Ao que parecer, temos uma posição definitiva da CBF.
A entidade não conseguiu cassar a liminar do clube mineiro e resolveu ceder
Até mesmo para não travar o andamento da Série C, pois a não realização do confronto contra os corais transformaria a confusão numa bola de neve.
Na primeira viagem do Santa Cruz , com 2.582 quilômetros, a partida acabou cancelada.
Agora, um novo embarque coral no Aeroporto dos Guararapes para as quartas de final, com mais 2.140 quilômetros, desta vez até a Arena do Calçado, em Nova Serrana.
As duas partidas acontecerão às 16h, horário do Recife.
26/10 – Betim x Santa Cruz
03/11 – Santa Cruz x Betim
Dos tribunais para o gramado. Foco na Série B, Santinha…
A constrangedora situação do Santa Cruz na Série C, parado, à espera de uma solução no impasse jurídico entre Betim e Mogi Mirim, está ferindo todo o plano traçado pelo clube.
Quatro dias após a primeira data do jogo de ida, que não aconteceu, o tricampeão pernambucano segue sem uma agenda definida no Brasileiro.
Nesta terça-feira, o presidente coral, Antônio Luiz Neto, perdeu a paciência sobre a postura da confederação brasileira.
De forma oficial, através do perfil do clube no twitter, uma declaração raríssima entre os diretores dos clubes do país. Corajoso.
“A CBF é uma vergonha nacional”.
Você concorda com o mandatário tricolor? Sem medo algum de retaliação, ALN escancarou a falta de organização da CBF…
Detentor dos direitos de transmissão da Copa do Nordeste até 2022, o canal Esporte Interativo lançou uma enquete exclusiva para os clubes da região.
Em sua página no facebook, a tevê criou neste mês um “torcidômetro”, um ranking virtual para as maiores torcidas da região na maior rede social da web.
Ao todo, 101 clubes foram listados nas opções de voto.
Entre os 12 pernambucanos estão Santa Cruz (9.371), Sport (5.849), Náutico (1.520), Íbis (602), Central (469), Pesqueira (334), Salgueiro (306), Ypiranga (303), Araripina (138), Chã Grande (119), Serra Talhada (106) e Porto (102).
A liderança atual é do Bahia, com 14% dos votos. Você já participou… ?
Apesar dos enormes contratos com a televisão e dos novos formatos de patrocínio, os principais clubes do país seguem acumulando prejuízo. O défict entre 2007 e 2012 foi de R$ 1,77 bilhão, segundo o estudo da Pluri Consultoria. A análise traz dados dos 23 clubes de maior faturamento no Brasil.
Para se ter uma ideia, dos 138 balanços analisados, 98 apresentaram perdas. Dos 23 clubes, apenas cinco lucraram nos seis anos. Entre eles o Sport, na 5ª posição, com 7,3 milhões de reais, resultado direto do saldo positivo de 23 milhões no balanço de 2012, o maior da história do clube, apesar do descenso.
Já o Náutico, o outro pernambucano listado, aparece em 8º lugar. No entanto, com um resultado negativo de R$ 13,2 milhões. O Alvirrubro, aliás, não terminou o ano com fôlego financeiro nenhuma vez. No “melhor resultado”, em 2009, teve um prejuízo de R$ 200 mil. O Santa, apesar das multidões acumuladas nas Séries C e D, não apareceu. O retorno à Série B certamente deve mudar o patamar econômico do tricolor para os próximos estudos.
A avaliação geral da consultoria: “Os resultados mostram o total descaso com a boa gestão financeira e evidenciam que qualquer tentativa séria de Fair Play financeiro deve não apenas garantir o pagamento de salários e impostos, mas também limitar os prejuízos crônicos dos clubes, causa principal do enorme endividamento. Caso contrário teremos um Fair Play financeiro à Brasileira”.
Inicialmente, o Santa Cruz jogaria a primeira partida das quartas de final da Série C na tarde do último sábado, em Minas Gerais.
Na Arena do Jacaré, enfrentaria o Betim, no duelo 1º do A x 4º do B.
No entanto, voltou à tona a confusão sobre a punição ao Betim, com a perda de seis pontos por causa da falta de pagamento numa transferência internacional, dando início a uma batalha judicial.
Não na esfera desportiva, mas na Justiça Comum, fato que costuma travar os campeonatos no país, ao se sobrepor sempre ao STJD, como o Gama em 2000 e o Treze em 2012 (relembre aqui).
Nesse buruçu, a CBF acabou remarcando o jogo de ida para o interior de São Paulo, contra o Mogi Mirim, que de 5º colocado foi alçado ao G4 do grupo B.
O Santa Cruz, então, resolveu seguir a agenda da CBF, claro.
Viajou no sábado para São Paulo, treinou no domingo em Mogi Guaçu, a oito quilômetros do palco da partida, e nesta segunda-feira se dirigiu ao estádio.
Com tanta indefinição, era de se esperar as arquibancadas vazias em Mogi.
Todo o planejamento havia sido seguido à risca, com os times presentes, além de arbitragem e policiamento. Até mesmo uma equipe de tevê para a transmissão ao vivo para todo o país.
O contragolpe jurídico do Betim, exigindo o cancelamento da partida, saiu à tarde, com uma multia diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Ciente de que essa confusão vai longe, a direção de competições da CBF se reuniu no Rio. Bancaria a multa para viabilizar a realização do jogo?
A resposta saiu às 17h10… Faltando apenas 50 minutos para o apito inicial!
Apesar da melhor campanha, o Santa Cruz segue comendo o pão que o diabo amassou no porão do futebol nacional, cuja organização há tempos é precária.
Independentemente de quem esteja com a razão neste imbróglio, Betim ou Mogi, o Tricolor precisa urgentemente deixar essa divisão e se integrar ao futebol com a estrutura mais organizada e menos suscetível à bagunça nos tribunais, a partir da Série B. Sem jogos fantasmas…
O Náutico chegou a 21 derrotas em 30 jogos na Série A desta temporada. Com apenas 17 pontos, o Timbu vai ficando cada vez mais distante até mesmo do vice-lanterna. Os 13 pontos em relação à Ponte Preta só denotam a campanha sofrível do time de Rosa e Silva.
Com três derrotas nos últimos quatro jogos, o líder Cruzeiro acendeu a luz de alerta, apesar da claríssima vantagem ainda em vigor, agora com nove pontos.
A 31ª rodada do representante pernambucano 27/10 – Náutico x Goiás (18h30)
Jogos no estado pela elite: 3 vitórias alvirrubras, 2 empates e 1 derrota.
Há uma modalidade esportiva que não cansa de orgulhar os pernambucanos. Na base da rivalidade, o hóquei sobre patins é uma tradição com mais de 50 anos no Recife. O campeonato pernambucano é disputado desde 1959. Até hoje foram três campeões, sendo 28 títulos do Sport, 25 do Clube Português e 2 do Náutico. Confira a lista completa de vencedores aqui.
A maior luta desse esporte é, curiosamente, motivar a renovação de praticantes nos quadros dos clubes locais. O investimento, como na imensa maioria dos esportes amadores, é escasso. A paixão clubística pesa bastante no rendimento dos atletas, quase sempre torcedores dos clubes.
Com essa dedicação, o centro pernambucano foi buscando o seu espaço no cenário nacional, com várias conquistas infantis e juvenis, tanto no masculino quanto no feminino. Na principal categoria, o adulto masculino, o domínio histórico é do Sertãozinho, com 19 conquistas desde a primeira edição, em 1972. Porém, o eixo parece estar mudando.
O formato do Campeonato Brasileiro, com a disputa em uma ou no máximo duas semanas numa sede fixa, se mantém há anos. O Recife, claro, tornou-se uma das cidades mais procuradas para a organização da competição nacional. Foi além. A capital chegou a ser sede dos Mundiais de seleções em 1995, masculino, e 2012, feminino.
Nos últimas três décadas os troféus foram surgindo, sobretudo nas quadras da Ilha do Retiro e do Português. Já são oito títulos, incluindo a conquista avassaladora do Leão neste ano, com sete vitórias em sete jogos.
Sport – 1993, 1997, 2010 e 2013
Clube Português – 1980, 1981, 1998 e 2000
O Náutico, presente de forma regular na modalidade há dez anos, também já saiu da fronteira estadual, com a vitória na Copa do Nordeste de 2013
Para completar esse azeitado cenário, o maior triunfo do hóquei pernambucano, com o título sul-americano do Sport em 2012. Em plena Buenos Aires, na quadra do Huracán, então campeão continental, o Leão venceu o San Lorenzo por 5 x 4, destronando os hermanos, eternos favoritos na América.
Agora, imagine se houvesse um pouco mais de investimento nesta modalidade…
O Náutico foi goleado pela 10ª vez na Série A. Nesta campanha pífia, o Timbu vem sendo goleado a cada três rodadas, sem deixar tempo para o torcedor parar de sofrer. Na Arena Pernambuco, na noite deste sábado, outra atuação decepcionante, para ser esquecida – ou no mínimo servir para encampar mudanças. Pior. O adversário nem precisou forçar. Só precisou esperar os erros dos alvirrubros para marcar 5 x 1, marcando quatro vezes em 26 minutos.
A meta era jogar pela honra. Mas é preciso ao menos jogar futebol, ter atenção e dedicação tática para tentar driblar o abismo técnico. No momento em que Alison sai jogando de forma bisonha e entrega a bola nos pés de Thiago Ribeiro, com este chutando rápido, para o gol, fica claro que o desejo não é tão simples.
Durou apenas 40 segundos a igualdade. Após o gol, o Alvirrubro até se lançou ao ataque, de maneira pouco concatenada. Não por acaso, não levou perigo real. Dando espaço, foi vazado mais uma vez aos 21 minutos, com Cícero, com enorme espaço, chutando do mesmo local do primeiro tento. Só mudou o endereço, acertando agora o cantinho esquerdo de Ricardo Berna.
Virou goleada quatro minutos depois, numa falha clamorosa de Berna, que mesmo podendo usar os braços, foi incapaz de alcançar Everton Costa. O que já era trágico virou vergonha aos 26, com outro gol santista, de Cicinho. A partir, apenas protestos, daqueles torcedores que permaneceram no estádio já vazio, pois vários tomaram a decisão de voltar para a casa. Nem o gol de Maikon Leite no segundo tempo diminuiu a revolta, até porque aos 44 Cícero ampliou de novo.
O primeiro empate sem gols do Sport em toda a Série B veio num momento importantíssimo. Em 31 rodadas, esta foi apenas a segunda igualdade do oscilante time rubro-negro. Diante da surpreendente vice-líder Chapecoense, o disputado 0 x 0 na tarde deste sábado ajudou sobretudo a moral da equipe.
A explicação é simples, com a manutenção do clube na zona de classificação à elite. Vale a ressalva de que o Avaí tem um jogo a menos, mas até lá o G4 segue composto. Por isso, a postura precisava ser diferente em Santa Catarina, com a obrigação de somar pontos. Precisava e foi diferente.
O primeiro tempo foi de muita pegada, com o Leão apertando a marcação. Como de costume, infelizmente não contou com a ajuda dos laterais. Mas buscou o jogo. Não ficou preso lá atrás, como em outras jornadas, nas quais passou sufoco. Para evitar a pressão, nada como tentar pressionar.
O Sport só não foi mais eficiente porque Neto Baiano parecia mais interessado em discutir com o seu marcador. Na etapa final, o time, já desgastado com a maratona, foi sendo modificado. Saíram Rafael Pereira e Marcos Aurélio, dando lugar a Camilo e Jonathan Balotelli, uma surpresa de última hora.
O Leão até mandou uma na trave, numa cabeçada de Ailson, mas também se viu pressionado, nas bolas áreas. O zero no placar se manteve do outro lado porque Magrão fez duas boas defesas. Garantiu a volta para o Recife com um alento, desde que aqui seja cumprido o papel contra ASA e São Caetano…
Há uma confusão histórica acerca da famosa Taça das Bolinhas.
O clube campeão tem ou não a posse do troféu?
Que taça é aquela ainda guardada no cofre de um banco no Rio de Janeiro?
Voltemos um pouco no tempo para esclarecer essas dúvidas…
O tradicional troféu, oficialmente chamado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975, num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 156 esferas, sendo uma de ouro.
O troféu tinha um regulamento próprio para a posse. No caso, o clube precisaria ser tricampeão, com conquistas seguidas, ou penta, de forma alternada.
E assim durou a história da taça das bolinhas até 1992. No período, todos os times ergueram o belo troféu ainda no gramado, após as grandes decisões.
Após toda a festa, era preciso devolver o troféu à CBF, que a cada ano dava outro em troca. Uma réplica da taça das bolinhas, em dimensões menores.
Em fevereiro de 1988, todo o elenco do Sport se reuniu no Recife Antigo, na beira do Rio Capibaribe, para mais uma foto do título sobre o Guarani. Na cena, uma raridade no arquivo do Diario de Pernambuco, os dois troféus nas mãos dos leoninos, o original e a réplica oficial. O menor, como se sabe, segue na Ilha.
Já o troféu original saiu de cena em julho de 1992, quando o Flamengo foi campeão brasileiro mais uma vez, superando o Botafogo. O Rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista.
Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, por exemplo, só viria em 1994 -, a CBF resolveu instituir um novo troféu no ano seguinte. E a taça das bolinhas, a maior de todas elas, foi esquecida.
Por isso, em discussões como “o troféu está na Ilha”, “o troféu está na Gávea”, ou “o troféu está no Morumbi”, saiba que todos os torcedores estão certos. Só resta saber quantas réplicas cada um ganhou entre 1975 e 1992…