Nada de vitória para os pernambucanos na 31ª rodada da Série B. Favorito em Caruaru, o alvirrubro perdeu do lanterna. O tricolor até chegou a surpreender em Pelotas, mas teve que se contentar com o empate após o pênalti mandrake assinalado a favor do time gaúcho. O 45 minutos comentou os dois jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Terminando, claro, com as respectivas situações na tabela, com o debate sobre as chances (cada vez menores) contra o rebaixamento. Ao todo, 70 minutos de podcast. Estou nessa. Ouça!
O técnico Marcelo Martelotte tentou algum diferente em Pelotas, em termos de criação na equipe. Após inúmeros testes, optou por Jeremias, oriundo da base, em sua estreia pelo Santa Cruz. Estaria protegido por três volantes, com Wellington Cézar no primeiro combate e Derley e João Ananias com mais liberdade. À frente, Grafite e Ricardo Bueno. Buscava o ataque sem se expor, jogando no erro do adversário, numa tática que quase deu certo.
Até os 29 minutos do segundo tempo, o tricolor estava em vantagem no campo gaúcho, justamente após um gol marcado num contragolpe, ainda na primeira etapa, com personagens distintos: Bueno cruzando e Ananias finalizando. Foi quando o árbitro Marcos Mateus Pereira, do Mato Grosso do Sul, enxergou pênalti de Yuri, num empurrão. Na visão do blog, os dois jogadores usaram o braço, num disputa por espaço normal. E desta vez não teve aquele ‘lei’ de que pênalti mal marcado não entra. Marlon bateu bem e empatou para o Brasil, 1 x 1. Embora o mandante estivesse melhor naquele momento, desperdiçando chances claras, o tento saiu numa marcação errada.
Mesmo assim, já com Pitbull e André Luís acionados na reta final, numa nova (e mais rápida) dupla de ataque, o Santa bem que tentou o desempate, pecando pelo preciosismo diante de uma defesa estática. Fora as cobranças de falta de Anderson Salles, desta vez descalibrado, por cima da barra.
Com o resultado, o time se mantém firme na zona de rebaixamento, chegando a sete rodadas sem vitória. Justamente na reta decisiva da segundona. No geral, considerando a passagem do atual treinador, o aproveitamento é de 29% em nove jogos, com 1V, 5E e 3D. A sete jogos do fim, o tricolor não pode mais esperar. Até porque tem apenas 1 vitória nos últimos 16 jogos…
O jejum de vitórias do tricolor na Série B (7 jogos; 4E e 3D) 22/09 (25ª) – Santa Cruz 1 x 1 Londrina (Estádio do Café, PR) 26/09 (26ª) – Santa Cruz 0 x 0 Ceará (Arruda) 30/09 (27ª) – Santa Cruz 0 x 2 Internacional (Beira-Rio, RS) 07/10 (28ª) – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (Arruda) 14/10 (29ª) – Santa Cruz 1 x 2 Figueirense (Orlando Scarpelli, SC) 17/10 (30ª) – Santa Cruz 2 x 2 Oeste (Arruda) 21/10 (31ª) – Santa Cruz 1 x 1 Brasil de Pelotas (Bento Freitas, RS)
Uma semana 100% para o Trio de Ferro. Pela 12ª rodada das Séries A e B do Brasileiro, todos venceram, sem sofrer gols. Começou com o alvirrubro, que arrancou o primeiro resultado nesta segundona lá em Natal. Na arena, Givanildo Oliveira estreou no tricolor com goleada. Finalmente na segunda-feira, na fria Curitiba, o leão também goleou e entrou no G6, a zona da Liberta. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 112 minutos. Ouça!
04/07 – ABC 0 x 1 Náutico (36 min)
07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil de Pelotas (30 min)
Em uma atuação segura, tomando apenas um susto, o Santa Cruz encerrou um jejum de quatro rodadas e venceu o Brasil de Pelotas por 3 x 0, voltando a se reaproximar do G4 da Série B. Em sua estreia, Givanildo Oliveira promoveu poucas mudanças, mantendo o 4-2-3-1, com os pontas, Augusto (assistência) e André Luís (bola na trave), trabalhando bastante.
No segundo dos cinco jogos programados na arena, o tricolor começou com o time marcando forte o adversário gaúcho. A dupla Derley/Elicarlos durou 38 minutos, quando Eli sentiu e acabou substituído por Wellington Cézar – apesar da má temporada, o volante não comprometeu. Quanto a Derley, acabou premiado com um belo gol, abrindo o placar num chute de fora da área, já com meia de hora. Pela sua conhecida característica, sem guardar muito a posição, ele acaba precisando de ‘chamadas de atenção’ durante o jogo. No entanto, a sua entrega, com mobilidade e recomposição, deu um gás ao time, num contexto superior ao do antecessor (já desligado), David.
Àquela altura, o Brasil só tinha chegado uma vez, numa cabeçada de Lincoln, com grande defesa de Júlio César. Um lance esporádico no primeiro tempo. Trocando mais passes e abusando dos cruzamentos (19, a maioria por baixo), o tricolor foi chegando, sempre buscando Bueno, doido pra encerrar o jejum particular – desde o Castelão. Pouco antes do intervalo, aproveitando o espaço deixando pelo visitante, a cobra coral encaixou um bom contragolpe, rápido, com Augusto deixando João Paulo (o meia escolhido na noite) livre para ampliar. Dali em diante, tranquilidade para os 6.009 espectadores.
Em vantagem, o segundo tempo foi de imposição. O Santa finalizou com André, Barbio, João Paulo e Bueno, que transformou a vitória em goleada, em mais um chute de fora da área. Se havia a sensação de que o elenco do Santa é competitivo para buscar o acesso, faltando um treinador mais capacitado, com Giva esse ajuste pode chegar. Sem soluções mirabolantes, focando na confiança. Após cair do 4º para o 12º lugar, ficando a cinco pontos da zona de classificação, o tricolor se reapresenta para a disputa…
Comparando a última formação de Adriano Teixeira e a primeira sob o comando de Givanildo Oliveira, foram duas mudanças efetivas no Santa Cruz.
À parte da ausência do meia Thiago Primão, vetado pelo departamento médico, assim como Léo Lima, com João Paulo ganhando a chance no setor, as outras trocas ocorreram mesmo por opção tática/técnica, na lateral direita (Valles por Nininho) e na ponta direita (Barbio por André Luís).
Após a derrota para o Oeste, foram apenas três treinos visando o Brasil de Pelotas, na Arena Pernambuco. E Giva não mexeu na estrutura (4-2-3-1), com a defesa reforçada (e Jaime no lugar de Anderson Salles, que sem acertar a bola parada acabou perdendo espaço), dois volantes (Derley com mais liberdade), um apoiador, dois pontas e um centroavante. Ou seja, um time compacto buscando o ataque com amplitude, com dois atacantes leves.
É o feijão com arroz do experiente Givanildo, de 68 anos, cujo trabalho segue no diálogo, com a mudança de postura da equipe na Série B. A conferir.
Tricolor, o que você achou? Deveria haver alguma outra mudança na equipe?
Em 1999, o atacante uruguaio Cláudio Milar viveu 2 bons momentos no futebol pernambucano. No primeiro semestre, levou o Náutico novamente à disputa de um turno (veja AQUI). Para se ter uma idéia do quanto isso representava para o Timbu, basta dizer que naquele ano o Alvirrubro disputaria a Série C do Brasileiro pela primeira vez.
No segundo semestre, foi contratado pelo Santa Cruz, onde o ajudou a Cobra-Coral a conquistar o vice-campeonato brasileiro da Série B, garantindo o acesso à elite do Nacional. O Tricolor estava fora da elite desde 1993.
Na noite desta quinta-feira, porém, o atacante de 34 anos morreu em um acidente de ônibus com a delegação do Brasil de Pelotas, onde ele jogava desde 2004. Até agora, o saldo é de três mortos (2 jogadores e o preparador de goleiros) e 10 jogadores com a perna quebrada. A tragédia comoveu o Rio Grande do Sul. Devido ao abalo, o Brasil de Pelotas poderá até se retirar do Estadual. A Federação Gaúcha de Futebol (FGV) já deu o aval, garantindo a vaga do time em 2010.
Ídolo em Pelotas, Cláudio Milar, nascido na cidade uruguaia de Chuy, fez 110 gols em 208 partidas pelo Brasil. O centésimo gol foi marcado em 23 de janeiro de 2008, no estádio do time “Xavante”, contra o São José de Porto Alegre. O Brasil, cuja torcida é apontada como a maior do interior, foi o primeiro campeão gaúcho, em 1919.
Abaixo, um vídeo do jornal Zero Hora com a última entrevista do atacante, comentando sobre a expectativa de disputar mais um Gaúchão.
Na abertura, em 6 de julho, eram 63 times. Hoje, restam apenas 8 na Série C. Quatro vagas estão em disputa na última etapa da competição. Após três fases regionalizadas, finalmente a competição irá reunir equipes de todos os cantos do Brasil. Entre os participantes do octogonal final da Terceirona estão o tradicional Guarani, campeão da Série A de 1978, o gaúcho Brasil de Pelotas, 3º lugar no Brasileirão de 1985, além de times com tradição em seus estados, como Atlético-GO, Confiança/SE e Campinense/PB.
Como não custa nada “chutar”… Gostaria que se classificassem para a Série B de 2009 os seguintes clubes: Guarani, Confiança, Campinense e Rio Branco. A presença deste último tem o objetivo de colocar o estado do Acre no mapa da bola. Já a torcida pelos nordestinos também visa acabar com o tabu de 10 anos sem título para a região. O primeiro, e único por sinal, campeão foi o Sampaio Corrêa, de São Luís, em 1997 (foto abaixo).
Octogonal final (ranking da CBF)
Águia (PA) – 278º (2)
Atlético (GO) – 57º (303)
Brasil (RS) – 86º (131)
Confiança (SE) – 82º (151)
Campinense (PB) – 89º (123)
Duque de Caxias (RJ) – 390º (0)
Guarani (SP) – 13º (1409)
Rio Branco (AC) – 91º (111)
Por regiões:
Norte – 2
Nordeste – 2
Sudeste – 2
Centro-Oeste – 1
Sul – 1
1ª rodada (sábado, 04/10)
Águia x Guarani
Brasil x Rio Branco
Campinense x Átletico-GO
Duque de Caxias x Confiança