O fim de semana foi um dos piores para os time da capital pernambucana neste Brasileiro. Na Série B, o Náutico tropeçou em casa e o Santa perdeu fora. Na Série A, o Sport não passou pelo ferrolho cruzeirense. Tudo isso está na análise do 45 minutos, com um balanço completo da rodada, além das dicas (música e programa de tevê) e promoções.
Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast de 1h36m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A vitória na noite de domingo, encerrando a 16ª rodada, teria deixado o Sport em 3º lugar no Brasileirão, a quatro pontos do líder Galo. Ao ficar no empate com o rival dos atleticanos, o Cruzeiro, o Leão acabou em 4º, com quatro clubes logo atrás, a no máximo dois pontos de distância. Esse viés quase “negativo” se deve ao fato de que o Rubro-negro agora disputará dois jogos seguidos fora de casa, contra Corinthians (2º) e Atlético-PR (5º). Parada complicada, ainda mais para uma equipe sem vitórias como visitante. A hora é mais que necessária.
O destaque da rodada vai para o público presente nos estádios, com uma média superior a 30 mil espectadores, algo inédito nesta edição. A Arena Pernambuco deu a sua contribuição, com 28 mil torcedores.
A 17ª rodada do representante pernambucano
09/08 (11h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada)
Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória leonina, 4 empates e 6 derrotas.
O empate sem gols com o Cruzeiro manteve o Sport no G4, mas a torcida, apesar dos aplausos no apito final, saiu da Arena Pernambuco consciente de ter visto a pior apresentação do time como mandante neste Brasileirão. A opinião não passa só pelo fato de ter sido o primeiro jogo no Recife sem um golzinho sequer do Leão, mas pela postura desordenada. Ofensivamente, havia a preocupação com o encaixe tático entre Diego Souza e Régis, o que ocorreu, com o primeiro sem passes com tanta profundidade e o segundo cedendo espaço demais ao adversário.
No jogo inteiro, o goleiro Fábio fez apenas uma defesa, numa cabeçada de Marlone. Fora isso, apenas pressão territorial, sem finalizações – e excesso de preciosismo, com cinco toques de calcanhar nos primeiros 14 minutos. É verdade que Hernane fez a sua estreia, após três meses (e prendeu bem a bola), mas a esta altura, na etapa complementar, já não havia articulação. Sem surpresa, o Brocador entrou no lugar de Régis. Mas logo depois, pelo desgaste, Diego Souza também saiu. Marlone seria a peça mais indicada, mas não houve uma aproximação, com o jogador (talvez de forma inconsciente) guardando a sua posição original.
Do outro lado, o bicampeão brasileiro, que começou com três volantes, foi se soltando. Da distribuição totalmente retraída na frente da área, passou a marcar a saída de bola do Sport, no segundo tempo. Aos poucos, Vanderlei Luxemburgo foi gostando do jogo. Acionou Arrascaeta, Leandro Damião e Marquinhos, dando outra cara. E as oportunidades apareceram. Danilo Fernandes, em grande fase, salvou duas vezes. Outros dois cruzamentos passaram com muito perigo. Talvez por tudo isso, a torcida pernambucana tenha se contentado com o 0 x 0. Pela má atuação, o pontinho acabou não sendo mau negócio.
Empate em casa e derrota fora. Os resultados dos pernambucanos custaram o lugar no G4 para um e a aproximação da própria zona de classificação para o outro. O Náutico empatou com o Macaé e caiu para o 5º lugar, com a mesma pontuação do vice-líder. Uma vitória na Arena Pernambuco teria dado a liderança ao clube. Já o Santa Cruz perdeu do Oeste, com a meta vazada aos 36 minutos do segundo tempo. Assim, o Tricolor viu a distância para o G4 voltar a subir, de 5 para 6 pontos.
No G4, um carioca (líder), dois baianos e um mineiro.
A 17ª rodada dos representantes pernambucanos
08/08 (16h30) – Santa Cruz x Botafogo (Arruda)
08/08 (16h30) – CRB x Náutico (Rei Pelé)
A noite de sábado já caía na Arena Pernambuco. Os demais jogos iniciados à tarde haviam sido encerrados. Àquela altura, o Náutico (time e torcida) já sabia exatamente o que o placar contra o Macaé representaria na classificação. A vitória o levaria à liderança da Segundona. Contudo, por mais que a torcida soubesse dessa possibilidade – tamanho o equilíbrio na briga pelo G4 – , havia uma plena insatisfação com o desempenho em campo, com o 1 x 1 estabelecido após uma retranca com quatro volantes do mandante.
No jogo dos “gols sem querer querendo” de ambos os lados, o empate fez o time pernambucano ir de 8 a 80. Acabou fora da zona de classificação à elite nesta 16ª rodada, em 5º lugar, mas com a mesma pontuação do vice-líder. O meio-campo com João Ananias, Gil Mineiro, Fillipe Soutto e William Magrão, com o time em vantagem, foi, sim, um erro de Lisca. O técnico tem crédito demais no comando alvirrubro, mas não pode deixar de reconhecer a postura sem qualquer pingo de ousadia.
O tropeço em casa obriga o Náutico a obter um desempenho bem acima de seu retrospecto fora de casa (23%). O time parte para um giro no Nordeste, contra CRB e Bahia. Quatro volantes novamente?
Na última partida antes da aguardada estreia de Grafite, o Santa Cruz acabou derrotado pelo Oeste. A frustração pelo resultado se torna ainda maior ao analisar o contexto do jogo, disputado num estádio neutro, em Osasco, no qual a torcida coral fez a sua parte, esgotando os 300 ingressos à disposição.
Em campo, foram noventa minutos de um jogo equilibrado (por baixo). Ainda assim, uma disputa aberta, com a oportunidade clara de pontuar como visitante, em busca algo maior na Série B. Entretanto, o time pernambucano buscou efetivamente o gol após ter ficado em desvantagem, aos 36 do segundo tempo, num chute indefensável para Tiago Cardoso. Na base do abafa, duas chances até foram criadas, ambas com João Paulo, mas não evitaram o revés por 1 x 0, que voltou a afastar o Tricolor do G4, de cinco para seis pontos.
Até o início da peleja, no sábado, 20 mil ingressos já haviam sido comercializados para o jogo da próxima semana, no Arruda. A tendência ainda é de arquibancada cheia contra o Botafogo, mas a classificação expõe o duro golpe em São Paulo, deixando claro que um atacante de melhor qualidade teria feito a diferença. A partir de 8 de agosto, deverá fazer.
O caminho até a Arena Pernambuco é um recorrente problema para os torcedores. Para quem vai de carro (o modal corresponde, atualmente, à maioria do público), os trajetos mais conhecidos são através da rodovia BR-408, após o entrocamento com a BR-232, e via Radial da Copa.
No entanto, existem caminhos alternativos do Recife até o estádio em São Lourenço. O repórter Emanuel Leite Júnior, do Diario de Pernambuco, destrinchou algumas opções, como UR-7/Cosme e Damião e o atalho do Parqtel (ida e volta). Com vídeos e dicas de acesso, o mapa interativo é um bom recurso para o torcedor fugir dos engarrafamentos nos jogos.
Inicialmente, o estacionamento comportava 4.700 veículos. Com a demanda crescente, com públicos acima de 30 mil espectadores, a administração ampliou o espaço para 5.100, sem contar os estacionamentos vicinais. No país, o empreendimento só está atrás da Arena do Grêmio, com 5.300 vagas.
Vale lembrar que esse cenário é uma espécie de plano B para o estádio local, que nos primórdios previa o uso pleno do sistema metroviário, com o transporte de 15 a 20 mil pessoas pelos trilhos, chegando a 50% do público presente.
A administração da CBF está em xeque desde as investigações do FBI, em maio de 2015, com a prisão de oito dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da confederação brasileira de futebol, José Maria Marin. A partir daí, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, se afastou das convenções internacionais, como a Copa América, no Chile, e o comitê executivo da Fifa, na Suíça. O temor seria a continuidade da ação da Federal Bureau of Investigation, por mais que o brasileiro desconverse, alegando a “preocupação com a CPI do futebol”.
Politicamente em baixa, Del Nero chegou ao ponto de oferecer mais autonomia aos clubes nos arbitrais das próximas edições da Série A, em troca de apoio. Por tudo isso, atrelar uma imagem a esta CBF, neste momento, talvez não seja a melhor das ideias. Daí, a incredulidade sobre a atitude de Zico, em busca de respaldo para a sua candidatura à presidência da Fifa. Ignorou por completo o cenário e abraçou Del Nero para conseguir ao menos uma das cinco assinaturas de federações nacionais, o mínimo para oficializar o seu pleito.
Naturalmente, Del Nero aceitou de bom grado a visita (sobretudo politicamente).
“Zico tem o nosso apoio para viabilizar a candidatura. Se ele conseguir as outras quatro assinaturas, a CBF vai endossar o seu pleito. Falei com o Napout (presidente da Conmebol) que temos um brasileiro ilustre com a intenção de concorrer ao cargo de presidente da Fifa. Em condições regulares para entrar na eleição, Zico terá o endosso da CBF”.
Com a garantia da assinatura, Zico saiu satisfeito da sede da CBF, no Rio.
“Fiquei feliz com a resposta. Isso é importante porque eu só daria o meu pontapé inicial depois de receber o sinal positivo da CBF”.
As declarações saíram no site da entidade, com o seguinte destaque: “CBF, Zico e Fifa”, deixando claro que a imagem do Galinho foi um bônus inesperado. Jogador brilhante, com mais de 500 gols pelo Flamengo, Zico começa a caminhada da pior forma possível, por mais que o apoio seja “necessário”.
Em mais de um século de história, a Fifa teve apenas oito presidentes. Só um brasileiro, João Havelange, de 1974 a 1998. Ainda assim, este renunciou até ao status de presidente de honra para evitar punições sobre acusações de suborno milionário. Um linha de poder ainda presente, lá e cá. Antes da eleição, em 26 de fevereiro de 2016, será preciso chancelar as candidaturas até 26 de outubro. Até lá, Zico precisará abraçar mais quatro presidentes. Que o ex-craque, já aos 62 anos, não continue ignorando o contexto de cada um em busca do poder.
A 15ª rodada Série B foi a pauta principal do 45 minutos. Começamos com a grande vitória do Santa sobre o Bahia, no Arruda. Diminuindo a distância ao G4 para 5 pontos, o Tricolor já surge como mais um candidato ao acesso. Em seguida, o revés do Náutico em Curitiba, piorando o já baixo aproveitamento como visitante (23%). Qual é o motivo de uma postura tão distinta em relação à arena, onde tem 91%? No Sport, o tema foi o recorrente assédio ao elenco, com André, Renê e Rithely especulados no exterior. A janela de saída vai até 31 de agosto. O Leão conseguirá se segurar? Para completar o programa, o tira-teima, as indicações de músicas e programas e as promoções especiais.
Neste podcast de 1h32m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A terça-feira marcou mais uma rodada cheia na Série B, com oito jogos disputados às 19h30, e os dois restantes às 21h50. Por sinal, esta foi a última vez que esse horário foi utilizado, pois a CBF anunciou que a partir da 16ª rodada o horário mais tarde será às 21h30 (ainda não é o ideal). Sobre a 15ª rodada da segundona, os pernambucanos atuaram logo na abertura. No Arruda, no clássico nordestino, o Santa Cruz venceu o Bahia com autoridade, 3 x 1. Ficou a cinco pontos do G4, embora tenha continuado em 9º lugar. Em Curitiba, o Náutico atuou mal e perdeu do Paraná por 2 x 0. Beneficiado pelas derrotas de Bahia e Sampaio Corrêa, o Timbu se segurou na zona de classificação à elite.
No G4, um carioca, um baiano, um mineiro e um pernambucano.
A 16ª rodada dos representantes pernambucanos
01/08 (16h30) – Náutico x Macaé (Arena Pernambuco)
01/08 (16h30) – Oeste x Santa Cruz (José Liberatti)