez pelo péssimo histórico diante do leão. As melhores chances foram em arremates de fora da área, bem defendidas por Magrão, em seu jogo de nº 700 pelo leão.

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No intervalo, observando a clara deficiência nas conclusões, Nelsinho acionou Everton Felipe, recuperado de uma cirurgia no joelho. O meia entrou no lugar de Índio e foi o responsável pelo primeiro bom ataque. De fato, o Sport dominava boa parte das estatísticas, como posse (64%), passes certos e desarmes. No futebol, sabemos, isso não é determinante. Tanto o Central teve mais finalizações no 2T, com 4 x 2. E uma delas foi fatal. Aos 14 minutos, num lançamento do dono da casa, Ronaldo Alves falhou e Itacaré se aproveitou, cruzando da linha de fundo para Leandro Costa, que empurrou para o gol vazio. Foi o 6º gol do atacante, construindo uma vantagem definitiva na noite, na base da garra, para a festa da torcida caruaruense, esperando há décadas a oportunidade de colocar o Central no topo. A oportunidade, enfim, chegou…

Central no Estadual na era do mata-mata
2010 – Semifinal (4º lugar)
2011 – Fase principal (5º lugar)
2012 – Fase principal (10º lugar)
2013 – Fase principal (10º lugar)
2014 – Fase principal (5º lugar)
2015 – Semifinal (4º lugar)
2016 – Fase principal (6º lugar)
2017 – Fase principal (6º lugar)
2018 – Final (a definir)

Retrospecto (todos os mandos)
267 jogos
176 vitórias rubro-negras (65,9%)
62 empates (23,2%)
29 vitórias alvinegras (10,8%)

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Magrão completa 700 partidas no Sport e amplia recorde entre clubes do Nordeste

Magrão, 700 jogos pelo Sport. Crédito: TV Sport Recife

Magrão chegou ao Sport com 28 anos. Prestes a completar 41, segue defendendo o gol do leão e alcançando marcas impressionantes, não só no clube que ajudou a mudar de patamar. Ao completar 700 jogos pelo time principal, significa que o goleiro esteve presente em 13,7% de todas as partidas da história do Sport desde 1905. E foram 5.090. Entre os clubes nordestinos, já abriu mais de 100 sobre o segundo jogador que mais defendeu um clube – ninguém menos que Givanildo Oliveira, pelo rival tricolor.

No leão, sempre soube conviver com a concorrência, cruel em sua posição. O carisma manteve intacta a idolatria, mesmo em momentos adversos, naturais em uma passagem tão longa. Obviamente, para passar tanto tempo embaixo da trave com dez leoninos à frente, Magrão fez por onde, com bastante reflexo, elasticidade, saídas apuradas, 31 pênaltis defendidos e muitas taças. Em 14 temporadas, com 687 jogos em competições oficiais e 13 amistosos, o goleiro conquistou nove títulos (7 estaduais, 1 regional e 1 Copa do Brasil).

Vale lembrar que o goleiro tem contrato com o rubro-negro até o fim de 2018, onde enfim deve se aposentar, mais recordista do que nunca…

As marcas históricas de Magrão no Sport 
1º jogo (25/05/2005) – Sport 1 x 0 Guarani, Série B (Ilha do Retiro)
100º jogo (12/01/2008) – Sport 4 x 0 Salgueiro, Estadual (Ilha do Retiro)
200º jogo (07/06/2009) – Sport 4 x 2 Flamengo, Série A (Ilha do Retiro)
300º jogo (20/01/2011) – Sport 1 x 0 Ypiranga, Estadual (Ilha do Retiro)
400º jogo (30/08/2012) – Flamengo 1 x 1 Sport, Série A (Raulino de Oliveira)
500º jogo (21/05/2014) – Cruzeiro 2 x 0 Sport, Série A (Mineirão)
600º jogo (24/09/2016) – Sport 1 x 0 Santos, Série A (Ilha do Retiro)
700º jogo (21/03/2018) – Central 1 x 0 Sport, Estadual (Lacerdão)

Os jogadores com mais partidas nos maiores clubes do Nordeste*
700 jogos – Sport (Magrão, goleiro 2005-2018)
599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979)
589 jogos – Ceará (Edmar, volante 1971-1980)
492 jogos – ABC (Jorginho, atacante 1946-1965)
476 jogos – América-RN (Ivan Silva, lateral-direito 1973-1983)
448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980)
402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008)
398 jogos – Sampaio Corrêa (Rodrigo Ramos, goleiro 2009-2016)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010)
323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000)
* Lista atualizada até 21 de março de 2018
** O zagueiro Miguel Rosas atuou no CRB de 1943 a 1963, sem dados oficiais

Os uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo 2018. De 149 a 449 reais

Uniformes da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Dando sequência ao longo contrato, a Seleção Brasileira irá vestir uniformes produzidos pela Nike pela sexta Copa do Mundo consecutiva: 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 – a cada ciclo mundialista a fabricante paga US$ 48 milhões à CBF. Para esta temporada, com a edição na Rússia na mira, a linha adota as “cores vivas de 58 (1º título) e 70 (tri)”, tendo como inspiração o “legado de habilidade, técnica e ousadia”. À parte do discurso marketeiro, a linha chega completa, com dois uniformes, padrão pré-jogo e linha casual – nos modelos masculino e feminino, inclusive na apresentação. No caso do padrão de jogo, existem três versões, com R$ 300 de variação.

Na camisa principal, o amarelo mais vibrante é chamado de ‘ouro samba’, com um detalhe azul na parte de trás da nuca – segundo a confederação, isso não acontecia há 50 anos. No padrão reserva, um mosaico de estrelas projetado a partir de escudo, além da numeração amarela, a mesma em 58, quando a Canarinha venceu o seu primeiro Mundial jogando de azul. Na apresentação desta nova coleção, imagens com Neymar, Philipe Coutinho, Willian, Daniel Alves, Paulinho e Thiago Silva. Nomes certos na lista de Tite.

Camisa oficial da Seleção na linha 2018/2019 (amarela ou azul)
R$ 449,90 (modelo jogador)
R$ 249,90 (modelo torcedor – único com versão feminina)
R$ 149,90 (modelo supporter)
R$ 229,90 (modelo infantil torcedor) 
R$ 129,90 (modelo infantil supporter) 

Sobre a diferença de R$ 200 entre as camisas de jogador e de torcedor, nota-se basicamente a cor mais clara na versão mais barata – sem contar a tecnologia de absorção etc. Tirando isso, fica a critério do consumidor…

Confira os três modelos adultos da camisa 1 clicando aqui.

A estreia dos uniformes ocorrerá no giro europeu em março, com o azul no jogo com a Rússia, dia 23, e o padrão amarelo contra a Alemanha, dia 27.

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial