O surfista pernambucano Carlos Burle, de 45 anos, teve durante um bom tempo a marca de maior onda surfada no mundo. Perdeu o status em 2011. Para recuperá-lo, ele foi ao mesmo local do recorde atual, estabelecido por Garrett Mcnamara, com uma montanha de água de 30 metros de altura.
Na Praia da Nazaré, na região central de Portugal, Burle encarou uma onda gigante, como pode ser visto nos últimos 25 segundos do vídeo abaixo.
Dia de recorde? Provavelmente, mas a altura da onda só será confirmada em 2014. Além disso, Burle ainda teve um dia de herói, ao resgatar a brasileira Maya Gabeira, que também tentou surfar uma onda gigante…
Assista ao impressionante salvamento clicando aqui.
Em tempos de Arena Pernambuco, com o já famoso Padrão Fifa, os demais estádios do futebol local ficaram alguns degraus abaixo. Entretanto, os quatro maiores palcos têm muita história para contar. Nos jogos realizados, claro, e nas várias caras que Ilha do Retiro, Aflitos, Arruda e Lacerdão já tiveram.
Sim, pois se a arena em São Lourenço da Mata foi inagurada com a sua versão definitiva, os demais estádios receberam inúmeras ampliações até os formatos atuais.
Ilha do Retiro – 1955
Inaugurado em 1937, o estádio do Sport recebeu seus primeiros degraus no ano seguinte. Para o primeiro Mundial no Brasil, em 1950, a reforma foi completa, ampliando a capacidade para 20 mil pessoas. Cinco anos depois, no cinquentenário do clube, mais dois lances de arquibancada foram erguidos.
Aflitos – 1968
O estádio alvirrubro, em atividade desde 1917, recebeu a sua grande reforma na década de 1960, quando todos os setores da arquibancada foram erguidos. No ano do hexa, o Eládio apresentava um formato que duraria até 1996, quando passou por uma remodelação, até 2002.
Arruda – 1970
Os primeiros jogos do Santa Cruz em seu estádio, que sucedeu o velho alçapão coral, no mesmo terreno, aconteceram em 1965. Até em 1972, o José do Rego Maciel ganharia o seu primeiro anel completo. Foram etapas paulatinas até a Copa da Independência. Dois anos antes da Minicopa a capacidade já era de 20 mil pessoas.
Lacerdão – 1977
Antes da denominação “Luiz Lacerda”, o estádio do Central foi chamado de Pedro Victor de Albuquerque. Nada de tobogã ou arquibancada superior de cadeiras alvingeras. O palco caruaruense era bem acanhado, mas já era, naquela época a maior do interior.
Em 2002, o futebol pernambucano passou por uma transformação estrutural.
Com o sucesso da Copa do Nordeste, no formato com turno único com 16 clubes e fase final, as datas para a competição local foram bem reduzidas.
A fórmula encontrada pela FPF foi realizar um torneio à parte, antes do campeonato estadual, sem a participação dos três grandes clubes recifenses, envolvidos e focados no Nordestão.
Sete clubes disputaram entre fevereiro e março a Copa Jarbas Vasconcelos, numa homenagem ao então governador. Na final, o Central superou o Petrolina.
A receita para os interioranos foi escassa. Cada clube teve uma cota de R$ 1,5 mil por jogo. Na premiação, R$ 20 mil para o campeão e R$ 10 mil para o vice.
Em 2014, o cenário paralelo ao Nordestão será semelhante.
Santa Cruz, Sport e Náutico estarão mais uma vez no regional. Os nove clubes restantes terão mais uma competição paralela para evitar a falta de atividade.
Neste ano, na volta do regional, o regulamento apontou de forma seca o “primeiro turno”, sem distinções. Agora, uma cara independente – apesar da ligação ainda umbilical.
Também no sistema todos contra todos, mas desta vez sem final. Começa ainda neste ano, em 8 de dezembro, com 18 rodadas até 9 de fevereiro.
Ao campeão, o Troféu Miguel Arraes, numa homenagem ao avô do atual chefe do executivo estadual e govenador de Pernambuco em três mandatos.
O campeão do “Pernambuquinho”, apelido surgido em 2002, terá direito também a 50 medalhas de ouro. Ao vice, 50 medalhas prateadas.
A grande diferença está na ligação com o Estadual. Os três primeiros colocados disputarão o hexagonal decisivo, enquanto o campeão ainda ganhará vaga na Série D. Em 2002 não houve qualquer benefício técnico ao vencedor.
Como curiosidade, vale citar que já houve o Troféu Eduardo Campos, em 2009, entregue ao campeão pernambucano…
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, constuma ser bastante convicto em suas declarações.
No entanto, o dirigente escorrega algumas vezes ao depositar uma confiança bem maior do que o fato. Aqui, quatro episódios nos quais as suas certezas não se tornaram realidade. Longe disso.
Treze fora da Série C (18/06/2012)
“Acredito que vamos conseguir anular a competência do Treze, assim como foi feito com o Brasil de Pelotas. Agora nos resta esperar e torcer pela resolução do caso, para sabermos quando a Série C terá início.”
O Treze continuou ganhando todas as disputas na justiça comum e acabou articulando um acordo com a CBF. Permaneceu na Série C e retirou a ação.
Finalíssima do Pernambucano na Arena Pernambuco (22/02/2013)
“O interesse e desejo da Federação Pernambucana era que todas as partidas da final, sejam duas ou três, fossem todas realizadas na Arena Pernambuco. Mas a FPF não pode exigir dos clubes, tal compromisso, porque as equipes tem o direito referente a primeira e segunda partida. Desse modo, o regulamento da competição prevê que se por acaso houver a terceira partida, o playoff, que é muito provável, esta partida será disputada na Arena Pernambuco.”
A declaração de Evandro aconteceu sem uma consulta ao secretário extraordinário na Copa no estado, Ricardo Leitão. No fim, nem houve o terceiro jogo. Porém, àquela altura, a arena já havia sido vetada pelo governo.
Sem Clássico dos Clássicos na Copa Sul-americana (16/07/2013)
“Mudar esse jogo é mais fácil do que alterar o horário do jogo de domingo do Santa Cruz na Série C (das 19h para as 16h). O que a Comnebol divulgou foi apenas um estudo, que vai ser submetido à CBF.”
Apesar do desejo do mandatário, cuja explicação jamais foi dita publicamente com segurança, o inédito clássico internacional foi mantido pela Conmebol.
Liminar do Betim cassada (21/10/2013)
“A partida vai acontecer normalmente, porque a liminar vai ser cassada. Isso não aconteceu antes devido ao expediente da CBF, que só começa a partir das 12h. Acredito que até as 14h ou até antes tudo isto esteja resolvido”
O dirigente garantiu a disputa entre Mogi Mirim e Santa Cruz , pelas quartas de final da terceirona. Entretanto, a liminar não foi cassada e o jogo no interior paulista foi cancelado. E o Betim voltou ao campeonato.
Há uma modalidade esportiva que não cansa de orgulhar os pernambucanos. Na base da rivalidade, o hóquei sobre patins é uma tradição com mais de 50 anos no Recife. O campeonato pernambucano é disputado desde 1959. Até hoje foram três campeões, sendo 28 títulos do Sport, 25 do Clube Português e 2 do Náutico. Confira a lista completa de vencedores aqui.
A maior luta desse esporte é, curiosamente, motivar a renovação de praticantes nos quadros dos clubes locais. O investimento, como na imensa maioria dos esportes amadores, é escasso. A paixão clubística pesa bastante no rendimento dos atletas, quase sempre torcedores dos clubes.
Com essa dedicação, o centro pernambucano foi buscando o seu espaço no cenário nacional, com várias conquistas infantis e juvenis, tanto no masculino quanto no feminino. Na principal categoria, o adulto masculino, o domínio histórico é do Sertãozinho, com 19 conquistas desde a primeira edição, em 1972. Porém, o eixo parece estar mudando.
O formato do Campeonato Brasileiro, com a disputa em uma ou no máximo duas semanas numa sede fixa, se mantém há anos. O Recife, claro, tornou-se uma das cidades mais procuradas para a organização da competição nacional. Foi além. A capital chegou a ser sede dos Mundiais de seleções em 1995, masculino, e 2012, feminino.
Nos últimas três décadas os troféus foram surgindo, sobretudo nas quadras da Ilha do Retiro e do Português. Já são oito títulos, incluindo a conquista avassaladora do Leão neste ano, com sete vitórias em sete jogos.
Sport – 1993, 1997, 2010 e 2013
Clube Português – 1980, 1981, 1998 e 2000
O Náutico, presente de forma regular na modalidade há dez anos, também já saiu da fronteira estadual, com a vitória na Copa do Nordeste de 2013
Para completar esse azeitado cenário, o maior triunfo do hóquei pernambucano, com o título sul-americano do Sport em 2012. Em plena Buenos Aires, na quadra do Huracán, então campeão continental, o Leão venceu o San Lorenzo por 5 x 4, destronando os hermanos, eternos favoritos na América.
Agora, imagine se houvesse um pouco mais de investimento nesta modalidade…
Historicamente, as eleições presidenciais nos grandes clubes pernambucanos sempre focaram mandatos de dois anos no comando executivo. Durante décadas o sistema funcionou desta forma, de biênio em biênio. Somente em 2014 houve uma mudança, no Arruda, com a implantação do triênio.
Em relação ao formato da disputa, o último a adotar a eleição direta, com a participação de todos os sócios, foi o Náutico. Até 2011, apenas os membros do Conselho Deliberativo podiam votar.
Paralelamente à modernização dos estatutos, os clubes vêm convivendo com seguidos embates políticos. Se até os anos 1990 a formação do “consenso” era quase uma regra no processo eleitoral, hoje em dia o bate-chapa se tornou quase inerente às urnas nos Aflitos, no Arruda e, sobretudo, na Ilha do Retiro, que já contou até com urnas eletrônicas, com 21 equipamentos em 2000. Em Caruaru o consenso também vem passando longe.
Confira os dados das eleições com mais de uma chapa inscrita, com pleitos históricos do passado e todos os embates desde 2000, com percentuais dos votos válidos, e os curiosos nomes das candidaturas…
Última atualização em 06/12/2017
Náutico
1978 – 160 votos (apenas conselheiros)
João de Deus (Situação) – 108 votos (67,5%)
Virgínio Cabral de Melo (Oposição) – 52 votos (32,5%)
1979 – dado desconhecido
João de Deus (União e Trabalho) – vencedor
José Ventura (Movimento de Restauração Alvirrubro)
2009 – 160 votos (apenas conselheiros)
Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)
2011 – 1.632 votos
Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
Marcílio Sales (Movimento Transparência Alvirrubra) – 475 votos (29,10%)
Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)
2013 – 2.146 votos
Glauber Vasconcelos* (Movimento Transparência Alvirrubra) – 1.575 votos (73,39%)
Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)
2015 – 1.544 votos
Marcos Freitas* (Náutico de Todos) – 777 votos (50,32%)
Edno Melo (Vermelho de Luta, Branco de Paz) – 767 votos (49,67%)
Santa Cruz
1975 – 1.387
José Nivaldo de Castro (Situação) – 1.195 votos (86,15%)
José Marcionilo Lins (Oposição) – 192 votos (13,84%)
Fernando de Noronha – O principal arquipélago brasileiro no Oceano Atlântico conta com apenas 3.012 habitantes. Todos eles moram na maior das 21 ilhas e ilhotas que compõem o território de 26 km², a uma distância de 545 quilômetros do Recife.
Surfe, vela, mergulho e trilha estão entre as principais atividades de Noronha, com ampla procura por turistas. Entre os ilhéus, à parte disso, o futebol jamais foi esquecido.
No ano seguinte à integração da ilha ao estado de Pernambuco, em 1988, foi criado um campeonato regular de futebol. Amador, naturalmente.
O campeonato organizado desde 1989 foi rebatizado como Copa Noronha em 2003. São seis equipes na disputa, sendo quatro delas representando algumas das pequenas vilas espalhadas na área da ocupação, que toma metade da ilha principal. Contudo, o parque nacional marinho de Noronha detém 65% de todo o território.
Além das equipes das vilas da Conceição, Três Paus, Trinta e Floresta Nova, duas empresas também participam, a Locadora e Econoronha.
O torneio acontece de março a junho, com todos os jogos em apenas um campo. A final costuma ser pauta de reportagem na TV Golfinho, com 15 minutos diários sobre o dia a dia da comunidade.
Apesar do cenário digno de qualquer campo de várzea, oficialmente, é, sim, um “estádio”. O Salviano José de Souza Neto, o “Pianão”, numa homenagem ao melhor jogador da ilha, morto num acidente de trânsito em 2000. Naquele mesmo ano, o estádio distrital, sob o comando da administração da ilha, recebeu a última reforma.
O local não conta com arquibancadas – somente com alguns troncos de coqueiros improvisados -, mas tem sistema de refletores. Apesar da alcunha distrital, o local não está entre 39 estádios pernambucanos catalogados pela CBF (veja aqui).
O Pianão fica na Vila do Trinta, entre a Vila dos Remédios, a principal, e o Porto de Santo Antônio. Lá, os 96 jogadores federados, sendo 16 em cada time, se confraternizam a cada campeonato. Até porque todos eles se conhecem, literalmente. E para não atrapalhar o “ritmo de trabalho”, basicamente com o sol à pino, os jogos costumam acontecer à noite.
O período de disputa bate com a época chuvosa, deixando o gramando em condições melhores. Na maior parte do ano, com o clima regular, de sol forte, o piso fica bem seco. Não por acaso, os ilhéus disputam outros torneios, de futsal e vôlei de praia…
Confira o site oficial da Copa Noronha clicando aqui.
A centésima edição do Campeonato Pernambucano foi definida no conselho arbitral neste 30 de setembro. As diretorias dos dez clubes classificados – outros dois virão da vigente segunda divisão – e o departamento técnico da FPF debatarem por mais de uma hora para chegar a à fórmula final, levando em conta o calendário enxuto disponibilizado pela CBF.
No calendário oficial, seriam apenas 21 datas para o Estadual, somando todas as fases. Em tese, como sempre. Ao contrário das temporadas passadas, a imprensa só teve acesso ao salão nobre da federação após a algazarra.
A primeira novidade é o estilo europeu, forçando a barra, com a temporada 2013/2014. A competição começará em 8 de dezembro, com os nove clubes intermediários. O primeiro turno será disputado em partidas de ida e volta.
Os três primeiros colocados da fase preliminar se juntarão a Santa Cruz, Sport e Náutico e disputarão o hexagonal principal, também em turno e returno.
Em seguida, os quatro primeiros colocados avançarão ao mata-mata, com semifinal e final, ida e volta. Não haverá vantagem na campanha, gol fora de casa ou saldo de gols. Nem mesmo cartões. Em caso de igualdade nos pontos, pênaltis. Ou seja, 1 x 0 e 0 x 5 resultarão em penalidades. Apenas Santa e Sport votaram contra essa norma bizarra, proposta pelos demais clubes, diga-se.
A grande final, ao contrário dos últimos anos, em maio, será abril, no dia 13.
Ao todo, os grandes clubes da capital precisam jogar 14 partidas para levantar a taça. Já os times do interior atuarão até 30 vezes. Vale lembrar que o trio de ferro jogará o Nordestão a partir de janeiro, podendo ir de seis partidas (1ª fase) a doze jogos (final). Haja correria no calendário no ano da Copa do Mundo…
Nota 1: os times que subirem da Série A2 terão que correr para participar a elite.
Nota 2: o torneio será transmitido desde a primeira fase, através do Sportv.
A ameaça era antiga. Possível desde o primeiro dia do ano, quando entrou em vigor a nova redação da lei sobre o Todos com a Nota. Nela, os bilhetes promocionais aos grandes clubes da capital só seriam liberados mediante acordo para atuar na Arena Pernambuco. O blog já havia alertado (veja aqui).
Até então, consciente da medida impopular, que seria colocar os clubes contra a parede para forçar a adesão, o governo do estado fazia vista grossa. Nesta segunda, o comando tentou executar a regra pela primeira vez. Até porque a conta que precisa ser paga na Arena só faz aumentar…
Surpreendeu ao suspender a reserva de ingressos do TCN para Sport e Santa Cruz – o Náutico, claro, não sofreria qualquer tipo de retaliação, pois já assinou com o consórcio do empreendimento em São Lourenço.
A polêmica durou cerca de duas horas. Até que os ingressos para o próximo jogo envolvendo rubro-negros ou tricolores – no caso, Sport x Joinville – foram liberados. Logo depois, a explicação. A direção leonina cedeu à pressão e aceitou levar dois jogos da atual segunda divisão para a Arena.
Ou seja, a ida do Leão para o estádio da Copa, que poderia ser uma baita atração, acabou sendo viabilizada da forma mais antipática possível. E aí, Sport e Santa erram feio nesta negociação.
Parece faltar a compreensão sobre a ordem de importância do programa. Não é a dupla das multidões que precisa do Todos com a Nota para se manter em atividade. É exatamente o contrário, pois rubro-negros (com 164.439 pessoas cadastradas) e tricolores (101.172) correspondem a 78,55% de todos os inscritos no programa, com 338 mil usuários na região metropolitana.
Suspender os corais e os leoninos significaria, consequentemente, suspender a estrutura do programa, cujo mote é aumentar a arrecadação estatal via ICMS, através das notas fiscais angariadas pelos portadores dos cartões magnéticos do Todos com a Nota. Em 2013, só para o Recife, o repasse do estado do imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços (ICMS) já passou de R$ 456 milhões. A contrapartida aos clubes nos últimos quinze campeonatos estaduais foi de R$ 51 milhões.
Atualmente, o Sport tem 8 mil ingressos promocionais à disposição na Segundona, com R$ 13 por cada entrada. Já o Santa Cruz tem direito a 15 mil bilhetes na Terceirona. O governo banca R$ 10 por cada um.
Em caso da manutenção da suspensão, seria inviável ocupar o tobogã da Ilha de outra forma? Inclusive pelo mesmo preço. No Arruda, com 24 mil lugares no anel superior, promoções até por valores mais baixos bancariam todo o setor.
Curiosamente, esta temporada vem marcando um aumento expressivo no quadro sócios dos dois clubes, com 20.788 rubro-negros em dia e 13.658 tricolores, ambos ainda subutilizados nos respectivos borderôs. Ou seja, o público consumidor nos dois rivais é bem considerável.
Na Arena Pernambuco, o bilhete subsidiado, independentemente da divisão nacional, é de R$ 25, bem acima dos valores praticados nos dois clubes. Porém, com quase 40% nas mãos do consórcio, o que causa parte do impasse.
Portanto, o simples fato de ver uma diretoria ceder à pressão em menos de duas horas é o ponto mais estranho de toda a história. Como é possível, com números tão claros, que dirigentes das duas agremiações não saibam a esta altura o poder que têm em mãos? Talvez saibam, mas aí os bastidores realmente comandam as principais decisões, mexendo com o destino de milhares de aficionados…
Tarde de sábado, com sol forte e pouca gente na arquibancada. Em campo, no entanto, a disputa era emblemática. Ainda que na categoria júnior, valeria a primeira taça oficial na Arena Pernambuco. Após o empate em Caruaru, Náutico e Porto jogavam a finalíssima. Ao Alvirrubro, era a chance de dar a primeira volta olímpica na nova casa e, sobretudo, estabelecer a soberania na categoria Sub 20 neste século. Deu tudo certo.
Vitória incontestável do Timbu por 3 x 0. Kelvis, Marcus Vinícius e Guilherme marcaram os gols do título. Com a conquista, a segunda consecutiva, o clube chegou a cinco desde 2001, desempatando o número de taças com o Sport.
Curiosamente, esse foi o período no qual o Náutico reativou a sua estrutura de base, com o Centro de Treinamento Wilson Campos, com novos campos e, agora, alojamentos. O investimento já rendeu um retorno financeiro na negociação dos direitos econômicos de atletas como Douglas Santos, Auremir, Reynaldo e Anderson Lessa. Uma coisa puxa a outra.
1) Náutico – 2005, 2007, 2009, 2012 e 2013
2) Sport – 2001, 2006, 2010 e 2011
3) Santa Cruz – 2002 e 2003
3) Porto – 2004 e 2008
A visibilidade dos jovens atletas pernambucanos ainda ganhou um ponto a favor nesta decisão. As duas finais foram exibidas ao vivo na tevê online da FPF, uma nova ideia da entidade para transmitir seus campeonatos menos procurados pela mídia.