DS87 e Grafa na briga pela artilharia do Brasileiro. Nordeste espera há 26 anos

Diego Souza e Grafite, vice-artilheiros do Brasileirão 2016, com 13 gols

Em 4 de dezembro, Sport e Santa Cruz entrarão em campo pela última vez no Campeonato Brasileiro de 2016. Ainda lutando para permanecer, o Leão receberá o Figueirense, na Ilha, precisando da vitória. Com o descenso já confirmado, a Cobra Coral irá cumprir tabela no Pacaembu, contra o São Paulo. Individualmente, lá no ataque, os rivais têm objetivos em comum. O meia Diego Souza e o atacante Grafite somam 13 gols, um a menos que Fred, do Galo. Nenhum deles jamais terminou a Série A como goleador máximo.

DS foi o 11º jogador rubro-negro a passar de 10 gols em uma edição, enquanto o Grafa foi o 5º tricolor (lista abaixo). Sobre a artilharia, hoje ao alcance, trata-se de algo bem incomum no Nordeste, que até hoje, considerando a competição desde 1971, só emplacou duas, sendo uma do próprio Santa – lembrando que na Taça Brasil, unificada pela CBF, foram mais seis artilharias. O último jogador a conquistar a chuteira de ouro foi o centroavante Charles, que ajudou o Bahia a chegar à semifinal em 1990. E lá se vão 26 anos, com no máximo um vice-artilheiro. No caso, o uruguaio Acosta, destaque do Náutico em 2007.

Quem tem mais chance entre os pernambucanos…

…Diego Souza, atuando em casa diante de um adversário rebaixado, mas com a obrigação de vitória (ou seja, prioridade coletiva), ou Grafite, fora de casa e sem compromisso com o resultado, mas com o time voltado para si?

A chance do futebol pernambucano ter um goleador em 2016 é boa. E a de ter dois de uma só vez, com as camisas 87 e 23, não é nada desprezível.

Principais goleadores do Brasileirão 2016 (até a 37ª rodada)
14 gols – Fred (Atlético-MG)
13 gols – Diego Souza (Sport), Grafite (Santa Cruz) e Pottker (Ponte Preta)
12 gols – Gabriel Jesus (Palmeiras, Robinho (Atlético-MG) e Sassá (Botafogo)

Artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste

Taça Brasil
1959 – Léo (Bahia), 8 gols
1960 – Bececê (Fortaleza), 7 gols
1963 – Ruiter (Confiança), 9 gols
1966 – Bita (Náutico), 10 gols
1967 – Chicletes (Treze), 9 gols

Série A
1973 – Ramón (Santa Cruz), 21 gols
1990 – Charles (Bahia), 11 gols

Vice-artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste

Taça Brasil
1959 – Bentancor (Sport), 7 gols

Série A
1988 – Zé Carlos (Bahia), 9 gols
1989 – Bizu (Náutico), 10 gols
2007 – Acosta (Náutico), 19 gols

Maiores artilheiros do Sport em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
14 gols – Luís Carlos (1984)
13 gols – Leonardo (2000), Taílson (2000), Carlinhos Bala (2007), André (2015) e Diego Souza (2016)
12 gols – Dario (1975) e Mauro (1978)
11 gols – Marcelo (1995) e Roger (2008)
10 gols – Luís Müller (1996)

Maiores artilheiros do Santa em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
21 gols – Ramón (1973)
14 gols – Nunes (1977)
13 gols – Grafite (2016)
11 gols – Nunes (1978)

10 gols – Fumanchu (1977) e Keno (2016)

Maiores artilheiros do Náutico em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
19 gols – Acosta (2007)
14 gols – Jorge Mendonça (1974)
13 gols – Felipe (2008) e Kieza (2012)
12 gols – Baiano (1983) e Carlinhos Bala (2009)
11 gols – Jorge Mendonça (1975)

10 gols – Bizu (1989), Bizu (1991) e Felipe (2007)

Santa faz 5 x 1 no Grêmio na despedida do Arruda, na maior goleada do Brasileiro

Série A 2016, 37ª rodada: Santa Cruz 5x1 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Era o último jogo do Santa Cruz no Mundão em 2016. A despedida do Brasileirão após uma campanha melancólica, mas o público estava lá. Diminuto ou não, os 2.227 torcedores queriam ver o time vestido de preto, branco e encarnado jogando o melhor futebol possível, com dignidade. Encararia o Grêmio, virtual campeão da Copa do Brasil. Nome de peso no futebol nacional. O adversário não mandou o time principal? Nem mesmo o técnico Renato Gaúcho? Pouco importa. Aliás, importa sim, para o próprio tricolor gaúcho, que amargou a maior derrota da história do confronto.

Com vontade de sobra, os corais fizeram 5 x 1, com direito a três gols após os 40 do segundo tempo. Superaram o 4 x 0 aplicado pelos gremistas em 1973. O dilatado (e surpreendente) placar é, também, o maior deste Brasileirão, igualando o 5 x 1 do Sport sobre a Chapecoense. Impressiona se dar conta disso, considerando as campanhas ruins dos dois pernambucanos. De volta ao Arruda, o torcedor tricolor viu Grafite marcar duas vezes, de cabeça. Chegou a 13 gols e é um dos vice-artilheiros da competição, a um de Fred, do Galo.

Se na rodada final, contra o São Paulo, o jogo seria apenas para cumprir tabela, um objetivo de última hora se faz presente. Que a equipe jogue por seu atacante, por seu principal nome, que pode se tornar um dos goleadores mais experientes da história da Série A – e repetir o feito de Ramón, goleador da edição de 1973. Por sinal, conforme já dito anteriormente, o ataque até funcionou. É, hoje, o 10º mais positivo, com 45 gols. Infelizmente, o sistema defensivo (marcação lá na frente, recomposição e defesas) não contribuiu, sendo vazado 64 vezes. Por isso, essa alegria vista no domingo foi um ponto fora de curva.

Série A 2016, 37ª rodada: Santa Cruz 5x1 Grêmio. Foto: Marlon Costa/Grêmio (site oficial)

Três clubes do Recife e dois de Caruaru na Copa São Paulo de Juniores de 2017

Copa São Paulo de Juniores de 2017. Crédito: federação paulista de futebol

Com a participação recorde de 120 clubes, a Copa São Paulo de Juniores de 2017 terá cinco representantes pernambucanos, igualando a marca local da edição passada. A novidade é o Central. Ao contrário do rival Porto, bastante experiente na Copinha, a Patativa jamais havia sido convidada pela federação paulista, nem mesmo quando conquistou o título pernambucano da categoria, em 1983. E o estreante caiu logo no grupo do Flamengo, o atual campeão.

A armada do estado será composta pelo Trio de Ferro (tendo o Sport como atual bicampeão no futebol local) e pela dupla caruaruense (grupos abaixo). Desde 2001 foram 41 participações pernambucanas no tradicional torneio e em apenas 8 os nossos representantes avançaram à fase eliminatória, chegando no máximo às quartas de final, uma vez. Por sinal, este é o melhor resultado alcançado na história, em 1992 (Santa Cruz), 1997 (Sport) e 2016 (Sport).

Espalhado em trinta cidades, o 48º torneio (de 3 a 25 de janeiro) classificará ao mata-mata apenas os vencedores dos trinta grupos. Uma novidade é o sistema de substituições, com até seis trocas, desde que efetuadas em até três atos.

Campanhas pernambucanas no século XXI
2001 – Santa Cruz (8as de final), Sport e Náutico (ambos na 1ª fase)
2002 – Santa Cruz (1ª fase)
2003 – Santa Cruz (8as de final) e Náutico (1ª fase)
2004 – Náutico, Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2005 – Santa Cruz, Sport e Porto (todos na 1ª fase)
2006 – Porto e Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2007 – Porto (8as de final)
2008 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2009 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2010 – Porto e Atlético Pernambucano (ambos na 1ª fase)
2011 – Porto e Vitória (ambos na 1ª fase)
2012 – Sport, Porto e Vitória (todos na 1ª fase)
2013 – Náutico e Santa Cruz (ambos nos 16 avos de final), e Sport (1ª fase)
2014 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
2015 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
2016 – Sport (quartas), América, Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)

Participações locais (1969-2017)
22 – Santa Cruz (primeira em 1981)
15 – Sport (1974)
12 – Porto (2005)
11 – Náutico (1990)
2 – Ypiranga (2008)
2 – Vitória (2011)
1 – Atlético (2010)
1 – América (2016)
1 – Central (2017)

Últimas revelações pernambucanas na Copinha (na visão do blog)
2012 – Érico Júnior (atacante), 4 gols pelo Vitória
2013 – Ruan (atacante), 5 gols pelo Sport
2013 – Renato (atacante), 3 gols pelo Náutico

2014 – Joelinton (atacante), 3 gols pelo Sport
2015 – Raniel (meia), 1 gol pelo Santa Cruz
2016 – Adryelson (zagueiro), Sport

Grupos dos times pernambucanos na Copinha 2017. Crédito: federação paulista de futebol

A tabela da Copa do Nordeste de 2017

Troféu da Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Copa do Nordeste de 2017, que terá vinte clubes (incluindo o Trio de Ferro, pela 7ª vez) dos nove estados. Serão 60 partidas na primeira fase, com cinco grupos (abaixo), e mais 14 no mata-mata. Segundo o regulamento, os líderes avançam às quartas de final, acompanhados dos três melhores segundos colocados. Depois, confrontos eliminatórios de ida e volta até a posse da orelhuda dourada.

A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e Uniclinic
B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI
C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA
D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana
E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe

Havia a dúvida sobre o segundo representante cearense, após a desistência do Uniclinic na véspera do sorteio. O vice-campeão estadual alegava problemas financeiros, abrindo mão da vaga, mas não da cota do regional – e a vaga cairia no coloco do Ceará, após desistências de Guarany de Sobral e Guarani de Juazeiro. Pelo visto, a CBF não aceitou. E a primeira apresentação do estreante será logo contra o Náutico, de volta à competição. Jogo na Arena Pernambuco, em 26 de abril, uma quinta. No mesmo dia, Campinense x Santa, repeteco da última decisão, e Sport x Sampaio Corrêa. A tabela deve ser desmembrada, até porque não podem ocorrer dois jogos simultâneos no Recife, por decisão da PM.

Em relação ao Clássico das Emoções, duelos em dois domingos, 5 de fevereiro (Arruda) e 12 de março (Arena). O duelo não ocorria desde 10/07/2010, num 1 x 1 nos Aflitos. A primeira fase será encerrada em 22 de março, com a finalíssima dois meses depois, em 24 de maio. Segundo o ofício, os horários serão ajustados em conjunto entre Esporte Interativo e Globo. Ao contrário das últimas três edições, a Lampions 2017 não deve classificar o campeão à Sula. Uma pena, mas ainda assim o status de campeão nordestino é importante…

Saiba mais detalhes sobre o novo calendário do futebol brasileiro aqui.

Classificação da Série A 2016 – 36ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 36 rodadas. Crédito: Superesportes

A 36ª rodada do Brasileirão foi encerrada na noite desta segunda-feira, com o jogo entre Corinthians e Internacional. Em São Paulo, o mandante visava o G6, enquanto o visitante lutava para sair do Z4. Muita gente de olho, sobretudo o Sport. Para os leoninos, o resultado acabou sendo excelente, Timão 1 x 0. Agora, para ficar, sem depender de resultados de terceiros, o Leão precisa de uma vitória. Enfrentará dois rebaixados (América e Figueirense), num bom cenário, sem falsa modéstia. Detalhe: mesmo que perca os dois jogos, o time pernambucano só seria rebaixado caso o Colorado vença seus dois compromissos, bem mais complicados (Cruzeiro e Fluminense). 

Para terminar o ano com um mínima de tranquilidade, resta melhorar o seu futebol, pois na derrota do Sport para o Atlético-PR faltou bastante. Também no domingo, o já rebaixado Santa Cruz empatou com o Atlético-MG, num cenário corriqueiro em sua campanha – ataque funcionando e defesa farrapando.

As maiores probabilidades de rebaixamento após 36 rodadas

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 36 rodadas

Para o título
O Palmeiras é o virtual campeão. Precisa de 1 ponto. Mesmo que perca nas últimas duas rodadas, só será vice caso o Santos ganhe as duas.

Para o rebaixamento
América, Santa e Figueirense estão rebaixados. Para a última vaga, três concorrentes: Inter, Vitória e Sport. Mirando o Vitória, o time gaúcho terá que terminar com um ponto a mais, devido ao saldo de gols. Mirando o Sport, o time gaúcho teria que vencer as duas e torcer para o leão não ganhar de ninguém. Ou seja, a chance do primeiro rebaixamento do Inter é enorme..

Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (39,8%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 2 rodadas
…ou 50.0%% de aproveitamento
Simulação mínima: 1v-0e-1d

A 37ª rodada dos representantes pernambucanos

26/11 (19h00) – América x Sport (Independência)
Histórico em Belo Horizonte pela elite: 2 jogos e 2 derrotas leoninas

27/11 (18h30) – Santa Cruz x Grêmio (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 3 derrotas

Ataque funciona, defesa vai mal outra vez e Santa Cruz e Galo empatam em 3 x 3

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.

Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.

Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Atlético Mineiro/twitter (@atletico)

Os copos colecionáveis se espalham no futebol brasileiro. Já presentes no Recife

Copos colecionáveis. Crédito: M&L Sport Innovation/facebook (divulgação)

Mania na Copa do Mundo, os copinhos colecionáveis, exclusivos em cada jogo do torneio, voltaram nos Jogos do Rio de Janeiro, com modelos de todos os esportes presentes. Na compra de cerveja ou refrigerante, uma lembrança do evento, com torcedores colecionando os copos. Na Olimpíada, aliás, foram 42 tipos diferentes, cada um custando R$ 13. Ou seja, a coleção completa saiu por R$ 546. Com dois fortes exemplos, em 2014 e 2016, esse mercado passou a mirar nos clubes de futebol, que licenciaram colecionáveis de norte a sul.

Como no Mundial, existem copos exclusivos para cada jogo, em “lembranças oficiais” de rodadas do Brasileirão e de fases decisivas de outros campeonatos. Até a Seleção Brasileira entrou na onda, com copos nas Eliminatórias. Porém, também foram criadas versões a partir da história de cada clube. Aí, são incontáveis caminhos. Acima, alguns exemplos, como o título mundial do Inter, em 2006, o aniversário de 113 anos do Grêmio, e o tri do Palmeiras na Copa do Brasil. No Recife, alvirrubros, tricolores e rubro-negros já contam com seus primeiros modelos, lançados em situações (e objetivos) bem distintos.

Qual partida e/ou título você gostaria ver em um colecionável do seu clube?

Colecionável para ajudar os Aflitos
O Náutico lançou o primeiro modelo no jogo contra o Atlético-GO, em 28 de outubro. Na Arena Pernambuco, o copo de 550 ml saiu por R$ 20, o mais caro no Recife. Parte da arrecadação da primeira edição colecionável, produzida pela Gift Way, foi destinada à reforma dos Aflitos, através da campanha “Voltando pra casa”, estampada no copo.

Copo colecionável do Náutico. Crédito: divulgação

Copo mais barato e sustentabilidade no Arruda
No Nordeste, o pioneirismo coube ao Santa, que iniciou a comercialização, via Meu Copo Eco, contra o Flu, em 21 de agosto, no Arruda. Modelo mais barato no Trio de Ferro (R$ 5), o colecionável coral foi lançado com a curiosa opção de devolução, visando a sustentabilidade – o copo reutilizável evita, em tese, quatro copos descartáveis no chão. Na estreia da Sula foi apresentado outro modelo.

Copo colecionável do Santa Cruz. Crédito: divulgação

Estrelas douradas nos copos da Ilha
O Sport lançou logo dois modelos de uma vez, ambos por R$ 10. Baseado em seus principais títulos, “87 é nosso” e “2008 também”, os copos começaram a ser vendidos na Ilha do Retiro em 5 de outubro. No duelo contra o São Paulo. Os modelos foram produzidos pela M&L Sport Innovation, que já havia licenciado modelos de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR e Bahia.

Copo colecionável do Sport. Crédito: divulgação

Classificação da Série A 2016 – 35ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 35 rodadas. Crédito: Superesportes

Na quarta-feira, tricolores e rubro-negros saíram frustrados. Em Curitiba, o Santa perdeu do Coritiba e consumou o seu quinto rebaixamento no Brasileirão. Na Ilha, diante de 25 mil pessoas, o Sport foi superado pelo Cruzeiro, com Diego Souza desperdiçando uma penalidade. Em ambos os jogos, 1 x 0.

No caso coral, o descenso já era questão de tempo. A chance de escapar era de 1%. Agora, o clube precisa juntar os cacos para tentar voltar já em 2018. Já os leoninos acabaram ajudados no complemento da rodada, quinta-feira, com a derrota do Vitória, na Vila Belmiro, e o empate do Internacional, no Beira-Rio. Assim, mesmo perdendo, o clube conseguiu melhorar a sua probabilidade de permanência. Restando três jogos, precisa na prática, de uma vitória. Com isso, só cairia caso Vitória e Inter vençam os seus três jogos, o que parece improvável. Já para a Sula, a chance, calculada apenas pelo departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, é de 42,5%.

As sete maiores probabilidades de rebaixamento após 35 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 35 rodadas

As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 35 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (41,0%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 3 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-2d e 0v-3e-0d 

Permanência: 99.06% (UFMG), 98.7% (Chance de Gol) e 98.0% (Infobola)

A 36ª rodada dos representantes pernambucanos 

20/11 (16h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada)
Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória leonina, 5 empates e 6 derrotas

20/11 (18h30) – Santa Cruz x Atlético-MG (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 5 empates e 1 derrota

Calendário 2017 mantém Nordestão com 12 datas e até 5 torneios no 1º semestre

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

A Sul-Americana começará durante a fase final do Campeonato Pernambucano, o Nordestão acabará com o Brasileiro já em andamento e um time da região poderá jogar até CINCO competições oficiais no primeiro semestre.Pelo calendário oficial, um clube nordestino poderá jogar, de janeiro a maio, até 37 partidas, somando Estadual (12), Nordestão (12), Copa do Brasil (8), Brasileiro (3) e Sula (2). Podendo chegar até 39 considerando o “regulamento pernambucano” (detalhes a seguir). Quem estaria neste contexto? Hoje, o Santa Cruz. Sport, Náutico, Bahia, Vitória e Fortaleza jogarão ao menos quatro – e olhe que o Leão da Ilha também pode chegar a cinco. Complicado?

De fato, o calendário do futebol brasileiro em 2017 promete bastante.

Calendário mínimo (janeiro-maio)
22 jogos, Santa – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Sula (2) e Copa do Brasil (1)
20 jogos, Sport – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1)
20 jogos, Náutico – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1)

Após o anúncio do novo calendário, a CBF divulgou os ajustes no Nordeste, tanto no regional quanto nos estaduais (acima, a agenda completa). Nesse buruçu, há um ponto positivo: apesar da redução da Lampions League  anunciada na versão original do documento, com quatro datas a menos, foi mantida a estrutura dos últimos anos, com doze datas. Assim, teremos a fase de grupos* (6 jogos), quartas de final (2 jogos), semifinal (2 jogos) e final (2 jogos). Partidas entrelaçadas no calendário. Das quartas à semi, por exemplo, quase um mês de distância. Por sinal, trabalhar o “foco” das equipes será essencial.

*As chaves do Nordestão 2017
A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e o 2º representante do Ceará (a definir)
B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI
C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA
D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana
E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe

A diretoria de competições da confederação brasileira, ressaltando o “caráter transitório” do novo calendário (modificado após as mudanças da Conmebol, que ampliou a Libertadores e a Sul-Americana), já traz a solução para a tradicional rodada de carnaval. Que no Nordeste, sobretudo no Recife e em Salvador, não costuma ocorrer por motivos de segurança, com a polícia militar ocupada nas festas populares. O torneio será adequado às datas vagas na Copa do Brasil (a segunda fase desta será em jogo único, mas como conta com jogos em duas semanas, poderia abrir mão de uma). Nota-se que o calendário será “orgânico”, ganhando forma à medida em que os clubes avançam de fase, com mata-matas em quatro dos cinco torneios presentes no semestre.

Para os estaduais da região, a CBF liberou 12 datas para os estaduais, ao contrário das 18 para os certames das outras regiões. Ocorre que em Pernambuco a FPF realizou o conselho arbitral com 14 datas na fase principal (hexagonal, com dez, semifinal e final, ambas em ida e volta). Como opção, respeitando o período de férias e pré-temporada, o calendário nacional ainda dispões de três datas extras entre os dias 15 e 22 de janeiro. Entretanto, o início da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017 está marcado para 29 de janeiro, com o clássico entre Náutico e Santa Cruz, na Arena Pernambuco. Vamos, então, a algumas possibilidades.

Situações hipotéticas para a formatação do Pernambucano
1) A FPF anteciparia o hexagonal, o que causaria desgaste com o Trio de Ferro
2) A FPF utilizaria outras brechas no calendário (Copa do Brasil e Sula) para realizar o torneio com 14 datas e no período da CBF. Mas quase sem folgas
3) A FPF teria que mudar o regulamento, o que parece bem improvável… 

Para ficar claro como será complicado, basta dizer que o dia 3 de maio, uma data extra dada pela CBF, poderá ser utilizada no Estadual desde que o clube envolvido na reta final do torneio não esteja envolvido simultaneamente nas oitavas de final da Copa do Brasil e na primeira fase da Sul-Americana… Como controlar esse desempenho? No cenário local, isso poderia ocorrer de forma dupla, com Santa e Sport. E boa sorte à FPF para encontrar a solução.

As alterações possíveis na Copa do Nordeste, segundo a CBF

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

As alterações possíveis no Campeonato Pernambucano, segundo a CBF

Calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, com ajuste na Copa do Nordeste e nos Estaduais

Santa sela rebaixamento em derrota para o Coritiba e mantém a sina desde 1988

Série A 2016, 35ª rodada: Coritiba 1 x 0 Santa Cruz. Foto: GUILHERME ARTIGAS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Desde que o Brasileirão passou a contar com o sistema de acesso e rebaixamento, em 1988, esta foi a sexta participação coral, com o quinto rebaixamento. E só não caiu em 2000 porque a competição não teve degola. Ainda assim, foi o lanterna na ocasião. O quadro, de quase três décadas, mostra o distanciamento do clube em relação à elite no período, num reflexo de gestões irresponsáveis num passado não tão distante. Em reconstrução, o clube teria, no segundo semestre de 2016, o ponto alto de uma caminhada iniciada há cinco anos. O bicampeonato pernambucano e o inédito título nordestino alavancaram a confiança, turbinada pelo início arrasador, com goleadas no Arruda e a liderança.

Sem a devida qualificação técnica, uma lacuna nítida, a equipe não deu conta da competição, acumulando longos jejuns sem vencer e tropeços em casa, além da inoperância como visitante, como nesta quarta, diante do Coritiba. Após desperdiçar quatro excelentes chances durante a partida (Grafite, Léo Moura, João Paulo e Jádson), o tricolor acabou sofrendo o único gol da noite aos 29 do segundo tempo, com Leandro tocando na saída de Tiago Cardoso. E o descenso foi consumado no Couto Pereira, 1 x 0, com o primeiro rebaixado desta edição. Antes, a chance de escapar era apenas 1%.

Em relação ao desempenho de sempre acabar rebaixado é algo que pesa no Arruda. Diminui o clube, um mamute do tamanho de sua torcida, de seu estádio, mas que há pelo menos três décadas não se comporta de maneira digna na elite. Somando todas as participações, incluindo a Copa João Havelange, foram 161 partidas no período, com apenas 28,3% de aproveitamento…

Campanhas na Série A (na era com acesso/descenso)
1988 – 22º lugar entre 24 clubes (rebaixado)
1993 – 23º lugar entre 32 clubes (rebaixado)
2000 – 29º lugar entre 29 clubes*
2001 – 25º lugar entre 28 clubes (rebaixado)
2006 – 20º lugar entre 20 clubes (rebaixado)
2016 – 19º lugar entre 20 clubes (rebaixado, em andamento) 
*A Copa João Havelange foi a única edição sem rebaixamento no período

Desempenho coral na elite (1988-2016)*
161 jogos
34 vitórias
35 empates
92 derrotas
166 gols marcados
282 gols sofridos
-116, o saldo
* Até a 35ª rodada de 2016

Série A 2016, 35ª rodada: Coritiba 1 x 0 Santa Cruz. Foto: Coritiba/site oficial