Censo do Flamengo para mapear os 27 estados. PE tem o menor % do Nordeste

Censo do Flamengo em março de 2016

Apontado há décadas como dono da maior torcida do Brasil, o Flamengo teria 32 milhões de torcedores segundo o estudo mais recente do Ibope, realizado em 2014. Isso se reflete diretamente em audiência e compra de produtos, entre outras vertentes. Para tornar esse número mais concreto, o clube criou o Censo Rubro-Negro, para mapear a sua torcida nos 27 estados, à parte do quadro de sócios. No formato, basta cadastrar o CPF no site oficial, meio válido, pois a internet já conta com 100 milhões de brasileiros conectados.

Promovido pela empresa Golden Goal Gestão Esportiva, o cadastro será feito de 1º de março a 28 de abril. Em quatro dias o número chegou a 30 mil pessoas, com o público masculino correspondendo a 80%, já sendo possível conferir os percentuais absolutos por estado. Tema em outras oportunidades no blog, vamos à influência do Fla no Nordeste. Sem surpresa, Pernambuco apresenta o menor percentual, o único abaixo de 1% – algo tratado como orgulho local. O índice é ainda mais relevante ao considerar que o estado tem a segunda maior população da região (9,2 milhões), abaixo só da Bahia (15,1 mi).

Sobre a torcida do Urubu, um estudo da Pluri Consultoria, feito em 2012, indicava que até 74% da torcida flamenguista estaria fora do Rio de Janeiro, com o status de “torcida nacional”. Neste primeiro cenário do censo do clube, o número cai para 58%, sendo o Distrito Federal o maior colaborador (6,6%). Lembrando que o presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, havia dito que o clube teria a maior torcida em 24 estados, o que incluiria Pernambuco, estatística rechaçada pelo blog, através de todas as pesquisas já feitas por aqui.

Percentual absoluto do Censo Rubro-Negro (até 04/03/2016)
4,50% – Bahia (1.350)
2,30% – Maranhão (690)
2,00% – Ceará (600)
1,90% – Paraíba (570)
1,70% – Rio Grande do Norte (510)
1,50% – Piauí (450)
1,40% – Sergipe (420)
1,30% – Alagoas (390)
0,89% – Pernambuco (267)

Indo além da quantidade de torcedores do Flamengo, é válido ressaltar a ideia, que dará ao clube condições de estreitar o relacionamento com os seus seguidores. Seja em campanhas de marketing, lançamento de produtos, transmissões etc. Algo que poderia ser copiado por Náutico, Santa e Sport, que hoje têm em suas páginas oficiais no facebook o único meio de análise geral.

“A maior prova de que preço tem pouca influência no público de uma partida de futebol”. A lição da Seleção ao Sport?

Print do facebook, na página do Superesportes, em 03/03/2016

O jogo entre Brasil e Uruguai, na Arena Pernambuco, em 25 de março, irá registrar o recorde de público do estádio, com 44.739 ingressos já garantidos, sendo 38 mil para o público geral e o restante repassado aos parceiros comerciais da CBF. Considerando apenas o bilhete mais barato, de R$ 57,50 (lembrando que chegou a ter entrada vendida a R$ 287), a projeção mínima de bilheteria aponta R$ 2,18 milhões. A tendência é que ultrapasse os R$ 4 milhões. Sem dúvida, um sucesso comercial. Esperado, diga-se.

Possivelmente a partir disso, o CEO do Sport, Leonardo Estevam, comentou na página do Superesportes no facebook:

“A maior prova de que preço tem pouca influência no público de uma partida de futebol”.

A frase foi sumariamente rebatida por torcedores, não só rubro-negros. Como sou um dos administradores da página, resolvi comentar também (assinando o meu nome, claro). Na minha visão, o contexto do jogo da Canarinha é completamente descaracterizado para justificar ingressos de R$ 60 numa arquibancada da Ilha do Retiro contra América-PE ou River-PI, prática recente no clube. Com clara distinção na qualidade, estrutura, oferta e demanda.

Em seguida, o dirigente treplicou:

“Inelasticidade do preço demanda. Esse conceito você precisa entender, antes de fazer uma análise qq acerca de ocupação em jogos de futebol. Sugiro o livro Fundamentos de Economia do colega professor Marco Antônio Vasconcelos. Será muito útil para você entender e evoluir nas suas análises. Aliás, todos os argumentos acima, comprovam exatamente o conceito de que no jogo de futebol é inelástica a demanda.”

Vale destacar que originalmente a sua primeira frase dizia que o preço “não tem influência”, mudando depois para “pouca influência”.

De fato, teoria é algo importante em qualquer segmento (não li o livro indicado) e no esporte não é diferente. E é preciso somar isso a dados concretos de uma área de atuação específica. No futebol, entre outras coisas, o perfil da torcida, que no caso do Sport é formado em sua maioria pessoas de poder aquisitivo baixíssimo (na capital, só 26% ganham mais de dois salários mínimos). Nessa mistura, chega-se à prática. Na qual é preciso enxergar o seu público-alvo.

Atualização: após a repercussão negativa, Estevam apagou o comentário.

O raio x das torcidas de Sport, Santa e Náutico no Recife, por sexo, idade e renda

Mascotes de Sport, Náutico e Santa. Arte: Jarbas Domingos

A vigente revisão (para cima) na precificação de ingressos e mensalidades de sócios no futebol pernambucano, sobretudo no Sport, levantou o debate sobre o impacto das medidas em relação às respectivas torcidas. Seria um caminho necessário para o fortalecimento econômico do clube, cenário já visto no Corinthians e no Palmeiras? Seria um caminho excludente para a maioria da torcida? Ou seria apenas uma forma de afastar as torcidas organizadas?

As perguntas seguem em análise. Para reforçar o tema, o blog esmiuçou a última pesquisa de torcida realizada na capital pernambucana, pelo Plural Pesquisa. Em setembro de 2015 o instituto ouviu 800 pessoas no Recife, seguindo a divisão estatística da população, por sexo, faixa etária, grau de instrução e renda, com margem de erro de 3,46%. Indo além do tamanho absoluto de cada massa, número já publicado, o blog resolveu traçar um raio x de cada torcida, separadamente, numa projeção do estudo com o dado mais recente do IBGE, que aponta uma população de 1.617.183 habitantes.

Entre outras particularidades, o fato de o Leão, em maior número em todos os quesitos, ter mais torcedoras que torcedores. Em relação à renda, o tema original, 74% dos leoninos ganham no máximo dois salários mínimos. Logo, a imensa maioria é pobre. No Santa, reconhecido como “povão”, o mesmo índice é de 65%. Sobre a idade, a torcida timbu é, proporcionalmente, a mais velha, com 40% acima de 50 anos. Necessita de títulos para fomentar uma renovação.

Um verdadeiro perfil de rubro-negros, tricolores e alvirrubros…

Sport (39%) – 630.701 torcedores*
Sexo
304.677 (48%) – Homens
330.067 (52%) – Mulheres

Faixa etária
253.897 (40%) – 16-29 anos
241.202 (38%) – 30-49 anos
139.643 (22%) – Mais de 50 anos

Escolaridade
57.126 (9%) – Até o ensino fundamental I completo
247.550 (39%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
330.067 (52%) – Ensino médio completo a ensino superior completo

Renda familiar
253.897 (40%) – Até 1 salário mínimo
215.813 (34%) – De 1 a 2 salários min.
165.033 (26%) – Mais de 2 salários min.

Santa Cruz (28%) – 452.811 torcedores*
Sexo
232.308 (52%) – Homens
214.438 (48%) – Mulheres

Faixa etária
138.491 (31%) – 16-29 anos
174.231 (39%) – 30-49 anos
134.024 (30%) – Mais de 50 anos

Escolaridade
44.674 (10%) – Até o ensino fundamental I completo
187.633 (42%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
214.438 (48%) – Ensino médio completo a ensino superior completo

Renda familiar
147.426 (33%) – Até 1 salário mínimo
142.958 (32%) – De 1 a 2 salários min.
156.361 (35%) – Mais de 2 salários min.

Náutico (10%) – 161.718 torcedores*
Sexo
81.445 (51%) – Homens
78.251 (49%) – Mulheres

Faixa etária
39.924 (25%) – 16-29 anos
55.893 (35%) – 30-49 anos
63.878 (40%) – Mais de 50 anos

Escolaridade
9.581 (6%) – Até o ensino fundamental I completo
51.102 (32%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
99.012 (62%) – Ensino médio completo a ensino superior completo

Renda familiar
51.102 (32%) – Até 1 salário mínimo
52.699 (33%) – De 1 a 2 salários min.
55.893 (35%) – Mais de 2 salários min.

* A soma pode não chegar ou mesmo ultrapassar os 100% por causa com arredondamento, via Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).

Pernambucano passa de 100 mil pessoas nas arquibancadas após 68% dos jogos

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Náutico. Crédito: Premiere/reprodução

O Campeonato Pernambucano precisou realizar 68% dos 92 jogos previstos em 2016 para ultrapassar a básica barreira de 100 mil torcedores contabilizados. Nas últimas rodadas, a média geral teve uma tímida evolução, com 1.392, 1.587 e 1.651. O salto deve ocorrer mesmo no mata-mata. Até lá, por mais que o hexagonal do título tente colaborar, o outro hexagonal, o da permanência, joga contra. Nesta atualização do levantamento de público e renda, feito pelo blog, foram somados seis jogos da fase que irá rebaixar dois clubes, com apenas 1.298 espectadores. O índice foi de 216 testemunhas! Inviável.

Sobre o ranking de público total, o Sport conseguiu alcançar a média de 10 mil. No entanto, o clube já disputou os seus dois clássicos na fase classificatória, ambos com 14 mil torcedores. O Náutico ainda jogará um, enquanto o Santa – atual “campeão das arquibancadas” – terá dois clássicos no Arruda. Já em relação à arrecadação, com R$ 1,6 milhão, a FPF já recolheu R$ 132.923, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.

Dados atualizados até 1º de março, com a 5ª rodada do hexagonal do título e a 8ª rodada do hexagonal da permanência.

1º) Sport (3 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 31.889 torcedores
Média de 10.633
Taxa de ocupação: 38.75%
Renda: R$ 679.217
Média: R$ 226.405
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.786 / M: 2.786

2º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena)
Público: 12.189 torcedores
Média de 6.094
Taxa de ocupação: 13,29%
Renda: R$ 305.385
Média de R$ 152.692
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.893 / M: 2.893

3º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 11.625 torcedores
Média de 5.812
Taxa de ocupação: 11,49%
Renda: R$ 116.800
Média de R$ 58.400
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 11.625 / M: 5.812

4º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 7.295 torcedores
Média de 3.647
Taxa de ocupação: 30,21%
Renda: R$ 27.537
Média: R$ 13.768

5º) Central (6 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 17.017 torcedores
Média de 2.836
Taxa de ocupação: 14,18%
Renda: R$ 333.675
Média de R$ 55.612

6º) América (5 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 1 na Ilha e 1 no Arruda*)
Público: 4.581 torcedores
Média de 916

Taxa de ocupação: 3,96%
Renda: R$ 80.290
Média de R$ 16.058 
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 62 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 102.363
Média: 1.651 pessoas
Arrecadação: R$ 1.661.549
Média: R$ 26.799
* Foram realizadas 63 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 77.115
Média: 5.141 pessoas
Arrecadação: R$ 1.444.414
Média: R$ 96.294

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Central 0x1 Santa Cruz. Crédito: Rede Globo/reprodução

As referências pernambucanas no bar temático de futebol em São Paulo

Bar São Cristóvão, em São Paulo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Ao entrar em um bar temático de futebol, a reação do público é quase sempre a mesma. A procura de uma relação com a sua origem, pela representatividade. Seja com uniforme, foto, flâmula, ingresso, faixa de campeão, carteira de sócio etc. Numa passagem em São Paulo, fui ao bar São Cristóvão, homenageando o carismático (e frágil) clube carioca que revelou Ronaldo Fenômeno.

Fincado na Vila Madalena desde abril de 2000, o local conta com incontáveis peças, até no teto. Barça e Real? Estão lá, mas se ficasse nisso, francamente, não teria tanta graça. Vá além. Pense em Auto Esporte-PB, Alecrim-RN, Galícia-BA. Estão todos lá. Muitas levadas pelos próprios clientes. O motivo? A presença do rival na parede. O futebol pernambucano, claro, está representado. Logo na entrada, uma flâmula do Sport sobre o título da Copa do Brasil de 2008 – admito que esta me causou surpresa, pois caso o Timão tivesse ficado com o título, seria bem improvável encontrar o mesmo objeto num bar no Recife.

Dentro, uma faixa do Santa Cruz pelo título estadual de 2011 e uma flâmula antiga do Náutico. Na parede do espaço central, duas pequenas garrafas de cachaça de Central e Porto, juntas. Reconhecido nacionalmente (pela ruindade), o Íbis também se faz presente com um uniforme. No bar ainda é possível ver adesivos dos clubes na chopeira e até uma bandeira do Leão

Ao sair do bar, a reação é quase sempre a mesma… Tirar fotos.

Bar São Cristóvão, em São Paulo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Bar São Cristóvão, em São Paulo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Bar São Cristóvão, em São Paulo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Bar São Cristóvão, em São Paulo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Ademir Cunha ganha a cara do América, ainda longe do status estrutural de 1982

Estádio Ademir Cunha após nova pintura em fevereiro de 2016. Crédito: twitter.com/america_pe

O estádio Ademir Cunha foi inaugurado em 9 de maio de 1982, após dois anos de obras. Orçado em 300 milhões de cruzeiros, o palco, o mais moderno do Grande Recife até então, foi concebido para receber até 30 mil torcedores, em normas de segurança bem distintas das atuais. Num amistoso de portões abertos, com ocupação máxima, o Sport venceu o Paulistano por 2 x 0, com Betinho marcando de pênalti o primeiro gol da história e mexendo no placar eletrônico, inédito no estado, como frisou o Diario de Pernambuco. Foi a casa do Paulistano até 1993, caindo em desuso, com a evidente falta de cuidados da prefeitura. Em 2005, o extinto Manchete atuou por lá, mas a pá de cal veio no ano seguinte, com o tumulto no jogo Estudantes x Sport, superlotado.

Estádio Ademir Cunha após nova pintura em fevereiro de 2016. Crédito: www.blogdomequinha.com.b

Foram cinco anos de interdição até adoção do América, um andarilho do futebol local desde o América Parque. Se comprometeu junto ao Ministério Público com a manutenção e passou a jogar lá, mesmo com a situação ainda precária, com o público já limitado a 12.500. A classificação à fase principal do Estadual de 2016 chamou a atenção devido aos confrontos contra os grandes. Dito e feito, com o (justo) veto de 40 dias. Com a ajuda de colaboradores, o alviverde adquiriu 80 metros de tapete de grama para contornar os buracos do campo e reabrir a sua “casa”. Além de reformas (bancos, banheiros etc), a arquibancada recebeu uma mão de tinta. Do cimento aparente passando pelo branco, amarelo e agora o verde, como registra o Blog do Mequinha. Outra cara.

Estádio Ademir Cunha com a pintura antiga no início de fevereiro de 2016. Crédito: Júlio Jacobina/DP

Resumo da 5ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2x0 Náutico, América 1x3 Salgueiro e Central 0x1 Santa Cruz. Fotos: Rafael Martins/Esp DP (Ilha), Ricardo Fernandes/DP (Arruda) e Marlon Costa/Esp DP (Lacerdão)

O Sport ganhou o segundo clássico seguido no Estadual, de novo mostrando superioridade na Ilha, desta vez com 14.504 torcedores. Com o resultado, o time se aproxima da liderança, ainda nas mãos dos alvirrubros, apesar do primeiro revés na competição – caiu o último invicto. Em Caruaru, com 2.177 pessoas (maioria coral), o Santa voltou a vencer, mas sem convencer. Ao menos entrou no G4. Encerrando a rodada, o andarilho América mandou o seu jogo no Arruda, com apenas 262 torcedores. No Mundão vazio, o Salgueiro venceu.

Hoje, as semifinais seriam Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport. 

Em 15 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 33 gols, com média de 2,2. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Cássio (Salgueiro), Ronaldo Alves e Bergson (Náutico), Gaibu (América), Grafite (Santa), Túlio de Melo e Lenis (Sport) lideram com 2 gols.

Sport 2 x 0 Náutico – O Náutico estava invicto, sem sofrer gols. As duas marcas caíram, com o rival de longa data mandando na partida.

Central 0 x 1 Santa Cruz – Pegando um rebote de Grafite, Keno marcou o gol solitário em Caruaru, numa tarde de pouco futebol. Retomada?.

América 1 x 3 Salgueiro – Com quinze minutos o Carcará já vencia por dois gols, encaminhando a terceira classificação seguida à semifinal.

Destaque: Lenis. O colombiano custou mais de R$ 3 milhões ao Sport, mas já foi decisivo nos dois clássicos que disputou na temporada

Carcaça: Central. Uma campanha vexatória, com cinco derrotas em cinco jogos, sendo três em casa. Hoje, é um moribundo no hexagonal.

Próxima rodada
05/03 (17h00) – Santa Cruz x Central, Arruda
06/03 (16h00) – Salgueiro x América, Cornélio de Barros
06/03 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 5ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

O novo recorde de público da Arena Pernambuco: 44.739 espectadores

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

O novo recorde de público da Arena Pernambuco foi garantido antes de a bola rolar. Em apenas quatro dias de venda pela internet foi esgotada a carga de 44.739 bilhetes para o duelo entre os craques Neymar e Luis Suárez, já somando as entradas promocionais da confederação brasileira de futebol, distribuídas junto aos parceiros comerciais. Foram 38 mil ingressos para o público geral, todos com uma inesperada “taxa de conveniência” de 15% devido à venda online. A título de curiosidade, considerando a entrada mais barata (R$ 57,50), a arrecadação bruta será de pelo menos R$ 2,18 milhões.

Inicialmente, por questão de segurança, seriam no máximo 43 mil espectadores no jogo válido pelas Eliminatórias da Copa, mas o número acabou sendo ampliado. Agora, para a ocupação total das cadeiras vermelhas, restam 1.475 assentos. Com o público recorde já garantido na projeção, o borderô irá superar a marca estabelecida na Série A de 2015, na vitória leonina sobre os são paulinos, com quase 42 mil torcedores presentes. Como o jogo da Seleção ainda não ocorreu, obviamente, a entidade pode receber pedidos de cancelamentos. Mas, de toda forma, os ingressos devolvidos seriam revendidos.

A evolução dos recordes da Arena
26.803 – Náutico 1 x 1 Sporting-POR (22/05/2013)
41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai (16/06/2013)
41.876 – Alemanha 1 x 0 Estados Unidos (26/06/2014)
41.994 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015)
44.739 – Brasil x Uruguai (25/03/2016)

Abaixo, os recordes dos principais estádios do Grande Recife:

Arruda
96.990, o recorde de público (Brasil 6 x 0 Bolívia, 29/08/1993)
60.044, a capacidade atual
161%, a taxa de ocupação do recorde
80.203, o recorde entre clubes (Náutico 0 x 2 Sport, 15/03/1998)

Arena Pernambuco
44.739, o recorde de público (Brasil x Uruguai, 25/03/2016)
46.214, a capacidade atual
96%, a taxa de ocupação do recorde
41.994, o recorde entre clubes (Sport 2 x 0 São Paulo, 19/07/2015)

Ilha do Retiro
56.875, o recorde de público (Sport 2 x 0 Porto, 07/06/1998)
32.983, a capacidade atual
172%, a taxa de ocupação do recorde 

Aflitos
31.061, o recorde de público (Náutico 1 x 0 Sport, 21/07/1968)
22.856, a capacidade atual
135%, a taxa de ocupação do recorde 

Sobre o Arruda, com invasões e borderôs não contabilizados, clique aqui.

O torcedômetro do aplicativo oficial do Pernambucano, com 37 mil cadastrados

Torcedômetro do aplicativo do Campeonato Pernambucano de 2016, em 29/02/2016

O aplicativo oficial do Campeonato Pernambucano de 2016 completou um mês no ar, com 17 mil usuários no período. Com a data redonda, o blog traz o “torcedômetro” do programa gratuito, com a opção de escolha entre os times da primeira divisão. Há uma particularidade na lista, que soma os downloads do aplicativo em suas três versões (2013, 2014 e 2016), o que faz com um mesmo torcedor, em tese, possa ter votado mais de uma vez. O blog projetou o percentual a partir do número total de cadastros, 37.367, fornecido pelo representante da empresa de softwares Look Mobile, Eduardo Pires.

A liderança é coral, com 23%, ou quase nove mil pessoas cadastradas. Índice mantido desde a versão passada. Hoje, o Trio de Ferro representa 60%, um número bem abaixo da média. Isso acontece devido aos curiosos dados dos times do interior. O Central, por exemplo, soma 14%, com uma proximidade irreal dos clubes da capital. Em pesquisas de torcida, com metodologias tradicionais, a Patativa não chega a 1% no estado. Somando os nove times intermediários, o número de usuários conectados seria de 39,04%.

Uma explicação plausível seria a utilização na primeira fase, sem os grandes.

Usuários do aplicativo do PE2016
1º) Santa Cruz – 23,62% (8.826)
2º) Sport – 20,42% (7.630)
3º) Náutico – 16,92% (6.322)
4º) Central – 14,16% (5.291)
5º) Porto – 5,13% (1.916)
6º) América – 4,78% (1.786)
7º) Serra Talhada – 4,02% (1.502)
7º) Pesqueira – 4,02% (1.502)
9º) Vitória – 3,93% (1.468)
10º) Salgueiro – 2,90% (1.083)
11º) Belo Jardim – 0,05% (18)
11º) Atlético – 0,05% (18)

Links para baixar o aplicativo: iOS e Android.

Podcast 45 (220º) – Análise da vitória do Sport no Clássico dos Clássicos na Ilha

O Clássico dos Clássicos dominou a pauta desta edição do 45 minutos, com um debate sobre o jogo, com superioridade rubro-negra do começo ao fim, e as consequências do resultado, sendo o segundo triunfo do Leão em clássicos nesta temporada e decretando o fim da invencibilidade do Náutico. Na sequência, uma passagem sobre a recuperação do Santa, na magra vitória sobre o Central, em Caruaru. Por fim, a conversa chegou no UFC, com a volta de Anderson Silva, derrotado em Londres. Hora de parar?

Neste podcast, com 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!