Emerson Sobral, de árbitro recordista de mata-matas e geladeiras a diretor da Ceaf

Emerson Sobral como árbitro e dirigente. Fotos: Ricardo Fernandes/DP e FPF/divulgação

A formação de Emerson Sobral na arbitragem ocorreu em 1995. Trabalhou no futebol pernambucano, onde chegou a obter a categoria “CBF”, deixando o quadro em 2017, já aos 43 anos. Na verdade, ocorreu uma transferência, assumindo imediatamente a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol, a Ceaf-PE, no lugar de Salmo Valentim. Como se sabe, o quadro local não é dos melhores – na visão do blog -, com um número elevado de lambanças. E Emerson Sobral está intimamente ligado a isso. Embora seja o recordista de jogos na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com sete aparições entre semifinais e finais (apitou a decisão de 2015), o agora dirigente também acumulou o maior número de punições por erros cometidos. Nesta década, foi três vezes para a “geladeira” (abaixo), sendo duas no cenário local e uma no Brasileirão. Com essa experiência, terá bastante trabalho a partir de agora.

“Participamos de um dos estaduais reconhecidamente mais difíceis do país pela sua tradição e competitividade e tudo isso nos coloca como sendo um dos melhores quadros de árbitros do Brasil.”

18/01/2012 (punido no Estadual)
Afastado ao errar em dois jogos. No 1º, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Santa. No 2º, não marcou um pênalti em cima de Rogério, do Náutico, e depois assinalou um pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.

24/03/2013 (punido no Estadual)
No jogo Ypiranga 2 x 2 Sport, na oitava rodada do segundo turno, assinalou um pênalti polêmico para a Máquina de Costura e marcou uma falta inexistente aos 44 do 2º tempo, no lance que acabou saindo o último gol.

02/09/2015 (punido na Série A)
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão, em Campinas, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada time. No caso do time mineiro, marcou a falta fora da área. No lance da Macaca, sequer assinalou falta.

Número de jogos de Sobral no Pernambucano (e o % sobre o torneio)
2014 – 16 jogos (11,4% de 140)
2015 – 14 jogos (11,2% de 124)
2016 – 11 jogos (11,4% de 96)
2017 – 11 jogos (11,5% de 95)

Ranking de jogos no mata-mata do Pernambucano (desde 2010)
7 partidas – Emerson Sobral (PE)
6 partidas – Sebastião Rufino Filho (PE)
4 partidas – Nielson Nogueira (PE)
3 partidas – Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE) e Wilton Sampaio (Fifa-GO)

Confira a lista completa de árbitros no mata-mata local clicando aqui.

Duque, o treinador com mais títulos em Pernambuco e campeão no Trio de Ferro

Duque. Crédito: Placar/reprodução

Como técnico, Duque alcançou duas marcas expressivas no futebol pernambucano. Em 1975, quando tirou o Sport de uma fila de doze anos, com o “Supertime da Ilha”, o treinador chegou a sete títulos estaduais, igualando a marca, ainda vigente, de Palmeira, hepta em 1962. Ali, tornou-se também um dos quatro nomes com conquistas no Trio de Ferro. Campeão nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro. Para se ter uma ideia, o último a obter o feito foi o multicampeão brasileiro Ênio Andrade, no já distante ano de 1984.

Esses números dão lastro à carreira do mineiro no Recife, comandando alguns dos maiores times de cada clube. Não por acaso estava na área técnica observando o gol de Ramos, que deu o hexacampeonato ao timbu. Um ano antes esteve no Maracanã, num duelo contra Mário Travaglini, na decisão da Taça Brasil entre Náutico e Palmeiras. Após as quatro taças conquistadas no alvirrubro, onde fincou o seu nome como o melhor técnico da história do clube, foi ser campeão no tricolor, levando o lateral-direito Gena. Lá, encontrou Givanildo Oliveira (como volante), Luciano Veloso e Fernando Santana. Ganhou duas finais seguidas, contra Náutico e Sport.

Até então então, o leão havia sido vice-campeão em cinco dos seis títulos de Duque. Ele acabou se “redimindo” ao azeitar um timaço com Luciano Veloso (na maior, e mais polêmica, transação da época), Assis Paraíba e Dadá Maravilha. Davi Ferreira, para os chegados, aposentou-se da função no início dos anos 80, após se arriscar no Oriente Médio. Ainda virou comentarista de rádio no Rio de Janeiro, onde viveu até os 91 anos. Duque faleceu em 2017, mantendo um legado difícil de ser superado em Pernambuco.

“Eu era o preparador físico, o preparador técnico, o preparador tático e o homem que impunha a psicologia a serviço da equipe.”

Ranking de títulos pernambucanos entre treinadores

7 títulos, Palmeira: 1946 e 1947 no Santa; 1950, 1951 e 1952 no Náutico; 1961 e 1962 no Sport 

7 títulos, Duque: 1964, 1966, 1967 e 1968 no Náutico; 1970 e 1971 no Santa; 1975 no Sport 

5 títulos, Givanildo Oliveira: 1991, 1992, 1994 e 2010 no Sport; 2005 no Santa

Técnicos campeões pelo Trio de Ferro (e o ano do ciclo completo)

1960, Gentil Cardoso (55 Sport, 59 Santa, 60 Náutico) 

1962, Palmeira (46/47 Santa, 50/51/52 Náutico, 61/62 Sport) 

1975, Duque (64/66/67/68 Náutico, 70/71 Santa, 75 Sport) 

1984, Ênio Andrade (76 Santa, 77 Sport, 84 Náutico)

Para a CBF, o Santa Cruz segue na fase preliminar do Nordestão 2018. E o Sport?

Ofício da CBF sobre a Copa do Nordeste 2018. Crédito: CBF/site oficial (reprodução)

Em Salvador, em 13 de julho, uma reunião envolvendo os clubes da Liga do Nordeste confirmou a saída do Sport, que pediu desfiliação, abrindo mão da participação no Nordestão de 2018. A primeira consequência direta foi a efetivação do Santa Cruz, da fase preliminar (devido à terceira colocação no Estadual) à fase de grupos, agora na condição de segundo representante de Pernambuco (após o Salgueiro). Curiosamente, no dia seguinte à decisão, a CBF foi na contramão, confirmando os quatro confrontos sorteados para o chamado “Pré-Nordestão”, a recém-criada fase preliminar do torneio – ofício acima. Ao que parece, a confederação brasileira não reconheceu o pedido de desistência do Sport, feito fora do prazo legal, até 30 de junho. Neste dia, o leão avisou à liga. Porém, só protocolou à CBF no dia 5 de julho, via FPF.

Fase preliminar da Copa do Nordeste 2018
Treze (PB) x Cordino (MA)
Santa Cruz x Itabaiana (SE)
CSA (AL) x Parnahyba (PI)
Globo (RN) x Fluminense de Feira (BA)

Segundo a definição de cotas do torneio, os quatro eliminados vão ganhar R$ 250 mil pela participação mínima, enquanto os quatro vencedores vão receber R$ 750 mil pela presença na fase de grupos, num valor correspondente ao 4º subgrupo de cotas, um modelo também recém-criado.

Entre as observações feitas pelo blog sobre a permanência do Santa na liga, em publicação feita mais cedo, a quarta dizia o seguinte:

4) A direção de competições da CBF alega que o Sport não comunicou a saída dentro do prazo legal. Seria um mecanismo para uma possível volta? Em vídeo vazado no twitter, o mandatário leonino afirmou que “não é homem para se torar”, mantendo a saída – e a liga já dá o fato como consumado.

Ou seja, enquanto o rubro-negro e a liga, a contragosto, enxergam a saída de forma consumada, há um entrave, que deve proporcionar novos capítulos…

Atualização: Alírio Moraes (Santa) e Evandro Carvalho (FPF) entendem que foi um erro da CBF e a decisão da liga deve ser homologada segunda-feira.

Com subgrupos, premiação da Copa do Nordeste de 2018 chega a R$ 22.400.000

A evolução das cotas de premiação da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Copa do Nordeste de 2018 irá distribuir uma premiação 20,9% maior em relação à edição anterior. O blog já havia informado a estimativa de até R$ 23 milhões. Ficou quase nisso, chegando a R$ 22,4 milhões, levando em conta apenas as cotas de participação. Somando as passagens, hospedagens e arbitragem, bancadas pela verba arrecadada pela liga, o montante chega a R$ 30 mi. Porém, o blog seguiu o critério utilizado desde a volta oficial do torneio, em 2013, com os gráficos comparando apenas as premiações.

A grande novidade para a próxima edição – à parte da surpreendente ausência do Sport, que se desfiliou – é a criação de subgrupos de cotas. No mínimo, uma consequência da celeuma. Durante o imbróglio causado pela saída de rubro-negros e alvirrubros da Liga do Nordeste, o blog chegou a comentar sobre a elaboração de um critério técnico para a formação de subgrupos na primeira fase, como já ocorre na Copa do Brasil. Dito e feito. Na reunião da Liga do Nordeste, em Salvador, os clubes decidiram criar quatro categorias, a partir do Ranking da CBF – cuja atualização é anual. A regra vale para os três primeiros subgrupos, compostos pelos 12 classificados à fase principal. Os quatro oriundos do Pré-Nordestão, independentemente o rankeamento, ficam no quarto subgrupo. E para quem deixar o torneio muito cedo, ainda na fase de Pré, foi designada uma cota mínima.

Com a desistência do leão, o Santa foi alçado da fase preliminar à fase de grupos, assegurando R$ 1 milhão. Já o Salgueiro, que não se envolveu na polêmica dos rivais da capital, garante R$ 775 mil, verba inferior apenas a de 2016, quando o clube sertanejo chegou às quartas (R$ 935 mil).

Abaixo, as premiações de cada fase da Lampions 2018. Os dados foram apurados pelo repórter Vitor Villar, do jornal baiano Correio*.

Pré Nordestão – R$ 250 mil (apenas para os 4 clubes eliminados) 

Fase de grupos
Subgrupo 1 – R$ 1 milhão (Bahia, Vitória, Ceará e Santa Cruz)
Subgrupo 2 – R$ 850 mil (ABC, Sampaio Corrêa, CRB e Botafogo-PB)
Subgrupo 3 – R$ 775 mil (Salgueiro, Confiança, Altos e Ferroviário)
Subgrupo 4 – R$ 750 mil (os 4 vencedores do Pré-Nordestão) 

Quartas de final – R$ 450 mil
Semifinal – R$ 550 mil
Vice – R$ 600 mil
Campeão – R$ 1,5 milhão

A evolução da cotas absoluta da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Eis as cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2018*
Campeão – R$ 3,5 milhões
Vice – R$ 2,6 milhões
Semifinalista – R$ 2 milhões
Quartas de final – R$ 1,45 milhão
Fase de grupos – R$ 1 milhão
* Soma dos valores para o subgrupo 1

2017
Campeão – R$ 2,85 milhões (Bahia)
Vice – R$ 2,15 milhões (Sport)
Semifinalista – R$ 1,6 milhão (Santa Cruz e Vitória)
Quartas de final (1) – R$ 1,05 milhão (Campinense, Itabaiana e Sergipe)
Quartas de final (2) – R$ 780 mil (River)

Fase de grupos (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 600 mil
Fase de grupos (MA e PI) – R$ 330 mil
Total – R$ 18.520.000

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões (Santa Cruz)
Vice – R$ 1,885 milhão (Campinense)
Semifinalista – R$ 1,385 milhão (Bahia e Sport)
Quartas de final – R$ 935 mil (Ceará, Salgueiro, CRB e Fortaleza)
Fase de grupos – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões** (Ceará)
Vice – R$ 1,24 milhão (Bahia)
Semifinalista – R$ 890 mil (Vitória e Sport)
Quartas de final – R$ 615 mil (Fortaleza, América-RN, Salgueiro e Campinense)
Fase de grupos – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
** Com bônus de R$ 500 mil, pago pela CBF

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão (Sport)
Vice – R$ 1,2 milhão (Ceará)
Semifinalista – R$ 850 mil (América-RN e Santa Cruz)
Quartas de final – R$ 600 mil (CSA, CRB, Vitória e Guarany-CE)
Fase de grupos – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão (Campinense)
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

A evolução da cotas absoluta da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Classificação da Série A 2017 – 13ª rodada

A classificação da 13ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Desde a formatação da Série A com 20 clubes e pontos corridos, em 2006, a 13ª rodada de 2017 foi a que registrou o maior número de visitas indigestas. Dos dez jogos, oito terminaram com três pontos para os visitantes. Apenas um venceu, justamente em São Lourenço, com o Sport goleando a Chapecoense. Com o resultado, o time pernambucano subiu mais um degrau na tabela, passando do 6º para o 5º lugar. Ascensão meteórica através das quatro vitórias consecutivas (maior marca desde 2000), saindo do Z4 para o G6.

Na ponta, o Corinthians segue ampliando a vantagem. Ao ganhar no Allianz Parque, repleto só por palmeirenses, o Timão abriu dez (!) pontos sobre o vice-líder, graças ao confronto entre Fla e Grêmio. Quem vai impedir o hepta?

Resultados da 13ª rodada
Atlético-MG 0 x 1 Santos
Ponte Preta 0 x 3 Bahia
Fluminense 0 x 1 Botafogo
Vitória 1 x 4 Vasco
Atlético-PR 0 x 2 Cruzeiro
Palmeiras 0 x 2 Corinthians
Flamengo 0 x 1 Grêmio
São Paulo 2 x 2 Atlético-GO
Sport 3 x 0 Chapecoense
Avaí 1 x 4 Coritiba 

Balanço da 13ª rodada
1V dos mandantes (7 GP), 1E e 8V dos visitantes (20 GP)

Agenda da 14ª rodada
15/07 (19h00) – Corinthians x Atlético-PR (Arena Corinthians)
16/07 (11h00) – Palmeiras x Vitória (Allianz Parque)
16/07 (16h00) – Cruzeiro x Flamengo (Mineirão)
16/07 (16h00) – Chapecoense x São Paulo (Arena Condá)
16/07 (16h00) – Vasco x Santos (Nilton Santos)
16/07 (16h00) – Atlético-GO x Atlético-MG (Olímpico)
16/07 (16h00) – Grêmio x Ponte Preta (Arena do Grêmio)
16/07 (19h00) – Bahia x Avaí (Pituaçu)
16/07 (19h00) – Coritiba x Fluminense (Couto Pereira)
17/07 (20h00) – Botafogo x Sport (Nilton Santos) 

Histórico de Botafogo x Sport no Rio*, pelo Brasileiro (11 jogos)
1 vitória leonina (em 1994), 3 empates e 7 derrotas
* Um jogo com mando carioca, contabilizado, ocorreu em Juiz de Fora-MG

Podcast – Análise da vitória do Sport e dos empates de Náutico e Santa Cruz

Pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, empates na Série B e vitória na Série A. Começou na terça-feira, numa rodada cheia da segundona. Na Arena, o alvirrubro segurou o líder, e em Lucas do Rio Verde, o tricolor buscou a igualdade no finzinho. Na quinta-feira, encerrando a rodada na elite, o rubro-negro venceu a 4ª partida seguida, subindo na classificação. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 101 minutos. Ouça!

11/07 – Náutico 1 x 1 Juventude (39 min)

11/07 – Luverdense 2 x 2 Santa Cruz (33 min)

13/07 – Sport 3 x 0 Chapecoense (29 min)

Sport goleia a Chape e engata 4 vitórias seguidas no Brasileirão após 17 anos

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport chegou a seis vitórias consecutivas, sem sofrer gols, somando os jogos pela Série A, Sula e Estadual. Focando apenas no Brasileirão, a série chega a quatro vitórias, não menos representativa. E veio numa partida difícil contra a Chapecoense, na qual os rubro-negros não se apresentaram bem na primeira etapa. A reorganização passou pela entrada de Diego Souza no intervalo, completando, enfim, os sete jogos nesta edição – evitando uma transferência no país. Com a referência técnica e um adversário amarelado (oito advertências ao todo!), o time achou espaço e construiu jogadas, com as principais peças justificando na maior competição do país o alto investimento feito. De Everton Felipe para André, que se antecipou ao zagueiro e bateu de chapa, sem firula. De Mena, em mais um cruzamento certeiro, para Diego Souza, que desafogou a peleja aos 46 minutos. Sem pisar no freio, Rogério rolou a bola para André chegar a seis gols na competição. Fluiu, 3 x 0.

As 4 vitórias seguidas em 2000
16/11 – Sport 1 x 0 América-MG
19/11 – Atlético-MG 0 x 6 Sport
22/11 – Remo 1 x 2 Sport
26/11 – Sport 1 x 0 Remo 

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Giovanna Batista/twitter (@giibatistaa)

As 4 vitórias seguidas em 2017
24/06 – Santos 0 x 1 Sport
02/07 – Sport 1 x 0 Atlético-PR
10/07 – Coritiba 0 x 3 Sport
13/07 – Sport 3 x 0 Chapecoense 

Com o resultado, os 25.861 torcedores rubro-negros presentes, no primeiro dos cinco jogos programados na Arena Pernambuco, viram a queda de um tabu do clube. Desde 2000, na saudosa campanha de Nildo, Leonardo e Adriano, o leão não chegava a quatro vitórias seguidas na elite – na época, pela Copa João Havelange. Já havia batido na trave algumas vezes, como em 2016, quando teve a chance contra o América, lanterna, na Ilha. Ali, ficou no empate. Diante de outro alviverde, desta vez catarinense, o Sport seguiu uma evolução técnica e tática, com a assinatura de Luxemburgo, que conseguiu extrair da equipe o que dela se esperava – revezamento na zaga, apoio mais eficiente dos laterais, transições rápidas, finalizações e assistências de todos à frente. Com as quatro vitórias, o time saiu do Z4 para a 5ª posição. Seguirá brigando lá em cima? A expectativa é baseada na regularidade.

O recorde de vitórias do clube no Brasileiro? Cinco, em 1985…

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Santa segue no Nordestão, com Náutico em dúvida e Sport possivelmente isolado

O racha entre os fundadores da Luga do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Entre os dias 3 e 13 de julho, Liga do Nordeste viveu a expectativa sobre a decisão do Santa Cruz acerca da disputa do Nordestão de 2018. Seguiria o movimento de Sport e Náutico e deixaria a competição ou aumentaria o apoio ao torneio? Na visão do blog, a posição tricolor era determinante para o “tamanho” da Lampions, uma vez que a saída significaria, de fato, a ausência do Recife na audiência – e os dados da capital são os maiores da região.

Após ponderar sobre o que seria melhor para o seu clube, naturalmente, o presidente Alírio Moraes optou por permanecer. Comunicou a decisão durante a reunião da liga, em Salvador, onde foram definidas as cotas de participação da edição de 2018, com R$ 22,5 mi ao todo. De cara, assegurou R$ 1 milhão na fase de grupos – na situação financeira em que o clube se encontra, seria bem difícil, pra não dizer impossível, convencer o torcedor do contrário.

Com a desistência do Sport, confirmada pela liga, o Santa entra diretamente na fase de grupos, evitando o Pré-Nordestão, que seria contra a Itabaiana.

Fundadores favoráveis à continuidade da Copa do Nordeste
ABC, Bahia, Botafogo-PB, Ceará, Confiança, CRB, CSA, Fluminense de Feira, Treze e Vitória, América-RN e Fortaleza, Sergipe e Santa Cruz

Fundadores que se desfiliaram da Liga do Nordeste
Náutico (sub judice) e Sport

Algumas observações do blog sobre as consequências da decisão coral:

1) O Náutico, fora do Nordestão 2018, passa da cor vermelha, de “saída”, ao amarelo, de “indefinição”, devido ao impasse entre o executivo (que optou pela saída da liga) e o conselho deliberativo (que comunicou a permanência). Com a 3ª vaga do estado em aberto, não surpreenderia uma adesão timbu, visto que a simples participação na fase “Pré” renderia R$ 250 mil – podendo chegar a R$ 750 mil caso alcance a fase de grupos.

2) Caso o Náutico siga mesmo fora da Liga do Nordeste, a 3ª vaga de Pernambuco ficaria com o Belo Jardim, que terminou em 5º lugar no Estadual de 2017. Numa hipotética participação inédita, o calango, cujo estádio está sem os laudos técnicos, entraria num novo sorteio do Pré-Nordestão.

3) Na coletiva em que anunciou a saída do Sport, o presidente Arnaldo Barros falou sobre a formação de um torneio paralelo. Contudo, com 14 dos 16 clubes fundadores confirmando apoio à liga nordestina, a ideia fracassou. Portanto, o Sport vai ao ‘Plano B’, não revelado por ele. Primeira Liga? A princípio, o dirigente simplesmente abriu mão de R$ 1 milhão (por 6 datas), além de confrontar parte da torcida, insatisfeita pela saída do regional.

4) A direção de competições da CBF alega que o Sport não comunicou a saída dentro do prazo legal. Seria um mecanismo para uma possível volta? Em vídeo vazado no twitter, o mandatário leonino afirmou que “não é homem para se torar”, mantendo a saída – e a liga já dá o fato como consumado.

5) Embora o Sport tenha tido três jogos com audiência acima de 1 milhão de telespectadores (recorde em 2017), a sua ausência (pontual?) pode ser digerida pelo Nordestão, como ocorreu com Santa (2015), Vitória (2016) e Ceará (2017) – nesses casos, não se classificaram nos estaduais. Lembrando que o leão também não participou em 2003 e 2010, também por divergências.

Torcedor, o que você achou da posição do Santa Cruz?
Sem um regional paralelo, o Sport deve aderir à Primeira Liga?
O Náutico deveria lutar pela terceira vaga local na Copa do Nordeste?

A versão de Diego Souza sobre a novela entre Sport e Palmeiras. Segue na Ilha…

A novela sobre o destino de Diego Souza foi longa, entre a permanência no Sport e a ida ao Palmeiras, pontuada pela ausência na partida contra Coxa, justificada por problemas particulares. Ao se reapresentar no rubro-negro, após quatro dias, o camisa 87 fez um pronunciamento no CT de Paratibe, com 18 minutos ininterruptos. Assista à íntegra abaixo, via Superesportes.

Rusga com a direção leonina, multa de 1,6 milhão de euros, irritação com Edmundo, aviso aos companheiros de time etc.

O meia-atacante permanece na Ilha, com contrato até dezembro de 2018.

Deve fazer o 7º jogo contra a Chapecoense, inviabilizando a participação em outro clube no Campeonato Brasileiro de 2017.

Classificação da Série A 2017 – 12ª rodada

A classificação da 12ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

A 12ª rodada do Brasileirão foi encerrada em Curitiba, com a goleada do Sport sobre o Coxa. Com isso, o rubro-negro pernambucano chegou a três vitórias consecutivas, dando um salto na classificação – e zerou o saldo, após longa caminhada desde a má estreia. Neste recorte, saiu do 17º lugar, na zona de rebaixamento, para a 6ª posição, a zona de classificação à Libertadores. Nos três casos, vitórias sem ser vazado. E a tabela, em tese, anima o leão, com três jogos como mandante nas quatro próximas rodadas (Chape, Atlético-GO e Palmeiras). Neste período, será visitante contra o Botafogo.

Já na briga pela liderança, o Corinthians segue impossível (e invicto). Com quatro vitórias seguidas, o time paulista ampliou a vantagem, de 7 para 9 pontos. É a melhor largada da história dos pontos corridos no país.

Resultados da 12ª rodada
Atlético-GO 1 x 2 Vitória
Vasco 0 x 1 Flamengo
Corinthians 2 x 0 Ponte Preta
Chapecoense 1 x 1 Atlético-PR
Cruzeiro 3 x 1 Palmeiras
Bahia 1 x 1 Fluminense
Grêmio 0 x 2 Avaí
Botafogo 1 x 1 Atlético-MG
Santos 3 x 2 São Paulo
Coritiba 0 x 3 Sport 

Balanço da 12ª rodada
3V dos mandantes (12 GP), 3E e 4V dos visitantes (14 GP)

Agenda da 13ª rodada
12/07 (19h30) – Atlético-MG x Santos (Independência)
12/07 (19h30) – Ponte Preta x Bahia (Moisés Lucarelli)
12/07 (21h00) – Fluminense x Botafogo (Maracanã)
12/07 (21h45) – Atlético-PR x Cruzeiro (Arena da Baixada)
12/07 (21h45) – Vitória x Vasco (Barradão)
12/07 (21h45) – Palmeiras x Corinthians (Allianz Parque)
13/07 (19h30) – São Paulo x Atlético-GO (Morumbi)
13/07 (19h30) – Flamengo x Grêmio (Luso Brasileiro)
13/07 (19h30) – Sport x Chapecoense (Arena Pernambuco)
13/07 (21h00) – Avaí x Coritiba (Ressacada)

Histórico de Sport x Chape no Recife, pelo Brasileiro
3 jogos e 3 vitórias leoninas