Uma pesquisa no facebook, no ar durante todo o mês de outubro, mediu as maiores torcidas nordestinas. Promovida pelo o canal detentor dos direitos de transmissão da Copa do Nordeste, o Esporte Interativo, a pesquisa foi encerrada com aproximadamente 100 mil votos. Bastava “curtir” o clube preferido.
Ao todo, 101 clubes dos nove estados da região foram incluídos no ranking virtual, incluindo 12 times pernambucanos.
As quatro primeiras colocações foram ocupadas, sem surpresa, pelos quatro times que costumam liderar as pesquisas de torcida à parte das redes sociais na web. A diferença desta vez foi na ordem da lista.
Com 15% dos votos, o Santa Cruz venceu a disputa, deixando para trás os outros times de massa da região, Bahia (12%), Vitória (11%) e Sport (11%).
Entre as equipes nordestinas mais tradicionais (3 de PE, 2 da BA e 2 do CE), o Náutico foi o único a não aparecer no top ten.
Dois jogos adiados, um da 30ª rodada (Atlético-GO 2 x 1 Avaí) e outro da 32ª (América-MG 0 x 1 Paysandu), foram disputados na noite desta terça. Enfim, a tabela da segunda divisão nacional voltou a apresentar todos os 20 times com o mesmo número de jogos. Os dois resultados ajudaram bastante o Sport, garantido na 3ª colocação e com uma rodada de vantagem.
O Leão tem três pontos sobre o 5º colocado, porém, em caso de igualdade, ficaria à frente pelo número de vitórias. Das quatro vagas para elite nacional de 2014, uma ja está assegurada. O Palmeiras conquistou matematicamente a classificação à elite. O título do Verdão também está próximo.
A 33ª rodada do representante pernambucano
02/11 – Sport x São Caetano (16h20)
A unificação do Campeonato Brasileiro da Série A aos torneios precursores, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, redesenhou a lista de campeões nacionais de futebol. Em vez do início em 1971, a história começou a valer de fato e de direito a partir de 1959.
Em Pernambuco, o Náutico teve como bônus nessa decisão da CBF a oficialização do vice-campeonato brasileiro em 1967, quando perdeu a Taça Brasil para o Palmeiras, numa final no Maracanã. Contudo, o Timbu também teve o ônus da mudança. Incorporou à sua estatística no Brasileirão a última colocação no Robertão de 1968.
Com a lanterna em 2013, a última no cenário local, o Alvirrubro chegou a três lanternas em sua história na elite. Igualou o “feito” do rival do Sport, recordista nacional. Como o Santa Cruz também já acabou o Brasileirão na rabeira em duas oportunidades, o futebol pernambucano soma inacreditáveis oito lanternas. É o estado que acabou mais vezes na última colocação. Dessas oito campanhas constrangedoras, três não resultaram em rebaixamento: 1968, 1999 e 2000.
Taça Brasil – 10 edições
1959 – Alagoas (CSA, 16º)
1960 – Paraíba (Estrela do Mar, 17º)
1961 – Sergipe (Santa Cruz, 17º)
1962 – Rio Grande do Norte (ABC, 18º)
1963 – Rio Grande do Norte (ABC, 20º)
1964 – Rio Grande do Norte (Alecrim, 22º)
1965 – Distrito Federal (Guanabara, 22º)
1966 – Amazonas (Rio Negro, 22º)
1967 – Santa Catarina (Perdigão, 21º)
1968 – Paraíba (Campinense, 21º)
Torneio Roberto Gomes Pedrosa – 4 edições
1967 – Paraná (Ferroviário, 15º)
1968 – Pernambuco (Náutico, 17º)
1969 – Rio de Janeiro (Vasco, 17º)
1970 – Rio de Janeiro (Vasco, 17º)
Série A – 46 edições
1971 – Ceará (Ceará, 20º)
1972 – Sergipe (Sergipe, 26º)
1973 – Sergipe (Sergipe, 40º)
1974 – Alagoas (CSA, 40º)
1975 – Paraíba (Campinense, 42º)
1976 – Espírito Santo (Desportiva, 54º)
1977 – Mato Grosso (Dom Bosco, 62º)
1978 – Amazonas (Nacional, 74º)
1979 – Distrito Federal (Guará, 94º)
1980 – Maranhão (Maranhão, 44º)
1981 – Espírito Santo (Desportiva, 44º)
1982 – Piauí (River, 44º)
1983 – Paraíba (Treze, 44º)
1984 – Distrito Federal (Brasília, 41º)
1985 – Sergipe (Sergipe, 44º)
1986 – Mato Grosso (Operário, 48º)
1987 – Alagoas (CSA, 31º)
1988 – Rio de Janeiro (América-RJ, 24º)
1989 – Paraná (Coritiba, 22º)
1990 – São Paulo (Inter de Limeira, 20º)
1991 – Bahia (Vitória, 20º)
1992 – Pará (Paysandu, 20º)
1993 – Minas Gerais (Atlético-MG, 32º)
1994 – Pernambuco (Náutico, 24º)
1995 – São Paulo (União São João, 24º)
1996 – São Paulo (Bragantino, 24º)
1997 – São Paulo (União São João, 26º)
1998 – Rio Grande do Norte (América-RN, 24º)
1999 – Pernambuco (Sport, 22º)
2000 – Pernambuco (Santa Cruz, 29º)
2001 – Pernambuco (Sport, 28º)
2002 – Rio de Janeiro (Botafogo, 26º)
2003 – Bahia (Bahia, 24º)
2004 – Rio Grande do Sul (Grêmio, 24º)
2005 – Distrito Federal (Brasiliense, 22º)
2006 – Pernambuco (Santa Cruz, 20º)
2007 – Rio Grande do Norte (América-RN, 20º)
2008 – Minas Gerais (Ipatinga, 20º)
2009 – Pernambuco (Sport, 20º)
2010 – São Paulo (Grêmio Prudente, 20º)
2011 – Santa Catarina (Avaí, 20º)
2012 – Santa Catarina (Figueirense, 20º)
2013 – Pernambuco (Náutico, 20º)
2014 – Santa Catarina (Criciúma, 20º)
2015 – Santa Catarina (Joinville, 20º)
2016 – Minas Gerais (América-MG, 20º)
Brasileiro unificado – 60 edições (1959/2016)
Estados
8 – Pernambuco
5 – Rio Grande do Norte, São Paulo e Santa Catarina
4 – Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro e Distrito Federal
3 – Alagoas e Minas Gerais
2 – Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso e Bahia
1 – Ceará, Maranhão, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul
Clubes
3 – Sergipe, CSA, Sport e Náutico
2 – ABC, Vasco, Campinense, Desportiva, União São João, Santa Cruz e América-RN
1 – Estrela do Mar, Santa Cruz-SE, Perdigão, Rio Negro, Nacional, Guanabara, Alecrim, Ceará, Guará, Maranhão, Ferroviário, Coritiba, River, Treze, Brasília, América-RJ, Dom Bosco, Operário, Inter de Limeira, Bragantino, Vitória, Paysandu, Atlético-MG, Botafogo, Bahia, Grêmio, Brasiliense, Ipatinga, Grêmio Prudente, Avaí, Figueirense, Criciúma, Joinville e América-MG
Brasileiro Série A – 46 edições (1971/2016)
Estados
7 – Pernambuco
5 – São Paulo
4 – Santa Ctarina
3 – Sergipe, Distrito Federal e Minas Gerais
2 – Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Bahia
1 – Ceará, Amazonas, Maranhão, Paraná, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul
Clubes
3 – Sergipe e Sport
2 – CSA, Desportiva, União São João, Santa Cruz, América-RN e Náutico
1 – Campinense, Nacional, Ceará, Guará, Maranhão, Coritiba, River, Treze, Brasília, América-RJ, Dom Bosco, Operário, Inter de Limeira, Bragantino, Vitória, Paysandu, Atlético-MG, Botafogo, Bahia, Grêmio, Brasiliense, Ipatinga, Grêmio Prudente, Avaí, Figueirense, Criciúma, Joinville e América-MG
A divisão nacional em 2014 vai definir a maior fatia da receita de cada grande clube pernambucano, através dos acordos com a televisão. Antes da próxima temporada do Campeonato Brasileiro, os três rivais estarão juntos em duas frentes, na Copa do Nordeste e em seguida no Estadual. Nesses casos, com cotas semelhantes. O plano comercial da tevê, aliás, já está em vigor.
A Rede Globo tem os direitos de transmitir as duas competições em sinal aberto. Naturalmente, o canal tem como objetivo comercializar os torneios, com direito a uma planilha lançada já em outubro aos anunciantes interessados.
O número de telespectadores potenciais nos 14 municípios do Grande Recife, segundo o atlas da própria emissora, é de 3.715.799 pessoas. Segundo o Ibope Media Workstation, a transmissão dos jogos envolvendo times locais alcança uma média de 24 pontos, ou 555 mil telespectadores. O perfil desse público é formado em sua maioria por homens, de classe C e com mais de 25 anos.
O produto futebolístico, nota-se, é rentável. Não por acaso os valores para os clubes vêm aumentando. Com o Nordestão, o acordo da emissora vai até 2017, com um investimento bruto de R$ 40 milhões por cada regional. No Pernambucano, 2014 marcará o último ano do contrato vigente, com cerca de R$ 1,32 milhão por edição. O novo acerto, já articulado, deve dobrar o montante.
Muita gente ainda tentava conter o aborrecimento no congestionamento no acesso à Arena Pernambuco, neste sábado, quando o Sport abriu o placar sobre o ASA, aos 8 minutos. Neto Baiano recuperou a bola, tocou para Marcos Aurélio e recebeu rapidamente, mais à frente. Encheu o pé. Uma bomba para fazer a torcida explodir de alegria. Seria uma tarde tranquila diante do lanterna?
O gol cedinho trouxe uma falsa tranquilidade, até porque mesmo em vantagem os rubro-negros não fizeram um bom primeiro tempo. A marcação não estava encaixada, dando brechas ao desesperado time alagoano.
Geninho precisaria dar uma bronca daquelas no intervalo. Provavelmente, até orientou o time nos vestiários, mas o tom certamente foi mais ameno, pois Neto Baiano e Patric transformaram a insossa partida em “goleada” aos 40 e 42.
O lateral-direito, contestadíssimo, deu a assistência para o segundo e em seguinte marcou um belo gol. Patric aproveitou bem a oportunidade tática dada pelo treinador, que impôs três volantes ao sistema para liberar mais os alas.
A vantagem era enorme, mas a passividade geral do mandante irritou bastante os 23 mil torcedores no restante do jogo, de nível técnico baixo. O ASA marcou duas vezes, antes dos 25 minutos, endurecendo um confronto previamente definido. Geninho colocou mais um zagueiro em campo, mas só fez chamar ainda mais o adversário. O dia de alegria já era, àquela altura, de sufoco.
Apareceu, então, o personagem principal da campanha leonina na Série B. Marcos Aurélio não vinha aparecendo tanto, mas a sua qualidade é vital. Aos 42 minutos, num chute seco, anotou o seu 18º gol na competição, lembrando que ele tem, também, 10 assistências. Assim, o Sport repetiu na arena o 4 x 2 de Arapiraca. Num sufoco desnecessário, mas seguindo firme no G4.
O cadastro nacional de uniformes de times, produzido pela CBF, apresenta nesta temporada 160 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Brasileiro – em 2012 haviam sido apenas as duas primeiras divisões.
Alguns times cadastraram três modelos no arquivo da entidade. Entre essas agremiações, os três representantes pernambucanos. No caso rubro-negro, porém, o terceiro modelo é uma composição mista dos dois primeiros padrões.
No arquivo, os modelos aparecem sem os patrocinadores, dando uma ideia de como seriam as camisas “limpas”. Confira o documento completo aqui.
Em tempos de Arena Pernambuco, com o já famoso Padrão Fifa, os demais estádios do futebol local ficaram alguns degraus abaixo. Entretanto, os quatro maiores palcos têm muita história para contar. Nos jogos realizados, claro, e nas várias caras que Ilha do Retiro, Aflitos, Arruda e Lacerdão já tiveram.
Sim, pois se a arena em São Lourenço da Mata foi inagurada com a sua versão definitiva, os demais estádios receberam inúmeras ampliações até os formatos atuais.
Ilha do Retiro – 1955
Inaugurado em 1937, o estádio do Sport recebeu seus primeiros degraus no ano seguinte. Para o primeiro Mundial no Brasil, em 1950, a reforma foi completa, ampliando a capacidade para 20 mil pessoas. Cinco anos depois, no cinquentenário do clube, mais dois lances de arquibancada foram erguidos.
Aflitos – 1968
O estádio alvirrubro, em atividade desde 1917, recebeu a sua grande reforma na década de 1960, quando todos os setores da arquibancada foram erguidos. No ano do hexa, o Eládio apresentava um formato que duraria até 1996, quando passou por uma remodelação, até 2002.
Arruda – 1970
Os primeiros jogos do Santa Cruz em seu estádio, que sucedeu o velho alçapão coral, no mesmo terreno, aconteceram em 1965. Até em 1972, o José do Rego Maciel ganharia o seu primeiro anel completo. Foram etapas paulatinas até a Copa da Independência. Dois anos antes da Minicopa a capacidade já era de 20 mil pessoas.
Lacerdão – 1977
Antes da denominação “Luiz Lacerda”, o estádio do Central foi chamado de Pedro Victor de Albuquerque. Nada de tobogã ou arquibancada superior de cadeiras alvingeras. O palco caruaruense era bem acanhado, mas já era, naquela época a maior do interior.
A campanha de sócios-torcedores passou dos 40 mil membros em dia nos grandes clubes pernambucanos. Desde a entrada de rubro-negros, tricolores e alvirrubros no programa nacional de descontos para associados em clubes de futebol, mais de 12 mil pessoas se credenciaram no estado. Obviamente, isso resultou em um aumento considerável na receita dos times locais.
No entanto, essa análise é direcionada à Ilha do Retiro (20 mil sócios) e ao Arruda (16 mil). Desde a atualização do blog no dia em que o trio foi inserido no levantamento da Ambev, em 21 de maio deste ano, o Alvirrubro só fez cair. Eram quatro mil. Agora, não mais de 2,5 mil sócios rigorosamente em dia.
Os sócios cadastrados no torcedômetro têm direito a benefícios em mais de 600 produtos e serviços de 37 marcas. Saiba mais no Por um futebol melhor.
Quadro agregado dos três grandes clubes do Recife.
21/05: 27.880 sócios
31/07: 31.803 sócios (+3.923)
20/09: 37.101 sócios (+5.298)
24/10: 40.008 sócios (+2.907)
Variação: +12.128
O projeto do Santa é voltado para quatro categorias de sócio, de R$ 20 a R$ 100, os mesmo valores há dois anos. Há pacote com acesso integral aos jogos.
Não dá para reclamar de falta de vontade em campo. Houve empenho na decisiva partida pela Copa Sul-americana. Entretanto, a falta de entrosamento dos rubro-negros foi visível, decepcionante. Com a torcida empurrando, indo de encontro ao suposto desejo do próprio clube, o Sport procurou o ataque de forma desordenada e em lampejos de Marcos Aurélio.
O camisa 10 e Oswaldo ainda tiveram a chance de marcar no primeiro tempo, mas aos 42 minutos veio a definição do duelo entre pernambucanos e paraguaios. Em mais um escanteio, arma muito bem utilizada em Luque – quando venceu por 2 x 0 -, o Libertad abriu o placar com Jorge González.
A empolgação da torcida leonina foi duramente silenciada na noite em São Lourenço. Ou quase, pois o apito para o intervalo veio acompanhado de uma sonora vaia, que a equipe armada com oito reservas não merecia pelo primeiro tempo que fez. Talvez, a vaia tenha sido para a postura que o clube adotou em relação à participação no torneio internacional, quase sempre com desdém.
Na etapa final nesta quarta-feira, a chuva fina cedeu lugar a um temporal. Impossível não pensar numa ducha de água fria nas pretensões leoninas em sua primeira partida como mandante na moderna Arena Pernambuco. Logo na retomada do intervalo Ailson ainda empatou, levantando de novo o público.
Infelizmente, deu nem tempo de comemorar, pois o mesmo Gonzáles desempatou, na quarta bola aérea a favor do Libertad em todo o confronto. Sem chances para Saulo. A derrota por 2 x 1 encerrou de forma melancólica a terceira participação do Sport em uma competição internacional.
O preço da escalação – e da preparação – no segundo jogo das oitavas de final foi preservar o plantel para o restante da Série B, sob a explicação do desgaste físico. Na sequência, agora só com o Campeonato Brasileiro, serão dois jogos no Recife, contra dois times na zona de rebaixamento. A torcida irá cobrar o alto preço nesses jogos contra ASA e São Caetano…