A polêmica sobre o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco, no primeiro turno da Série B de 2015, começou já na venda de ingressos. Primeiro, com o percentual destinado aos visitantes, entre 10% e 30%, dependendo da diretoria questionada. Agora, há uma queixa na torcida tricolor sobre o preço para o setor destinado, R$ 50 no anel superior, atrás da barra, uma vez que os torcedores alvirrubros vão pagar o mesmo para o anel inferior, na lateral do campo. Antes da ressalva do blog, vale conferir a regra adotada nos campeonatos nacionais
Art. 79 – Os ingressos das partidas serão emitidos pelo clube mandante, a quem incumbe também definir fornecedores, carga, valores, emissão, locais e procedimento de venda, cabendo à federação do clube mandante aprovar previamente todo o procedimento.
§ 4º – Os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente, nos respectivos setores do estádio ou equivalente, os mesmos valores dos ingressos cobrados para a torcida local.
De cara, é preciso reconhecer que entre os dois setores de R$ 50, a localização alvirrubra é bem mais nobre, como em qualquer arena do país. Então, a palavra “equivalente” é o foco da discussão. Lembremos que já houve uma situação semelhante em São Lourenço, no Clássico dos Clássicos pelo Nordestão de 2014. Na ocasião, além do local, o bilhete dos visitante também era mais caro (R$ 60 x R$ 50). Confira a denúncia do blog e a resposta do consórcio.
Um ano depois, focando apenas a setorização, a queixa é recorrente. No ano passado, a localização equivalente era ocupada pelos ingressos do Todos com a Nota, não comercializados. Para não haver o mesmo “risco” agora, o lado equivalente do Timbu sequer foi colocado à venda. Entretanto, na visão do blog, ao não encontrar (ou produzir) um setor equivalente no estádio, os organizadores da partida acabam penalizando a torcida visitante.
A duradoura invencibilidade do Sport na Série A chegou ao fim. Após 18 jogos, na segunda maior sequência da história dos pontos corridos, iniciada ainda em 2014, o Rubro-negro perdeu do Atlético Mineiro por 2 x 1, num Mineirão tomado por 50 mil torcedores. Era um “jogo grande”, como o técnico Eduardo Batista havia dito antes da partida, a mais aguarda da da rodada e o maior teste para a equipe nesta edição. Com a derrota do Grêmio diante da Chapecoense, horas antes, a partida valeria a liderança do Brasileiro, fazendo justiça à expectativa gerada. Se saiu de campo derrotado, o Leão ao menos teve uma postura digna, lutando, tocando a bola sem sentir a pressão da multidão e buscando seu jogo, já conhecido pela torcida, com posse de bola e toques curtos, com técnica.
No primeiro tempo, os goleiros Victor e Danilo Fernandes quase não tiveram trabalho, tamanho equilíbrio, com uma marcação forte. Na volta do intervalo, o início foi eletrizante, com três gols em nove minutos. Num contragolpe gerado após a falta de vontade de Samuel para chutar uma bola, a bola chegou a Thiago Ribeiro, pela direita, com o cruzamento para Lucas Pratto mandar para as redes. O argentino é um finalizador nato e ainda exigiria bastante do goleiro leonino, com duas grandes defesas em chutes cruzados. Antes, o Sport empatou com o zagueiro Matheus Ferraz (partida de muita aplicação), após a falta cobrada por Diego Souza, que na prática só fez isso.
A igualdade instantânea poderia ter sido um baque para o Galo, mas Giovanni Augusto, ex-Náutico, acertaria um chutaço da ponta esquerda da área, sem defesa. Na sequência, Maikon Leite desperdiçou uma grande chance, sentindo a coxa. Entrou o garoto Wallace, da base. Neto Moura e Mike também foram acionados, mexendo no tabuleiro, mas com o volume de jogo aumentando, até pelo recuo dos alvinegros. Com uma barreira à frente, o Sport teve poucas chances objetivas, até os descontos, com um cruzamento para Marlone cabecear livre, raspando a trave. Silêncio momentâneo no Mineirão, que logo depois explodiria com o apito final, ampliando a merecida liderança. Ao Sport, derrotado em seu grande teste (finalizando 11 vezes, contra 12 do Galo), fica a boa campanha construída, com dois outros grandes jogos na Arena Pernambuco, Palmeiras e São Paulo. Tem futebol para encarar.
“Eu não quero essa história de ‘torcida única’ nos estádios no Pernambucano não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro, mas aqui nós colocaremos 20%”.
Declaração dada por Carlos Alberto Oliveira em janeiro de 2009.
No estado, o aumento do percentual às torcidas visitantes, inicialmente de 10% segundo o Regulamento Geral de Competições para as competições nacionais, foi uma resposta à rixa entre rubro-negros e alvirrubros, que em 2008 passaram a liberar 1/10 dos bilhetes para os visitantes nos clássicos, tanto na Ilha quanto nos Aflitos – os dois lados se acusavam. Antes dese imbróglio, os clássicos no Recife contavam com estádios praticamente divididos entre as massas.
Em relação à regra, os textos dos regulamentos gerais da CBF e da FPF são praticamentes iguais (abaixo). O documento local é uma adaptação da primeira versão da norma, de 2009, cujo artigo era direito: “A torcida visitante tem direito a ingressos em quantidade equivalente a 20% (vinte por cento) da capacidade do estádio.” Agora, há uma flexibilidade para dados até maiores, justamente em caso de acordos, cada vez mais raros entre recifenses…
Atualização: após a informação dada pelos tricolores, a direção alvirrubra desfez o acordo, mantendo a distribuição original no Brasileiro, de 10%.
Regulamento geral das competições CBF 2015 “Art. 80 – O clube visitante terá o direito de adquirir, com pagamento prévio, a quantidademáxima de ingressos correspondente a dez por cento (10%) da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança, desde que se manifeste em até três (3) dias úteis antes da realização da partida através de ofício dirigido ao clube mandante, obrigatoriamente com cópia às federações envolvidas e à DCO.
Parágrafo único – Em cumprimento de acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos dez por cento (10%) da capacidade do estádio.”
Regulamento geral das competições FPF 2013/2014 “Art. 86 – O clube visitante terá o direito de adquirir a quantidade máxima de ingressos correspondente a 10% da capacidade do estádio, desde que manifeste em até três dias úteis antes da realização da partida, através de ofício dirigido ao clube mandante, necessariamente com cópia às federações envolvidas e à DCO.
Parágrafo 2º – Em cumprimento de acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos 10% da capacidade do estádio.”
Considerando os percentuais factíveis nos três clássicos da capital, eis as cargas de ingressos para os visitantes em cada mando de campo.
10%
Arruda – 6.004
Arena Pernambuco – 4.621
Ilha do Retiro – 3.298
20%
Arruda – 12.008
Arena Pernambuco – 9.242
Ilha do Retiro – 6.596
30%
Arruda – 18.013
Arena Pernambuco – 13.864
Ilha do Retiro – 9.894
Há exatamente um ano, em 8 de julho de 2014, a Seleção Brasileira sofria a maior derrota de sua centenária história, estatística e moralmente. O revés na semifinal no Mineirão, com 7 x 1 a favor da Alemanha, marcou para sempre a história do futebol. Um resultado tão elástico que os próprios torcedores brasileiros passaram a tirar uma onda da situação.
Num trabalho de edição primoroso, o perfil Zekiel79, no Youtube, refez o vídeo da partida, terminando com uma incrível atuação do goleiro Júlio César diante dos germânicos e o meia Oscar definindo a vitória verde e amarela no finzinho, rumo à decisão da Copa do Mundo, com direito à narração da BBC britânica.
A derrota fica, mas no esporte ainda é possível levar no bom humor.
Afinal, estamos há 365 dias sem sofrer um gol da Alemanha…
O programa foi gravado logo após a rodada cheia da Segundona, a 11ª. Começamos o 45 minutos falando da surpreendente derrota do Náutico em Mogi Mirim, com Rivaldo em campo. Em seguida, a terceira vitória seguida do Santa Cruz, se fortalecendo para o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco. Os resultados mudaram o favorito no sábado? Opinamos. Depois, o programa seguiu para a polêmica declaração do presidente do Flamengo, dizendo ter a maior torcida em 24 dos 27 estados, o que incluiria Pernambuco. Por último, relembramos o “7 x 1”, com o maior vexame da Seleção, completando um ano.
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast de 1h28m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A rodada cheia da Série B nesta terça-feira começou às 19h30, com oito partidas, incluindo a derrota do Náutico para o Mogi Mirim no interior paulista. O mau resultado, a vitória do Bahia e o empate do América Mineiro tiraram o Timbu do G4. Agora está na 5ª posição, mas com a mesma pontuação do Bahia, um degrau acima. Depois, mais dois jogos às 21h50 completaram a 11ª rodada, um deles com a apresentação tricolor no Arruda. Na base da superação, o Santa Cruz ganhou de virada do CRB, subindo para o 10º lugar, a seis pontos da zona de classificação. Num clima bem distinto entre as equipes, agora haverá o choque em São Lourenço, com o primeiro Clássico das Emoções desta edição.
No G4, um carioca, um paraense, um mineiro e um baiano.
A 12ª rodada dos representantes pernambucanos
11/07 (16h30) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)
O Santa Cruz chegou à terceira vitória consecutiva na Série B. Antes desta arrancada, sob o comando de Marcelo Martelotte, o campeão pernambucano aparecia em 18º lugar, a dez pontos do G4, numa visível crise técnica. Com novas peças e uma injeção de ânimo, antes mesmo da estreia de Grafite, foram nove pontos somados em sequência, fazendo o Tricolor saltar para a 10ª colocação, a seis pontos da almejada zona de classificação à elite.
É verdade que o novo resultado positivo (2 x 1) esteve ameaçadíssimo nesta terça, com 9.708 tricolores apoiando no anel inferior, próximos ao campo, de olho na renovada equipe. Por pouco a defesa coral não comprometeu o triunfo. Aos 2 minutos, Danny Moraes falhou na marcação de Zé Carlos, que subiu livre para cabecear e abrir o placar para o CRB. O time da casa colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, criando oportunidades, mas caberia mesmo ao setor ofensivo se superar, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sacoman. O curioso é que apesar da desvantagem numérica o Santa sufocou o CRB, atuando o segundo tempo quase inteiro dentro do campo alagoano.
Logo na largada da etapa final, o meia João Paulo empatou num belo chute de fora da área, em sua terceira tentativa na noite. O espaço estava aparecendo. Lelê e e Nininho quase viraram o placar, mas o gol saiu com Anderson Aquino, a dez minutos do fim. Um gol para aproximar de vez a Cobra Coral da disputa mais importante. Por acaso, o próximo compromisso é no sábado, no clássico contra o Náutico na Arena Pernambuco. O Timbu deverá ceder 30% dos ingressos. Há alguma dúvida que os corais irão esgotar os 11 mil bilhetes?
A campanha do Mogi Mirim era vexatória (ainda é), com três empates e sete derrotas em dez rodadas. Nenhuma vitória. A fragilidade em campo e a falta de apoio fora dele, sempre às moscas, eram indicações claras para o Náutico buscar mais um resultado positivo fora de casa, consolidando sua campanha. Neste contexto, diante do lanterna da Série B, nem o empate. Pois o Timbu chegou a ficar à frente, num gol de de Douglas aos 30 minutos, em sua primeira investida, mas o saldo final foi decepcionante, custando até o lugar no G4.
No apito final, a comemoração pernambucana foi apenas de Rivaldo, de 43 anos. Presidente do Sapão, o melhor do mundo em 1999 se escalou numa tentativa de motivar seus atletas. Fisicamente, estava muito aquém da demanda exigida na Segundona. No segundo tempo, cansou como se esperava, sendo substituído por Gustavo, seu genro (!). Com onze jogadores “efetivos” em campo, o Mogi melhorou e incomodou a meta de Júlio César, ganhando as disputas no meio (63% de posse, segundo o Footstats) e finalizando bastante (21 x 5, no geral). Coube a Serginho, aos 25 e 42 minutos, virar a partida, 2 x 1.
O grupo timbu acusou o golpe, saindo cabisbaixo, com o discurso natural (e correto) de que “ganham todos, perdem todos”. Ao mesmo plantel, vale retomar a pegada já no sábado, no Clássico das Emoções, com mais pressão em campo e fora. Um jogo no qual Lisca terá o desfalque do lateral-esquerdo Gastón, expulso em Mogi. Outro ponto negativo numa noite para esquecer.
Eduardo Bandeira de Mello assumiu o Flamengo com uma dívida impagável, de R$ 758 milhões. Em dois anos, com uma gestão austera, o dirigente vem quebrando o senso comum. Desde 2013, já reduziu o passivo do clube carioca em R$ 138 milhões. Sem dúvida alguma, um alento ao time mais popular do país. O presidente rubro-negro vem contando com apoio de sua torcida, com o avanço dos sócios-torcedores e o consumo maciço de produtos oficiais do Mengo. Porém, o discurso do dirigente mostra uma torcida além da realidade.
Em 2015, o seu mantra tem sido o de apontar o Fla como o detentor da maior torcida em 24 unidades da Federação, considerando os 26 estados e o Distrito Federal. A mais recente foi repercutida no programa Linha de Passe, na ESPN, através do jornalista Juca Kfouri, que considerou os três estados sem domínio como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Confira algumas declarações de Bandeira de Mello sobre o mesmo tema.
“Um clube nacional como o Flamengo, com torcida em todos os lugares, não pode virar os olhos para a sua torcida do interior. Seja no Brasileiro, em amistosos ou torneios, sempre poderão ser realizados jogos em outras praças. Afinal de contas, o Flamengo é o clube mais popular em 24 das 27 unidades da Federação.” Em entrevista ao jornal O Globo, em 8 de maio de 2015.
“Em 24 dos 27 estados do Brasil, o Flamengo é o time mais popular.”
Em uma palestra na UFRJ, em 15 de maio de 2015.
“O Flamengo tem 40 milhões de eleitores, é o time preferido em 24 estados e a Nação Rubronegra deve acompanhar o voto dos parlamentares.”
Em coletiva em São Paulo, sobre a MP do Futebol, em 6 de julho de 2015
Nota-se que o nosso estado integra a visão do mandatário flamenguista, difundida sem correção. Abaixo, vale relembrar sete pesquisas de torcida realizadas em Pernambuco entre 1983 e 2014, dos mais variados institutos, incluindo o Ibope, o mais conhecido do Brasil. Em nenhum levantamento o Fla aparece à frente. Na verdade, o máximo foi alcançar o 3º lugar no primeiro estudo local feito pelo Instituto Plural, com 8%, um público localizado sobretudo no interior, uma vez que na capital a influência de times de fora é mínima.
Gallup 1983* (520 entrevistados)
1º) Sport 22,4%
2º) Náutico 14,1%
3º) Santa Cruz 12,9%
* O percentual de pessoas sem clube foi de 41%, fazendo com que os demais clubes, somados, chegassem a apenas 9,6%.
Opine 2008 (1.732 entrevistados)
1º) Sport 22,9%
2º) Santa Cruz 17,1%
3º) Náutico 6,1%
4º) Corinthians 5,3%
5º) São Paulo 5,2%
6º) Flamengo 3,9%
Maurício de Nassau 2009 (3.363 entrevistados)
1º) Sport 26,4%
2º) Santa Cruz 15,7%
3º) Náutico 8,0%
4º) Flamengo 6,8%
5º) Corinthians 4,8%
6º) Palmeiras 3,8%
Ibope 2010 (nº de entrevistados não informado)
1º) Sport 33,0%
2º) Santa Cruz 12,8%
3º) Náutico 9,0%
4º) Corinthians 8,1%
5º) São Paulo 4,6%
Instituto Plural 2011 (1.200 entrevistados)
1º) Sport 26,0%
2º) Santa Cruz 16,0%
3º) Flamengo 8,0%
4º) Náutico 7,0%
4º) Corinthians 7,0%
6º) Palmeiras 4,0%
Instituto Plural 2013 (1.200 entrevistados)
1º) Sport 22,9%
2º) Santa Cruz 13,6%
3º) Corinthians 9,3%
4º) Náutico 6,4%
4º) Flamengo 6,4%
6º) São Paulo 4,3%
Ibope 2014 (300 entrevistados)
1º) Sport 26,3%
2º) Santa Cruz 24,0%
3º) Corinthians 7,3%
4º) Náutico 5,3%
5º) São Paulo 4,0%
6º) Palmeiras 3,3%
7º) Flamengo 2,3%
Numa amplitude regional, o Flamengo detém, sim, a maior torcida, com 22,4% segundo a pesquisa mais recente no Nordeste, da Pluri Consultoria, de 2012. Uma popularidade reconhecida. Lembremos, entretanto, que as declarações do mandatário vêm focando os estados. E Pernambuco é um dos cinco do país nos quais as torcidas locais são maioria, com 60,4% (Sport + Santa + Náutico), contra 39,6% dos “forasteiros”, ainda segundo a Pluri.
Um dos mais longos programas já gravados, com 1h46min. Começamos o 45 minutos falando do Sport, que empatou em Santa Catarina, mas acabou saindo da liderança do Brasileirão. Para completar, terá pela frente o novo líder, o Galo, no Mineirão. Na sequência, analisamos o Santa, cuja estatística mudou. Se antes não ganhava, agora não perde há cinco rodadas na Série B, tendo uma boa sequência de jogos no Recife a partir de agora. O Náutico, que venceu o Oeste na Arena, foi o terceiro tópico, com as mudanças pertinentes e o grau de favoritismo diante do lanterna Mogi Mirim, fora de casa. Fora a prévia do Clássico das Emoções no sábado, o blefe do Salgueiro, Copa América…
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast, o 148º, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!