Agap, o adversário onipresente na pré-temporada do Trio de Ferro

Time da Agap-PE em 2016. Foto: Agap/facebook

Atualizado em 21/03/2018

Possivelmente, você já ouviu falar da Agap. Afinal, poucos times enfrentaram tanto o Trio de Ferro nos últimos anos. Foram 30 confrontos entre janeiro de 2014 e março de 2018. O retrospecto é péssimo, com 29 derrotas, sendo 19 goleadas, e um mísero empate, sempre na condição de visitante. Para fins estatísticos, essas partidas não são contabilizadas como “amistosos” de Náutico, Santa Cruz e Sport, mas como “jogos-treinos”, pois os clubes da capital não utilizaram os uniformes. Apesar do desempenho em campo, o objetivo do alviazulino é nobre.

Onipresente nas pré-temporadas, a Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Pernambuco não é um clube profissional, federado, mas uma entidade sem fins lucrativos criada em 15 de janeiro de 1998 e sediada na Boa Vista, com o objetivo de ajudar atletas e ex-atletas de futebol do estado. Com cursos de adequação a outras profissões, auxílios de saúde e alimentação, e, claro, o princípio básico de movimentar jogadores sem clubes, em busca de um contrato. De jovens sem espaço na base a veteranos desempregados.

A Agap já contou com vários jogadores rodados no futebol pernambucano, como, por exemplo, o atacante Carlinhos Bala e o lateral-esquerdo Lúcio, então com 35 anos. Apesar da disciplina, a cada jogo-treino é uma nova formação, dificultando a coletividade da equipe, que tem a bandeira de Pernambuco no distintivo e também joga com outros dois padrões, branco e laranja. Sem um calendário oficial, a agremiação presidida por Fernando Silva, ex-volante timbu, fica à espera de convites, não só da capital. Outra curiosidade é que a premissa também vale para a comissão técnica, com oportunidades para técnicos fora do mercado e ex-jogadores na transição para a nova função. Em 2016, Neco, que já comandou Salgueiro e Sport, aceitou treinar o time contra Náutico e Santa. Foi auxiliado pelo ex-zagueiro Lima e pelo ex-lateral-direito Russo.

Jogos da Agap contra o Trio de Ferro
16/03/2018 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)*
25/01/2018 – Agap 1 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
07/01/2018 – Agap 0 x 6 Santa Cruz (Espaço Lazer do Hospital Português)
11/09/2017 – Agap 0 x 9 Sport (CT José de Andrade)*
07/04/2017 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
16/03/2017 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)*
14/03/2017 – Agap 1 x 1 Santa Cruz (Arruda)*
09/03/2017 – Agap 0 x 6 Náutico (CT Wilson Campos)*
06/03/2017 – Agap 0 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
02/03/2017 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
27/02/2017 – Agap 0 x 2 Santa Cruz (Arruda)*
22/02/2017 – Agap 0 x 6 Sport (CT José de Andrade)*
20/01/2017 – Agap 1 x 5 Náutico (Arena Pernambuco)
10/01/2017 – Agap 0 x 3 Santa Cruz (Grito da República)
04/04/2016 – Agap 0 x 6 Náutico (CT Wilson Campos)*
02/02/2016 – Agap 3 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
20/01/2016 – Agap 2 x 5 Náutico (CT Wilson Campos)
17/01/2016 – Agap 0 x 6 Santa Cruz (Chã Grande)
13/01/2016 – Agap 0 x 2 Náutico (CT Wilson Campos)
29/07/2015 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)
20/02/2015 – Agap 0 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
14/02/2015 – Agap 1 x 3 Santa Cruz (Arruda)
06/02/2015 – Agap 1 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
26/01/2015 – Agap 1 x 4 Sport (CT José de Andrade)
19/01/2015 – Agap 0 x 4 Santa Cruz (Chã Grande)
15/01/2015 – Agap 0 x 8 Sport (CT José de Andrade)
29/09/2014 – Agap 1 x 2 Náutico (CT Wilson Campos)*
17/07/2014 – Agap 0 x 4 Sport (CT José de Andrade)
10/07/2014 – Agap 0 x 7 Sport (CT José de Andrade)
12/01/2014 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)
* Times reservas x Agap. 

Agap vs trio: 30 jogos, 1 empate e 29 derrotas, 12 GP, 123 GC (-111)

Jogos da Agap com outros clubes do estado
16/01/2017 – Agap 0 x 1 América (Ademir Cunha)*
11/04/2015 – Agap 0 x 5 Central (Lacerdão)
02/02/2015 – Agap 0 x 8 Salgueiro (CT José de Andrade)*
30/12/2010 – Agap 0 x 4 América (Olindão)

Geral (2010-2018): 34 jogos, 1 empate e 33 derrotas, 12 GP, 141 GC (-129)

Confira as maiores goleadas do Trio de Ferro sobre a Agap…

Santa Cruz 6 x 0 Agap, 2016 (foto) e 2018

Jogo-treino 2016, Santa Cruz 6x0 Agap. Foto: Antônio Melcop (Santa)

Sport 9 x 0 Agap, 2017

Jogo-treino em 2017: Sport 9 x 0 Agap. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Náutico 6 x 0 Agap, 2016 (foto) e 2017

Jogo-treino 2015, Náutico 8x0 Agap. Foto: Milton Neto/divulgação

Cinco clubes na Copa SP de Juniores, o recorde pernambucano em 2016

O troféu da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Crédito: federação paulista

O futebol pernambucano terá uma presença recorde na Copa São Paulo de Futebol Júnior. São cinco times em 2016, na 47ª edição da história. Além do Trio de Ferro, confirmaram presença o América, atual vice-campeão estadual da categoria, e o Porto, com a experiência de nove participações nos últimos dez anos. Em grupos distintos, os clubes garantem ao menos 15 partidas para trabalhar os seus seus talentos. Contudo, ir além disso não é fácil.

Desde 2001 foram 36 participações e em apenas 7 os nossos representantes avançaram ao mata-mata, chegando no máximo às oitavas, três vezes. Em toda a história, o melhor resultado foi alcançar as quartas de final, em 1992 (Santa Cruz) e 1997 (Sport). Nesta temporada foram 112 clubes inscritos, espalhados em 27 cidades, com a tabela de 2 a 25 de janeiro.

Participações pernambucanas no século XXI
2001 – Santa Cruz (8as de final), Sport e Náutico (ambos na 1ª fase)
2002 – Santa Cruz (1ª fase)
2003 – Santa Cruz (8as de final) e Náutico (1ª fase)
2004 – Náutico, Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2005 – Santa Cruz, Sport e Porto (todos na 1ª fase)
2006 – Porto e Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2007 – Porto (8as de final)
2008 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2009 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2010 – Porto e Atlético Pernambucano (ambos na 1ª fase)
2011 – Porto e Vitória (ambos na 1ª fase)
2012 – Sport, Porto e Vitória (todos na 1ª fase)
2013 – Náutico e Santa Cruz (ambos nos 16 avos de final), e Sport (1ª fase)
2014 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
2015 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)

Em relação à revelação de talentos, o fator primordial, nos últimos dois anos dois nomes despontaram na Copa SP. Em 2014, Joelinton foi o principal jogador do Sport. Um ano depois, rendeu R$ 5,4 milhões ao clube, numa transferência à Alemanha. Em 2015, apesar da eliminação precoce dos corais, o meia Raniel chamou a atenção, sendo efetivado para o time principal e tratado como joia.

Anualmente, se disputa em Pernambuco campeonatos Sub 15, Sub 17 e Sub 20. Porém, a base ainda carece de infraestrutura. Dos cinco times em solo paulista, dois não têm sequer centro de treinamento – Santa e América. Claro, o retorno da base precisa de um empenho a longo prazo. Não por acaso o CT é uma meta tricolor este ano. Um passo a mais para melhores resultados..

Últimas revelações pernambucanas na Copinha
2012 – Érico Júnior (atacante), 4 gols pelo Vitória
2013 – Ruan (atacante), 5 gols pelo Sport
2013 – Renato (atacante), 3 gols pelo Náutico

2014 – Joelinton (atacante), 3 gols pelo Sport
2015 – Raniel (meia), 1 gol pelo Santa Cruz

Os grupos com os times pernambucanos na Copa SP de juniores em 2016. Crédito: federação paulista

O regulamento oficial da 1ª divisão do Campeonato Pernambucano de 2016

O logo oficial do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF

A FPF divulgou o regulamento oficial da primeira divisão do Campeonato Pernambucano de 2016. Com 23 páginas, o documento apresenta a fórmula, os detalhes financeiros da competição (como a taxa de 8% para FPF em todos as partidas) e as vagas destinadas aos torneios nacionais da temporada.

Serão oito times na primeira fase, de 10 a 27 de janeiro. Os times estão divididos em dois grupos de quatro, jogando em turno e returno – na abertura, o clássico caruaruense Porto x Central. Após seis rodadas, o primeiro colocado de cada chave avança ao hexagonal do título, o campeonato “de fato”, já com Santa , Sport, Náutico e Salgueiro, presentes nas três primeiras divisões do Brasileiro – a exigência para a pré-classificação. A etapa – paralela ao hexagonal que definirá os dois rebaixados – será disputada entre 30 de janeiro e 10 de abril, com os quatro primeiros avançando ao mata-mata. Na semi e na final, o critério será pontos ganhos e saldo de gols. Persistindo o empate, pênaltis.  

Clubes na 1ª fase: Central, Serra Talhada, Porto, Pesqueira, Atlético, América, Belo Jardim e Vitória
Clubes na 2ª fase: Santa Cruz, Salgueiro, Sport e Náutico 

Confira a tabela da competição: primeira fase e hexagonal do título.

Veja a definição das vagas à Copa do Brasil, Nordestão e Série D clicando aqui.

Os oito times candidatos ao verdadeiro Campeonato Pernambucano de 2016

Participantes da 1ª fase do Campeonato Pernambucano de 2016

O Campeonato Pernambucano de 2016 começará ainda em janeiro, durante a pré-temporada dos grandes clubes de futebol do país. Por mais datas, a FPF conseguiu junto à diretoria de competições da CBF a antecipação da primeira fase, uma vez que os oito participantes estavam sem atividade. A definição da tabela saiu somente agora, após a final da segunda divisão estadual, no Carneirão, com o inédito título do Belo Jardim sobre a Acadêmica Vitória.

O regulamento da fase preliminar é simples. São dois grupos de quatro times, jogando em turno e returno – a abertura será com o clássico caruaruense Porto x Central. Após seis rodadas, o primeiro colocado de cada chave avança ao hexagonal do título, o campeonato estadual “de fato”, que já tem a garantia de Santa Cruz, Sport, Náutico e Salgueiro, os representantes locais nas três primeiras divisões do Brasileiro – a exigência  técnica para a pré-classificação. Mais do que isso, os dois times garante vaga na Série D. Enquanto isso, os seis eliminados vão para o hexagonal do rebaixamento, onde os dois últimos cairão para a segundona de 2017.

Grupo A – Central, Porto, Atlético e Belo Jardim
Grupo B – Serra Talhada, América, Pesqueira e Vitória

Algum favorito à vaga na 2ª fase do Estadual? Até o fim de janeiro, a resposta.

Confira a tabela do hexagonal do título clicando aqui.

1ª rodada (10/01)
A – Porto x Central
A – Belo Jardim x Atlético
B – América x Pesqueira
B – Vitória x Serra Talhada

2ª rodada (13/01)
A – Central x Belo Jardim
A – Atlético x Porto
B – Pesqueira x Vitória
B – Serra Talhada x América

3ª rodada (17/01)
A – Porto x Belo Jardim
A – Atlético x Central
B – Pesqueira x Serra Talhada
B – Vitória x América

4ª rodada (20/01)
A – Belo Jardim x Porto
A – Central x Atlético
B – Serra Talhada x Pesqueira
B – América x Vitória

5ª rodada (24/01)
A – Belo Jardim x Central
A – Porto x Atlético
B – Vitória x Pesqueira
B – América x Serra Talhada

6ª rodada (27/01)
A – Central x Porto
A – Atlético x Belo Jardim
B – Serra Talhada x Vitória
B – Pesqueira x América

Pernambuco x Argentina, do primeiro duelo internacional do estado à Sula

Pernambuco x Argentina

Tudo começou com um buffet em 17 de dezembro de 1936. Fazendo valer o apelido de “boêmio”, o elenco do Atlanta fez uma despedida na calle Humboldt, em Villa Crespo. No dia seguinte, a delegação partiu do porto iniciando uma longa viagem no vapor Monte Pascoal. Destino? Brasil. Pela primeira vez o Clube Atlético Atlanta jogaria no país vizinho. Ao todo, disputaria 13 partidas até março do ano seguinte. Em janeiro, o navio argentino atracou no porto do Recife. Chegou com atração (foto abaixo)

Com a ajuda financeira da Confederação Brasileira de Desportos, a atual CBF, para promover o esporte local, a técnica agremiação portenha enfrentaria adversários pernambucanos. De forma inédita, então, o futebol pernambucano receberia um time do exterior. Foram duas partidas no Campo da Avenida Malaquias, o antigo estádio rubro-negro. Bem superior, o Atlanta começou com um rotundo 10 x 6 sobre o Náutico. Na sequência, 7 x 2 sobre o Sport. O Diario de Pernambuco foi categórico sobre o espetáculo visto na cidade.

“O Recife pode ter assistido a jogo de conjunto superior ao do Atlanta; não nos lembramos, porém, de quando teria acontecido tal fato”.

A história entre pernambucanos e argentinos ganharia força na década de 1950, com a passagem de três clubes tradicionais de Buenos Aires. Vélez, Chacarita e Independiente, que futuramente seria o maior campeão da Libertadores. A primeira vitória local coube ao Santa, sobre o “Chaca” da Villa Maipú, o rival do pioneiro Atlanta. Jogo em pleno Natal de 1952, na Ilha. No acervo do pesquisador Carlos Celso Cordeiro há até o registro até de uma viagem da Seleção Argentina de Novos, atual Sub 20, entre Recife e Caruaru. A classificação do Sport às oitavas da Copa Sul-Americana de 2015 promoveu o reencontro depois de 42 anos. A diferença é que enfim garantiu uma visita à terra dos hermanos, iniciando uma era de confrontos válidos pela Conmebol…

Atualizado até 14 de janeiro de 2018

Jogos entre clubes (16)
29/01/1937 – Náutico 6 x 10 Atlanta
31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta
06/12/1951 – Náutico 2 x 3 Vélez Sarsfield
09/12/1951 – Santa Cruz 1 x 3 Vélez Sarsfield
25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield
25/12/1952 – Santa Cruz 2 x 1 Chacarita Juniors
28/12/1952 – Náutico 2 x 2 Chacarita Juniors
01/01/1953 – América 1 x 3 Chacarita Juniors
06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors
06/12/1956 – Santa Cruz 1 x 1 Independiente
09/02/1973 – Santa Cruz 2 x 2 Argentinos Juniors
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana)
30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana)
27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana)
14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (Taça Ariano Suassuna)

17 jogos disputados, 4 vitórias de PE, 4 empates, 9 derrotas; 29 GP, 42 GC

Jogos entre clubes e seleções (5)
08/12/1956 – Seleção Pernambucana 1 x 0 Independiente
12/01/1968 – Náutico 2 x 0 Seleção Argentina de Novos
24/01/1968 – Santa Cruz 1 x 2 Seleção Argentina de Novos
28/01/1968 – Sport 2 x 0 Seleção Argentina de Novos
05/02/1968 – Central 2 x 1 Seleção Argentina de Novos

O escrete do Atlanta no Recife, em 1937, iniciando a história PE x ARG…

O time do Atlanta, da Argentina, durante a passagem no Recife em 1937. Crédito: Diario da Manhã/reprodução

Ranking pernambucano com 101 títulos, sendo 22 amadores e 79 profissionais

Campeões pernambucanos no amadorismo (1915/1936) e profissionalismo (1937/2014). Crédito: Pedrom/DP/D.A Press

Organizado ininterruptamente desde 1915, do amadorismo ao profissionalismo, o Campeonato Pernambucano chegou ao fim de mais uma edição, a 101ª. No ranking histórico, o Santa Cruz, 28 vezes campeão, agora está a 12 títulos do Sport, o maior vencedor. Levando em conta apenas a era profissional, a partir de 1937, vantagem rubro-negra é de 9 taças. Então, como curiosidade, confira abaixo a divisão de campeões estaduais oficiais nas três vertentes.

Sobre a transição dos dois períodos do futebol local, basta notar que se neste ano o triunfo do Tricolor foi assistido in loco por 46 mil pessoas, no Arruda, no primeiro torneio o público não passou de três mil espectadores. Uma decisão de football no antigo campo do British Club, entre Flamengo e Torre.

Estádios e cifras distintas. Em vez de salários de R$ 100 mil, no passado, a caminho da profissionalização, alguns jogadores até pagavam para atuar, como mensalidades de 10 mil réis. Foi assim até a 23ª edição, quando a Federação Pernambucana de Desportos (FPD), atual FPF, registrou o primeiro contrato profissional de um atleta no estado. O clube pioneiro foi o Central, que firmou um acordo com o Atlético Mineiro para trazer o zagueiro central Zago.

Até aquele ato, o esporte vivia um amadorismo camuflado, pois vários atletas atuavam em troca de empregos em empresas no Recife. Clubes como Sport, América e Tramways já haviam flertado com o profissionalismo.

Acima disso, do football ao futebol a sede por novas conquistas se mantém.

Campeonato Pernambucano, 1915/2015 (101 edições)
40 – Sport (2014, o último título)
28 – Santa Cruz (2015)
21 – Náutico (2004)
6 – América (1944)
3 – Torre (1930)
2 – Tramways (1937)
1 – Flamengo (1915)

Era Amadora, 1915/1936 (22 edições)
7 – Sport (1928)
5 – América (1927)
4 – Santa Cruz (1935)
3 – Torre (1930)
1 – Flamengo (1915), 1 – Náutico (1934), 1 – Tramways (1936)

Era Profissional, 1937/2015 (79 edições)
33 – Sport (2014)
24 – Santa Cruz (2015)
20 – Náutico (2004)
1 – Tramways (1937), 1 – América (1944)

Contrato de TV do Pernambucano vai de R$ 600 mil a R$ 3,8 milhões em 16 anos

TV

A primeira transmissão aberta de forma regular do Campeonato Pernambucano ocorreu em 1999, através da TV Pernambuco, uma emissora estatal. Sob o comando do locutor Luciano do Valle, o canal adquiriu os direitos junto à FPF por R$ 600 mil. Como se sabe, a audiência da competição, chegando a 50 pontos no Ibope, obrigou a Rede Globo a se mexer.

Os direitos dos quatro torneios seguintes foram comprados pela emissora por R$ 1,92 milhão. Em 2015 foi iniciado um novo contrato, ainda nas mãos do canal, com duração de quatro anos. Apesar das ressalvas dos dirigentes em relação à divulgação de valores, aos poucos as peças foram sendo encaixadas. Após a quantia destinada ao trio da capital, o presidente do Salgueiro, Clebel Cordeiro, revelou as cotas dos intermediários.

Somando o pagamento anual da luva de R$ 50 mil, cada time pequeno ganhará mais R$ 60 mil, totalizando R$ 110 mil por edição. Bem abaixo dos R$ 950 mil (cota + luvas) de Náutico, Santa e Sport. No geral,  um montante de R$ 3,84 milhões, num aumento de 540% em relação à pioneira negociação com a tevê.

Neste ano, 26 partidas passaram na televisão, sendo 14 em sinal aberto e 12 na tevê por assinatura. Os dois formatos integram o mesmo pacote.

1999 – TV Pernambuco: R$ 600 mil
Cotas
Grandes (3): R$ 100 mil
Pequenos (7): R$ 42 mil

2015 – Rede Globo: R$ 3,84 milhões
Cotas
Grandes (3): R$ 950 mil
Pequenos (9): R$ 110 mil

O contrato vigente com a tevê vai até 2018, com pequenos ajustes a cada ano.

Todas as seleções oficiais do Campeonato Pernambucano, de 2003 a 2015

Troféu Lance Final

Os onze melhores do campeonato. Alguns renomados, incontestáveis. Outros de brilho fugaz, surpreendentes. Mas todos eles eleitos de forma democrática. A seleção oficial do Campeonato Pernambucano foi oficializada pela FPF em 2003, através do Troféu Lance Final, organizado pela Rede Globo.

Nas 13 edições, até 2015, foram entregues 143 taças especiais para os mais votados em cada posição, considerando a clássica formação 4-4-2 (lista completa abaixo). Ao todo, onze clubes foram agraciados. Nesta conta, 107 jogadores levaram a estatueta, alguns mais de uma vez, como o goleiro Magrão e o zagueiro Durval, os recordistas, com 6. Cinco atletas conseguiram vencer em clubes diferentes e um, Moacir, ganhou em duas posições distintas.

Ranking de premiações: Sport 61, Santa Cruz 40, Náutico 22, Central 6, Salgueiro 4, Itacuruba 3, Ypiranga 2, Porto 2, América 1, AGA 1 e Vitória 1.

Se fosse possível escalar um time só com os maiores vencedores de cada posição, desempatando a favor do primeiro premiado, eis a formação: Magrão (6); Osmar (2), Durval (6), Batata (2) e Dutra (3); Hamilton (4), Daniel Paulista (2), Geraldo (2) e Marcelinho Paraíba (2); Carlinhos Bala (3) e Kuki (3).

À parte da seleção, há o grande prêmio anual, para o melhor jogador do torneio. Kuki e Carlinhos Bala são os únicos eleitos em duas oportunidades.

Craque do campeonato (13 prêmios) – Sport 5, Santa Cruz 5 e Náutico 3.

Em relação ao sistema de votação, nos primeiros anos a escolha era aberta ao público na primeira fase, com uma comissão de jornalistas selecionando os mais indicados numa segunda etapa. Atualmente, são contabilizados apenas os votos dos profissionais da imprensa esportiva do estado.

2015 – Craque: João Paulo, meia, 24 anos (Santa Cruz)
Emprestado pelo Inter, o meia chegou como mais um entre os 17 reforços do Santa para o campeonato. Começou como segundo volante e foi ganhando a confiança de Ricardinho. Assumiu a corrdenação de jogadas e marcou três gols (um deles marcante, com o rosto ensanguentado, na Ilha). Eficiente.

Luciano (Salgueiro), Marcos Tamandaré (Salgueiro), Durval (Sport), Alemão (Santa Cruz) e Tiago Costa  (Santa Cruz); Rithely (Sport), João Ananias (Náutico), João Paulo (Santa Cruz) e Diego Souza (Sport); Candinho (Central) e Betinho (Santa Cruz). Técnico: Sérgio China (Salgueiro)

2014 – Craque: Neto Baiano, atacante, 31 anos (Sport)
Com oito gols na competição, o atacante foi sem dúvida o personagem do campeonato, com frase polêmicas. Em campo, brigou por todas as bolas, com muita raça em campo. Marcou um dos gols das finais.

Magrão (Sport); Patric (Sport), Durval (Sport), Ferron (Sport) e Renê (Sport); Ewerton Páscoa (Sport), Elicarlos (Náutico), Pedro Carmona (Náutico) e Zé Mário (Náutico); Neto Baiano (Sport) e Léo Gamalho (Santa Cruz). Técnico: Eduardo Batista (Sport)

2013 – Craque: Dênis Marques, atacante, 32 anos (Santa Cruz)
Artilheiro na temporada anterior, com 15 gols, DM9 marcou apenas sete gols na segunda participação local. Porém, foi decisivo nas finais, sobretudo nos clássicos.

Tiago Cardoso (Santa Cruz); Éverton Sena (Santa Cruz), William Alves (Santa Cruz), Maurício (Sport) e Tiago Costa (Santa Cruz); Anderson Pedra (Santa Cruz), Rithely (Sport), Lucas Lima (Sport) e Raul (Santa Cruz); Rogério (Náutico) e Dênis Marques (Santa Cruz). Técnico: Marcelo Martelotte (Santa Cruz)

2012 – Craque: Marcelinho Paraíba, meia, 36 anos (Sport)
Mesmo com a idade avançada, o meia conduziu o Leão em todo o campeonato. Marcando belos gols no Estadual, 14 ao todo, se manteve como artilheiro até a decisão, quando foi ultrapassado pelo atacante tricolor Dênis Marques.

Magrão (Sport); Marcos Tamandaré (Salgueiro), Alemão (Salgueiro), Bruno Aguiar (Sport) e Renatinho (Santa Cruz); Hamilton (Sport), Memo (Santa Cruz), Souza (Náutico) e Marcelinho Paraíba (Sport); Dênis Marques (Santa Cruz) e Joelson (Porto). Técnico: Neco (Salgueiro).

2011 – Craque: Tiago Cardoso, goleiro, 26 anos (Santa Cruz)
A defesa coral sofreu 25 gols em 26 partidas na vitoriosa campanha. Menos de um gol por jogo. Boa parte disso por causa da agilidade do camisa 1, sobretudo nos clássicos.

Tiago Cardoso (Santa Cruz); Roma (América) Leandro Souza (Santa Cruz), Thiago Mathias (Santa Cruz) e Renatinho (Santa Cruz); Everton (Náutico), Hamilton (Sport), Weslley (Santa Cruz) e Marcelinho Paraíba (Sport); Gilberto (Santa Cruz) e Paulista (Porto). Técnico: Zé Teodoro (Santa Cruz)

2010 – Craque: Eduardo Ramos, meia, 24 anos (Sport)
Emprestado pelo Corinthians, Eduardo chegou como “segundo volante”. Criativo, logo se destacou um pouco mais à frente, como observou o técnico Givanildo Oliveira.

Magrão (Sport); Gilberto Matuto (Santa Cruz), Igor (Sport), Tobi (Sport) e Dutra (Sport); Derley (Náutico), Zé Antônio (Sport), Eduardo Ramos (Sport) e Élvis (Santa Cruz); Ciro (Sport) e Jadilson (Vitória). Técnico: Dado Cavalcanti (Santa Cruz)

2009 – Craque: Gilmar, atacante, 25 anos (Náutico)
Variou bastante na criação de jogadas e na função de atacante. Velocista, ainda marcou 14 gols. Não foi campeão pernambucano, mas acabou valorizado.

Magrão (Sport); Moacir (Sport), Thiago Matias (Santa Cruz), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Hamilton (Sport), Daniel Paulista (Sport), Paulo Baier (Sport) e Aílton (Central); Marcelo Ramos (Santa Cruz) e Gilmar (Náutico). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)

2008 – Craque: Romerito, meia, 33 anos (Sport)
Chegou no ano anterior e viveu bastante tempo com as críticas. Batalhador em campo, passou a ser um vetor ofensivo no torneio local. Fez 10 gols. Fora a Copa do Brasil.

Magrão (Sport); Luizinho Netto (Sport), Vágner (Náutico), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Daniel Paulista (Sport), Moacir (Central), Romerito (Sport) e Geraldo (Náutico); Wellington (Náutico) e Edmundo (Ypiranga). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)

2007 – Craque: Vítor Júnior, meia, 20 anos (Sport)
Chegou como uma aposta na Ilha. Rápido, o jogador logo se transformou no condutor do time. Rápida também foi a sua passagem, pois foi negociado por R$ 500 mil após o título.

Magrão (Sport); Russo (Central), Marcelo (Central), Durval (Sport) e Bruno (Sport); Everton (Sport), Ticão (Sport), Fumagalli (Sport) e Vítor Júnior (Sport); Carlinhos Bala (Sport) e Marcelo Ramos (Santa Cruz). Técnico: Alexandre Gallo (Sport)

2006 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 26 anos (Santa Cruz)
No “bi” da premiação, Bala marcou 20 gols, mais do que o dobro do segundo artilheiro, Valdir Papel, do Estudantes, com 9. Lutou muito, mas foi vice no Estadual.

Rodolpho (Náutico); Osmar (Santa Cruz), Kleber (Sport), Durval (Sport) e Jorge Guerra (Ypiranga); Hamilton (Sport), Flávio (Náutico), Geraldo (Sport) e Rosembrick (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e João Neto (Central). Técnico: Dorival Junior (Sport)

2005 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 25 anos (Santa Cruz)
Cria do Mundão, Bala tornou-se, enfim, protagonista no clube, acabando com uma fila de troféus de uma década. Foi o segundo goleador do campeonato, com 12 gols.

Cléber (Santa Cruz); Osmar (Santa Cruz), Roberto (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Periz (Santa Cruz); Ramalho (Sport), Neto (Santa Cruz); Cleiton Xavier (Sport) e Marco Antônio (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e Kuki (Náutico). Técnico: Givanildo Oliveira (Santa Cruz)

2004 – Craque: Kuki, atacante, 33 anos (Náutico)
Dessa vez foi decisivo, incluindo um gol no histórico 3 x 0 sobre os corais no Arruda. O atacante foi, também, o vice-artilheiro do Estadual, com dez tentos.

Nilson (Náutico); Daniel (Itacuruba), Valença (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Xavier (Santa Cruz); Marcelo Cavalo (Itacuruba), Luciano (Náutico), Gil Baiano (Náutico) e Iranildo (Santa Cruz); Kuki (Náutico) e Kelson (Itacuruba). Técnico: Zé Teodoro (Náutico)

2003 – Craque: Kuki, atacante, 32 anos (Náutico)
O baixinho dos Aflitos sequer disputou a final, mas a artilharia da competição, com 16 gols, acabou pesando na pioneira escolha do prêmio, com um carro zero km.

Maizena (Sport); Adriano (Santa Cruz), Gaúcho (Sport), Silvio Criciúma (Sport) e Xavier (AGA); Ataliba (Sport), Fernando César (Sport), Nildo (Sport) e Cléber Santana (Sport); Adriano Chuva (Sport) e Kuki (Náutico). Técnico: Péricles Chamusca (Santa Cruz)

O maior jejum de títulos da história timbu

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro 4x1 Náutico. Foto: Jorge Burégio/FPF/site oficial

A eliminação precoce do Náutico no Estadual, após perder de 4 x 1 para o Salgueiro, no Cornélio de Barros, resultou também numa marca histórica, negativa. Ao terminar a edição de 2015 sem levantar a taça de campeão pernambucano, o Timbu chega a 11 anos de seca. O hiato desde 2004 igualou o maior jejum, quando conquistou o título de 1989 e só voltou a soltar o grito de campeão em 2001, em seu centenário, evitando o hexa do Sport.

Agora, o clube de Rosa e Silva se aproxima perigosamente do maior jejum de um grande clube do estado. No hiato recorde, o Leão ficou sem vencer o Pernambucano no período que marcou a maior série de triunfos do Náutico, o hexa, e do Santa Cruz, o penta. Doze edições. Contudo, no intervalo de troféus locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste de 1968.

O levantamento do blog , abaixo, considera o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Tricolor disputou o Estadual de 1915 a 1930 (16 edições) sem ganhar, assim como o Alvirrubro entre 1916 a 1933 (18).

Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos

Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (2004 / presente) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos

Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos

Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos:

América (1944 / presente) – 71 anos
América (1927/1944) – 16 anos

Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.

Os primeiros campos de futebol do Recife

Hoje, se discute a transição de “estádio” para “arena”. Num passado distante houve um debate semelhante, entre “campo” e “estádio”. A antiga denominação fazia mais sentido, com campos murados, quase sem assentos, como os campos de várzea que conhecemos na atualidade.

Com registros históricos, incluindo o Blog do Roberto, o Blog do Mequinha e o Santa Cruz, a História e a Glória, foi possível apresentar os primeiros estádios dos grandes clubes pernambucanos na era amadora. Em ordem cronológica de abertura, Náutico, Sport, América e Santa. Até o Íbis teve um campo, onde hoje funciona o Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, sem registro.

Voltando ainda mais no tempo, vale destacar que o primeiro jogo de futebol na cidade, Sport 2 x 2 English Eleven, em 1905, ocorreu no Campo do Derby.

Saiba mais sobre os primeiros estádios do Recife aqui.

Aflitos (Náutico, 1918)
Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno nos Aflitos para construir um campo de futebol. Segundo o historiador Carlos Celso Cordeiro, o objetivo era utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual de futebol, que havia começado dois anos antes. No entanto, apenas um ano após a inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico assumiu o arrendamento do campo murado cercado por árvores (foto de 1926). Pouco tempo depois, o Alvirrubro compraria toda a área, hoje ocupada pelo estádio Eládio Barros Carvalho e a sede tombada. A arquibancada dos Aflitos como conhecemos hoje começaria a ser construída na década de 1930.

Campo dos Aflitos, em 1926. Foto: robertoblogdo.blogspot.com/

Campo da Avenida Malaquias (Sport, 1918)
Antes da Ilha do Retiro, o Sport teve outro estádio, o primeiro com esse status no Recife, onde atuou 235 vezes. Entre 1918 e 1937, o Campo da Avenida Malaquias – logo na esquina com a Avenida Rosa e Silva – foi o principal praça esportiva da cidade, recebendo até oito mil espectadores. Tudo por causa da estrutura, de 75 metros de comprimento e 40 metros de largura, trazida de navio para a capital pernambucana. Sim, a arquibancada de madeira e ferro foi comprada. No Rio de Janeiro, o Fluminense se desfez de seu antigo estádio após construir as Laranjeiras, na época o maior palco do Brasil. Na Malaquias, a Seleção Brasileira jogou cinco vezes, perdendo uma vez, para o Santa Cruz. O Leão ganhou o seu primeiro tricampeonato, em 1925, na Malaquias.

Campo da Avenida Malaquias

Campo da Jaqueira (América, 1920)
O América teve três campos na era amadora do nosso futebol. Em 1918, o Mequinha passou a tomar conta do histórico British Club, num terreno atrás do Museu do Estado, hoje tomado por edifícios. Em 1920 o Alviverde teve a sua principal casa, o Campo da Jaqueira. Como o nome sugere, ficava onde atualmente existe o Parque da Jaqueira, mais precisamente no circuito de bicicross, pertinho da Rua do Futuro. O campo (foto de 1931) também era chamado de “América Parque”. Devido a uma crise financeira – já naqueles tempos -, o clube perdeu a praça esportiva para o Tramways. No último ano do amadorismo, o América assumiu o Campo da Avenida Malaquias, após a mudança do Sport para a Ilha.

Campo da Jaqueira. Foto: http://blogdomequinha.blogspot.com.br

Campo de Afogados (Santa Cruz, 1928)
O Santa Cruz perambulou bastante na cidade até chegar no Arruda, em 1943. Muito antes do “Alçapão do Arruda”, o avô do Mundão, existiu o Campo de Afogados. O primeiro campo da história coral, na Rua São Miguel, ficava ao lado de sua antiga sede social. Na inauguração, em 8 de dezembro de 1928, o Tricolor realizou um torneio com times suburbanos, num evento com muita gente presente, com ingressos disponibilizados para “cavalheiros”, “crianças” e “carros ocupados”. No fim da festa, registrada nos jornais da cidade (reprodução abaixo), o Santa venceu o Marvelo por 2 x 1, como relata o livro História do Futebol em Pernambuco, de Givanildo Alves. Em Afogados, o clube chegou a disputar um Clássico das Multidões.

Campo de Afogados. Foto: http://santacruzdorecife.blogspot.com.br