Início do veto das marcas dos clubes nas organizadas. No Recife, a presença é total

Torcidas uniformizadas Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

O Cruzeiro anunciou uma medida drástica na relação com as torcidas organizadas do clube. A direção mineira proibiu o uso da marca do clube nos materiais produzidos pelas uniformizadas.

O presidente do campeão brasileiro de 2013, Gilvan Tavares, alegou prejuízo financeiro, ao deixar de arrecadar através dos royalties, via licença da marca – ou seja, perdendo para a pirataria -, e também na própria imagem do clube, com as constantes brigas envolvendo supostos integrantes das organizadas, resultando inclusive na perda de mandos de campo.

O clube deve ir à justiça para garantir o direito. A atitude do Cruzeiro, claro, levantou o debate no país sobre a relação clube/organizada, nos termos segurança e receitas.

No Recife, nota-se que as três maiores facções presentes (Inferno Coral/Santa Cruz, Torcida Jovem/Sport e Fanáutico/Náutico) usam os escudos dos times nas camisas à venda nas lojas na cidade e também na internet.

A quebra de patrocínios por causa de confusões nas arquibancadas brasileiras, como no distrato entre Vasco e Nissan, e o possível aumento nas punições nos campeonatos, como a perda de pontos, mostra que a fissura entre o Cruzeiro e a Máfia Azul pode ser mesmo o início de outras rachaduras nessas relações…

Torcida Máfia Azul, do Cruzeiro

150 jogadores na temporada recifense

Elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2013. Crédito: sites oficiais de Náutico, Santa e Sport

Planejamento. No futebol, a palavra é na prática uma cobrança às diretorias dos clubes, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. É preciso usar bem o dinheiro, na maioria das vezes escasso, para contratar peças qualificadas e ajustar o time.

Muitos jogadores são empurrados por empresários, muitos a contrapeso, além dos custos operacionais das transações, estourando o orçamento. Nos times de massa, a pressão até atrapalha. Alguns atletas são testados uma única vez.

Entre outros inúmeros fatores no tal planejamento, outros nomes para uma mesma posição são contratados a cada três meses. No fim do ano, o balanço costuma apontar bem mais que um time no clube.

Neste ano, por sinal, alvirrubros, rubro-negros e tricolores abusaram da quantidade de contratos assinados. Ao todo, 150 jogadores profissionais entraram em campo ao menos uma vez pelo trio, com informações dos departamentos de fisiologia dos Aflitos, Ilha e Arruda ao Superesportes.

O número é quase suficiente para compor 14 equipes.

63 – Náutico
46 – Sport
41 – Santa Cruz

Coincidência ou não, quem usou menos teve o ano mais produtivo.

O goleiro tricolor Tiago Cardoso conseguiu um feito entre todos esses atletas. Ele jogou todas as 53 partidas da Cobra Coral na temporada.

Quem mais atuou, no entanto, foi o também goleiro Magrão, com 57 jogos. No Náutico, cuja rotatividade foi enorme, Elicarlos ficou à frente, com 51 aparições.

Teve até quem defendeu mais de um grande no ano, como William Alves (Santa/Náutico) e Anderson Pedra (Santa/Sport).

Na sua opinião, qual foi a melhor a contratação do seu clube no ano? E a pior?

Ricci, entre a final do Mundial de Clubes e a pressão em campos pernambucanos

Mundial de Clubes 2013: Bayern de Munique 2 x 0 Raja Casablanca. Foto: Fifa/divulgação

A contratação de Sandro Meira Ricci pela Federação Pernambucana de Futebol, em março de 2012, acabou com a incômoda lacuna de “árbitro Fifa” no quadro da terrinha, vigorando desde 2007.

Apesar do nome e do emblema costurado no uniforme, Ricci não é uma unanimidade no futebol local.

Dos quatro jogos nas duas últimas decisões estaduais, apitou apenas uma vez.

No Náutico, já chegou a ser persona non grata. Também ouviu críticas no Sport e no Santa Cruz. Basta acontecer um clássico…

Fora do estado, no entanto, o árbitro vai justificando o nível técnico mais elevado.

Em 26 de março deste ano, o mineiro de 39 anos, com trabalhos nas Eliminatórias e no Mundial Sub 20, foi selecionado como representante nacional no quadro da Copa do Mundo no país.

E 2013 parece mesmo ter sido um bom ano para Ricci.

Neste 21 de dezembro ele apitou nada menos que a final do Mundial de Clubes, entre Bayern de Munique e Raja Casablanca.

No Estádio Marrakech, diante de 37.774 torcedores, teve uma atuação tranquila.

Antes do próximo Mundial, o mais importante de todos, o árbitro passará novamente nos campos pernambucanos.

Na capital e no interior, inclusive aqueles vazios, por mais que o borderô diga o contrário. É bem provável que Ricci siga contestado nessas bandas.

Talvez falte mesmo é um pouco de crédito ao árbitro…

As primeiras dez taças do Mundial da Fifa

Clubes campeões dos Mundiais da Fifa entre 2000 e 2013. Fotos: Fifa

O Campeonato Mundial de Clubes da Fifa chegou a dez edições.

O título de 2013 foi conquistado facilmente pelo poderosíssimo Bayern de Munique, vencendo em ritmo de treino o Guangzhou Evergrande da China (3 x 0) e o Raja Casablanca do Marrocos (2 x 0).

O torneio repetiu o modelo em vigor há sete temporadas, com sete clubes, representando as seis confederações continentais e mais um do país-sede. Todas as partidas são disputadas em sistema eliminatório.

Por sinal, a competição já parece necessitar uma reformulação, com a inclusão de mais equipes, europeias e sul-americanas. Duas vagas para Uefa e outras duas para a Conmebol? Curiosamente, apenas apenas a primeira edição foi assim.

À parte da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, os campeões com a chancela da federação internacional de futebol são: Barcelona (2009 e 2011), Corinthians (2000 e 2012), São Paulo (2005), Internacional (2006), Milan (2007), Manchester United (2008), Internazionale (2010) e Bayern de Munique (2013).

Títulos por país:
4 – Brasil (2000, 2005, 2006 e 2012)
2 – Itália (2007 e 2010)
2 – Espanha (2009 e 2011)
1 – Inglaterra (2008)
1 – Alemanha(2013)

O certificado para as garantias na formação de atletas em Pernambuco

Certificado de Clube Formador, da FPF. Crédito: FPF/divulgação

A garantia financeira na formação de atletas é uma das maiores preocupações dos clubes de futebol no país. Agentes, clubes atravessadores, empresários e o velho conto do vigário. Não faltam meios para mudar as direções nas carreiras das revelações. Aos poucos, a lei federal vai sendo moldada para reservar vantagens aos clubes formadores.

A Lei Nº 9.615, em seu artigo 29-A, garante até 5% do valor por pago pelo novo clube em uma transferência nacional para as agremiações que contribuíram para a formação – regra semelhante às transações internacionais. Para reforçar essa garantia, a CBF criou o Certificado de Clube Formador (CCF), atestando a administração dos times e o trabalho básico na base.

Assim, o certificado oficial encaminha os direitos sobre atletas entre 14 e 16 anos e a validade do primeiro contrato profissional. A saída de um jogador antes do primeiro contrato pode resultar numa indenização de até R$ 200 mil.

No Brasil, 35 clubes já receberam a documentação. Seis deles no estado: Náutico, Santa Cruz, Sport, Porto, Salgueiro e Serra Talhada. A FPF viabilizou a aquisição dos certificados aos times, além de promover uma entrega especial.

Certamente, a burocracia é um passo importante. Outro ainda maior é fomentar a infraestrutura para a revelação de novos jogadores, com evolução técnica, física e educacional. Saiba mais sobre os direitos via Lei Pelé aqui.

As gerações dos álbuns oficiais da Copa do Nordeste

Álbuns de figurinhas da Copa do Nordeste de 2001 e 2014. Crédito: Panini

A Copa do Nordeste de 2001 foi a edição de maior sucesso na história, de público e crítica. O torneio foi viabilizado com patrocinadores, transmissão na televisão, cotas para os clubes, estádios cheios e um novo formato.

O faturamento bruto foi recorde, chegando a R$ 11 milhões. Entre as ações de marketing que cativaram a torcida naquele Nordestão esteve o lançamento do álbum oficial de figurinhas. Na ocasião, foram 240 cromos dos 16 participantes.

Em 2014, num cenário refeito, com investimento da emissora licenciada na ordem de R$ 40 milhões, a organização do regional voltará a lançar um álbum, novamente produzido pela Panini. Desta vez serão 300 cromos no livro ilustrado, mais uma vez com a presença dos três grandes clubes pernambucanos.

Confira as páginas completas do álbum anterior: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Para conferir todo o álbum, clique aqui.

Ainda sobre o tema, relembre os álbuns do Campeonato Pernambucano aqui.

O adeus do torcedor infiel de Náutico, Santa e Sport

Reginaldo Rossi em show na Virada Cultural, em São Paulo, no Largo do Arouche, em 2009. Foto: flickr.com/photos/leopinheirofotografo/Reprodução

O rei Reginaldo Rossi se foi e levou embora boa parte do brega.

O artista pernambucano cantou o amor em todas as suas formas, sem qualquer amarra com o puritanismo.

Até mesmo no futebol esse perfil encontrava espaço, gostando de todos, admitindo, como um bêbado em uma mais uma rodada no bar, a infidelidade clubística…

Soube cativar as torcidas nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro, sem arestas, por mais que a casaca fosse virada e remexida.

O boêmio nunca escondeu isso de ninguém.

“Quando o Sport viveu aquela fase boa, aí eu era Sport lá em São Paulo. Aí o Santa Cruz teve uma fase que o Nunes atacava, gol. Aí eu era Santa Cruz. Agora sou Náutico desde criancinha.”

A cada gol, a cada novo sorriso, a camisa mudava de cor.

“Já fui são-paulino por causa do Raí, que ganhava todas, e Fluminense, por causa do Rivelino. Agora sou Sport, Náutico e Santa.” 

Nota-se que não havia amor não correspondido. Havia era amor por demais, Rossi.

Sem meias palavras, o próprio rei resumiu a sua relação com a bola…

“Sou uma prostituta do futebol.”

Aos 69 anos e ainda um infiel incorrigível, o cantor deixou as três grandes torcidas do estado viúvas.

De votação em votação, a arena do Sport vai sendo articulada para deixar o papel

Projeto da Arena do Sport. Crédito: Sport/divulgação

Orçado em R$ 750 milhões, o projeto rubro-negro para construir uma arena e um complexo imobiliário na Ilha do Retiro vem sendo uma das grandes batalhas do clube. Há quase três anos o Sport se articula para viabilizar o projeto.

Idealizado em meados de 2007, a arena só foi lançada oficialmente em 17 de março de 2011. Inicialmente seria apenas um estádio, criado pela DDB/Aedas. Evoluiu nos meses seguintes para uma mudança completa nos 110 mil metros quadrados do clube, incluindo empresariais e um shopping, já sob outro escritório de arquitetura e tendo a Engevix como investidora.

Além disso, precisou passar pelo crivo da direção leonina, por uma assembleia de sócios e agora, enfim, pelos colegiados formados pela prefeitura da capital e pela sociedade civil, meio a meio, uma vez que o projeto estava acima do 20 mil metros² de área construída. Bem acima, na verdade. Serão 338 mil m².

Nesta última, em uma análise extremamente lenta, o clube precisou ter paciência. Mas entre ajustes e conversas, o sonho vai se tornando realidade.

Eram duas pautas com instituições metropolitanas. Não houve unanimidade alguma nas votações. Porém, a maioria prevaleceu.

Em 19 de novembro, a Comissão de Controle Urbano (CCU) aprovou por 7 x 4. Agora em 20 de dezembro, na segunda e última comissão, o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) também deu o seu aval, 13 x 5.

No início de 2014 o projeto será novamente votado pelos sócios, paralelamente à busca pelas burocráticas licenças de demolição e construção junto à prefeitura. E o ano da Copa, das novas arenas, deve mesmo marcar o fim da velha Ilha…

Em apenas cinco dias, as finalíssimas do Pernambucano e do Nordestão

Calendário da CBF para o futebol brasileiro em 2014

A CBF reajustou o calendário do futebol brasileiro em 2014.

Aos grandes clubes pernambucanos a mudança poderá ser drástica…

Anteriormente, a Copa do Nordeste seria disputada de forma enxuta entre 12 de janeiro e 23 de fevereiro. A finalíssima do Pernambucano seria apenas em 13 de abril. Caso um time local avançasse até as finais do regional, as primeiras rodadas do campeonato estadual seriam reagendadas.

Agora, as duas competições serão realizadas de forma paralela. A fase principal do centésimo Campeonato Pernambucano começará em 8 de fevereiro, mantendo o segundo jogo da final em 13 de abril.

O Nordestão, porém, foi esticado. Usando sobretudo as datas no meio de semana. A decisão da copa nordestina será em uma quarta, 9 de abril.

Ou seja, em cinco dias, um clube pernambucano poderá disputar duas taças, com o Estadual e o Nordestão, num verdadeiro choque de datas.

Eis o calendário das decisões.

02/04 – Jogo de ida do Nordestão (quarta)
06/04 – Jogo de ida do Estadual (domingo)
09/04 – Jogo de volta do Nordestão (quarta)
13/04 – Jogo de volta do Estadual (domingo)

Elenco, concentração, qualidade, preparação física etc.

Missão para Náutico, Santa Cruz e Sport…

Confira o calendário do futebol brasileiro em 2014 em uma resolução maior aqui.

Lisca, o doido da escola gaúcha a caminho dos Aflitos

Lisca no comando de Juventude, Caxias e Internacional

O primeiro técnico da era MTA no Náutico foi confirmado.

O gaúcho Luiz Carlos de Lorenzi, de 41 anos, foi o responsável pelo acesso do Juventude na Série D desta temporada.

Ele começou a carreira comandando a base do Internacional, em 1990. Também atuou na categoria amadora do Grêmio. No profissional, passou por outros clubes no Sul, como Caxias, Novo Hamburgo e Brasil de Pelotas.

Apesar do rendimento no Rio Grande, o nome surpreendeu no Recife.

Será a sua primeira passagem no futebol nordestino. Chega para implantar um dos planos do Movimento de Transparência Alvirrubra, integrando a formação da base ao profissional, com personalidade em campo.

Lorenzi pode até ser desconhecido no mercado pernambucano, mas em Caxias do Sul o treinador, conhecido como “Lisca”, tinha bastante carisma junto à torcida do Juventude, mais conhecida como papada.

Assista a alguns vídeos do grito de apoio da torcida alviverde ao torcedor…

O “Lisca Doido”. E olhe que Lisca adotou o apelido.

No estádio Alfredo Jaconi…

Nas ruas de Caxias o Sul…