Após a divulgação da pesquisa nacional de torcidas, o instituto Paraná Pesquisas apresentou o balanço regionalizado. No Nordeste, o ranking aponta as 15 maiores torcidas, com sete clubes nordestinos, quatro cariocas e quatro paulistas. Sem surpresa, o Flamengo ostenta a liderança, com uma vantagem inalcançável, turbinada pelas cidades do interior e por estados de menor tradição no futebol, como Piauí, Maranhão, Alagoas e Paraíba.
Em 2016, destaque para a ascensão do Ceará, que ultrapassou o Sport, ainda que nacionalmente esteja abaixo – pois o rubro-negro registrou torcida no Norte e no Centro-Oeste. Comparando com o levantamento da Pluri Consultoria, de 2013, o último com viés nordestino, o Vozão passou do 11º para o 7º lugar, com o time pernambucano caindo da 5ª para a 8ª colocação. Ainda que sejam institutos e (possivelmente) metodologias diferentes (embora os dois tenham entrevistado pessoas acima de 16 anos), ambos abordaram o quadro geral.
O blog tabelou as duas pesquisas (quatro quadros neste post), até pelo fato de os 15 times divulgados terem sido os mesmos, facilitando a comparação. O Bahia tornou-se o nordestino mais popular, aumentando a sua massa em 80%, chegando a quase quatro milhões (marca alcançada no restante do território nacional). Por sinal, a variação, tanto em percentual quanto em dados absolutos, é considerável. No Recife, o Trio de Ferro apresentou uma grande redução, indicando uma clara variação na margem de erro entre os dois estudos.
Enquanto a população total da região cresceu (3 milhões), a torcida acumulada de alvirrubros, rubro-negros e tricolores pernambucanos perdeu 906 mil seguidores, considerando. Essa é a projeção feita pelo blog a partir das estimativas populacionais oficiais (via IBGE) no período. Cenário inverso ao visto no futebol cearense, com dois milhões de torcedores a mais. Os estados da Bahia e de São Paulo também apresentaram crescimentos acima de um milhão, com os times do Rio de Janeiro perdendo 738 mil adeptos no período.
Considerando o futebol nordestino de uma forma geral, a representatividade do “G7” na própria região passou de 19,5% para 24,1% – superando o Fla, ao contrário da primeira pesquisa. Tal torcida subiu de 10.511.889 para 13.716.738 torcedores. Eis um questionamento à própria análise do blog: Em vez da margem negativa em 2013, a variação poderia ter sido favorável a Pernambuco há três anos, em detrimento dos estados vizinhos? Poderia, mas a chance é menor, matematicamente, devido ao grau de confiabilidade das pesquisas.
Em 2013, a margem de erro era de 0,68%, enquanto agora é de 2,0%, com 2.832 entrevistas entre março e dezembro. De toda forma, os números moldam um cenário a médio/longo prazo para a aferição bruta das torcidas. Sempre válido.
Durante dez meses, entre março e dezembro de 2016, o instituto Paraná Pesquisas ouviu 10,5 mil pessoas no Brasil, resultando em uma das maiores amostragens em pesquisas nacionais de torcida. Percorrendo 25 estados, o levantamento – publicado pelo jornal O Globo – trouxe dados interessantes, como os 40 milhões de brasileiros (19,5%) que não torcem por time algum, embora esse percentual já seja o “líder” há algumas pesquisas. Já o pódio, com Flamengo, Corinthians e São Paulo, é o de sempre, hoje concentrando 37,3%.
No viés nordestino, chama a atenção o fato de seis clubes estarem entre os vinte primeiros colocados e com torcidas acima de um milhão. Todos reconhecidamente populares, mas, considerando os dados divulgados pelos institutos, a última vez que isso havia acontecido fora em 2010, numa pesquisa do Ibope. Há seis anos, o Leão da Ilha estava em primeiro e o Vozão em sexto. Agora, a ordem é a seguinte: Bahia (4,1 milhões, num ótimo 11º lugar geral), Sport (2,6 mi), Ceará (2,2 mi), Fortaleza (1,6 mi), Vitória (1,6 mi) e Santa Cruz (1,4 mi). Margem de erro, metodologia, momento do time etc. O fato é que Bahia e Sport já revezam no topo desde 1998, no estudo Lance!/Ibope. Entre os maiores clubes da região, apenas o Náutico não figurou neste patamar (a última vez que isso aconteceu foi em 2013, na lista da Pluri, com 1,1 milhão).
Voltando ao Paraná Pesquisas, esse foi o segundo levantamento nacional apresentado este ano, possivelmente uma ampliação do quadro anterior, de março a abril (na ocasião, com 4 mil pessoas e apenas 14 times). Abaixo, a projeção do blog sobre a torcida absoluta de cada clube a partir da estimativa oficial da população brasileira, atualizada pelo IBGE em 30 de agosto de 2016.
Paraná Pesquisas / Brasil 2016 Período: março a dezembro de 2016 Público: 10.500 (em 288 municípios de 25 estados) Margem de erro: 1,0% População estimada (IBGE/2016): 206.081.432
Outros times* – 5,1% (10.510.153) Sem clube – 19,5% (40.185.879)
* O instituto divulgou até o 20º lugar, com os demais citados apenas de forma regionalizada. A partir disso, o blog calculou percentual geral do 21º ao 30º.
A CBF divulgou a tabela detalhada (abaixo) da primeira fase da Copa do Nordeste de 2017, com a definição de datas, horários e jogos com transmissão na televisão. Com vinte clubes dos nove estados da região, o torneio terá 60 partidas na fase de grupos, de 24 de janeiro a 22 de março, com a abertura oficial na Arena, com Náutico x Uniclinic, uma terça. Na quarta, o Sport recebe o Sampaio e na quinta, fechando a primeira rodada, o repeteco da última decisão, com Campinense x Santa, no mesmo palco da conquista coral. Dos nove jogos agendados em Pernambuco, cinco estão marcados para o fim de semana.
Jogos com mando dos pernambucanos: Santa Cruz: Náutico (sábado), Uniclinic (domingo) e Campinense (quarta) Sport: Sampaio Corrêa (quarta), River (sábado) e Juazeirense (sábado) Náutico: Uniclinic (terça), Campinense (quarta) e Santa Cruz (domingo)
Jogos locais já definidos na Globo Nordeste*: Juazeirense x Sport, Campinense x Náutico, Uniclinic x Santa e Náutico x Santa
* Na última rodada, escolha entre Uniclinic x Náutico e Sampaio x Sport
Jogos locais já definidos no Esporte Interativo: Todas as 16 partidas envolvendo o Trio de Ferro na fase de grupos
Após a primeira fase, com oito classificados, sendo os cinco líderes e os três melhores segundos lugares, haverá um sorteio na sede da CBF para formar o mata-mata, com mais 14 jogos até maio. Com as Séries A e B já em andamento, o título será decidido em duas quartas-feiras, dias 17 e 24. Em relação à tabela básica, os horários foram ajustados pela entidade em conjunto com o Esporte Interativo, que exibirá 49 dos 60 jogos da fase de grupos, e com a Globo, com contrato de um jogo local por rodada para Recife, Fortaleza e Salvador. A 14ª edição da Lampions League terá uma premiação total de R$ 18,5 milhões.
A premiação total da Copa do Nordeste de 2017 aumentou em 24,9% em relação à última edição. Em cinco anos, são quase R$ 13 milhões a mais. Considerando a meritocracia no torneio, 41% do montante será distribuído nos mata-matas, correspondendo a R$ 7,6 milhões. As cotas das cinco campanhas possíveis no torneio foram ampliadas, com as seguintes diferenças para cada time: R$ 95 mil (primeira fase), R$ 20 mil (quartas), R$ 100 mil (semifinal), R$ 50 mil (vice) e R$ 250 mil (título). Acumulando todos os repasses, o campeão irá embolsar R$ 2,85 milhões, ou R$ 465 mil a mais que o Santa Cruz, que ergueu a orelhuda dourada em 2016. A premiação é bancado pela Liga do Nordeste, com a receita de parcerias, como a venda de direitos de transmissão junto ao Esporte Interativo.
Em 2017, o futebol pernambucano volta a ser representado pelo Trio de Ferro após três temporadas. Por sinal, quem chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, já ganhará R$ 1 milhão. A observação cabe porque essa quantia já seria superior a toda a cota do Pernambucano, disputado de forma paralela. Por outro lado, o título regional não vale mais uma vaga na Sul-Americana, mas, sim, uma classificação direta às oitavas de final da Copa do Brasil de 2018 – após a canetada da Conmebol.
Voltando às cifras regionais, desta vez foram adicionadas cotas iniciais para maranhenses e piauienses – sob a avaliação da Liga até 2018. A verba é menor, com R$ 330 mil para clubes dos dois estados. Finalizando o acordo comercial no Nordestão, os vinte times não têm despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. Segundo a regra das viagens: até 500 km, passagens de ônibus; acima de 500 km, passagens aéreas, com delegações de 26 pessoas.
Eis as cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:
2017 Campeão – R$ 2,85 milhões (ou R$ 2,58 milhões para MA e PI) Vice – R$ 2,15 milhões (ou R$ 1,88 milhão para MA e PI) Semifinalista – R$ 1,6 milhão (ou R$ 1,33 milhão para MA e PI) Quartas de final – R$ 1,05 milhão (ou R$ 780 mil para MA e PI) Primeira fase (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 600 mil Primeira fase (MA e PI) – R$ 330 mil Total – R$ 18.520.000
2016 Campeão – R$ 2,385 milhões (Santa Cruz) Vice – R$ 1,885 milhão (Campinense) Semifinalista – R$ 1,385 milhão (Bahia e Sport) Quartas de final – R$ 935 mil (Ceará, Salgueiro, CRB e Fortaleza) Primeira fase – R$ 505 mil* Total: R$ 14.820.000 * Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
2015 Campeão – R$ 2,74 milhões** (Ceará) Vice – R$ 1,24 milhão (Bahia) Semifinalista – R$ 890 mil (Vitória e Sport) Quartas de final – R$ 615 mil (Fortaleza, América-RN, Salgueiro e Campinense) Primeira fase – R$ 365 mil* Total: R$ 11.140.000 * Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
** Com bônus de R$ 500 mil, pago pela CBF
2014 Campeão – R$ 1,9 milhão (Sport) Vice – R$ 1,2 milhão (Ceará) Semifinalista – R$ 850 mil (América-RN e Santa Cruz) Quartas de final – R$ 600 mil (CSA, CRB, Vitória e Guarany-CE) Primeira fase – R$ 350 mil Total: R$ 10.000.000
Inicialmente, o levantamento considerava apenas as vendas milionárias do futebol pernambucano, mas o blog resolveu expandir o ranking, com as maiores negociações em todo o Nordeste. Três clubes já conseguiram negócios acima de R$ 10 milhões, não coincidentemente os três clubes mais presentes na elite do futebol nacional – Bahia, Sport e Vitória, que somam 63 vendas, ou 66% de todas as vendas milionárias na região. Apesar do número de transações do leão pernambucano, a dupla de Salvador aparenta um trânsito melhor no mercado externo, refletido na regularidade de de vendas elevadas. Ao todo, seis estados já firmaram ao menos uma transferência milionária no período a partir do Plano Real, com a circulação iniciada oficialmente em 1º de julho de 1994. Até hoje, treze times conseguiram.
Número de jogadores vendidos (95 nomes até 13/03/2018): 25 – Vitória 19 – Bahia e Sport 10 – Náutico 6 – Santa Cruz 5 – Ceará 3 – Corinthians Alagoano 2 – Fortaleza 1 – ABC, ASA, Campinense, CRB, Porto e Sampaio Corrêa
Número de jogadores vendidos por estado: 44 – Bahia 36 – Pernambuco 7 – Ceará 5 – Alagoas 1 – Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte
O ranking é apresentado tanto em reais quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional já flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para 1/4 da moeda americana. Embora o euro seja a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam os valores oficiais – ou mesmo suas receitas gerais. Na maioria dos casos, cada venda foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia.
Ah, existe a possibilidade de algum ter sido esquecido. Caso lembre, pode deixar o seu comentário no post, que a lista será atualizada.
Observação: a cifra estabelecida por Jean Filho, em 22 de dezembro de 2017, pode ser ainda maior, uma vez que o Bahia tem direito aos direitos econômicos de mais um jogador, ainda em discussão junto ao São Paulo.
Em 2017, o investimento da televisão no Brasileiro será de R$ 1,297 bilhão. Montante referente às cotas fixas, à parte do crescente pay-per-view. Paralelamente à já tradicional discussão sobre a distorção e distribuição das cotas, a Premier League sempre aparece como modelo ideal. Na elite do futebol inglês, a receita oriunda da tevê é dividida da seguinte forma a cada temporada: 50% em cotas iguais entre os vinte times, 25% pela classificação final no campeonato anterior e 25% pela representatividade de audiência de cada um.
Assim, em vez do atual sistema de (sete) castas no Brasil, com um hiato de R$ 147 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (Chape, Ponte, entre outros), a diferença máxima, caso fosse adotado o modelo britânico, seria de R$ 60 milhões, no caso entre Flamengo e Bahia, recém-promovido. Mais equilíbrio, sem dúvida. Vamos a uma projeção de valores considerando o atual contrato da Série A, válido para o triênio 2016-2018.
No quadro inspirado no campeonato inglês, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.544.047, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 1/4 da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade atual de cada um.
Sport no contrato oficial 2017 – R$ 35,0 milhões
2016 – R$ 35,0 milhões 2015 – R$ 27,0 milhões
Total – R$ 97,0 milhões
Sport via Premier League 2017 – R$ 51,9 milhões
2016 – R$ 61,7 milhões 2015 – R$ 40,5 milhões
Total – R$ 154,1 milhões
Após articulação entre clubes brasileiros, concorrência de canais de tevê e até projetos de lei (dois já engavetados, ambos de deputados pernambucanos, em 2011 e 2014), a Rede Globo resolveu incorporar a divisão proporcional, mas com um percentual particular. No caso, a partir do próximo contrato, em 2019, a divisão será 40% de forma igualitária, 30% por colocação e 30% de audiência. No Recife, Náutico, Santa Cruz e Sport já assinaram com a emissora até 2024.
O Ibope atualizou o levantamento com os clubes mais populares do Brasil nas redes sociais, com um enorme crescimento da Chapecoense, que pulou do 24º para o 7º lugar, com milhares de torcedores de outros clubes seguindo o alviverde após a tragédia na Colômbia. Neste contexto, a Chape deixou para trás clubes como Vasco, Cruzeiro e Galo, com torcidas bem maiores – por baixo, 10x mais, segundo pesquisas tradicionais do próprio Ibope.
Com dados colhidos no dia 15 de dezembro, o quadro traz quatro plataformas: facebook (a mais popular entre os clubes de futebol), twitter (a mais usada para notícias), instagram (imagens) e youtube (vídeos). O critério do levantamento, divulgado pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, obviamente leva em conta somente as páginas oficiais – que não necessariamente são as mais numerosas. Para a lista de 35 clubes foram incluídos as 20 equipes presentes na Série A de 2016, além dos 15 clubes com as maiores bases digitais nas Séries B e C. Focando no futebol nordestino, o blog listou os clubes com mais torcedores/curtidores em cada plataforma.
Líder na região e agora 13º no país (também ultrapassado pela Chape), o Sport tem 171 mil seguidores a mais que o Bahia, que, por sua vez, ainda lidera no canal principal, o facebook. O rubro-negro aparece à frente no twitter e no instagram, com o tricolor baiano voltando à dianteira no youtube, numa briga apertada, que ainda tem o Santa, via TV Coral. Já o Náutico, apesar da reformulação em suas redes, aparece estagnado, atrás até da dupla de Natal.
Os 10 nordestinos com mais usuários nas redes sociais* 1º) Sport (2.461.815) 2º) Bahia (2.290.381) 3º) Vitória (1.424.038) 4º) Ceará (965.295) 5º) Fortaleza (800.373) 6º) Santa Cruz (790.990) 7º) América-RN (368.339) 8º) ABC (346.894) 9º) Náutico (328.603) 10º) Sampaio Corrêa (222.541)
Top 5 do NE no facebook* 1º) Bahia (1.090.570) 2º) Sport (1.038.921) 3º) Ceará (639.027) 4º) Fortaleza (575.979) 5º) Santa Cruz (562.977)
Top 5 do NE no twitter* 1º) Sport (1.191.359) 2º) Bahia (1.056.789) 3º) Vitória (926.261) 4º) Ceará (191.054) 5º) Fortaleza (118.998)
Top 5 do NE no instagram* 1º) Sport (214.330) 2º) Ceará (125.923) 3º) Bahia (124.098) 4º) Vitória (110.247) 5º) Santa Cruz (100.416)
Top 5 do NE no youtube* 1º) Bahia (18.924) 2º) Sport (17.205) 3º) Santa Cruz (17.125) 4º) Ceará (9.291) 5º) Fortaleza (8.570)
* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
Confira o levantamento anterior, de 19 de setembro, clicando aqui.
Pelo segundo ano seguido, Pernambuco se mantém em 7º lugar no Ranking da CBF, somando os pontos de todos os dez representantes locais nos torneios nacionais das últimas cinco temporadas. O estado é líder absoluto na região, no período de 2012 a 2016, com Bahia e Ceará, nesta ordem, na sequência. Já no cenário geral, para evoluir será preciso um esforço coletivo enorme. Hoje, são quase sete mil pontos em relação ao Paraná, que em 2017 terá dois clubes no Campeonato Brasileiro, o que já torna-se quase irreal a possibilidade de ultrapassagem – dependeria de uma grande campanha local na Copa do Brasil.
Percentual dos clubes na pontuação do estado em 2016: Sport – 8.019 (34,13%) Santa Cruz – 5.730 (24,39%) Náutico – 5.401 (22,99%) Salgueiro – 2.461 (10,47%) Central – 789 (3,35%) Serra Talhada – 459 (1,95%) América – 255 (1,08%) Porto – 171 (0,72%) Ypiranga – 153 (0,65%) Petrolina – 51 (0,21%)
Vale lembrar que a colocação da federação estadual, na lista organizada pela confederação brasileira de futebol, influencia diretamente no número de vagas de cada uma tanto na Copa do Brasil quanto na Copa do Nordeste (abaixo). Hoje, Pernambuco tem direito a três participantes nas duas competições.
Copa do Brasil (via estadual) 5 vagas – 1º e 2º (SP e RJ) 4 vagas – do 3º ao 5º (MG, RS e SC) 3 vagas – do 6º ao 14º (PR, PE, GO, BA, CE, RN, PA, AL e MT) 2 vagas – do 15º ao 22º (PB, MA, SE, DF, PI, AM, AC e MS) 1 vaga – do 23º ao 27º (ES, RO, TO, AP e RR)
Copa do Nordeste (via estadual) 3 vagas – 1º e 2º (PE e BA) 2 vagas – do 3º o 9º (CE, RN, AL, PB, MA, SE e PI)
De 1959 a 2016 foram realizadas 60 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF. Na conta, a Série A (1971-2016), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.
Abaixo, o blog fez uma compilação dos 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking histórico, a vitória valeu três pontos em todos os jogos (oficialmente, no país, começou em 1995).
A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), subindo para o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa acabou figurando em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, incluindo Sport e Santa. Foram 32 regulamentos diferentes até 2003, quando foi implantado o sistema de pontos corridos. No fim dos anos 1980, Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).
As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A): 1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96) 2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08) 3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01) 4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77) 5º) Náutico (1) – 6º (84) 5º) Ceará (1) – 7º (85)
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD (precursora da CBF) para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho (pontos e campanhas) foi do Bahia, o pioneiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.
A melhor colocação nordestina (Robertão): Bahia (2) – 11º (69/70)
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 14 edições, até 2016, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.
As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos): 1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08) 2º) Sport (1) – 6º (15)
A CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2016, com o Grêmio retomando a liderança. O tricolor gaúcho, que já havia ficado em primeiro em 2013, é o primeiro clube a liderar em duas temporadas o modelo atual do ranking, implantado há cinco anos. Para desbancar o Corinthians, claro, pesou o inédito penta na Copa do Brasil.
Líderes do ranking 2016 – 15.038 pontos (Grêmio) 2015 – 14.664 pontos (Corinthians) 2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro) 2013 – 15.286 pontos (Grêmio) 2012 – 16.208 pontos (Fluminense)
Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).
Com a 14ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport chegou ao 17º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com isso, assumiu pela primeira vez, neste formato, a liderança no Nordeste, ultrapassando o Bahia, líder nos últimos dois anos. Não por coincidência, o rubro-negro pernambucano pontuou duas vezes na elite, com o tricolor baiano disputando a segundona. Ainda no Trio de Ferro, outra reviravolta. Apesar do descenso, a pontuação na elite (pela primeira vez) alavancou o Santa, que subiu nove posições, ficando em 26º lugar. A posição, a melhor do clube, o colocou pela primeira vez à frente do Náutico.
Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (49º, 2.461 pts), Central (85º, 789 pts), Serra Talhada (113º, 459 pts), América (148º, 255 pts), Porto (180º, 171 pts), Ypiranga (182º, 153 pts) e Petrolina (211º, 51 pts). Ao todo, 234 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.
Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.