Classificação do Ministério do Esporte: Arena PE 5, Ilha 3, Arruda e Aflitos 2

Análise da Sisbrace sobre os estádios pernambucanos

A partir de agora, os principais estádios do Brasil têm uma avaliação oficial, através do Ministério do Esporte. A pasta criou o Sistema de Classificação de Estádios (Sisbrace), numa parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ocorre em hotéis, de uma a cinco estrelas, as praças esportivas foram avaliadas de uma a cinco bolas.  Durante dois anos, foram detalhados 155 estádios em 129 cidades do país, sendo 8 em Pernambuco, com cinco na região metropolitana, um em Caruaru, um em Salgueiro e um em Petrolina.

A análise levou em conta segurança, conforto, acessibilidade e vigilância sanitária. No cenário local, sem surpresa, a Arena Pernambuco foi a única com a nota máxima (apenas 13 estádios do país conseguiram cinco bolas). Apesar da capacidade de público inferior (32 mil x 60 mil), a Ilha do Retiro ficou à frente do Arruda, que acabou penalizado pela higiene.

A classificação no catálogo de 2015 tem validade de 36 meses. Para 2016, o estudo deve contemplar mais 140 estádios. Segundo o comunicado do ministério, “uma nova avaliação pode ser solicitada pelos gestores dos estádios antes do término do período, a fim de que seja verificado o atendimento às exigências e sempre que o responsável pelo estádio entender que melhorias e adequações realizadas justificam o pedido”.

Classificação geral no país:
5 bolas – 13 (Arena Pernambuco)
4 bolas – 3
3 bolas – 51 (Ilha do Retiro)
2 bolas – 59 (Arruda, Aflitos, Ademir Cunha, Cornélio de Barros e Paulo Coelho)
1 bola – 29 (Lacerdão)

O projeto foi lançado em 2012, inspirado no modelo europeu, que tem Wembley e Stade France com cinco estrelas, entre outros. O orçamento para a produção do levantamento, feito nos últimos dois anos, foi de R$ 5,4 milhões.

Na presença de Muricy Ramalho, Náutico vence amistoso com pênaltis idênticos

Amistoso 2016: Náutico 2x0 Botafogo-PB. Foto: Armando Artoni/Especial para o Náutico

O Náutico realizou o seu último amistoso na pré-temporada de 2016 na Arena Pernambuco. Apesar do cenário esvaziado, havia um torcedor ilustre, o técnico Muricy Ramalho, bicampeão pernambucano em 2001 e 2002. Mais cedo, no centro de treinamento alvirrubro, o ex-comandante, hoje no Flamengo, já havia encontrado Kuki, uma parceria de sucesso nos Aflitos. Conselheiro vitalício do Timbu, Muricy não viu um grande jogo, tendo que esperar até a segunda etapa para ver o time deslanchar, no 2 x 0 sobre o Botafogo da Paraíba.

Dois gols de pênalti, ambos cobrados pelo zagueiro Ronaldo Alves. Quase um replay, pois chutou duas vezes no canto esquerdo do goleiro, que escolheu o lado direito duas vezes. Assista aos lances, registrados pela assessoria timbu.

Náutico 1 x 0 (24 do 2º tempo)

Náutico 2 x 0 (43 do 2º tempo)

Catálogo da CBF com 790 estádios de futebol, incluindo 39 em Pernambuco

O cadastro nacional de estádios da CBF em 2016. Crédito: CBF/reprodução

A sexta atualização do Cadastro Nacional de Estádios foi divulgada pela CBF, desta vez com 790 palcos registrados, oito a mais que a última publicação oficial. De acordo com o documento de 97 páginas, 420 estádios têm lotação máxima de 5 mil espectadores, enquanto 11 podem receber mais de 50 mil. Considerando as praças esportivas listadas nas 27 unidades da federação, 241 estão no Nordeste, sendo 39 particulares, 3 federais, 17 estaduais e 182 municipais. Na região, 162 palcos têm iluminação, o que corresponde a 67%.

Estatísticas dos estádios brasileiros:
Capacidade de público, iluminação, propriedade e regiões.

Em Pernambuco (lista abaixo) são 39 estádios reconhecidos, sendo a Arena Pernambuco o mais recente – o 40º deveria ser o Grito da República, em Olinda, cuja obra está atrasada há dois anos. São 36 locais com refletores e 3 sem sistema de iluminação, mesmo número da última atualização.

Dos doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016, apenas três têm a mesma capacidade de público tanto no catálogo da confederação quanto nos quatro laudos exigidos e cadastrados pela FPF (engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros). Arruda, Ilha e Carneirão vivem uma situação inversa, pois poderiam receber mais gente segundo a CBF.

A diferença na capacidade do catálogo em relação aos laudos do Estadual:
+9.462 – Arruda (Recife)
-1.545 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
+5.548 – Ilha do Retiro (Recife)
-518 – Lacerdão (Caruaru)
-500 – Ademir Cunha (Paulista)
zero – Cornélio de Barros (Salgueiro)
+911 – Carneirão (Vitória)
-1.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
zero – Mendonção (Belo Jardim)
zero – Nildo Pereira (Serra Talhada)
-100 – Paulo Petribú (Carpina)
-1.661 – Joaquim de Britto (Pesqueira)

Os 39 estádios pernambucanos cadastrados segundo a CBF

A capacidade máxima dos 12 estádios do Campeonato Pernambucano de 2016

Estádios do Pernambucano 2016. 1) Arruda, Arena Pernambuco, Ilha do Retiro e Lacerdão; 2) Ademir Cunha, Cornélio de Barros, Carneirão e Antônio Inácio; 3) Mendonção, Pereirão, Paulo Petribú e Joaquim de Britto

Os doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016 foram liberados após a atualização dos quatro laudos técnicos exigidos pela FPF, de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Os documentos publicados no site da federação apontam as capacidades de público de cada um, com números distintos em relação às medidas oficiais das estruturas.

No Recife, por exemplo, a pedido do Ministério Público em novembro, Arruda e Ilha do Retiro perderam 9.462 e 5.548 lugares, respectivamente. Ou seja, no máximo 50 mil torcedores no Mundão, que já recebeu 96 mil, e 27 mil na casa leonina, cujo recorde é superior ao dobro da atual capacidade. A própria Arena Pernambuco está “menor”. No laudo de 69 páginas, disparado o mais detalhado, o conhecido dado de 46.214 assentos sofreu uma redução de 369. Assim, estão à disposição 37.852 lugares para o público geral na arena, descontando camarotes, cadeiras vips e área de imprensa, o que corresponde a 83% do total. Entre as avaliações para o Estadual surpreende o número autorizado para o Antônio Inácio, cuja lotação histórica é de seis mil espectadores. 

Ainda em Caruaru, o Lacerdão ganhou 518 lugares em relação ao último cadastro nacional de estádios, da CBF. Já o palco de Pesqueira só tem 2.761 assentos nos dois lances de concreto, mas recebeu arquibancadas móveis, com 700 lugares, o suficiente para alcançar a capacidade mínima estipulada pela FPF, de três mil lugares na primeira fase e nos hexagonais. Somente na semifinal e na decisão a exigência aumenta, chegando a dez mil. Dos doze, apenas o Ademir Cunha foi vetado na primeira rodada pela falta de documentos. 

A capacidade máxima no Estadual 2016:
50.582 – Arruda (Recife)
45.845 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
27.435 – Ilha do Retiro (Recife)
19.996 – Lacerdão (Caruaru)
12.500 – Ademir Cunha (Paulista)
12.070 – Cornélio de Barros (Salgueiro)

10.000 – Carneirão (Vitória)
7.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
7.050 – Mendonção (Belo Jardim)
5.000 – Nildo Pereira (Serra Talhada)
3.600 – Paulo Petribú (Carpina)
3.461 – Joaquim de Britto (Pesqueira) 

Confira os detalhes sobre a capacidade mínima nos torneios do país aqui.

A simples dúvida entre Arena e Arruda para Brasil x Uruguai já expõe os problemas do empreendimento

Seleção Brasileira entre Arena Pernambuco e Arruda. Arte: Cassio Zirpoli, com fotos de Ana Araújo-Faquini/ Portal da Copa (Arena) e mapio.net (Arruda)

As seleções de Brasil e Uruguai vão se enfrentar no Recife em 24 de março, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O palco natural da disputa entre Neymar e Luis Suárez seria a Arena Pernambuco, a parceria público-privada idealizada para abrigar a Copa das Confederações e o Mundial, atendendo inteiramente à versão mais recente do caderno de encargos da Fifa. Um empreendimento moderno, mas cercado de problemas. Na licitação, na construção e na operação. Até hoje não se sabe o valor oficial da obra, que pode chegar a R$ 743 milhões, num número ainda em discussão na justiça.

Erguido em São Lourenço, o estádio foi apontado já em sua concepção como a nova casa da Seleção. Não por acaso, o amistoso Brasil 8 x 0 China, em 2012, foi celebrado como a despedida do Arruda. Com a confirmação do jogo em 2015, o nome no ingresso seria praxe. Seria. A dois meses do clássico, a CBF ainda não chegou a um acordo com a administração da arena. No Rio de Janeiro, o repórter Wellington Campos, que cobre o dia a dia da confederação, informou que se a pedida for muito alta, o jogo será transferido para o Arruda.

O Mundão já abrigou dois jogos pelas Eliminatórias, contra Bolívia (1993) e Paraguai (2009), com o recorde de público (96.990) no histórico 6 x 0 na arrancada do Tetra. A casa do Santa segue com capacidade ampla – apesar da redução para 60 mil – e estrutura adequada aos atletas. Porém, a não realização de um jogo deste porte na Arena seria uma desmoralização do projeto, tão criticado pelo recorrente déficit e pela mobilidade complicada. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, considera mínima a possibilidade de mudança (eu também). Mas só a dúvida já coloca o governo do estado em xeque…

Esta será a terceira partida seguida da Canarinha no Nordeste. Nas duas apresentações anteriores, duas arenas foram utilizadas.

Castelão
13/10/2015 – Brasil 3 x 1 Venezuela (38.970 pessoas, R$ 2.722.220)

Fonte Nova
17/11/2015 – Brasil 3 x 0 Peru (45.558 pessoas, R$ 4.186.790)

Através da Lei 15.709, a cerveja está liberada nos estádios pernambucanos

Cervejas de Náutico, Santa e Sport. Arte sobre imagens do clubemix.com.br/

O Diário Oficial do Estado de Pernambuco traz na sua edição desta quarta-feira, 6 de janeiro de 2016, a promulgação da “Lei 15.709”, autorizando a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios pernambucanos. Assim, a cerveja (principal vetor da decisão) está de volta ao futebol local após quase sete anos. O veto vinha desde 24 de março de 2009, quando o então governador Eduardo Campos sancionou o projeto do deputado Alberto Feitosa.

Após muita discussão na Assembleia Legislativa, acerca da segurança, o projeto de lei ordinária 2.153/2014, de Antônio Moraes, foi aprovado no fim de 2015, regulando a liberação. Em seguida, foi enviado para ser sancionado pelo governador Paulo Câmara, que o devolveu para a própria Alepe homologar. A lei foi assinada pelo presidente da casa, Guilherme Uchôa, e já pode ser aplicada a partir de 10 de janeiro, na abertura da fase preliminar do Pernambucano.

Entre outras mudanças no cenário, a venda de cerveja na Arena Pernambuco, acabando um impasse contratual, uma vez que o naming rights do estádio está atrelado, curiosamente, a uma cervejaria, a Itaipava. Neste mesmo formato de negócio, o certame quase mudou de nome em 2009 para “Campeonato Pernambucano Brahma Fresh de Futebol”, num contrato anual de R$ 800 mil. O acordo foi inviabilizado justamente por causa do veto iniciado na época.

Norma oficial:
1) A venda da bebida alcoólica em bares, lanchonetes e camarotes só será permitida por fornecedores habilitados, devendo iniciar no máximo duas horas antes do jogo. Os consumidores receberão o produto em copos plásticos. 

2) Proibida a venda e a entrega de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.

3) Em caso de descumprimento da norma, os vendedores poderão ser multados, de R$ 3 mil a R$ 30 mil, suspensos ou até proibidos.

Ao governo, parecer da FGV aponta a revisão ou fim do contrato na Arena PE

Nota do governo do estado sobre o estudo da FGV para avaliar o contrato com a Arena Pernambuco, em 29/12/2015

Em 23 de março, o vice-governador Raul Henry revelou o contato com a Fundação Getúlio Vargas para avaliar o contrato junto à Odebrecht na parceria público-privada da Arena Pernambuco. Além da revisão da contraprestação operacional, já que a Cidade da Copa não saiu do papel, o estudo incluía soluções para reduzir custos e aumentar receitas. No apagar das luzes em 2015, em 29 de dezembro, o estado divulgou uma nota sobre o parecer da FGV.

“Não obstante já ser possível extrair do estudo que o contrato deva ser revisto ou desfeito (…)” 

Ainda que a breve nota aponte uma decisão do governo somente após a análise técnica, está claro que o contrato, assinado até 2043, já está em xeque com apenas três anos em vigor. Só neste ano o repasse ao consórcio foi de R$ 147 milhões. Nem assim o quadro apresenta uma saúde financeira. Os balanços dos dois primeiros anos foram negativos, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013 e R$ 24,4 milhões em 2014. Não deve ser diferente nesta temporada, com a menor média de público desde a abertura do estádio, terminando com uma taxa de ocupação de apenas 23% nos 41 jogos oficiais.

Sobre a nota, o consórcio foi sucinto na resposta:
“O posicionamento é de como os estudos da FGV foram contratados pelo governo e foram entregues ao governo, não há o que comentar.”

Indo além no assunto, uma consequência da possível (provável?) mudança pode ocorrer no acordo entre a sociedade de propósito específico (SPE) Arena Pernambuco e o Náutico, também de 30 anos e com uma complexa engenharia financeira que depende dos repasses do poder público para se manter viável. E olhe que esse processo todo se refere apenas à operação da arena, uma vez que o valor da construção, acrescido num processo de aceleração de oito meses para abrigar a Copa das Confederações de 2013 elevou o custou original de R$ 479 milhões. A Odebrecht alega um investimento adicional na obra de R$ 264 milhões, enquanto o estado enxerga bem menos, R$ 23 mi.

Para completar, a Polícia Federal, via Operação Fair Play, tratou a construção da arena como resultado de uma “organização criminosa”, com uma relação de vantagem ainda na licitação, com o edital elaborado pela própria construtora e aprovado pelo comitê gestor das PPPs, seguido de um superfaturamento de R$ 42 milhões na obra. Neste caso, as investigações continuam.

Haja cifras em discussão em um único empreendimento…

A capacidade mínima dos estádios, da 2ª divisão do Pernambucano à Libertadores

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press (Arruda, Ilha e Aflitos) e Odebrecht/divulgação (arena)

A Ilha do Retiro pode receber qualquer partida oficial de uma competição ao alcance do Sport? Não. E o Arruda, no caso do Santa? Pode. A leitura é bem simples. Não se trata de infraestrutura, modernidade ou nível do gramado, mas basicamente a capacidade de público. Da segunda divisão pernambucana à Libertadores, há uma exigência de capacidade mínima nos locais dos jogos.

O cenário mais simples é o da primeira fase da Série A2, sem quantidade mínima ou necessidade de um sistema de iluminação. Depois, o torneio “cresce”, demandando praças com três mil lugares e refletores a partir da semi, valendo o acesso. Já o contexto mais exclusivo está na finalíssima da Libertadores, acima de 40 mil assentos. No estado, Arruda e Arena poderiam receber a decisão tranquilamente. Ou seja, a Ilha seria palco, no máximo, até a semifinal, tanto da Liberta quanto da Sula – até 2001, a capacidade era de 45 mil espectadores, mas foi reduzida após as novas normas de segurança da Fifa.

No interior, só Cornélio de Barros e Lacerdão podem abrigar a decisão da primeirona local. Por sinal, a casa do Salgueiro precisou ser “reavaliada”, pois na aferição da federação em fevereiro de 2013 a estimativa foi de 9.916. Com a inédia classificação à decisão, houve a ampliação para 12 mil. Em relação aos torneios nacionais, os estádios da capital estão plenamente aptos, segundo os regulamentos de 2015, disponíveis nos sites da FPF, CBF e Conmebol.

Como curiosidade, a exigência na Copa do Mundo. Os estádios devem ter ao menos 40 mil cadeiras, subindo para 65 mil no jogo de abertura, a exceção na fase de grupos, nas semifinais e na final. A partir de 2018, na Rússia, a arena da decisão deverá receber ao menos 80 mil torcedores. No Mundial do Brasil, por exemplo, o Maracanã não seria suficiente, pois a versão remodelada tem 78.838 lugares. Em Moscou, a final será no Luzhniki, com 81 mil assentos.

Taça Libertadores da América
1ª fase e 2ª fase – 10 mil
Oitavas e quartas – 20 mil
Semifinal – 30 mil
Final – 40 mil

Copa Sul-Americana
1ª fase, 2ª fase, oitavas e quartas – 10 mil
Semifinal – 20 mil
Final – 40 mil

Série A
Todos os jogos: 15 mil

Série B
Todos os jogos 10 mil

Série C
1ª fase, quartas e semifinal – sem capacidade mínima
Final – 10 mil

Série D
1ª fase e oitavas – sem capaciade mínima
quartas, semifinal e final – 5 mil

Copa do Brasil
1ª fase, 2ª fase, 3ª fase, oitavas e quartas – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 15 mil

Copa do Nordeste
1ª fase e quartas – 5 mil
Semifinal e final – 10 mil

Pernambucano (1ª divisão)
1ª fase e hexagonais – 3 mil
Semifinal e final – 10 mil

Pernambucano (2ª divisão)
1ª fase – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 3 mil

A capacidade dos estádios pernambucanos (acima de 10 mil lugares)
Arruda – 60.044*
Arena Pernambuco – 46.214
Ilha do Retiro – 32.983*
Aflitos – 22.856**
Lacerdão (Caruaru) – 19.478
Cornélio de Barros (Salgueiro) – 12.480
Carneirão (Vitória) – 10.911

* Por exigência do Ministério Público, foram reduzidos para 50.582 e 27.435. Em caso de melhora nos acessos ao público, volta a limitação antiga. 

** Por falta de uso, o Eládio de Barros está sem os laudos técnicos necessários para a realização de jogos profissionais.

Náutico apresenta a 6ª arena no Grande Recife. Futuro dos Aflitos ou sonho?

Arena do "Projeto Casa", do Náutico, apresentado em 2015. Crédito: Náutico/divulgação

Uma arena com 30 mil cadeiras, todas cobertas, além de camarotes e restaurantes panorâmicos. Há dois anos, o projeto, cuja única imagem vazada lembra o Independência, em Belo Horizonte, vem sendo idealizado no Náutico, uma ambição apresentada somente nos últimos dias da gestão de Glauber Vasconcelos. O presidente no biênio 2014/2015 sempre foi um entusiasta do “retorno aos Aflitos”, em busca de uma brecha no contrato com a Arena Pernambuco. Até hoje, não encontrou e o clube segue amarrado por 30 anos.

Mesmo sem encontrar uma saída legal, foi encomendado junto ao arquiteto Múcio Jucá uma ideia de reorganização dos Aflitos, mantendo o estádio lá. Denominado de Projeto Casa, o plano ainda teria duas quadras, um parque aquático, um empresarial, um hotel e até uma praça para a comunidade. Custo? Ainda não se sabe, mas calcule o de sempre, acima de R$ 300 milhões. A receita viria da parceria com uma construtora (três teriam se interessado). Nada muito diferente da situação imaginada pelo Sport, cujo projeto travou na crise.

Política alvirrubra à parte, uma vez que a arena surgiu na véspera de uma eleição, focada entre atuar numa versão modernizada dos Aflitos ou arrendar a área para gerar receita através de um centro comercial, o fato é que este foi o sexto projeto de uma arena para o Grande Recife. O próprio Alvirrubro já havia lançado um há seis anos. O consórcio incluiria a Camargo Corrêa, a Conic Souza e a Patrimonial Investimentos. Contudo, foi abortado em 17 de outubro de 2011, data da assinatura do contrato para mandar os jogos em São Lourenço.

Relembre as cinco arenas anteriores na região metropolitana…

Arena Timbu
Local: Engenho Uchôa (Recife)
Data: 18/11/2009
Capacidade: 30.000
Custo: R$ 300 milhões

Arena Timbu. Crédito: Náutico/divulgação

Arena Sport
Local: Ilha do Retiro (Recife)
Data: 17/03/2011
Capacidade: 45.000
Custo: R$ 400 milhões (depois, o complexo subiu para R$ 750 milhões)

Arena Sport. Crédito: Sport/divulgação

Arena Pernambuco
Local: Jardim Penedo (São Lourenço da Mata)
Data: 15/01/2009
Capacidade: 46.214
Custo: R$ 532 milhões (toda a Cidade da Copa custaria R$ 1,59 bilhão)

Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Arena Coral
Local: Arruda (Recife)
Data: 28/06/2007
Capacidade: 68.500
Custo: R$ 190 milhões

Arena Coral. Crédito: Santa Cruz/divulgação

Arena Recife-Olinda
Local: Salgadinho (Olinda)
Data: 29/05/2007
Capacidade: 45.500
Custo: R$ 335 milhões

Arena Recife-Olinda. Crédito: divulgação

Contratado para fazer o Projeto Casa, Múcio Jucá também foi o responsável pela criação da Arena Recife-Olinda, engavetada após o lançamento, por parte do governo do estado, da Arena Pernambuco, o único estádio construído, ainda carente de um plano de mobilidade e longe de uma boa taxa de ocupação

Brasil x Uruguai na Arena, diz CBF. Resta torcer contra ingressos inflacionados

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Atualização (24/02/2016): os ingressos foram anunciados. Veja aqui.

Confirmado: Brasil x Uruguai, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa de 2018, será na Arena Pernambuco. A notícia foi dada pelo coordenador técnico da Seleção, Gilmar Rinaldi, em entrevista ao canal Sportv, com a equipe da CBF já no Recife resolvendo a logística, com hotel e campo de treino da delegação.

Assim, esta será a 18ª apresentação da Canarinha no estado, a primeira no estádio em São Lourenço da Mata (confira o retrospecto aqui).

O clássico deve ocorrer em 24 de março de 2016, na noite de uma quinta-feira. Neymar x Luis Suárez? Um bom duelo entre os colegas de Barcelona.

Apesar dos 46.214 assentos na arena, o consórcio deve liberar 43 mil ingressos, pois é preciso um contingente aos não pagantes. Ainda não se sabe os valores, mas por curiosidade vale lembrar os ingressos na última partida do Brasil, em Salvador, em 18 de novembro. Lá, a venda começou faltando 20 dias. Nesta lógica, aqui a bilheteria, física ou virtual, seria aberta por volta de 4 de março.

Ingressos para Brasil x Peru na Fonte Nova
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (inteira)  

Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração, pois o sistema de iluminação de LED, prometido no projeto, jamais foi instalado.