A fase do Náutico é tão ruim, que o time sofreu um gol às 18h58, mesmo com a partida contra o Criciúma agendada para as 19h00. Para um time que almejava a primeira vitória como mandante (!), ficar em desvantagem tão cedo foi um baque na formação, a priori, mais precavida, com dois volantes e o meia Diego Miranda, indicação de Beto Campos. No primeiro tempo, os setores estiveram bem distantes, com poucas chegadas organizadas.
Nos segundo tempo, o treinador timbu acionou o meia Bruno Mota, sacando um volante, Jobson. Não só por isso, mas pela aceleração, o alvirrubro voltou bem melhor que o adversário. Empatou aos 3, num golaço de bicicleta do atacante Erick, mas tomou o segundo gol logo depois, aos 9, após previsível troca de passes dos catarinenses entre os zagueiros pernambucanos. Daí, foram 40 minutos de pressão, mas o goleiro Luiz acabou sendo o nome do jogo. Completando 150 partidas pelo Criciúma, o jogador evitou finalização à queima roupa, chute cruzado, cruzamentos etc. Garantiu o 1 x 2.
Com a 11ª derrota em 17 rodadas, sendo a 5ª vez na Arena, o Náutico agora precisará de um feito inédito para evitar o encaminhado rebaixamento à Série C. Desde a implantação dos pontos corridos na segunda divisão, em 2006, nenhum clube escapou somando apenas 8 pontos neste recorte. O novo espelho passa a ser o Guaratinguetá, que somou 9 e conquistou mais 34 nas 21 rodadas seguintes, com 53,9% de aproveitamento. Exemplo até quando?
O lanterna da Série B após 17 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 12 pontos, Remo (12º, 46 pts) 2007 – 16 pontos, Ituano (20º, 33 pts) 2008 – 9 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 10 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 11 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 8 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 9 pontos, Guaratinguetá (16º, 43 pts) 2013 – 11 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 11 pontos, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 11 pontos, Ceará (15º, 45 pts) 2016 – 12 pontos, Sampaio Corrêa (20º, 27 pts) 2017 – 8 pontos, Náutico
A década atual marcou o ressurgimento do Santa Cruz, que voltou a empilhar taças e saiu da Série D, chegando a disputar a Série A em 2016. Foi neste período, também, que o tricolor comprou o terreno de 10,5 hectares na estrada da Mumbeca, no bairro da Guabiraba, projetando a construção de um centro de treinamento. A aquisição de R$ 1 milhão ocorreu precisamente em 7 de julho de 2011. Entretanto, esta lacuna estrutural não foi preenchida no ritmo da retomada de resultados no futebol.
À parte dos cinco títulos estaduais em sete anos e da inédita conquista da Copa do Nordeste, o clube estourou prazos no CT. O último versa sobre a conclusão do primeiro dos três campos oficiais até setembro de 2017. Para isso, uma colaboração massiva da torcida coral, com a criação de grupos de arrecadação para metas no CT, incluindo caminhões de brita e areia, placas de grama e outras necessidades que apareçamna obra. Essas doações passam de R$ 46 mil. Paralelamente à obra, o clube perambulou bastante nos últimos anos para conseguir treinar no Grande Recife. Tendo apenas o campo do Arruda, ocorreram saídas forçadas, que resultaram em episódios incomuns. Só em 2017 já foram três (Arena, Português e Olinda).
Abaixo, os locais alternativos do Santa e as distâncias para o Arruda. Obs. A ordem se refere apenas a uma questão estética sobre o mapa acima.
1) Clube de Campo da Alvorada (24,7 km) Entre os campos utilizados pelo Santa no Grande Recife, este foi o mais distante da sede do clube. Em Aldeia, os treinos no clube campestre, inaugurado em 1962, aconteceram com certa regularidade em 2015, durante o Estadual e no início da Série B.
2) CT Rodolfo Aguiar/Ninho das Cobras (18,7 km) O centro de treinamento do clube prevê a construção de três campos no “Padrão Fifa”, 105m x 68m, além de um alojamento com 55 quartos e um centro administrativo. O empreendimento está orçado em R$ 5 milhões.
3) Centro José Andrade Médicis, do Sport (17,0 km) O time coral já havia treinado no local antes de 2008, ainda sob a posse do extinto clube Intercontinental. Sob administração do leão, houve uma passagem na tarde de 7 de setembro de 2012, uma vez que o Arruda foi poupado visando o amistoso Brasil x China, quatro dias depois. Curiosidade: naquele mesmo dia, pela manhã, o time treinou no CT do Náutico.
4) Estádio Ademir Cunha (13,2 km) O estádio em Paulista, na zona norte da região metropolitana, já foi recorrente considerando os treinos fora do Mundão. Porém, o estado do gramado, costumeiramente ruim, diminuiu o número de visitas. Foi utilizado durante o vice da Série B, em 2015.
5) CT do Unibol (14,6 km) Em 4 de julho de 2012, o campo do Arruda precisou de reparos. Como o plano B, o Ademir Cunha, já estava reservado para jogos da 2ª divisão estadual, o Santa, acabou indo ao CT do Unibol – que fechou o departamento profissional, mantendo apenas escolinhas. Em frente ao Cemitério de Paulista, o nível do campo foi criticado pelo time, que disputava a Série C.
6) Estádio Grito da República (11,3 km) O estádio olindense foi inaugurado sem a infraestrutura adequada. Apesar do campo, os sistemas elétrico e hidráulico não foram finalizados. Sem os laudos técnicos em Rio Doce, o Santa teve que jogar um amistoso na pré-temporada, em janeiro de 2017, sem público.
7) Centro Recreativo do Real Hospital Português (16,1 km) Foi o último campo alternativo encontrado pelo clube, numa parceria com o Hospital Português. Desconsiderando a Arena, este foi considerado o melhor gramado onde o time realizou práticas em 2017.
8) CT Wilson Campos, do Náutico (8,4 km) O Santa já utilizou o centro de treinamento do rival alvirrubro, na Guabiraba, em duas oportunidades: 2012 e 2014. Em uma delas, o Náutico também utilizou um dos campos do CT, simultaneamente.
9) Estádio do Arruda Desde a abertura para os primeiros jogos oficiais do clube, em 1967, antes mesmo da conclusão do anel inferior, em 1972, o José do Rego Maciel sempre foi o campo principal para os treinos do time profissional. O excesso de uso foi determinante para saídas oportunas do Santa.
10) Arena Pernambuco (21,5 km) Em alguns dos jogos firmados em São Lourenço, o clube solicitou a utilização do local na véspera das partidas. Como, por exemplo, em 23 de junho de 2017, antes de enfrentar o Figueirense. A arena não costuma fazer objeção, tanto que já cedeu o campo para Náutico e Sport na véspera de alguns jogos.
A Arena Pernambuco passou a fazer parte do cotidiano do futebol local em 2013, visando a Copa das Confederações, após um gasto milionário para antecipar a entrega, à parte do cronograma original do Mundial. Imaginado para receber 60 partidas por ano, com os “20 principais jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport”, o empreendimento ainda busca o seu espaço. Convive com o crônico problema de acessibilidade, que trava um uso mais regular.
Hoje, são 45.915 cadeiras vermelhas liberadas para o público geral. Contudo, trata-se de uma capacidade praticamente inviável nos jogos envolvendo clubes, que demandam isolamentos entre as torcidas rivais, tomando até três mil lugares, vazios. Por isso, o recorde absoluto, com 45.010 torcedores anunciados, ocorreu em Brasil 2 x 2 Uruguai, em 25 de março de 2016. Na ocasião também foi registrada a maior bilheteria no estado, R$ 4.961.890.
Portanto, desconsiderando os jogos entre países, vamos aos maiores dados, tanto de assistência quando de arrecadação, envolvendo o Trio de Ferro. Os cinco primeiros tiveram o Sport como mandante, pelo Brasileirão.
Dados atualizados até 23 de julho de 2017
Os 10 maiores públicos na Arena 42.025 – Sport 0 x 2 Palmeiras (23/07/2017, Série A) 41.994 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015, Série A) 37.615 – Sport 2 x 2 Flamengo (09/11/2014, Série A) 35.163 – Sport 2 x 2 Palmeiras (12/07/2015, Série A) 34.939 – Sport 0 x 1 Flamengo (30/08/2015, Série A) 34.746 – Santa Cruz 0 x 1 América-RN (01/11/2014, Série B) 34.496 – Sport 1 x 0 São Paulo (07/12/2014, Série A) 30.165 – Sport 2 x 2 Fluminense (23/11/2014, Série A) 30.061 – Náutico 0 x 1 Sport (23/04/2014, Estadual) 28.019 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (02/08/2015, Série A)
As 10 maiores rendas na Arena R$ 1.254.240 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015, Série A) R$ 1.149.020 – Sport 0 x 1 Flamengo (30/08/2015, Série A) R$ 1.105.425 – Sport 2 x 2 Flamengo (09/11/2014, Série A) R$ 1.084.320 – Sport 2 x 2 Palmeiras (12/07/2015, Série A) R$ 1.050.104 – Náutico 1 x 1 Sporting (22/05/2013, Amistoso) R$ 1.011.655 – Sport 1 x 0 São Paulo (07/12/2014, Série A) R$ 900.011 – Santa Cruz 0 x 1 América-RN (01/11/2014, Série B) R$ 893.950 – Náutico 0 x 1 Sport (23/04/2014, Estadual) R$ 848.307 – Sport 0 x 2 Palmeiras (23/07/2017, Série A) R$ 836.300 – Sport 2 x 0 Corinthians (29/11/2015, Série A)
Obs. A foto se refere ao maior público oficial em um jogo de clubes. Será atualizada pelo blog a cada nova marca estabelecida…
O Palmeiras veio ao Recife com vários desfalques, entre suspensões e lesões. Na lista, nomes como Borja, Willian, Felipe Melo, Mina e Michel Bastos. É num momento assim que o tão propalado elenco qualificado é posto à prova. Com uma proposta de jogo eficiente, a equipe tende a manter um padrão competitivo. Na Arena Pernambuco, o Palmeiras foi tudo isso. Embora esta nova passagem de Cuca ainda sofra críticas devido ao início “irregular” na Série A, para os padrões do atual campeão, e resultados complicados nos mata-matas, Libertadores e Copa do Brasil. Estudioso, o treinador observou bem as apresentações recentes do Sport, vivendo o seu melhor momento.
A equipe equipe pernambucano roda bastante a bola, explorando as pontas, com mais eficiência pelo lado esquerdo. Para isso, tem dois volantes em alta rotação, na interceptação e na progressão do jogo. Neste domingo, sob olhares de 42.025 torcedores, no novo recorde envolvendo clubes, o rubro-negro não conseguiu impor esse estilo. Teve 58% de posse, sem precisão.
O time paulista não deixou o Sport jogar, com uma marcação alta e uma recomposição forte. Não parecia possível manter aquela intensidade por 90 minutos, mas o resultado construído no primeiro tempo facilitou o trabalho no segundo tempo, com o time mais precavido. Com o volante Thiago Santos colado em Diego Souza do início ao fim, pressionando o meia a cada toque na bola e a cada disputa aérea, o leão perdeu bastante de sua criatividade.
Sem conseguir furar a defesa rival, o Sport insistiu cedo nas bolas esticadas. Ao todo, segundo o Footstats, foram 41 lançamentos! Acertou apenas 12, com 29% de aproveitamento. Ao tentar algo diferente, com passes efetivos dos volantes, foi punido imediatamente. Aos 34, Rithely tentou de letra e o vacilo resultou num escanteio. Na cobrança no primeiro pau, Bruno Henrique cabeceou e encobriu Agenor. Nos descontos, Patrick, com três alviverdes à frente, também errou, com Keno, ex-Santa, contra-atacando e finalizando para o 2 x 0 definitivo. No segundo tempo, Luxa promoveria três mudanças, com o time demonstrando vontade – demais até, com Rithely, André e DS tomando o terceiro amarelo. Porém, o buraco já estava grande. Derrota justa.
Sport x Palmeiras no Recife, pelo Brasileiro (20 jogos) 6 vitórias do Leão 5 empates 9 vitórias do Porco
O Santa Cruz jogou muito mal contra o Boa Esporte. Até chegou a abrir o placar, levando a vantagem até a metade do segundo tempo, mas o tricolor não merecia melhor sorte na Arena Pernambuco, com o 1 x 1 travando a reação. O time quase não assustou o goleiro Fabrício, ao contrário de Júlio César, que agradeceu aos céus após a terceira bola em sua trave.
Abrindo a 16ª rodada, o time pernambucano tinha a possibilidade de dormir no G4, pressionando os adversários no complemento. Em tese, o adversário era interessante, mesmo vindo de um resultado positivo. E ficou mesmo nisso, “em tese”. Na prática, o time mineiro foi superior, antes e depois de tomar o gol – que saiu num raro momento de lucidez da equipe coral. Aos 26 do primeiro tempo, proporcionou um lance incrível. Num cruzamento da direita, Diones (livre) cabeceou na trave. Na sequência, Jaime afastou mal e Eduardinho pegou a sobra na meia lua. Sem marcação, soltou uma bomba, no travessão. O bombardeio tirou a torcida coral do sério, com o volante Wellington Cézar (que nem foi o protagonista da bobagem) sendo o alvo.
O gol do Santa, pouco antes do intervalo, foi à parte do que vinha jogando. Tiago Costa cruzou, Bueno ajeitou e João Paulo marcou de cabeça. Aos poucos, o meia vai se firmando na equipe, embora, numa nota geral, também tenha sido irregular desta vez. Para que o gol desse tranquilidade na etapa complementar, o time precisaria melhorar também. Não aconteceu, com um futebol lento e insistente na bola aérea – já com Pitbull em campo. Quem apareceu foi Reis, atacante rival. Numa cobrança de falta, bola no travessão. Na segunda tentativa, tirou tinta da trave. Na terceira, num escanteio, colocou na cabeça de Thaciano, que empatou aos 25. A partir dali, não houve uma finalização efetiva do Santa, com vaias pelo tropeço e pelo desempenho…
Os 5 jogos sob o comando de Givanildo Oliveira* 07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil 11/07 – Luverdense 2 x 2 Santa Cruz 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz 18/07 – Santa Cruz 1 x 0 Vila Nova 21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa * 60% de aproveitamento (2V-3E-0D)
Em Pernambuco, os dados em relação à quantidade de torcedores nos estádios passaram a ser divulgados com frequência na década de 1960. Até então, priorizava-se a informação sobre a renda da partida. Os públicos eram tratados com estimativas, acredite. Então, a partir deste recorte, confira quais são os dez maiores públicos dos quatro principais palcos do futebol local. Com critérios distintos ao longo dos anos, o blog considerou o público total, com a soma entre pagantes e não pagantes. Ocorre que na década de 1980, por exemplo, os jornais da cidade tinham como hábito informar apenas os pagantes. De toda forma, é possível relembrar as multidões.
No Arruda, por exemplo, as marcas foram quebradas sistematicamente após a construção do anel superior, em 1982. Na Ilha, a introdução da campanha promocional Todos com a Nota, em 1998, resultou em sete dos dez maiores borderôs. Numa mesma temporada! Na Arena, as partidas entre seleções nacionais tomam à frente, até mesmo pela ausência divisórias entre torcidas, uma (necessária) norma de segurança que afeta a carga de ingressos nos jogos envolvendo clubes. Por fim, os Aflitos, com dados curiosos. Começando pelo recorde, estabelecido em sua versão anterior, bem acanhada. Oito dos demais jogos registrados foram disputados a partir da ampliação, iniciada em 1996. Sobre a Batalha dos Aflitos, trata-se de um dado divulgado por parte da imprensa, mas sem confirmação do clube.
Dados atualizados até 28 de janeiro de 2018
Os 10 maiores públicos no Arruda 96.990 – Brasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993, Eliminatórias) 90.400 – Brasil 2 x 0 Argentina (23/03/1994, Amistoso) 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998, Estadual) 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999, Estadual) 76.800 – Brasil 2 x 0 Paraguai (09/07/1989, Copa América) 76.636 – Santa Cruz (6) 1 x 1 (5) Náutico (18/12/1983, Estadual*) 75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998, Estadual) 74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993, Estadual) 71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico (28/07/1993, Estadual*) 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001, Estadual*)
Os 10 maiores públicos na Ilha do Retiro 56.875 – Sport 2 x 0 Porto (07/06/1998, Estadual*) 53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians (12/09/1998, Série A) 50.106 – Sport 4 x 1 Santa Cruz (29/03/1998, Estadual) 48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (27/09/1998, Série A) 48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio (20/09/1998, Série A) 46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio (03/12/2000, Série A) 45.697 – Sport 3 x 0 Náutico (15/12/1991, Estadual*) 45.399 – Sport 2 x 1 Botafogo (24/10/1998, Série A) 45.151 – Sport 1 x 0 São Paulo (16/08/1998, Série A) 44.346 – Sport 2 x 0 Santa Cruz (31/07/1988, Estadual)
Os 10 maiores públicos na Arena Pernambuco 45.010 – Brasil 2 x 2 Uruguai (25/03/2016, Eliminatórias) 42.025 – Sport 0 x 2 Palmeiras (23/07/2017, Série A) 41.994 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015, Série A) 41.876 – Alemanha 1 x 0 Estados Unidos (26/06/2014, Copa do Mundo) 41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai (16/06/2013, Copa das Confederações) 41.242 – Costa Rica (5) 1 x 1 (3) Grécia (29/06/2014, Copa do Mundo) 41.212 – México 3 x 1 Croácia (23/06/2014, Copa do Mundo) 40.489 – Itália 4 x 3 Japão (16/06/2013, Copa das Confederações) 40.285 – Costa Rica 1 x 0 Itália (20/06/2014, Copa do Mundo) 40.267 – Costa do Marfim 2 x 1 Japão (14/06/2014, Copa do Mundo)
Os 10 maiores públicos nos Aflitos 31.613 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (16/08/1970, Estadual) 31.061 – Náutico 1 x 0 Sport (21/07/1968, Estadual*) 29.891 – Náutico 0 x 1 Grêmio (26/11/2005, Série B) 28.022 – Náutico 0 x 2 América-MG (04/12/1997, Série B) 22.177 – Náutico 0 x 1 Santa Cruz (05/07/2001, Estadual) 21.121 – Náutico 0 x 1 Sport (21/04/2001, Nordestão) 20.699 – Náutico 2 x 0 Ituano (18/11/2006, Série B) 20.506 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (11/12/1974, Estadual*) 20.100 – Náutico 1 x 0 Sport (02/12/2012, Série A) 19.880 – Náutico 1 x 0 Corinthians (21/10/2007, Série A)
No primeiro tempo, a reação dos 6.731 torcedores presentes sintetizou o futebol do Santa Cruz, que não conseguiu tramar jogadas, restringindo as tentativas a dois arremates de longe. Um deles, de Tiago Costa, foi bem defendido pelo goleiro do Vila Nova, Luís Carlos. Faltava imposição ao time, que empatara dois jogos como “visitante”, diante do vice-lanterna e do lanterna. Só um resultado positivo na arena deixaria sequência produtiva (vitória em casa e empate fora) sob o comando do técnico Givanildo Oliveira.
A vitória saiu, por 1 x 0, com o resultado bem comemorado. No apito final, os mesmos torcedores reconheceram a entrega do time, que marcou melhor e finalmente conseguiu penetrar na área do adversário goiano, que passara oito rodadas no G4 até o tropeço em casa na rodada anterior. O gol da noite saiu aos 9 minutos da etapa final. Bruno Paulo (de volta após o DM) abriu na esquerda para o meia João Paulo, que tocou entre as pernas do zagueiro Alemão (aquele), com André Luís dominando e batendo rapidamente. Bola no ângulo. Em vantagem, o time coral obrigou o Vila a se mexer. Com desfalques e mais interessado em travar o jogo até então, o alvirrubro até levou perigo – mais pelo nervosismo da zaga pernambucana e dos volantes, Derley e Wellington Cézar, apesar da alta rotação da dupla. Acabou virando um jogo franco, com Halef Pitbull (titular) desperdiçando duas chances cara a cara, após assistências precisas de JP. Nas duas, força excessiva. Do outro lado, Júlio César garantiu, com a colaboração de um ataque batendo cabeça.
Com isso, o Santa chegou a 8 pontos em 12 disputados com Giva, com 66% de aproveitamento. Ficou a dois pontinhos do G4. Antes, dos 33 pontos disputados, somou 14, com 42%. Tendência de ascensão? Na sexta-feira, o 4º dos cinco jogos programados na Arena Pernambuco, contra o Boa…
Os 4 jogos sob o comando de Givanildo Oliveira 07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil 11/07 – Luverdense 2 x 2 Santa Cruz 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz 18/07 – Santa Cruz 1 x 0 Vila Nova
Após doze jogos, o clássico entre alvirrubros e tricolores acabou em branco, o que não ocorria desde 2014, curiosamente pela mesma Série B. Os dois times saíram devendo no Clássico das Emoções de maior público em 2017, com 13.450 torcedores. Mesmo sem vencer, o Santa Cruz ao menos reduziu a diferença ao G4, de 5 para 4 pontos, graças ao tropeço do Vila Nova. Já o Náutico, mesmo sem perder há três rodadas, não consegue levar essa reação para a classificação, numa caminhada já difícil para escapar do rebaixamento.
Em um campo com sinais de desgaste – após a incomum sequência de jogos do Trio de Ferro em São Lourenço da Mata -, os times entraram sem grandes mudanças. O alvirrubro iniciou num 4-4-2, com o meio num losango, com Giovanni municiando Erick e Alison – era a ideia, mas ele se machucou aos 35/1T. Giva manteve 4-2-3-1 no tricolor, no mesmo padrão desde sua estreia.
O primeiro tempo foi de poucas chances, com 50% de posse para ambos. O tricolor se apresentou um pouco melhor, prendendo mais a bola no campo ofensivo. Teve uma grande chance, aos 21 minutos. Pitbull ganhou do marcador e tocou para João Paulo, que arrumou de calcanhar para Augusto, frente a frente com Tiago Cardoso. Porém, ele finalizou muito mal, chutando em cima do goleiro. À parte disso, passes curtos e pouca objetividade. Pior foi o timbu, que só chegou uma vez, aos 44. E sem perigo, diga-se.
A etapa complementar foi mais animada, com um grau tensão mais elevado no agora centenário duelo. Logo aos 2, outra chance incrível desperdiçada por Augusto. Desta vez na pequena área, escorando mal uma falta. O atacante seria substituído pouco depois por Barbio, mas Givanildo só modificou a estrutura, de fato, aos 27, quando colocou Sheik no lugar de André Luís. O ponta estava mal, mas o substituto tirou a velocidade. No mandante, muitas bolas esticadas, num indício de desespero. Por baixo, Erick tentou carregar demais, sendo desarmado. Extraindo as oportunidades, só uma real, com Alison cabeceando no ângulo de Júlio César, que fez grande defesa. E não saiu do 0 x 0, com a igualdade mantida no Troféu Gena após sete jogos. A “decisão” ficou para o returno, daqui a 19 rodadas, com objetivos incertos…
Histórico do Clássico das Emoções na Série B 13 jogos 6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0) 4 empates (último em 2017, 0 x 0) 3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)
A reação dos 5.903 alvirrubros após o apito final, mesmo sem a vitória, mostra que há uma confiança na reação, não pela situação na tabela, crítica, mas pela evolução no futebol nas últimas rodadas. Sob aplausos e aos gritos de “Eu acredito, eu acredito”, no maior público do time na competição, o Náutico ficou num empate em 1 x 1 com o Juventude, o líder da Série B. Nada menos que 20 pontos os separam após 13 rodadas. É muita coisa.
Por este contexto, fica claro que a vitória na Arena Pernambuco seria um ponto fora da curva. O time gaúcho chegou com o melhor ataque (19) e a melhor defesa (7), com apenas um revés. Empolgação à parte, após a vitória em Natal, o confronto seria complicado. Só que o timbu jogou de forma organizada, sobretudo defensivamente, com duas linhas de quatro, com os jogadores atendendo aos apelos de Beto Campos, campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo – derrotou o alviverde, durante a campanha, por 4 x 1. Foi no primeiro tempo que o Náutico conseguiu construir as suas melhores jogadas – tendo um susto, num gol corretamente anulado do adversário. Aos 36 minutos, abriu o placar. Autor do gol de cabeça no Frasqueirão, Gilmar concluiu uma bola esticada por Ávila, se antecipando bem ao zagueiro.
Com a vantagem, o time pernambucano jogou de forma mais cadenciada na etapa complementar, com Amaral bem na marcação (Darlan destoou). Acabou tomando o empate aos 14, num chute desviado de Wallacer, após bate-rebate. A zaga timbu vinha muito segura, por cima (Breno) e por baixo (Feliphe). Apesar do vacilo, o visitante não se impôs pela virada. Apesar de ter o lanterna do outro lado, a forma como o jogo transcorreu deixou o resultado ‘aceitável’. Quem pressionou mesmo foi o Náutico, até os 49, já insistindo na bola aérea. Sem sucesso. Mas com o reconhecimento…
Em uma atuação segura, tomando apenas um susto, o Santa Cruz encerrou um jejum de quatro rodadas e venceu o Brasil de Pelotas por 3 x 0, voltando a se reaproximar do G4 da Série B. Em sua estreia, Givanildo Oliveira promoveu poucas mudanças, mantendo o 4-2-3-1, com os pontas, Augusto (assistência) e André Luís (bola na trave), trabalhando bastante.
No segundo dos cinco jogos programados na arena, o tricolor começou com o time marcando forte o adversário gaúcho. A dupla Derley/Elicarlos durou 38 minutos, quando Eli sentiu e acabou substituído por Wellington Cézar – apesar da má temporada, o volante não comprometeu. Quanto a Derley, acabou premiado com um belo gol, abrindo o placar num chute de fora da área, já com meia de hora. Pela sua conhecida característica, sem guardar muito a posição, ele acaba precisando de ‘chamadas de atenção’ durante o jogo. No entanto, a sua entrega, com mobilidade e recomposição, deu um gás ao time, num contexto superior ao do antecessor (já desligado), David.
Àquela altura, o Brasil só tinha chegado uma vez, numa cabeçada de Lincoln, com grande defesa de Júlio César. Um lance esporádico no primeiro tempo. Trocando mais passes e abusando dos cruzamentos (19, a maioria por baixo), o tricolor foi chegando, sempre buscando Bueno, doido pra encerrar o jejum particular – desde o Castelão. Pouco antes do intervalo, aproveitando o espaço deixando pelo visitante, a cobra coral encaixou um bom contragolpe, rápido, com Augusto deixando João Paulo (o meia escolhido na noite) livre para ampliar. Dali em diante, tranquilidade para os 6.009 espectadores.
Em vantagem, o segundo tempo foi de imposição. O Santa finalizou com André, Barbio, João Paulo e Bueno, que transformou a vitória em goleada, em mais um chute de fora da área. Se havia a sensação de que o elenco do Santa é competitivo para buscar o acesso, faltando um treinador mais capacitado, com Giva esse ajuste pode chegar. Sem soluções mirabolantes, focando na confiança. Após cair do 4º para o 12º lugar, ficando a cinco pontos da zona de classificação, o tricolor se reapresenta para a disputa…