Classificação da Série A 2016 – 9ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 9 rodadas. Crédito: Superesportes

No sábado, o tricolor teve o seu adversário mais qualificado até o momento. Não por acaso, a vitória do Palmeiras sobre o Santa Cruz garantiu a liderança paulista no Brasileiro. O campeão nordestino caiu do 10º para o 13º lugar nesta nona rodada, mas ao menos manteve a mesma distância em relação ao Z4, três pontos. No domingo, o Sport venceu o Fluminense com um gol aos 45 do segundo tempo, tirando o time da lanterna. Termina a rodada em 17º, ainda na zona de rebaixamento por causa do saldo de gols, pior que o do Coxa (-4 x -5).

Na próxima rodada, no meio de semana, o Santa receberá o Fla pela segunda vez este ano. Em janeiro, na pré-temporada, venceu por 3 x 1, ganhando o Troféu Chico Science. Agora, pela Série A, não terá o zagueiro Neris e o volante Uillian Correia, suspensos, um problema a mais para Milton Mendes, com o elenco já enxuto. Enquanto isso, no Morumbi, o Leão irá encarar o seu cenário mais adverso em termos de  Brasileirão. Até hoje, o time perdeu todos os 17 jogos contra o São Paulo como visitante, com 11 gols marcados e 44 sofridos.

A 10ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

22/06 (21h00) – Santa Cruz x Flamengo (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 5 vitórias corais, 4 empates e 2 derrotas 

23/06 (21h00) – São Paulo x Sport (Morumbi)
Histórico em São Paulo pela elite: 17 jogos e 17 derrotas leoninas

Diego Souza decide de novo e Sport supera o Flu, na primeira vitória na Ilha

Série A 2016, 9ª rodada: Sport 2 x 1 Fluminense, com o gol decisivo de Diego Souza. Foto: Rafael Martins/DP

O cenário do Sport era dramático aos 45 minutos do segundo tempo. Afundado na lanterna, sem conseguir vencer em casa, com protestos contra a direção e, sobretudo, contra o lateral-esquerdo Renê, que, além de já viver péssimo momento, ainda recuou de forma inexplicável gerando o gol carioca, aos 39, mostrando pela enésima vez que a Série A não dá espaço para vacilo. E quem vacila sempre, não reage mesmo. Então, espere alguns segundos e veja o meia Diego Souza dando o sprint final, ganhando da marcação.

No domingo, com direito a um toró daqueles no intervalo, o camisa 87 já havia perdido um gol cara a cara, além de ter cabeceado uma bola no travessão, na chance para matar o jogo. Acabou definindo mesmo, mas com emoção além da conta. No último gás, com o time já abatido, voltou a fazer chover, passando por Cavalieri e tocando mansinho, levantando a Ilha, 2 x 1. Reverteu o ambiente à frente, em colapso, para uma festa de quem ainda pode fazer algo no campeonato. E Diego, que trocou justamente o Flu pelo Sport, vem fazendo.

Participou diretamente dos oitos pontos conquistados pelo Leão – nada muito diferente de suas duas primeiras temporadas no Recife. É pouco? É, tanto que o time segue lá na zona de rebaixamento. Agora, imagine sem DS… Gol contra o Fogo (1), assistência contra o Santa (3), gol e duas assistências diante do Galo (1) e gol contra o Fluminense (3). Mais protagonista que em 2015? Talvez porque ainda não tem ninguém tão qualificado tecnicamente para dividir as responsabilidades, como era o caso de André. Que Diego siga fazendo a sua parte. Que a direção também faça a sua, contratando, e que a torcida tente ter o mínimo de paciência. Com todo mundo jogando contra, nem sempre terá jeito.

Série A 2016, 9ª rodada: Sport 2 x 1 Fluminense, com o gol decisivo de Diego Souza. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A 10ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 10 rodadas. Crédito: Superesportes

Com o pontinho arrancado nos descontos, no Arruda, o empate do Náutico com o Bragantino foi primordial para manter o time no G4 pela quarta vez seguida. Nesta 10ª rodada da Série B, o Timbu foi beneficiado pelos tropeços de Bahia, Criciúma e Ceará. Por sinal, os quatro concorrentes têm a mesma campanha, 17 pontos, com a diferença no saldo (11 x 7 x 5 x 4). Quem se aproveitou também foi o CRB, que venceu o Atlético-GO no Serra Dourada e entrou no G4. A rodada foi tão atípica para os mandantes que até o líder Vasco perdeu em São Januário, após um ano invicto como mandante. Melhor para o Paysandu, que saiu do Z4, apoiado por uma boa presença de sua torcida no Rio.

Na próxima rodada, uma terça-feira cheia, o Náutico fará a sua maior viagem na competição: 2.902 quilômetros. E poderia maior, com 3.198 km, mas o jogo saiu de Pelotas para Caxias do Sul, no estádio do Caxias. O local foi alterado na última segunda-feira porque o Bento Freitas, que passa por reformas, não apresentou os documentos técnicos para esta partida, especificamente.

Evolução da campanha timbu
1ª rodada – 15º (0 pt)

2ª rodada – 11º (3 pts)
3ª rodada – 15º (3 pts)
4ª rodada – 8º (6 pts)
5ª rodada – 9º (7 pts)
6ª rodada – 5º (10 pts)
7ª rodada – 4º (13 pts)
8ª rodada – 4º (16 pts)
9ª rodada – 4º (16 pts)
10ª rodada – 4º (17 pts)

No G4, um carioca, um goiano, um alagoano e um pernambucano.

A 11ª rodada do representante pernambucano
21/06 (21h30) – Brasil x Náutico (Centenário, em Caxias do Sul)

Náutico empata com o Bragantino aos 47 do segundo tempo e permanece no G4

Série B 2016, 10ª rodada: Náutico 1x1 Bragantino. Foto: Nando Chiapetta/DP

Jogando de forma bastante afoita, o Náutico perdia o seu primeiro jogo como mandante na Série B até os instantes finais. Então na zona de rebaixamento, o Bragantino vencia pelo score mínimo. Os paulistas se defendiam como podiam, com o Timbu tentando forçar a entrada na área, tocando ou cruzando. Numa dessas jogadas, Daniel Pereira acabou cortando com a mão. Pênalti. Aos 44 do segundo tempo, uma chance de ouro para o time pernambucano, com a timbuzada em pé no Arruda. Àquela altura fora do G4, o gol poderia manter o time por lá, ajudado pelos tropeços de Bahia e Criciúma, também em casa. Pontinho de ouro, desde que saísse o gol.

Após três minutos de catimba, a cobrança foi autorizada. Bergson, que beijara a bola, não bateu bem. Mas marcou, com a bola passando entre as mãos go goleiro Felipe. Lance para definir a peleja, 1 x 1. O empate brecou o percentual máximo como mandante, mas, ao menos desta vez, valeu pelo esforço final. Até hoje, a equipe havia balançado as redes no primeiro tempo em todas as partidas no Recife. Passou em branco, no primeiro mau sinal, justificado pela falta de pontaria – sete tentativas pra fora e apenas uma certa.

Na segunda etapa, acabou vazado aos 12 minutos, com Sitta cruzando dentro da área, encobrindo Júlio César, que só acompanhou a chegada de Watson. A partir dali, com Jefferson Nem tentando decidir de qualquer forma, o jogo foi nervoso. O comportamento se espalhou entre os 7.236 torcedores no Mundão, um público menor que o há registrado há uma semana, na Arena. Uma diferença de 2.053. Com ingressos a partir de R$ 10 e sem a queixa da distância, o que explica? O borderô até elevou a média de 3.505 para 4.251 pessoas, mas acabou sendo mais um indício de um mando às avessas neste sábado.

Série B 2016, 10ª rodada: Náutico 1x1 Bragantino. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com erros individuais e suspensões, Santa perde do Palmeiras no Allianz

Série A 2016, 9ª rodada: Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão conteúdo

O Palmeiras manteve o aproveitamento perfeito em casa, vencendo a quinta partida: Atlético-PR (4 x 0), Fluminense (2 x 0), Grêmio (4 x 3) e Corinthians (1 x 0), Santa Cruz (3 x 1). Abrindo a nona rodada da Série A, o time confirmou o favoritismo diante do campeão nordestino, que procurou reagir, mas esbarrou nos erros individuais, decisivos nos gols alviverdes. Líder provisório, o time paulista pressionou demais o tricolor, tocando a bola, sempre agudo. Em todo o jogo o número de passes certos, segundo o Footstats, foi 433 x 228.

Essa qualidade foi exposta desde o início. Os corais não conseguiam sair jogando, com a bola voltando contra a meta de Tiago Cardoso seguidamente. O goleiro fazia a sua parte, mas acabou colaborando em dois gols. No primeiro, após uma cobrança de lateral (Sport e Náutico sofreram da mesma forma nesta semana), o goleiro soltou a bola na pequena área, com Dudu marcando com tranquilidade. Ali, aos 28 minutos, o scout de finalizações apontava 5 x 0. Nos descontos, numa cobrança de falta, Jean ampliou. Bola no canto esquerdo, ao alcance de TC1, com crédito suficiente para uma tarde infeliz. A reação ficou para a segunda etapa – praxe, só jogando após ficar em desvantagem.

No comecinho, Grafite mostrou estilo, escorando de cabeça uma falta cobrada por João Paulo. Após quatro jogos de jejum, o camisa 23 reassumiu a artilharia, ao lado de Bruno Rangel, com sete tentos. No lance seguinte, num contragolpe, Keno quase empatou. Havia jogo no Allianz. Desde que a defesa ajudasse. De carrinho, Dudu fez o terceiro, após um cruzamento rasteiro de Gabriel Jesus, com a bola passando na frente de três corais, sem ação. E se defesa não esteve bem, na 4ª derrota nos últimos 5 jogos, o problema acabou estendido à rodada seguinte, contra o Fla, com Neris e Uilliam Correia suspensos.

Série A 2016, 9ª rodada: Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Da saída ao retorno ao Recife, 441% de gourmetização no futebol de Rogério

Rogério em 2011 e Rogério chegando no São Paulo em 2015. Fotos: Lucas Oliveira/Esp. DP e Erico Leonan/São Paulo FC.net

Após cinco anos no Náutico, incluindo três empréstimos, Rogério foi negociado no fim de 2015 junto ao São Paulo, que pagou R$ 1,2 milhão ao clube alvirrubro, que detinha 65% dos direitos econômicos. Como o atacante estava no Vitória na ocasião, o time baiano tomou uma parte, R$ 200 mil, como “vitrine”. No Morumbi, onde chegou como “Neymar do Nordeste”, Rogério nunca se firmou como titular, fazendo alguns bons jogos e chegando a balançar as redes na Libertadores, ajudando na classificação do time à fase de grupos.

Em nove meses no São Paulo, 7 gols em 32 jogos. E uma volta ao Recife, desta vez para o Sport, que, segundo o globoesporte.com, teve que adquirir 25% dos direitos do atleta para selar a contratação. Um percentual calculado sobre a nova projeção de mercado, agora de R$ 10 milhões. Logo, os leoninos teriam desembolsado R$ 2,5 mi. Surreal. No total, o jogador valorizou R$ 8,15 milhões, ou 441%! Ah, numa articulação paralela, os são-paulinos compraram os 35% restantes, pertencentes ao Porto de Caruaru, pelo valor anterior, fixado.

De acordo com o site alemão Transfermarkt, especializado em negociações no futebol, Rogério seria o 17º nome mais caro do elenco paulista, estimado em 1,5 milhão de euros. Ou seja, R$ 5,79 milhões, bem abaixo da pedida tricolor. Não é a primeira vez que um jogador precisa sair do Recife para ser realmente valorizado, mas, com esses números, é o caso mais alarmante…

Valorização de Rogério (100% dos direitos):

09/2015 – R$ 1,84 milhão
O Náutico vende 65% por R$ 1,2 milhão 

06/2016 – R$ 10 milhões
O Sport compra 25% por R$ 2,5 milhões

Classificação da Série A 2016 – 8ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 8 rodadas. Crédito: Superesportes

O Santa Cruz se reabilitou ao vencer o Figueirense, rompendo o hiato de quatro jogos sem vitória. Com o resultado, após esta 8ª rodada do Brasileirão, aumentou a distância em relação ao Z4, de um para três pontos. Mais do que isso. Está na primeira metade da classificação. E ainda viu o rival sair derrotado outra fora do Recife. Em São Paulo, o Sport perdeu do Santos, reforçado por Gabigol e Lucas Lima, e afundou na zona de rebaixamento. É o penúltimo colocado, tendo a companhia do trio mineiro. Antes desta rodada, o leão estava a dois pontos do 16º, agora está a três, começando a complicar a saída do último pelotão em apenas uma rodada – quanto mais tempo, mais pressão. 

Na briga pelo título, o Inter segue bem, com 6 vitórias em 8 jogos, descolando 3 pontos do vice-líder. Melhor ataque do campeonato? Não. Tem a melhor defesa. Se antes brigava com Grêmio e Corinthians, agora o candidato é o Palmeiras.

A 9ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

18/06 (16h00) – Palmeiras x Santa Cruz (Allianz Parque)
Histórico em São Paulo pela elite: 2 vitórias corais, 1 empate e 5 derrotas 

19/06 (16h00) – Sport x Fluminense (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 6 empates e 3 derrotas

Ronaldo Alves, a primeira negociação milionária entre clubes pernambucanos

Pernambucano 2016, hexagonal: Náutico 1x1 Sport, com Ronaldo Alves cabeceando. Foto: Paulo Paiva/DP

Post atualizado em 17/06/2016 

O zagueiro Ronaldo Alves estabeleceu duas marcas históricas no futebol pernambucano em 2016. Primeiro, tornou-se o primeiro defensor a terminar o Estadual como artilheiro. Marcou seis gols pelo Náutico – um deles num Clássico dos Clássicos -, ficando à frente de todos os atacantes presentes no hexagonal principal. Agora, entra no acervo como o primeiro jogador envolvido numa transação milionária entre dois clubes do estado.

Até hoje, 28 atletas haviam sido negociados por clubes locais (o trio da capital e o Porto de Caruaru) por ao menos R$ 1 milhão. Sempre para fora da “fronteira”. Desta vez, o acerto ocorreu entre Náutico e Sport. Como o contrato do zagueiro de 26 anos estava na reta final (iria até dezembro), a direção alvirrubra aceitou a proposta leonina, esta pressionada pela péssima campanha na Série A, com lacunas defensivas. Ronaldo firmou até 2019. Com Rogério também contratado, o Sport chegou a cinco compras milionárias neste ano. Cofre aberto…

As compras milionárias do futebol pernambucano:
R$ 3.160.000 (2016) – Lenis, Sport (Argentinos Juniors), 50% dos direitos
R$ 2.500.000 (2016) – Rogério, Sport (São Paulo), 25%
R$ 2.500.000 (2014) – Régis, Sport (Chapecoense), 50%

R$ 2.500.000 (2016) – Diego Souza, Sport (Fluminense), 100%*
R$ 1.100.000 (2016) – Ronaldo Alves, Sport (Náutico), 100%
R$ 1.000.000 (2012) – Kieza, Náutico (grupo de investidores), 30%
R$ 1.000.000 (2016) – Agenor, Sport (Joinville), 50% 

*Pelo acordo com o Flu, os leoninos pagaram 50% na transação, tendo que pagar o restante ao fim do vínculo do meia. 

Considerando o plano real, a negociação de Ronaldo Alves foi a 5ª maior compra de um time local e a 22ª venda no mesmo contexto. Em relação à compra recorde, o colombiano Lenis só não foi destronado porque André não topou a volta ao Leão, cuja oferta ao Corinthians foi de R$ 4 milhões.

Nº de jogadores comprados: Sport 6, Náutico 1
Nº de jogadores vendidos: Sport 15, Náutico 9, Santa Cruz 4, Porto 1

As maiores vendas do futebol pernambucano até 16/06/2016

Sem consórcio e garantia de faturamento, Arena PE encara concorrência de aluguel

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP (Arruda e Aflitos), Sport (Ilha) e Ministério de Esporte (Arena)

O fim do consórcio Arena Pernambuco, numa parceria público-privada entre o governo do estado e a Odebrecht, depois de apenas três anos de operação (malsucedida) colocou o empreendimento numa inédita situação de concorrência na praça. Sem clube algum de contrato assinado, uma vez que o acordo de 30 anos com o Náutico se dissipou junto à supracitada rescisão, o estádio agora só recebe jogos em caso de acordos pontuais. Cenário tanto com o Trio de Ferro quanto para qualquer outro clube de fora que encare os custos.

Neste primeiro momento, uma gestão temporária através da secretaria de turismo, esportes e lazer, cuja pasta está nas mãos de Felipe Carreras. Sem a muleta de faturamento mínimo garantido, numa cláusula pra lá de dispendiosa aceita pelo governo Eduardo Campos, foi preciso calcular custos jogo a jogo. Eis a primeira proposta apresenta ao Timbu, com dois cenários. Em ambos os casos, não haveria cobrança por aluguel e/ou manutenção da arena.

Até 5.000 pagantes
A renda seria insuficiente até para cobrir os custos da Arena. Contudo, o estado arcaria com toda a despesa. 

Acima de 5.000 pagantes
Renda suficiente para bancar os custos operacionais, com clube e governo dividindo a renda líquida. O estado usaria a sua parte para pagar a conta do cenário menor.

O Náutico não aceitou (até porque, em tese, sempre “apostaria” na presença de sua torcida para ter direito a algo) e nem enviou a contraproposta, acertando a realização de um jogo, contra o Bragantino, em 18 de junho, no Arruda. Endureceu a conversa, deixando aberta o restante da sua agenda em 2016. Estima-se que o custo operacional da Arena seja de aproximadamente R$ 70 mil. Os demais estádios da capital contam com uma tabela de aluguel, criada pela FPF para o Estadual e que pode ser usada pelos clubes para o Brasileiro – apesar de no nacional a cobrança ser livre. Neste caso, contudo, quem aluga também se compromete ao custo operacional.

No Arruda, além de pagar até R$ 24 mil, o clube interessado teria que bancar R$ 50 mil de custo (manutenção, estrutura, luz, limpeza etc). Em tese, valores semelhantes. Porém, o simbolismo da troca de mando timbu pesa na negociação, com rubro-negros e tricolores cada vez mais arredios às propostas do estado. Enquanto o governo tenta evitar um prejuízo maior, até a licitação internacional estimada para agosto, os clubes assumem o discurso de uso da arena sem custo e com garantia de receita – como era com o suspenso Todos com a Nota, com 25 mil ingressos subsidiados por lá.

Sem o antigo consórcio, que a arena só abra com condições de gerar receita…

Ah! Em 2017, o estádio dos Aflitos, com reforma mínima orçada R$ 2,5 milhões, aumentará a concorrência no Recife. As vantagens em São Lourenço terão que ser cada vez maiores…

Aluguel/jogo*
R$ 13.579 – Aflitos/dia
R$ 16.338 – Aflitos/noite
R$ 16.338 – Ilha do Retiro/dia
R$ 19.012 – Ilha do Retiro/noite
R$ 21.728 – Arruda/dia
R$ 24.444 – Arruda/noite*
*Valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em relação aos preços tabelados pela federação (e ainda válidos) de 2012.

Custo operacional/jogo
R$ 30 mil – Ilha do Retiro
R$ 50 mil – Arruda
R$ 70 mil – Arena Pernambuco

Aluguel + custo operacional/jogo
R$ 270 mil – Arena Pernambuco**

** Apenas um jogo ocorreu neste modelo, Botafogo x Fluminense, na Série A de 2013, com o aluguel correspondendo a 73% da renda bruta. O alvinegro, mandante, teve um prejuízo de R$ 41 mil. Entretanto, este valor é negociável de acordo com o público projetado.

Após sete anos, Santa rescinde com a Penalty e anuncia nova marca: Penalty

Camisas da Penalty para a temporada 2016 do Santa Cruz. Crédito: Santa Cruz/divulgação

A linha de uniformes corais para 2016 foi apresentada no aniversário do clube, em 3 de fevereiro. Na ocasião, o próprio Santa esvaziou o lançamento, ao anunciar o fim do contrato com a Penalty, que tinha validade até 2019.

“O uniforme será o último produzido pela Penalty, encerrando parceria que começou em 2009, e terá edição limitada. O Santa Cruz negocia com os outros fornecedores de material esportivo para o Campeonato Brasileiro da Série A.” 

Na ocasião, foram dois modelos, o coral horizontal e o branco, utilizados nas vitoriosas campanhas no estadual e no regional. Enquanto isso, a direção aguardava os trâmites burocráticos para anunciar uma nova fornecedora. Com a Dry World, o clube projetava o “maior contrato do Nordeste”. Nos bastidores, o triplo da Penalty, com direito a um “jogador midiático”. Passados quatro meses, com a marca canadense enfrentando problemas de entrega de produtos (a Galo e Flu) e de pagamento de luvas (ao próprio Santa), o clube recuou. 

A Umbro, que acabara de sair da capital após a rescisão do Náutico, surgiu como opção aceitável junto à torcida. Também não andou. E numa reviravolta daquelas, o Santa anunciou a nova marca: a própria Penalty. Agora até 2018, com o compromisso da empresa – cujo presidente, César Ferreira, veio ao Recife para a reativação – para otimizar a distribuição (a maior queixa). Além disso, a reformulação livrou o clube da multa pela rescisão. E se financeiramente foi a melhor proposta, com o tricolor precisando de grana, não havia outra saída. 

Tricolor, o que você achou da nova parceria entre Santa e Penalty?