Sport goleia o Central na Ilha, tentando diminuir a desconfiança da torcida

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Sport x Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O primeiro tempo na Ilha foi fraco, com o Sport ineficiente diante do Central, lanterna do hexagonal. Mesmo com a vantagem no placar, após Gabriel Xavier se aproveitar de um corte mal feito do adversário, o intervalo foi marcado por um misto de vaias e aplausos da torcida, com apenas três mil presentes. Uma cobrança justa, pois mesmo combalida, a equipe caruaruense levou algum perigo, como no comecinho, com o veterano Lourival perdendo um gol de cego – o camisa 9 havia feito o mesmo há uma semana, contra o Santa. 

Taticamente, o Leão estava modificado em relação à pífia apresentação em Fortaleza. Na zaga, Henriquez ganhou uma chance no lugar de Matheus Ferraz, que falhou em 7 dos 12 gols sofridos pelo time no ano, entre estadual e regional. Falcão também voltou a usar três volantes. Na frente, Vinícius Araújo começou no banco, mas atuou o segundo tempo no lugar de Túlio de Melo. E com a noite já caindo, a Patativa voltou a ameaçar, em chutes de Araújo e Candinho.

Quando a voz da arquibancada voltava a se manifestar, o time deslanchou. Em mais um erro do visitante, Luis Antônio ampliou. No terceiro, enfim uma jogada trabalhada, numa tabela entre Vinícius e Lenis, que marcou. O Leão ainda teve um gol mal anulado, num impedimento inexistente de Vinícius, cujo primeiro tento sairia aos 26 minutos. E foi o gol mais bonito do sábado, com Lenis driblando na ponta e achando Luis Antônio, que tocou pra Serginho, passando de prima pra Vinícius driblar o goleiro e fechar a conta, 4 x 0. Enfim, aplausos.

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Sport x Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Sport, Flamengo e STF. Uma tarde de provocações sobre 1987, via twitter

Bastou a confirmação da tabela do Brasileirão de 2016, por parte da CBF, para começar a celeuma sobre 1987, uma vez que Flamengo e Sport vão se enfrentar logo na abertura. Por sinal, será a quinta vez que isso acontecerá. Só que agora a data saiu uma semana após o Supremo Tribunal Federal rejeitar o recurso carioca para a divisão do título decidido há 29 anos. Depois de tanto tempo, a provocação entre as torcidas rubro-negras sobre assunto é pra lá de natural. Mas através dos perfis oficiais? Eis uma tarde surreal.

Começou com a conta do Sport no twitter alfinetando ao noticiar a sua tabela, “Campeão de 87 estreia contra o Flamengo”, às 15h56. Pouco depois, às 17h13, o Mengo devolveu a greia, usando o apelo popular para obter sucesso, “a estreia no Brasileiro não será Flamengo x Flamengo”. Quando a tiração de onda parecia caminhar para o empate, às 17h56 foi a vez do perfil oficial do STF postar na rede social, noticiando a decisão tomada em 4 de março… Se posicionou.

 

 

A tabela do Náutico na Série B de 2016

Série B 2016, com o Náutico

A CBF divulgou a tabela oficial da Série B de 2016, que neste ano terá o Náutico como único representante pernambucano. A estreia do Alvirrubro será entre os dias 13 e 14 de maio – a data exata ainda será anunciada pela confederação, uma vez que esta foi a tabela básica. Na primeira rodada o time irá à Santa Catarina, para enfrentar o Criciúma no estádio Heriberto Hülse. A campanha será encerrada em 26 de novembro, em casa, contra o Oeste.

Na competição, o Timbu uma cota de transmissão de R$ 5 milhões, assim como outros 16 clubes. Enquanto isso, Vasco (R$ 100 milhões), Bahia (R$ 35 mi)e Goiás (R$ 35 mi) receberão valores à parte, devido ao contrato fixo com a Rede Globo. Como ocorre desde 2006, um formato de pontos corridos, com 38 rodadas e os quatro primeiros colocados ascendendo à elite.

Acessos do Náutico à Série A: 1988 (2º), 2006 (3º) e 2011 (2º).

A tabela da Série A de 2016, com as caminhadas de Sport e Santa Cruz

Sport e Santa Cruz na Série A de 2016

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Série A de 2016, que volta a ter dois times pernambucanos após quatro anos. Sport e Santa Cruz disputarão juntos, o que não acontecia desde 2001. A competição desta temporada começará em 14 de maio – a tabela detalhada será divulgada em breve. A estreia leonina será contra o Flamengo, como visitante, provavelmente no Mané Garrincha, pois o Maracanã está entregue à Olimpíada.

Será a 5ª vez que os dois rubro-negros se enfrentam na primeira rodada, com o time pernambucano invicto neste contexto – duas vitórias (1971 e 1975) e dois empates (1994 e 2012). Já o Santa Cruz irá jogar contra o Vitória, no Arruda. Curiosamente, um repeteco da última partida na Segundona. Na última estreia na elite, em 2006, o Tricolor ficou num empate sem gols com o Figueirense, também em casa. Na última rodada, em 4 de dezembro, o Leão receberá o Figueirense e a Cobra Coral enfrentará o São Paulo no Morumbi.

Clássicos das Multidões
Rodadas 5, no Arruda (1 ou 2 de junho), e 24, na Ilha (10 u 11 de setembro)

O confronto pernambucano já aconteceu 13 vezes no Brasileirão, com 5 vitórias do Sport, 4 vitórias do Santa Cruz e 4 empates. Relembre aqui.

Cotas: Sport R$ 35 milhões e Santa R$ 26 milhões. Veja as demais cotas aqui.

Podcast 45 (224º) – As chances de Santa, Sport e Salgueiro no Nordestão

Falta apenas uma rodada para acabar a fase de grupos da Copa do Nordeste. Apontados como favoritos nesta temporada, até pelo status de Série A, Santa e Sport ainda não confirmaram as suas vagas. No dia 23, numa noite com os dez jogos em horário simultâneo (21h45), o Tricolor jogará por um empate na Fonte Nova, contra o Bahia, para avançar como um dos melhores segundos colocados. Já o Sport precisa vencer o Botafogo na Ilha para confirmar a liderança da chave D. E se os resultados não forem alcançados? Detalhamos todas as chances do dois clubes mais populares do estado no 45 minutos, além do Salgueiro, também presente na briga para chegar às quartas.

Confira um infográfico com um resumo das chances aqui.

Neste podcast, com 1h43, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

As estreias de Sport e Santa Cruz no Brasileirão, de 1971 a 2015

Série A 1971: Sport 1 x 0 Flamengo. Foto: Arquivo/DP

A estreia do futebol pernambucano na primeira divisão do Campeonato Brasileiro passa diretamente pelo caminho dos dois times mais populares do país, Flamengo e Corinthians. Unificação dos títulos nacionais à parte, a edição de 1971 contou com Santa e Sport, campeão e vice do estado naquela temporada. Na composição da tabela, por parte da CBD, ambos largariam no Recife.

O primeiro a entrar em campo foi o Santa, que fez, na verdade, a segunda partida da história da competição, em 7 de agosto. Poucas horas depois do jogo de abertura, entre São Paulo e Grêmio, com Scotta marcando o pioneiro gol, no 3 x 0 a favor dos gaúchos. À noite, o Tricolor recebeu o Timão na Ilha, pois o Arruda estava em obras. Mesmo com uma equipe técnica, com Luciano Veloso, Givanildo e Fernando Santana, o time foi atropelado pelo Corinthians de Rivelino, com três gols no primeiro tempo. No fim, 4 x 1 diante de 17.597 pagantes.

No dia seguinte foi a vez da estreia do outro representante local no “Campeonato Nacional”, novamente na Ilha do Retiro. Com 15.061 torcedores empurrando o time, o Sport venceu o Flamengo de Zico por 1 x 0, gol anotado por César, tocando na saída do goleiro aos 16 minuto da etapa complementar.

Edições do Diario de Pernambuco nas estreias em 71: Santa e Sport.

O Clássico das Multidões já marcou a estreia em 1988, no Arruda, com 18.014 espectadores. O Sport venceu por 1 x 0. No box de comentários você pode conferir a lista completa de jogos dos dois times na primeira rodada.

Sport (34 estreias)
13 vitórias (38,2%) – 1971, 1975, 1976, 1978, 1980, 1982, 1985, 1986, 1988, 1998, 2000, 2007 e 2015

12 empates (35,2%) – 1973, 1981, 1983, 1987, 1992, 1994, 1995, 1999, 2001, 2009, 2012 e 2014

9 derrotas (26,4%) – 1974, 1977, 1979, 1989, 1991, 1993, 1996, 1997 e 2008

Últimas 5 estreias rubro-negras
2008 – Botafogo 2 x 0 Sport
2009 – Sport 1 x 1 Barueri
2012 – Sport 1 x 1 Flamengo
2014 – Santos 1 x 1 Sport
2015 – Sport 4 x 1 Figueirense

Santa Cruz (20 estreias)
3 vitórias (15%) – 1978, 1980, 1981

9 empates (45%) – 1972, 1976, 1977, 1984, 1985, 1986, 2000, 2001 e 2006

8 derrotas (40%) – 1971, 1973, 1974, 1975, 1979, 1987, 1988 e 1993

Últimas 5 estreias tricolores
1988 – Santa Cruz 0 x 1 Sport
1993 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz
2000 – Guarani 0 x 0 Santa Cruz
2001 – Santos 1 x 1 Santa Cruz
2006 – Santa Cruz 0 x 0 Figueirense

Série A 1971: Santa Cruz 1 x 4 Corinthians. Foto: Aquivo/DP

Com atuação lamentável, Sport perde do Fortaleza e se complica no Nordestão

Nordestão 2016, 5ª rodada: Fortaleza 2x1 Sport. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

O Sport, que estava com a vaga encaminhada até os 47 minutos do 2º tempo contra o River, agora vai pressionado à última rodada da Copa do Nordeste, em busca da classificação às quartas de final. Consequência da frustrante atuação no Castelão, sobretudo no primeiro tempo, quando foi atropelado. Apesar da tímida reação na partida, o time pernambucano acabou derrotado pelo Fortaleza por 2 x 1. Com oito pontos, o Leão está obrigado a vencer o Botafogo na Ilha do Retiro, dia 23. Espera-se uma equipe mais organizada, com variação de jogadas e, sobretudo, consciência. Faltou na capital cearense.

De lá, o Sport só pode aproveitar a noite como lição sobre o que não fazer. A princípio, Falcão apostou na ofensividade. Abriu mão do esquema com três volantes, com Gabriel Xavier no lugar de Luis Antônio. A pegada não seria mesma, tendo como contrapartida a articulação de Gabriel, encostando em Lenis (mau posicionado), Vinícius Araújo (inúmeros erros nas finalizações) e Túlio de Melo (que marcou um gol e ao menos conseguiu faltas na entrada da área). Acabou adiantado demais, deixando um rombo no meio. Rithely e Serginho não deram conta e o Tricolor do Pici cansou de chegar com perigo.

O Fortaleza finalizou cinco vezes nos primeiros 25 minutos, com dois gols. No primeiro, Samuel Xavier marcou a bola num cruzamento e no segundo houve uma “doação” de Matheus Ferraz – gastando todo o seu crédito da Série A. O volume de jogo do time liderado por Everton deixava o Sport sem ação já na saída de bola. Aos 32, o técnico rubro-negro tentou recompor a formação mais usada, com Luis Antônio tomando o lugar de Gabriel. O golzinho antes do intervalo foi um achado. Reação? Não veio devido à inoperância do time, abusando da ligação direta. O tempo todo, sem sucesso

Nordestão 2016, 5ª rodada: Fortaleza 2x1 Sport. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

Roteiro da tocha olímpica passa em 15 municípios pernambucanos e Noronha

Agenda da Tocha Olímpica em Pernambuco. Crédito: rio2016.com

Quando a tocha olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro foi revelada, em julho de 2015 também foi apresentada a lista de localidades que receberiam o tour do revezamento no país, sendo quatro em Pernambuco. A lista, entretanto, ficou bem maior, com o comitê organizador selecionando 15 municípios e mais o Arquipélago de Fernando de Noronha, entre os dias 26 de maio de 5 de junho. Na verdade, o desfile do símbolo, de 63,5 cm e 1,5 kg, será intercalado com cidades dos estados vizinhos. Será assim em toda a região.

O ponto alto será no Marco Zero, com 175 pessoas participando do revezamento na capital, incluindo 13 atletas e ex-atletas pernambucanos, cada um percorrendo 200 metros – lembrando que algumas cidades irão ver apenas o comboio com a tocha. No Recife, o percurso será de 36 quilômetros, com previsão de largada no bairro do Arruda, às 13h, e chegada no Recife Antigo às 20h – o roteiro completo deve sair em maio. Lá haverá um cenário especial, de cidade-celebração dos Jogos, acendendo uma pira olímpica.

Em relação à Noronha, o esquema será especial. Tanto que a data reservada para a ilha sequer está presente no site oficial do evento. A tocha será enviada de Natal, passando uma tarde pelos sete quilômetros da BR-363 e nos principais pontos turísticos. Ao todo, durante 95 dias, o revezamento passará em 329 cidades brasileiras, com 20 mil quilômetros de percurso. O evento faz parte da tradição dos Jogos desde a edição de Berlim, em 1936.

A agenda da tocha olímpica em Pernambuco (pela ordem da passagem):

26/05
Jaguarari (BA), Juazeiro (BA), Sobradinho (BA) e Petrolina

27/05
Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó e Paulo Afonso (BA)

30/05
Murici (AL), União dos Palmares (AL), Garanhuns, Lajedo e Caruaru

31/05
Gravatá, Jaboatão dos Guararapes e Recife

01/06
Ipojuca

02/06
Olinda, Igarassu, Goiana, Pedras de Fogo (PB), Itabaiana (PB) e Campina Grande (PB)

05/06
Fernando de Noronha

Santa Cruz vence o Confiança e se aproxima das quartas do Nordestão

Nordestão 2016, 5ª rodada: Santa Cruz 3x1 Confiança. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O Santa Cruz bem que tentou se complicar, cedendo o empate ao time reserva do já eliminado Confiança, aos oito minutos do segundo tempo, mas os gols de Keno (outra vez decisivo) e Bruno Moraes redefiniram a superioridade técnica e garantiram a vitória por 3 x 1 no Arruda. Com o resultado, os corais chegaram a dez pontos, alcançando uma margem segura para obter a vaga às quartas de final da Lampions como um dos melhores segundos colocados.

Possivelmente, sequer precisará pontuar na última rodada, em Salvador, diante do Bahia, já desfalcado de Hernane Brocador, o artilheiro do regional,com cinco gols. Caso precise, um empate deve bastar, o que tranquiliza o ambiente para a fase decisiva da competição. O curioso é que esta análise também vale para o torneio local, onde o Tricolor aparece até numa classificação pior, mas encaminhado ao mata-mata – também por demérito de Central e América.

No jogo contra os sergipanos, o técnico Martelotte deu sequência às mudanças na equipe, por questão física e, também, por opção tática. Voltou a recuar João Paulo, testou uma nova dupla de ataque e bancou Tiago Costa na esquerda, após fadiga de Allan Vieira. Tudo em busca de uma formação mais competitiva (e interessada) para o período do calendário sem direito a erros: a partir de 30 de março, nas quartas do Nordestão, e 20 de abril na semifinal do Estadual.

Nordestão 2016, 5ª rodada: Santa Cruz 3x1 Confiança. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

“A mobilidade não foi determinante para a subutilização da Arena PE”, diz governo

O procurador geral do estado de Pernambuco, César Caúla, durante coletiva sobre a rescisão do contrato de operação da Arena. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A rescisão da concessão de operação da Arena Pernambuco, por parte do governo, está nas mãos do procurador geral do estado, César Caúla. Em coletiva na sede do órgão, no centro do Recife, Caúla esmiuçou alguns dados, tendo que assumir a posição de porta-voz de Paulo Câmara acerca do contrato. Após o pagamento de R$ 81,16 milhões de contraprestação de operação em 2013 e 2014, o governador autorizou a suspensão das parcelas em janeiro de 2015, devido à medida de revisão contratual baseada no estudo da Fundação Getúlio Vargas. Na coletiva, o procurador sequer utilizou a expressão “rescisão unilateral”, tirando qualquer lacuna de culpa por parte do estado, repetindo o mantra do Palácio do Campo das Princesas. Agora, a ‘crise econômica do país’ seria o principal motivo para o mau resultado.

As declarações do porta-voz do estado caso e as observações do blog:

Quando o estado decidiu rescindir o contrato?
“O contrato previa uma revisão após seis meses seguidos de frustração (saldo negativo). Usamos o mecanismo de defesa em janeiro 2015, seis meses após a Copa do Mundo. Suspendemos o pagamento.”
O procurador alega que o fator principal para o desempenho foi a mudança de cenário econômico do país nos últimos dois anos. À frente do contrato com uma garantia milionária ao consórcio e à infraestrutura de mobilidade.

O motivo do rompimento…
“O rompimento decorre que a manutenção do contrato implicaria uma COA adicional (contraprestação de operação da arena) de R$ 13 milhões por ano. Ficaria muito oneroso para o estado.”
Dos R$ 119 milhões correspondentes a 25% da obra, já corrigidos pelo IPCA, o estado pagou apenas R$ 40 milhões. O restante, R$ 388,9 milhões, foi pago em dezembro de 2013, num financiamento do BNDES.

Por que o governo garantiu os 3 clubes no contrato original?
“O governo fez um levantando de viabilidade (através da inglesa Comperio Research, em 2010), e, como em todas as outras arenas, mostrava um aumento de receitas, com uma diferença no perfil do torcedor. Era um outro cenário econômico.”
Seriam oito cenários possíveis de operação, começando sem clubes (R$ 5,7 mi/ano) à presença dos três (R$ 86,2 mi/ano). Já na época o cenário seria difícil, pois nem mesmo juntando as 20 melhores partidas de cada um se chegaria a tal valor. Como só o Náutico assinou, foi preciso fazer um aditivo, garantindo um faturamento mínimo de R$ 73 milhões por ano. Caso não fosse alcançado, o estado completaria.

Qual foi o peso da mobilidade sobre o déficit na operação?
“O governo do estado não se obrigou contratualmente a executar as obras de mobilidade. Essas obras serão finalizadas, mas não foram determinantes para dizer que o equipamento é subutilizado. O jogo Sport x São Paulo, por exemplo, encheu, e outros eventos também.”
O governo pode até ter o respaldo legal nesta disputa, mas moralmente é inaceitável tentar tirar o peso da mobilidade não finalizada como fator determinante no sucesso econômico nos jogos regulares – ao menos tivesse dito ao povo há seis anos. Dados atuais: Ramal da Copa 85%, Corredor Norte-Sul 83% e Corredor-Leste Oeste 81%, todos necessários para o BRT.

O governo reconhece a arena como um fiasco em seus primeiros anos?
“A palavra fiasco vai da visão subjetiva de cada um. Na nossa visão, não, pois o estádio recebeu a Copa do Mundo, teve jogos com grandes públicos, como o do Sport, e continua sendo um equipamento de primeira qualidade. Um contrato de 33 anos não pode ser visto como mau negócio por causa de 2 anos. A gente vai trabalhar para que a arena seja bem utilizada.”
A Copa do Mundo e a Copa das Confederações foram os eventos que legitimaram a construção do estádio, colocando Pernambuco entre as 12 subsedes. Porém, isso não isenta (não mesmo) o mau desempenho (esperado) na operação, com déficits milionários ano a ano.

Qual seria o valor da indenização neste contrato?
“Ainda estamos no processo de deliberação sobre o modelo de rescisão (unilateral, acordo entre as partes, falha no contrato etc). Por isso, preferimos não falar sobre valores.”
No começo da coletiva o procurador afirmou que o governo do estado determinou que todas as informações fossem concedidas aos jornalistas… Uma nova licitação para a operação será lançada em 60 dias, independentemente do desfecho do contrato atual.