A bilheteria móvel do Santa Cruz dialoga com uma parcela considerável da torcida

A bilheteria móvel do Santa Cruz

Em temos de otimização da venda de ingressos para jogos de futebol, com compra online, prioridade aos sócios e vendas em pontos físicos descentralizados, o Santa Cruz recorreu a um formato bem antigo, visando as decisões em abril. O clube disponibilizou dois carros de som, um circulando na zona norte do Recife, e outro se revezando entre Olinda e Paulista. Ao todo, 26 bairros. Locais com histórico de forte presença coral. E aí está ponto-chave desta ideia, o diálogo com uma parcela menos favorecida da torcida.

Considerando o último raio-x da massa tricolor, produzido pelo Ibope, 74% da torcida recebe no máximo dois salários mínimos. Quase 1/3 é formado pelas classes D e E, nas quais o plano de sócios dificilmente alcança, nas quais o pagamento via cartão de crédito/débito dificilmente é possível, nas quais o deslocamento ao Arruda acaba gerando uma despesa extra. Por isso, a venda através de uma “bilheteria móvel”, somada a uma venda casada, com R$ 15 pelos bilhetes das semifinais do Campeonato Pernambucano (vs Salgueiro, 15/04) e da Copa do Nordeste (vs Sport, 30/04). Desconto de R$ 5.

Ponto para o tricolor, estimulando a sua torcida, que, como as demais do estado, segue devendo bastante nesta temporada.

Média de público do Santa Cruz em 2017
Estadual – 5.571 pessoas (5 jogos)
Nordestão – 9.851 pessoas (4 jogos)
Geral – 7.473 pessoas (9 jogos)

Torcida do Santa Cruz por classe social (Ibope 2014)
A/B: 265.206 (ou 12% dos torcedores)
C: 1.237.629 (ou 56% dos torcedores)
D/E: 707.216 (ou 32% dos torcedores)

As localidades da bilheteria móvel do Santa Cruz

Os rankings de dívidas fiscais dos clubes brasileiros com a Previdência e a União

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

O Sportv divulgou um interessante levantamento sobre as dívidas dos clubes brasileiros junto à Previdência, colhendo dados diretamente na Procuradora Geral da Fazenda Nacional, a PGFN. Somando todos os times, chega-se a R$ 800 milhões – o rombo previdenciário do país é de R$ 450 bi. A lista traz os quatro grandes do futebol carioca entre os cinco primeiros colocados, deixando claro como a gestão no Rio foi mal tratada durante muito tempo.

Entretanto, o ranking é extenso, com o Trio de Ferro do Recife presente, com Náutico 9º, Santa 13º e Sport 19º. Essas dívidas serão parceladas no acordo com o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut. O programa, sancionado pelo governo federal em 5 de agosto de 2015, tem como objetivo refinanciar as dívidas fiscais dos clubes em até vinte anos, com a primeira parcela sendo paga em 2018.

As maiores dívidas com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 83.863.163  Flamengo 
2º) R$ 54.950.505  Atlético-MG
3º) R$ 49.785.558  Fluminense
4º) R$ 45.667.430  Botafogo
5º) R$ 41.757.794  Vasco
6º) R$ 41.722.323 – Corinthians
7º) R$ 37.356.576 – Portuguesa
8º) R$ 34.474.615 – Guarani
9º) R$ 22.572.074 – Náutico
10º) R$ 16.878.668 – Vitória

As dívidas dos principais clubes do NE com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 22.572.074 – Náutico
2º) R$ 16.878.668 – Vitória
3º) R$ 14.907.200 – Santa Cruz 
4º) R$ 13.741.000 – Bahia 
5º) R$ 9.633.404 – Sport
Subtotal – 77,7 milhões de reais

A reportagem assinada por Fred Justo focou nas dívidas previdenciárias. Porém, a dívida com o poder público é bem maior. No futebol pernambucano, por exemplo, existem pendências de tributos federais, FGTS, INSS e demandas com a Justiça do Trabalho e com a Prefeitura do Recife.

Nesta escala ampla, o banco Itaú BBA esmiuçou os últimos balanços oficiais dos clubes, resultando no relatório Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016Para fins de avaliação, o banco utilizou “todas as dívidas fiscais registradas no passivo exigível a longo prazo”, que em tese abarcam todos os tributos renegociados. Assim, a dívida fiscal absoluta dos 27 clubes analisados chegou a 3,2 bilhões de reais (lista abaixo). O Botafogo, por exemplo, teria R$ 490 milhões a mais em relação ao ranking acima.

As maiores dívidas fiscais do futebol brasileiro (julho/2016)
1º) R$ 535 milhões – Botafogo
2º) R$ 347 milhões – Flamengo
3º) R$ 268 milhões – Vasco
4º) R$ 258 milhões – Atlético-MG
5º) R$ 237 milhões – Fluminense
6º) R$ 190 milhões – Corinthians
7º) R$ 167 milhões – Cruzeiro
8º) R$ 166 milhões – Santos
9º) R$ 146 milhões – Bahia
10º) R$ 124 milhões – Coritiba

As dívidas fiscais dos principais clubes do NE (julho/2016)
1º) R$ 146 milhões – Bahia
2º) R$ 115 milhões – Náutico
3º) R$ 47 milhões – Sport
4º) R$ 26 milhões – Santa Cruz
5º) R$ 25 milhões – Vitória
Subtotal – 359 milhões de reais

Neste emaranhado, ainda há outro ranking. Há dois anos, a ESPN apresentou um relatório sobre as dívidas dos clubes na União (abaixo), também apurado junto à PGFN, mas sem detalhar a área. Vale destacar que a partir de 2018 o clube que disputar a Série A “não poderá ter dívidas perante a administração pública”, segundo a recém-criada Licença de Clubes da CBF. A regularização de todos os pagamentos – obtendo as certidões negativas – já seria suficiente para o cumprimento do item 30, que também será aplicado nas demais séries de forma escalonada: B (2019), C (2020) e D (2021). Haja Profut…

As maiores dívidas com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 284,2 milhões – Atlético-MG 
2º) R$ 235,0 milhões – Flamengo 
3º) R$ 215,4 milhões – Botafogo 
4º) R$ 186,5 milhões – Corinthians 
5º) R$ 173,9 milhões – Fluminense 
6º) R$ 148,8 milhões – Vasco 
7º) R$ 129,6 milhões – Internacional 
8º) R$ 101,9 milhões – Guarani 
9º) R$ 73,8 milhões – Palmeiras 
10º) R$ 68,6 milhões – Portuguesa

As dívidas dos principais clubes do NE com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 59,1 milhões – Sport
2º) R$ 50,3 milhões – Vitória

2º) R$ 45,6 milhões – Náutico
3º) R$ 42,4 milhões – Santa Cruz
4º) R$ 21,7 milhões – Bahia
Subtotal – 219,1 milhões de reais

Obs. Com a diferença de um ano em cada lista, obviamente é possível a mutação da dívida, para mais ou para menos.

Antes do mata-mata, Estadual registra 112 mil torcedores e renda de R$ 1,1 milhão

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz 1x2 Náutico. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Após 91% da tabela programada, ou 87 de 95 jogos, o Campeonato Pernambucano de 2017 registra uma média de 1,4 mil pessoas. Baixíssima, com apenas duas partidas acima de dez mil espectadores. Após mais um clássico esvaziado, desta vez com 5.055 espectadores, para Santa 1 x 2 Náutico, a competição finalmente chega à hora da verdade. Serão oito jogos decisivos, com quatro nas semifinais, dois na disputa de terceiro lugar e dois na final. É a chance concreta para evitar a pior média de público da história, desde que a federação passou a contabilizar o dado oficial, há 27 anos.

Para não ficar atrás da edição de 1997, que encerrou com 2.080 testemunhas, é preciso somar ao menos 68.081 pessoas nos jogos restantes – com isso, alcançaria 2.081. Com o torneio à vera, é até provável que se estabeleça o necessário índice de 8.510 no período. Entretanto, o quadro mostra que a maior parte da competição segue pouco atrativa. Em relação à arrecadação, também aquém, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 1,1 milhão, a federação já arrecadou R$ 91.704.

Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03)
6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03)
5.055 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (Arruda, 10/04) 
5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)

Dados até a 10ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 27.856 torcedores
Média de 5.571
Renda: R$ 248.840
Média de R$ 49.768  

2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 24.589 torcedores
Média de 4.917 
Renda: R$ 311.325
Média de R$ 62.265 

3º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 15.287 torcedores
Média de 3.057 
Renda: R$ 226.010
Média de R$ 45.202 

4º) Salgueiro (8 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 19.019 torcedores
Média de 2.377  
Renda: R$ 76.974  
Média de R$ 9.621   

5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda)
Público: 8.573 torcedores
Média de 1.071  
Renda: R$ 116.750  
Média de R$ 14.593  

6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena)
Público: 3.572 torcedores
Média de 446 
Renda: R$ 26.522 
Média de R$ 3.315 

Geral – 79* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 112.966 
Média: 1.429 pessoas
Arrecadação: R$ 1.146.311  
Média: R$ 14.510  
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 86.631 
Média: 2.887 pessoas
Arrecadação total: R$ 917.155  
Média: R$ 30.571  

Podcast – As semifinais do Estadual 2017

O Clássico das Emoções no Arruda, com vitória timbu, encerrou o hexagonal do Pernambucano de 2017. Definiu o emparelhamento da semifinal, cujo G4 já estava definido há tempos. Com o Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, o torneio ‘começa’ de verdade. São quatro jogos até o título, sem espaço para times alternativos e foco minimizado. O 45 minutos analisou o chaveamento, com os destaques e problemas de cada um, até porque a disputa já começa neste fim de semana. Como Bahia e Vitória estão envolvidos no Nordestão com os rivais do Recife, também passamos pelo campeonato baiano.

Neste podcast, de 1h34, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Santa e a força defensiva pelo tri

Pernambucano 2017, 7ª rodada: Santa Cruz 5 x 1 Central. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

O Santa Cruz passou por uma grande reformulação no elenco. Do time campeão estadual e regional em 2016, apenas os laterais Tiago Costa e Vítor permaneceram após o descenso na Série A. Até o ídolo Tiago Cardoso saiu, com o ex-alvirrubro Júlio César ocupando (e bem) a vaga. Com Vinícius Eutrópio à frente do processo, o tricolor surpreendeu, mostrando competitividade rapidamente. Avançou em duas frentes, chegando às semis do Pernambucano e do Nordestão. Embora tenha adversários com mais receita e elenco nos torneios, o Santa também se faz presente para buscar novas taças. Com uma equipe inferior àquela do primeiro semestre anterior.

Hoje, está com a defesa estabilizada, o que só ocorreu após a entrada de Anderson Salles na vaga de Jaime – para completar, o zagueiro tornou-se a principal arma ofensiva, com uma bola parada calibradíssima. Embora o time tenha sofrido 10 gols, pode-se avaliar o desempenho a partir do regional, onde não poupou ninguém. Na Lampions, tomou apenas 2 em 8 jogos. Já o ataque é o empecilho nos dois torneios. Pitbull é única certeza, com seguidos testes. O tricolor até teve o ataque mais positivo no hexagonal, mas foram 13 gols diante de Central e Belo Jardim. Contra os demais, os classificados, enfrentou dificuldades. Encontrando uma solução, abre-se o caminho para o tri.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 7 participações e 5 classificações
Vs Salgueiro na semifinal: 1 confronto (2012) e 1 classificação

O esquema tático coral é sustentado pela força dos volantes, jogadores de confiança de Eutrópio. Com David e Elicarlos retendo a bola, cresce a chance

Formação básica do time titular do Salgueiro no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Anderson Salles. Com 4 gols de falta, 2 bolas no travessão e outras tentativas com perigo, o zagueiro vem mostrando um aproveitamento impressionante na bola parada rente à área, sendo elogiado até por Juninho Pernambucano.

Aposta
Léo Costa. O meia começou o ano como o principal nome tricolor, tanto na criação de jogadas quanto nos arremates de média distância. Depois, queda técnica e lesão. Perdeu espaço, mas pode ser ‘o organizador’ do ataque.

Ponto fraco
Éverton Santos. Parecia uma boa indicação – considerando custo/benefício -, mas ainda não rendeu o esperado. O artilheiro do hexagonal é o ponto fraco?! Sim. Dos 5 gols, 4 foram diante do Central, o que muda a leitura.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
16 pontos (4º lugar)
4 vitórias (3º que mais venceu)
4 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
10 gols sofridos (4ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 5 x 1 Central, em 18 de março, no Arruda.

Ranking dos pênaltis e das expulsões (10)

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Central 1 x 3 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

Na última atualização das listas levantadas pelo blog, com pênaltis e expulsões no Estadual 2017, o Sport tomou a dianteira no ranking de pênaltis a favor. Na 10ª rodada, o rubro-negro teve uma penalidade marcada (e convertida por Lenis) no último lance do jogo contra o Central, no Arruda. Terminou o ranking com quatro marcações, embora tenha desperdiçado duas.

A situação mais curiosa foi a do Salgueiro, que não viu um pênalti sequer em seus jogos. Nem a favor nem contra. Apesar da “participação insossa” do Carcará neste contexto, este hexagonal foi o recordista em penalidades assinaladas, com cinco a mais que o recorde anterior. Lembrando que o blog só enumera as marcações na fase principal (turno ou hexagonal).

Hexagonal
2014 – 6 pênaltis e 6 vermelhos
2015 – 7 pênaltis e 11 vermelhos
2016 – 9 pênaltis e 11 vermelhos
2017 – 14 pênaltis e 7 vermelhos

Vamos à atualização das duas listas levantadas pelo blog após 30 jogos.

Pênaltis a favor (14)
4 pênaltis – Sport (desperdiçou 2)
3 pênaltis – Santa Cruz (desperdiçou 1) e Náutico (desperdiçou 1)

2 pênaltis – Belo Jardim e Central
Sem penalidade – Salgueiro

Pênaltis cometidos (14)
5 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1) e Central (defendeu 1)
2 pênaltis – Santa Cruz 
1 pênalti – Náutico (defendeu 1) e Sport

Sem penalidade – Salgueiro

Cartões vermelhos (7)
1º) Salgueiro – 2 adversários expulsos; 1 vermelho
2º) Sport e Náutico – 2 adversários expulsos; 1 vermelho

4º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 2 vermelhos
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho  

Confira os rankings anteriores, de 2009 a 2016, clicando aqui.

Salgueiro x Santa e Náutico x Sport, as semifinais do Pernambucano de 2017

Semifinais do Pernambucano de 2017: Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As semifinais do Campeonato Pernambucano de 2017 reúnem, sem surpresa, os clubes que mais disputaram essa fase do torneio, cujo formato foi implantado em 2010. Até hoje, apenas Santa e Sport participaram de todos os mata-matas. Por sinal, dividem também os títulos no período, com larga vantagem coral, 5 x 2. Além disso foram quatro finais, vencidas pelo tricolor.

Curiosamente, em seis anos sequer precisaram da melhor campanha na fase classificatória para ficar com a taça. O tricolor, aliás, nunca encerrou a primeira etapa na liderança, mostrando força na hora da verdade. A exceção foi justamente no primeiro ano. Em 2010, o Sport foi o melhor de ponta a ponta, quando sagrou-se pentacampeão. Desde então, o copeirismo reina.

As melhores campanhas da fase classificatória do Pernambucano e as campanhas dos campeões de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo no retrospecto estadual, o Náutico já liderou três vezes a primeira fase, mas ainda não conquistou o título neste formato – por sinal, é o clube, entre o G4, há mais tempo sem disputar a decisão, três anos (quadro abaixo). Quanto ao Salgueiro, fica o ‘peso’ da liderança. Disputando a semi pela 4ª vez seguida, o Carcará pode quebrar dois tabus. Seria o campeão troféu do interior e o primeiro campeão de ponta a ponta em sete anos. Acredita?

As campanhas no mata-mata do Estadual de 2010 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As semis de 2017 repetem os confrontos de 2012. Na ocasião, o Santa tirou o Salgueiro (no saldo) e o Sport eliminou o Náutico (fez quatro pontos). Em jogo agora, além do título, estão três vagas na Copa do Brasil e outras três no Nordestão de 2018. Não há premiação extra além da cota de tevê já paga, com R$ 950 mil aos grandes e R$ 110 mil aos intermediários, cada.

Análise dos semifinalistas: Salgueiro, Náutico, Sport e Santa Cruz.

Qual será a final do Pernambucano de 2017?

  • Santa Cruz x Sport (39%, 617 Votes)
  • Salgueiro x Sport (34%, 545 Votes)
  • Santa Cruz x Náutico (18%, 285 Votes)
  • Salgueiro x Náutico (9%, 136 Votes)

Total Voters: 1.581

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Confira mais detalhes sobre a rodada final do hexagonal clicando aqui.

Resumo da 10ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico, Central 1x3 Sport e Salgueiro 3x1 Belo Jardim: Crédito: Ricardo Fernandes/DP (clássico), Williams Aguiar/Sport Club do Recife e Rede Globo/reprodução

O G4 do hexagonal do Campeonato Pernambucano foi o mesmo da 1ª até a 10ª rodada. Desde a 8ª a composição já estava confirmada para a semifinal, restando o emparelhamento do mata-mata. Numa rodada final desmembrada, em mais uma ação questionável da FPF, a fase classificatória só acabou na noite de segunda-feira, num jogo isolado. Diante de apenas 5.055 pessoas no Arruda, o Timbu venceu mais um clássico, o terceiro no ano. Surpreendeu a escolha? Quanto ao derrotado Santa, vai mais uma vez ao interior, como em 2011 (Porto), 2012 (Salgueiro) e 2015 (Central). Sempre passou.

Nos 30 jogos realizados esta fase do #PE2017 saíram 79 gols, com média de 2,63. Em relação à artilharia, com a FPF considerando os dados do hexagonal e do mata-mata, Éverton Santos (Santa) lidera com 5 gols.

As semifinais do Pernambucano: Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport .

Central 1 x 3 Sport – O time reserva do leão não fez uma boa apresentação. Ainda assim, venceu, com três gols de atacantes (Juninho, Leandro e Lenis).

Salgueiro 3 x 1 Belo Jardim – De virada, o misto do Carcará chegou a sete vitórias no hexagonal, em sua melhor campanha no formato. Líder disparado

Santa Cruz 1 x 2 Náutico – Na segunda, o clássico definiu o emparelhamento do Estadual. O tricolor teve volume de jogo, mas o timbu foi mais organizado.

Destaque: Erick. O atacante timbu marcou o 3º gol em clássicos no Estadual. E ainda sofreu o pênalti. Aos 19 anos, já é a revelação do torneio.

Carcaça: Pitbull. Desta vez, o centroavante coral decepcionou. Se no Nordestão esteve isolado, no clássico se apresentou pouco na partida.

Tabela das semifinais:
Ida
15/04 (18h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda (Premiere)
16/04 (16h00) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro (Globo)

Volta
22/04 (19h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros (Premiere)
23/04 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco (Globo)

Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.

A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2017

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 10 rodadas: Crédito: Superesportes

Náutico vence o Santa pela 2ª vez seguida e forma o Clássico dos Clássicos na semi

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Demorou, mas enfim acabou o hexagonal do Estadual de 2017. Foi mais um clássico esvaziado, desta vez entre Santa e Náutico, no Arruda, mas até valia algo. O resultado definiria o chaveamento da semifinal. Enfrentar o o calor de Salgueiro na volta ou um clássico contra o Sport? A dúvida permaneceu nas duas torcidas do primeiro ao último minuto nesta segunda. A escalação do Náutico, porém, indicava um time à parte de qualquer dúvida. Embora desfalcado de Maro Antônio, suspenso, jogou com tranquilidade, com o meio-campo de campo bem reativo. Seguiu buscando a velocidade de seus jovens valores. Abriu o placar aos 18 minutos, numa jogada trabalhada. Trocando passes, Dudu avançou pela esquerda e tocou voltando, com Erick batendo no contra-pé do goleiro Jacksson.

Em desvantagem, o desfalcado Santa – que “limpou” os amarelados na rodada anterior – passou a ter mais posse, mas sem encontrar espaço. Quando acelerou um pouco, criou boas chances, sobretudo com Wiliam Barbio, em sua melhor atuação pelo tricolor. Só lamentou a atuação de Tiago Cardoso, também em uma de suas melhores atuações pelo alvirrubro. Só no início do segundo tempo o Santa justificou de forma prática a melhora em campo, empatando com Everton Santos, após cruzamento de Barbio. O atacante, talvez a peça mais contestada no ataque titular, chegou a 5 gols no Estadual. Tornou-se artilheiro isolado.

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Entretanto, o que poderia sinalizar um protagonismo coral ficou naquilo. O lance acordou o Náutico, com Milton Mendes exigindo bastante a compactação da equipe. Acompanhando o jogo pela tevê era possível ver o meio-campo preenchido a todo momento, contendo o mandante. A quinze minutos do fim, o lance capital, bem discutível. O árbitro Péricles Bassols enxergou pênalti de Wellington Cézar em Erick. Dudu chamou a responsabilidade na cobrança. Bateu, mas Jacksson defendeu. Porém, o atacante deu sorte no rebote, marcando um gol chorado. O gol da segunda vitória seguida do alvirrubro sobre o rival tricolor nesta temporada, 2 x 1.

Com isso, o Náutico alcançou a vice-liderança da competição e terá pela frente o Sport. Em dois jogos pelo hexagonal, uma vitória timbu e um empate. Quanto ao Santa, em 4º lugar, enfrentará o líder Salgueiro. Neste formato do estadual, o tricolor conquistou cinco títulos. Em nenhum deles liderou a fase classificatória. Será que esse retrospecto faz diferença na leitura deste jogo?

Troféu Gena*
7 pontos – Náutico (2v, 1e, 1d)
4 pontos – Santa (1v, 1e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

CBF marca semifinal do Nordestão com jogos de ida apenas na tv por assinatura

Semifinais do Nordestão 2017. Crédito: CBF

A CBF precisou de cinco dias para apresentar a tabela da semifinal da Copa do Nordeste de 2017. Nesse tempo todo, mudanças nas datas e na grade, este o principal motivo da demora. Inicialmente, as semifinais, com clássicos populares no Recife e em Salvador, seriam realizados nos dias 23 (domingo) e 26 de abril (quarta-feira). Num ajuste de calendário, para que as semifinais do estadual também sejam disputadas em sequência (dias 16 e 23), a Lampions foi jogada um pouco mais para frente, nos dias 26 (quarta) e 30 (domingo).

Sport x Santa Cruz
26/04 (19h45) – Ilha do Retiro (Esporte Interativo)
30/04 (16h00) – Arruda (Globo e Esporte Interativo)

Bahia x Vitória
27/04 (20h30) – Barradão (Esporte Interativo)
30/04 (16h00) – Fonte Nova (Globo e Esporte Interativo)

Em relação à televisão, a negociação entre Rede Globo, com os direitos em sinal aberto na região, e Esporte Interativo, que detém os direitos do torneio até 2022, envolvia o número de partidas que a Globo poderia passar ao vivo na própria cidade da partida. Sob contrato, há um limite. No caso, a emissora só tinha direito a mais quatro, independentemente da praça afiliada (Globo Nordeste ou Rede Bahia). Como obviamente irá transmitir a final, ida e volta, num duelo Pernambuco x Bahia, teria apenas dois jogos nas semis. Optou pela segunda partida de cada confronto – presentes também na grade do EI.

Ou seja, na ida, tanto na Ilha quanto no Barradão, tevê só por assinatura.

Em contrapartida, em vez de 21h45, horários mais flexíveis.

Pitaco: os quatro jogos devem receber mais de 120 mil torcedores…