A classificação dos grupos do Nordestão de 2017, com Sport e Santa nas quartas

A classificação final da 1ª fase da Copa do Nordeste de 2017. Crédito: Superesportes

O pote 1 para o sorteio das quartas de final da Copa do Nordeste terá os três clubes presentes no Brasileirão e o atual campeão regional. Ou seja, as principais forças confirmaram o favoritismo. Assim, Bahia, Sport, Vitória e Santa evitaram confrontos de peso na próxima fase e ainda vão decidir os respectivos confrontos em seus domínios. Pelo segundo ano seguido o Baêa termina a 1ª fase com a melhor campanha. Desta vez, contou com a derrota do Sport para o eliminado Sampaio, passando na última rodada, 14 x 13.

Após três anos o Trio de Ferro disputou a fase de grupos. Faltou pouco para a tripla classificação. Por um ponto, o Náutico ficou de fora do mata-mata. Sport e Santa Cruz avançaram liderando os seus grupos e embolsaram R$ 450 mil – já haviam recebido uma cota de R$ 600 mil pela participação na primeira fase.

O sorteio das quartas de final, com a definição do caminho até a decisão, será na sede da CBF, no Rio, às 11h desta sexta-feira. Eis os potes do sorteio:

Pote 1: Bahia, Sport, Santa Cruz e Vitória (todos campeões)
Pote 2: Itabaiana, River, Campinense e Sergipe (um campeão)

Os clubes classificados às quartas do Nordestão (2013-2017):

2013 
ABC, ASA, Campinense, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Sport e Vitória

2014
América-RN, Ceará, CRB, CSA, Guarany-CE, Santa Cruz, Sport e Vitória

2015
América-RN, Bahia, Campinense, Ceará, Fortaleza, Salgueiro, Sport e Vitória

2016
Bahia, Campinense, Ceará, CRB, Fortaleza, Salgueiro, Santa Cruz e Sport

2017
Bahia, Campinense, Itabaiana, River, Santa Cruz, Sergipe, Sport e Vitória

Número de classificações às quartas (2013-2017):

5 – Sport (100%)
4 – Campinense, Ceará, Santa Cruz e Vitória

3 – Bahia e Fortaleza
2 – América-RN, CRB e Salgueiro
1 – ABC, ASA, CSA, Guarany-CE, Itabaiana, Sergipe e River

STJD suspende o Serra Talhada da Série D por dívida de R$ 100. Desproporcional

R$ 100

Em um mesmo dia, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva suspendeu seis clubes por conta de dívidas sobre taxas com o próprio órgão. Chamou a atenção o valor das pendências, módicas para o futebol profissional, sendo a maior a abaixo de salários mínimos. E a decisão foi pesada, com a suspensão nos torneios organizados pela CBF e o veto a novos registros de atletas.

O caso do Serra Talhada chega a parecer piada. Embora tenha sido rebaixado à segunda divisão pernambucana nesta temporada, o clube sertanejo já tinha a vaga na Série D de 2017, assegurada na edição anterior do torneio local. De fato, a decisão do STJD é amparada pela lei, mas a suspensão passa mais a impressão de despreparo do tribunal, num ato visivelmente desproporcional, do que um acerto jurídico – na visão do blog, naturalmente. Em todos os casos, os clubes correram para quitar as respectivas dívidas, aliviando a suspensão sumária. Incluindo o Cangaceiro, com o depósito de R$ 100.

Dívidas com o STJD que geraram as suspensões nas competições:
R$ 1.600 – Bragantino (Série C)
R$ 1.000 – JV Lideral (sem divisão)
R$ 900 – Goianésia (sem divisão)

R$ 400 – São Francisco-PA (Série D)
R$ 200 – Itabaiana (Série D)
R$ 100 – Serra Talhada (Série D)

Obs. O Serra Talhada está no grupo H da quarta divisão nacional, ao lado de Itabaiana-SE, Fluminense-BA e Campinense-PB

Joinville x Sport. Em jogo, R$ 1 milhão e a vaga nas oitavas da Copa do Brasil

Joinville x Sport, o confronto na 4ª fase da Copa do Brasil. Crédito: Joinville/site oficial

O Sport avançou nas três primeiras fases da Copa do Brasil através de goleadas, sobre CSA, Sete de Dourados e Boavista. Na quarta fase, o Leão irá encarar mais um adversário abaixo das duas principais divisões do futebol brasileiro. Em sorteio realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o time pernambucano foi logo a primeira bolinha selecionada, junto ao Joinville, recém-rebaixado à Série C. Cabe ao rubro-negro render em campo, claro, mas o resultado foi bem camarada. Em termos de nível técnico, o duelo é bem acessível. Ainda mais comparando com as demais opções. Entre as nove bolinhas estavam Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Flu, Vitória e Inter.

Prováveis datas da chave, ambas em abril: 12 (Ilha) e 19 (Arena Joinville)

Vale destacar que das 15 partidas oficiais disputadas em 2017, os leoninos só enfrentaram clubes presentes nas Série B, C e D, além de times sem divisão.

Confrontos da 4ª fase da Copa do Brasil
Sport x Joinville*
Vitória x ASA* ou Paraná*
Fluminense* x Goiás
Corinthians* x Internacional
Cruzeiro* x São Paulo
* Decidem em casa

Pré-classificados às oitavas: Santa, Paysandu, Atléticos MG, Atlético-PR, Atlético-GO, Chapecoense, Palmeiras, Santos, Flamengo, Botafogo e Grêmio

O confronto contra os catarinenses vale a passagem às oitavas de final e uma generosa cota, no primeiro repasse milionário do torneio. Em caso de classificação nesta 23ª participação, o Sport chegaria a dez campanhas nas oitavas – lá, será feito um novo sorteio. A última foi em 2010. Faz tempo.

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 525 mil (4 x 1 CSA)
2ª fase – R$ 595 mil (3 x 0 Sete de Setembro)
3ª fase – R$ 810 mil (3 x 0 e 1 x 0 Boavista)
4ª fase – R$ 900 mil (vs Joinville)
Oitavas – R$ 1,05 milhão?

R$ 5.267, o preço do curso da CBF para virar treinador de escolinha no Recife

CBF Academy. Crédito: CBF/site oficial

Seguindo diretrizes da Fifa para a implementação de certificados e licenças em cursos de capacitação e formação de profissionais no futebol, a “CBF Academy” expandiu o trabalho em 2017. Em atividade desde 2005, o braço da confederação lançou cursos especiais fora do Rio. Entre as cidades, o Recife, utilizando a estrutura da sede da FPF, na Boa Vista. Entre as várias opções de gestão, a versão local será focada na Licença C. Com ela, a CBF passa a reconhecer os trabalhos dos treinadores nos níveis mirim e infantil, em clubes e escolinhas – sendo o 4º nível de uma longa e cara graduação.

Com aulas entre 29 de abril e 7 de maio, o curso está aberto a 50 alunos, com 140 horas de duração – abaixo, o quadro de disciplinas. Interessado? Pois o investimento pessoal é de R$ 5.267, ou 585 reais por cada dia de aula. Em caso de turma completa, a CBF Academy arrecadará R$ 263 mil.

Vale lembrar que a partir de 2018 entra em vigor a Licença de Clubes, já publicada pela CBF. É uma série de exigências técnicas e administrativas aos clubes para a chancela da participação em torneios nacionais. No caso, os treinadores passam a precisar da Licença Pro, três níveis acima da C.

Cronograma para a exigência de Licença Pro aos técnicos profissionais
2018 – Série A (20 clubes
2019 – Série B (20 clubes)
2020 – Série C (20 clubes)
2021 – Série D (68 clubes)

Na CBF Academy existem cinco níveis de licença para treinadores. À parte da pós-graduação, o nível profissional é voltado para ex-jogadores e treinadores, a partir da Licença B. As aulas práticas são realizadas na Granja Comary, em Teresópolis. Neste cenários, eis as disciplinas: preparação física e fisiologia do futebol profissional; psicologia do esporte no futebol profissional; treinamento de campo no futebol profissional; prática e análise do treinamento de campo; legislação esportiva aplicada III; e medicina esportiva no futebol profissional.

Pro – Excelência (370 horas)
A – Futebol profissional (250 horas)
B – Categoria de base (185 horas)
C – Escolinha (140 horas)
D – Projetos sociais

A carga de aulas para a Licença C. Crédito: CBF

As novas cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 12,8 milhões para o campeão

As novas cotas da Copa do Brasil de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com a Copa do Brasil de 2017 já em andamento, a CBF anunciou um aumento de R$ 17 milhões nas cotas de participação previamente divulgadas. O montante foi distribuído da primeira fase até a semifinal, com acréscimos variando entre 19% e 20%. O reajuste, obtido pela entidade através de fornecedores, alcançou todos os 91 participantes da edição vigente, dos 80 times que largaram no primeiro mata-mata (com repasses diferenciados de acordo com o ranking nacional) aos 11 pré-classificados às oitavas de final.

O valor exato, fase por fase, foi informado por Wellington Campos, repórter da rádio mineira Itatiaia. A partir disso, vamos ao quadro comparativo com os valores anteriores. Curiosamente, as novas cotas são próximas àquelas simuladas por Douglas Batista, em postagem anterior no blog.

Inicialmente, considerando todas as oito etapas do torneio e o grupo 1 nas duas primeiras fases, o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 12,8 milhões, com um aumento absoluto de 9,5%. Os clubes em disputa a partir das oitavas, incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino, podem ganhar até 9,745 milhões de reais, ou 6,7% a mais que a meta anterior (de 9,13 mi). Entre os clubes pernambucanos, por sinal, a mudança na Copa do Brasil resultou numa injeção imediata de R$ 580 mil.

Abaixo, os novos ganhos dos quatro representantes do estado no torneio.
R$ 1,93 milhão – Sport, até a 3ª fase (+310 mil)
R$ 1,05 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+170 mil)
R$ 300 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)
R$ 300 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

O regulamento da Série A de 2017, com 12 vagas internacionais e no máximo 5 transferências entre os participantes

O troféu do Brasileirão de 2017. Foto: Kin Saito/CBF

A CBF divulgou o regulamento oficial do Campeonato Brasileiro de 2017. O documento (íntegra abaixo) é relativamente simples, com 15 páginas e algumas mudanças acerca da Série A, que terá três nordestinos nesta temporada: Sport, Bahia e Vitória. Destaco seis pontos da fórmula votada no conselho técnico da competição, realizado no Rio de Janeiro, há três semanas. O sistema de disputa, lembrando, é o mesmo desde 2006, com vinte clubes e pontos corridos.

Confira a tabela do Brasileirão clicando aqui.

Artigo 5 – As doze vagas internacionais…
Libertadores: 1º, 2º, 3º e 4º na fase de grupos; 5º e 6º na fase preliminar
Sul-Americana: 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º, todos na primeira fase 

Obs. Caso os possíveis campeões da Liberta, Sula e Copa do Brasil de 2017 terminem na zona de classificação internacional, a vaga via Série A será do clube seguinte, excluídos os assegurados nas copas da Conmebol, claro. Logo, há a possibilidade de um recorde de classificados (Liberta + Sula): 15 times

Artigo 9 – Transferências de jogadores: entre clubes da elite, atletas com no máximo 6 jogos disputados. Durante a competição, cada time só poderá contratar até cinco nomes oriundos da Série A, sendo no máximo três de um mesmo clube. A partir disso, então, só em outros mercados (B, C, D e exterior)

Artigo 12 – Critérios de desempate na classificação: 1) vitórias, 2) saldo, 3) gols pró, 4) confronto direto (somando ida e volta), 5) menos cartões vermelhos, 6) menos cartões amarelos, 7) sorteio. Até hoje nunca se chegou ao sorteio…

Artigo 16 – Preço mínimo do ingresso: R$ 40, inteira (valor abaixo disso, só com autorização da CBF)

Artigo 19 – Punição por salário atrasado: 3 pontos por jogo caso atrase o pagamento da folha salarial a partir de 30 dias – execução da pena após o julgamento no STJD, naturalmente

Artigo 21 – Mudança de mando de campo: o clube só poderá jogar dentro da jurisdição de sua federação. No caso do Sport, atrelado à FPF, só na Ilha do Retiro, Arena Pernambuco, Arruda ou Cornélio de Barros. O Lacerdão também tem a capacidade mínima, de 12 mil lugares, mas o gramado está vetado

O regulamento da Série A de 2017 de Cassio Zirpoli

A simulação das novas cotas da Copa do Brasil, com aporte extra de R$ 17 milhões

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

Com a Copa do Brasil de 2017 já na terceira fase, a CBF anunciou um aumento nas cotas de participação no torneio. Em nota enviada a todas as federações estaduais, a entidade justificou o adicional após “intensas negociações com fornecedores”, como destaca a ESPN. O acréscimo foi de R$ 17 milhões, sendo proporcional em todas as fases, com 91 clubes envolvidos. Porém, a circular não detalhou o quanto isso representa especificamente. Vamos lá…

O recifense Douglas Batista calculou a premiação total, fase por fase (quadro acima). Com isso, o novo aporte corresponde a um aumento de 19,1% sobre o valor bruto até então, passando R$ 89 mi para R$ 106 milhões. Considerando todas as oito etapas e o grupo 1 nas duas primeiras (com valores diferenciados aos times de melhor ranking nacional), o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 13.916.963.

Onze clubes vão largar somente nas oitavas de final (incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino). Para esse bolo, o título subiu de 9,13 mi para 10,87 milhões de reais. O anúncio mudou diretamente os ganhos dos quatro representantes pernambucanos no torneio vigente. De cara, R$ 571 mil a mais.

R$ 1,929 milhão – Sport, até a 3ª fase (+309 mil)
R$ 1,048 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+168 mil)
R$ 297 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)
R$ 297 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

Abaixo, a projeção de cotas somando todos os clubes, fase por fase.

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

A proposta original de cotas da Série B, com 60% fixo e 40% variável. Foi alterada

As propostas de cotas da Série B de 2017

A cota de transmissão da Série B de 2017 foi dividida em um novo formato, através de um critério técnico, como publicou o site da CBF:

“Sobre a divisão de cotas da Série B 2017, foi apresentada uma nova proposta, devidamente aprovada. Com exceção de Internacional e Goiás, os 18 clubes participantes da competição terão: 60% do valor dividido de forma igualitária; 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato.”

O blog já havia divulgado as novas cifras da segundona, mas teve acesso à proposta original, que mostra que a divisão poderia ser bem diferente. Tudo a partir do valor absoluto, de R$ 93,8 milhões. Montante pago em 2016 e 2017.

Acima, a reprodução do quadro. Abaixo, as observações originais.

1) 60% do valor dividido de forma igualitária
2) 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato
3) Garantia de cota mínima para clubes remanescentes da Série B 2016, equivalente ao valor que seria reebido pelo critério igualitário
4) Garantia de cota mínima para os clubes que ascenderam da Série C equivalente a 80% da cota mínima citada no item anterior

Com as observações 3 e 4 (não citadas no site da CBF, mas incluídas na decisão para dar mais equilíbrio às cotas no contrato vigente) e considerando a cota passada (R$ 5,2 milhões), os repasses de todos os clubes foram alterados. O Santa Cruz, por exemplo, receberá R$ 1 milhão a mais no novo formato. Sem as ressalvas, o aumento seria de 1,6 mi. Já o Náutico, que vai ganhar 600 mil reais a mais teria direito ao dobro deste valor. A expectativa é que o formato proporcional passe a valer em 2018, no novo contrato de tevê, mais robusto.

As maiores diferenças na proposta original em relação às cotas de 2017:

Para menos
R$ 673.918 (-9,5%) – Figueirense
R$ 652.022 (-9,5%) – Santa Cruz
R$ 632.124 (-9,5%) – América-MG
R$ 611.228 (-9,5%) – Náutico
R$ 590.331 (-9,5%) – Londrina

Para mais
R$ 987.369 (+23,3%) – Oeste
R$ 822.807 (+24,5%) – Juventude
R$ 767.954 (+17,2%) – Paraná
R$ 603.391 (+16,9%) – ABC
R$ 548.538 (+11,7%) – Paysandu

Podcast – Análise dos conselhos técnicos das Séries A, B e C do Brasileiro de 2017

Troféus das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Fotos: CBF/site oficial

Durante três dias, de 20 a 22 de fevereiro, dirigentes de 60 clubes se reuniram na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para debater sobre as formatações do Campeonato Brasileiro. A cada dia, uma divisão, A, B e C. O 45 minutos analisou as principais mudanças (ou não!) em cada competição, com o viés regional. Por sinal, são 16 clubes nordestinos presentes, ou 26% de todos os participantes nos torneios nacionais com calendário completo em 2017.

Neste podcast, de 45 minutos, estou com Fred Figueiroa e Celso Ishigami.

Série A (3 clubes) – Sport, Bahia e Vitória 

Através do voto, a maioria dos clubes (incluindo o trio nordestino) vetou a venda de mando de campo para outros estados. Já a ideia de elencos limitados a 33 profissionais, apoiada pelos times da região, não foi aprovada.

Série B (5 clubes) – Santa Cruz, Náutico, Ceará, CRB e ABC 

Os 18 não cotistas da tevê (à parte de Inter e Goiás) aprovaram uma nova forma de divisão de cota. Agora, os R$ 93 milhões são separados de acordo com a campanha anterior. O Santa foi o nordestino de maior receita, R$ 6,2 mi.

Série C (8 clubes) – Salgueiro, Fortaleza, CSA, ASA, Sampaio Corrêa e Moto Cub, Botafogo-PB e Confiança

Apesar da proposta do Fortaleza para mudar a fase final (dois quadrangulares, em vez de quartas de final), a CBF acabou vetando. O acesso segue no mata-mata, no qual o tricolor alencarino falhou três vezes seguidas no Castelão.

Série C com acesso nas quartas de final pelo 6º ano. A notícia foi não ter mudança

Quartas de final da Série C. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Série C passou a ter um calendário mais longo em 2012, com 18 rodadas na primeira fase. No ano anterior, por exemplo, foram apenas oito, com os clubes eliminados ficando sem jogos em 18 de setembro. Na reformulação, a etapa foi esticada até o fim de outubro. Entretanto, apesar do longo classificatório, seria preciso avançar em um mata-mata para conquistar o acesso. Ainda que o título seja o bônus, valia mesmo passar das quartas de final. Até hoje.

Após o drama do Fortaleza, com eliminações no Castelão para Macaé, Brasil de Pelotas e Juventude, esperava-se um regulamento priorizando a “regularidade” na fase final, em dois quadrangulares. No conselho técnico do Brasileiro, na sede da CBF, no Rio, a mudança era tida como “certa”. Pois foi um curioso caso no qual a notícia foi a ausência de novidade. A CBF alegou o alto custo do torneio (sem grande receita de TV) e os clubes mantiveram a regra vigente.

Portanto, a terceira divisão terá a mesma fórmula pelo 6º ano seguido, com dois grupos de dez times, com jogos dentro das chaves (ida e volta, 18 ao todo). Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas, com cruzamento olímpico.

Será que o Castelão vai encher de novo?

Relembre os mata-matas: 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

Desempenho nas quartas de final (2012-2016)
Acessos – SP 3; PA, GO, MG e RS 2; SC, CE, MA, MT, PE, RJ, AL, PR e RN 1
Eliminações – CE e RJ 4; PB, MG, AL e SP 2; MT, RS, PE e SE 1

Em 2017 são 8 nordestinos (incluindo o Salgueiro), ou 40% do torneio.