Atlético, Newell´s, Santa Fé e Olimpia na reta final do sonho da Libertadores

Semifinal da Taça Libertadores da América 2013: Atlético-MG x Newell´s Old Boys e Independiente Santa Fé x Olimpia. Fotos: Conmebol/divulgação

Brasil x Argentina, na versão Atlético Mineiro x Newell´s Old Boys.

Colômbia x Paraguai, com Independiente Santa Fé versus Olimpia.

As semifinais da Taça Libertadores da América irão confrontar quatro países num misto de técnica, catimba, garra e desejo por glória.

A melhor campanha, o melhor jogador, um caldeirão implacável e uma equipe encaixada. Difícil não imaginar o Atlético Mineiro como o  favorito ao título, ainda mais com o status de único brasileiro – o país venceu as últimas três edições. Liderado por Ronaldinho, o alvinegro vem trucidando os times em BH. Passou apuros diante do Tijuana, mas avançou no estilo copeiro e já mira a taça conquistada pelo rival Cruzeiro. Caso avance à final terá que jogar no Mineirão. Precisará conter a ansiedade de títulos importantes, desde 1971..

Na Argentina, o Newell´s Old Boys visa reparar a lacuna deixada pelos traumáticos vice-campeonatos continentais em 1988 e 1992. Quer fortalecer a alcunha de maior clube do interior do país. É o que detém mais títulos nacionais, cinco, e pode ser tornar o primeiro a erguer uma Libertadores. O time dirigido por Gerardo Martino – vice-campeão pelo Newell´s como jogador – tem atletas experientes como Scocco, Heinze e Maxi Rodriguez.

Na outra chave, o “azarão”. A cada jogo em Bogotá a torcida do Santa Fé abre uma enorme bandeira que cobre quase toda a arquibancada. Ato de uma hinchada que suportou um hiato de 37 anos sem taças. O enorme jejum só acabou em 2012, com o 7º título colombiano e volta à Libertadores. Se na Colômbia o Santa Fé é um dos mais tradicionais, nunca rebaixado, no exterior passa à paisana. Igualar as Libertadores de Atlético Nacional (1989) e Once Caldas (2004) ainda é um sonho. Cada vez mais próximo.

Já o Olimpia só aumenta a sua mística no Paraguai. O alvinegro de Assunção é o mais popular do país vizinho e também o maior campeão nacional. Além disso, é o único com títulos da Libertadores. E nunca foi um surpresa, tanto que já é tricampeão. Por sinal, o Olimpia, atuando com uma boa dose de catimba no Defensores del Chaco, pode se tornar o primeiro clube da história a conquistar o torneio em quatro décadas diferentes. Venceu em 1979, 1990 e 2002.

Os oito pretendentes da 54ª Libertadores

Quartas de final da Taça Libertadores da América 2013: Fluminense x Olimpia, Newell´s Old Boys x Boca Juniors, Atlético-MG x Tijuana e Garcilaso x Santa Fé. Crédito: Conmebol/divulgação

O futebol brasileiro mostrou força ao classificar os seus seis representantes às oitavas de final da Taça Libertadores de 2013, num feito inédito. Ainda mais considerando que no início eram 38 clubes, sendo dez deles ex-campeões. O poder econômico do país, acima dos concorrentes vizinhos, depositava a esperança de mais uma final brasileira, como em 2005 e 2006, mas…

A chance ruiu já nas oitavas, com a eliminação de quatro times. A armada foi dizimada dia sim, dia não. Caíram São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Grêmio.

Sobreviventes na língua portuguesa, só Galo e Flu. O chaveamento aponta o Atlético, caso avance, como adversário de Newell´s ou Boca. Assim como o time carioca, superando o tradicional Olimpia, enfrentaria uma surpresa, Santa Fé ou Garcilaso. No entanto, o regulamento aponta que se dois times de um mesmo país chegarem na semi o confronto é obrigatório.

Flu, campeão brasileiro, e Atlético Mineiro, vice-campeão, em rota de colisão?

Atlético-MG x Tijuana – Com a surpreendente eliminação do Palmeiras no Pacaembu, com frango e tudo mais, o estreante mexicano agora irá encarar o Galo Ronaldinho, que atropelou o São Paulo e vem jogando, sem dúvida alguma o melhor futebol da competição. A classificação mineira à semi passará por uma boa apresentação no campo sintético no México.

Newell´s Old Boys x Boca Juniors – O confronto dos hermanos já garante a Argentina na semifinal. Em grande fase e com uma heróica classificação diante do Vélez, o Newell´s conta o bom atacante Scocco, principal peça na estrutura montada por Gerardo Martino. No Boca, Riquelme marcou um golaço contra o Timão e reancendeu a aura copeira do clube, em busca do hepta.

Olimpia x Fluminense – O revés no campeonato estadual não marcou o Flu para o restante da Liberta. Contudo, preocupa o futebol burocrático do campeão brasileiro até aqui, como visto na passagem pelo Emelec. Fred segue como referência em busca do título inédito. Já o tricampeão Olimpia vem fortalecido após o embate contra o Tigre e não abre mão do jogo fora de casa.

Santa Fé x Real Garcilaso – Esse duelo é maior surpresa da competição. O Independiente Santa Fé despachou o Grêmio, que possuía uma folha de pagamento estratosférica. Em Bogotá, pressiona bastante os adversários. Já o Garcilaso, com apenas quatro anos de fundação, tirou o Nacional de Montevidéu nos pênaltis. Há espaço para uma nova surpresa peruana?

Pitacos dos classificados? Atlético-MG, Boca Juniors, Fluminense e Santa Fé.

Libertadores 2013, quartas de finl. Crédito: Conmebol

41 clubes brasileiros no ranking histórico da Conmebol, incluindo Sport e Náutico

Ranking histórico de clubes da Conmebol, de 1960 a 2013. Crédito: Conmebol

A Conmebol divulgou nesta sexta-feira o seu ranking histórico de clubes, que considera as campanhas em todas as competições já organizadas pela entidade. Ao todo foram listados 16 torneios oficiais desde 1960.

A fórmula adotada é bem simples, considerando o número de jogos disputados, independentemente do resultado, conferindo 1 ou 2 pontos de acordo com o nível do campeonato, e os títulos conquistados, de 10 a 40 por cada troféu. A entidade separa os rankings por país, considerando os seus dez filiados.

Com 41 clubes, o Brasil é o país com mais pontos. São 7.364. O São Paulo mantém a liderança isolada. Impressiona a escalada do Corinthians, que na temporada passada ergueu as taças da Libertadores e do Mundial.

Sport (21º) e Náutico (28º) estão presentes. Garantido na Copa Sul-americana de 2013, o Alvirrubro deverá pular algumas posições. Caso também se classifique à disputa continental, o Leão ganhará no mínimo uma colocação.

Confira a versão completa do ranking da Conmebol aqui.

Ranking histórico de clubes da Conmebol, de 1960 a 2013. Crédito: Conmebol

Vexame na Copa do Brasil classifica o Náutico à Sul-americana

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Náutico x Crac-GO. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

Dois jogos contra o Crac de Goiás, derrota lá, empate cá e eliminação.

A vexatória campanha na Copa do Brasil resultou, de forma inversamente proporcional, em um dos grandes objetivos do Náutico nesta temporada.

De forma inédita no estado, o Alvirrubro está classficado à Copa Sul-americana. Foi o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na segunda competição interclubes organizada pela Conmebol.

Em Catalão, revés por 3 x 1. O gol timbu saiu nos acréscimos, dando uma chance real de classificação para a partida de volta, em Rosa e Silva.

Nos Aflitos, na estreia do técnico Silas, o time foi surpreendido e ficou 1 x 1, gols de Jonathan ainda no primeiro tempo e Elton aos 40 da etapa final.

No intervalo, vaias dos 3.026 torcedores. No apito final, mais vaias. Mostraram de certa forma a incrível situação na qual o Náutico se viu obrigado a encarar devido ao ridículo regulamento da CBF para a classificação internacional.

Após a 12ª posição na Série A, era preciso ser eliminado até a terceira fase da Copa do Brasil para ir a Sul-americana. Foi, mas no embalo deixou de ganhar nesta quarta-feira uma premiação de R$ 265 mil por esta primeira fase – valor que poderia se repetir na próxima etapa, contra o Betim.

A classificação teve um sabor estranho. De toda forma, isso agora é página virada e a Sul-americana será apenas no segundo semestre. Para o presente o recado já foi dado nas faixas na arquibancada:

“Campeonato Pernambucano é obrigação”

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Náutico x Crac-GO. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Após duas décadas, a língua portuguesa nos sites da Fifa e da Conmebol

Site oficial do Conmebol em português

Apesar da importância do futebol brasileiro para o mundo, nem sempre o torcedor local recebeu o mesmo tratamento, considerando o viés consumidor.

Um exemplo claro é o fato de a torcida verde e amarela ter demorado para entrar na linha editorial das duas principais entidades das quais a CBF é associada.

No site da Fifa, criado em 1994, apenas em 2009 foi lançada uma versão em português do portal, que já contava com inglês, francês, espanhol, alemão e até árabe. A sexta língua só foi adotada por causa da Copa de 2014.

Pior fazia a Conmebol. Com apenas dez países sob suas asas, sendo nove deles de língua espanhola e apenas um com português como idioma oficial, o site oficial tinha duas línguas. Espanhol e… inglês.

Considerando a população brasileira, de 192 milhões, os cinco títulos mundiais, de um total de nove conquistados pelo continente, e a forte economia bem acima dos vizinhos, não havia uma explicação plausível para esta lacuna virtual.

Agora, depois de um longo tempo de espera, a Conmebol enfim lançou a versão do seu site em português. Em 2013, a um ano do Mundial…

Site oficial da Fifa em português

Um campeonato inteiro sem público como punição, a solução?

Libertadores 2013: San José 1x1 Corinthians. Crédito: Pasion Libertadores

A morte de um torcedor boliviano após um sinalizador arremessado pela torcida do Corinthians durante um jogo em Oruro gerou uma severa punição ao clube paulista na Taça Libertadores da América. O atual campeão continental jogará de portões fechados até o fim de sua participação na edição desta temporada. Não um jogo, mas o campeonato inteiro.

Prejuízo direto no bolso. Só na primeira fase o Timão já havia comercializado 85 mil bilhetes. Em 2012, na campanha do título inédito, o alvinegro arrecadou cerca de R$ 15 milhões em bilheteria.

A dura punição deve servir de exemplo aos demais clubes brasileiros, cujas torcidas também protagonizaram atos violentos num passado não tão distante. Na verdade, a decisão já poderia ter sido tomada há tempos pela Conmebol.

Até porque há vários anos na Libertadores é quase cultural, no pior sentido, as pedras arremessadas a cada cobrança de escanteio, o torcedor tratado como gado na arquibancada, os gramados espúrios.

Vamos então além da punição na Libertadores. Tomaremos a medida como um “padrão” para o combate à violência no futebol. E se fosse aplicada, por exemplo, no Pernambucano? Arruaça nos jogos e apresentações com portões fechados. Atos extremos e toda a campanha sem a presença da torcida.

A segurança do público está à frente de qualquer interesse desportivo. Relembrar o clube em questão de forma severa para que ele cumpra as suas obrigações parece algo fora de lógica, mas é o caminho.

Em 1985, na final da Liga dos Campeões da Uefa, 38 torcedores morreram no estádio Heysel, na Bélgica, numa selvageria provocada pelos torcedores do Liverpool contra os da Juventus. Resultou na suspensão de cinco anos dos times ingleses nos torneios europeus. De todos eles.

Naquela época mal existia torcida organizada no Brasil, enquanto os hooligans britânicos já arrasavam os jogos no país há décadas. Como aqui, neste momento, ali também era um problema social, complexo. A pena duríssima, bem além do Liverpool, foi um marco divisório no futebol da Inglaterra.

A exclusão também está prevista na Libertadores vigente, mas em casos de corrupção ou abandono de campo. Poderia ser ampliada à violência? Além disso, teria que mensurar o raio de ocorrências, no estádio ou fora dele.

O fato é que no presente, as tragédias já vão se acumulando no futebol brasileiro. Que não precisemos de um “Heysel” para aprender de uma vez por todas. Pesar no bolso dos clubes, de forma concreta, pode ser o começo.

Os pretendentes da 54ª Copa Libertadores da América

Os 38 clubes da Copa Libertadores da América 2013. Crédio: pasionlibertadores.com/divulgação

Abarrotada, a Copa Libertadores da América de 2013 terá 38 clubes.

O formato engloba seis mata-matas na primeira fase, popularmente conhecida como Pré-Libertadores. Depois, uma tabela com 32 times na fase de grupos.

Avançando os dois melhores colocados das oito chaves, começa uma sequência de fases eliminatórias em 180 minutos, das oitavas de final à decisão.

Acima, o mapa dos participantes desta nova edição, a 54ª da história. Abaixo, a melhor campanha de cada um. Ao todo, dez campeões estão na disputa.

Há espaço para um novo campeão ou a tradição deve continuar sendo gravada na placa de metal que compõe a base do famoso troféu continental?

Saiba mais sobre as classificações das 38 equipes clicando aqui.

Campeão (10) – Boca Juniors, Vélez Sarsfield, São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians, LDU, Olimpia, Peñarol e Nacional

Vice-campeão (4) – Newell´s Old Boys, Fluminense, Barcelona e Sporting Cristal

Semifinalista (9) – Bolívar, Atlético-MG, Universidad de Chile, Independiente Santa Fé, Tolima, Millonarios, Emelec, Cerro Porteño e Libertad

Quartas de final (2) – Defensor e Caracas

Oitavas de final (2) – The Strongest e Toluca

Fase de grupos (4) – Arsenal, San José, Huachipato e Deportivo Lara

Estreante (7) – Tigre, Deportes Iquique, Xolos, León, César Vallejo, Real Garcilaso e Deportivo Anzoátegui

A oportunidade internacional para os times nordestinos

Campeões da Copa Sul-americana de 2002 a 2012. Crédito: Copa Bridgestone Sudamericana/Facebook

No âmbito nacional, são escassas as conquistas do futebol do Nordeste na elite.

Nas 83 competições organizadas até hoje, foram apenas quatro títulos. Contudo, no cenário internacional o desempenho é ainda mais modesto…

Nos mais de cinquenta anos de torneios oficiais da Conmebol, os clubes da região só estiveram presentes em 16 oportunidades. Ao todo, oito clubes.

Até hoje, apenas uma final no currículo. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA alcançou a decisão contra os argentinos do Talleres.

O time alagoano se aproveitou da vaga aberta ao campeão da Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, vencedor daquela temporada, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou.

Considerando os três torneios sul-americanos com vagas direcionadas por critério técnico, o recorde de participações não passa de quatro edições, com a dupla Ba-Vi.

Por mais que a Libertadores continue sendo o sonho de consumo, é inegável o foco na Copa Sul-americana, até mesmo pelo número de vagas para os brasileiros, oito.

Em 2013, o Náutico já tem assegurada a vaga virtual. Resta confirmá-la na Copa do Brasil. Bahia, Vitória e até o rebaixado Sport também correm por fora.

Será possível ver em um futuro não tão distante algum time da região no topo da Sul-americana? Até lá, é preciso ao menos encarar a disputa com seriedade, como uma grande oportunidade de visibilidade, que mexe com a autoestima do torcedor.

Avançar algumas fases, ganhando cancha no exterior, é a primeira tarefa. Das 16 participações, em 10 os clubes locais ficaram logo na primeira etapa…

Taça Libertadores da América
1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos)
1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos)
2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos)

Copa Conmebol
1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos)
1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos)
1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos)

Copa Sul-americana
2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos)
2010 – Vitória (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2011 – Ceará (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2012 – Bahia (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)

Participações internacionais
4 – Bahia e Vitória, 2 – Sport e Ceará, 1 – Náutico, Sampaio Corrêa, América-RN e CSA

Mais jogos oficiais
16 partidas – Bahia, 14 – Sport, 12 – Vitória, 8 – CSA, 6 – Náutico e Sampaio Corrêa, 4 – Ceará, 2 – América-RN

Mais vitórias
7 triunfos – Sport, 6 – Bahia, 5 – Vitória, 4 – CSA, 3 – Sampaio Corrêa, 1 – Náutico e Ceará, 0 – América-RN

As várias faces econômicas da Libertadores

Copa Libertadores e os seus nomes no naming rights

Copa Libertadores da América, a denominação popular no meio futebolístico para a maior competição interclubes do continente. São mais de cinquenta anos de disputa.

Acredite, o torneio organizado pela Conmebol terá o 5º nome oficial a partir de 2013.

Ao contrário do que se imagina, a Libertadores foi batizada com outro nome. Nas cinco primeiras edições, o nome oficial era Copa dos Campeões da América.

Criada em 1960 como um paralelo à Copa dos Campeões da Europa, a atual Liga dos Campeões da Uefa, o torneio sul-americano imitou o nome do Velho Mundo.

A partir de 1964, a estruturação da tradição, com três décadas mantendo a alcunha.

Até a implantação no continente do modelo econômico com o naming rights (veja aqui).

O pioneirismo mercadológico coube à montadora Toyota, em 1998. Após uma década incorporando o nome da empresa à marca da Copa Libertadores, já com alguns torcedores aceitando a nomenclatura, houve uma mudança.

Entrou o banco espanhol Santander. Com o recente fim do contrato, a fábrica de pneus Bridgestone ganhou a disputa e irá estampar o logotipo oficial até 2017.

Curiosamente, a empresa tem outro contrato de naming rights assinado com a Conmebol, para a Copa Sul-americana, o segundo torneio de clubes da entidade.

A Bridgestone assumiu a Sul-americana em 2011, no lugar da Nissan.

Será possível associar o nome da mesma marca aos dois torneios ou a empresa abrirá mão da Sul-americana? Neste caso, em pouquíssimo tempo a copa teria três nomes…

Por essas e outras o naming rights não é o modelo mais fácil de emplacar no mercado…

1960/1964 – Copa dos Campeões da América
1965/1997 – Copa Libertadores da América
1998/2007 – Copa Toyota Libertadores
2008/2012 – Copa Santander Libertadores
2013/2017 – Copa Bridgestone Libertadores

Frankenstein da Sul-americana, com 18 clubes para 8 vagas

Copa Sul-americana

Remodelada no formato brasileiro, a Copa Sul-americana de 2013 terá oito times do país, mas com um critério pouco ortodoxo, que mistura o desempenho em três competições.

É preciso ler e reler para entender de forma segura a fórmula que praticamente garante o Náutico e que dá esperança, acredite, ao Sport.

Com o fim das edições desta temporada das Séries A e B, já é possível configurar os caminhos para a confirmação das vagas destinadas à CBF para o torneio internacional, agendado para começar somente em 14 de agosto do ano que vem.

Abaixo, a fila para a classificação ao torneio organizado pela Conmebol.

1) Vasco, 2) Botafogo, 3) Santos, 4) Cruzeiro, 5) Internacional, 6) Flamengo, 7) Náutico, 8) Coritiba, 9) Ponte Preta, 10) Bahia, 11) Portuguesa, 12) Goiás, 13) Criciúma, 14) Atlético-PR, 15) Vitória, 16) Sport, 17) Atlético-GO e 18) Figueirense

Os oito primeiros têm vaga pré-assegurada. Para confirmar, esses times não podem chegar, necessariamente, às oitavas de final da Copa do Brasil de 2013, a quarta fase do mata-mata. A competição nacional começará em 3 de abril. A definição da terceira fase deverá ocorrer após a Copa das Confederações, em junho.

Somente a presença de um desses times nas oitavas da Copa do Brasil abre a chance para os demais da fila, e assim sucessivamente. Tudo por causa do apertado calendário do futebol nacional e o choque de datas. A 4ª fase do mata-mata da CBF tem dez vagas abertas, pois seis pertencem aos times que virão após a Taça Libertadores.

Como curiosidade, a ordem dos postulantes à Sul-americana, que coloca os quatro clubes que conquistaram o acesso à elite na frente dos quatro rebaixados neste ano.

CENÁRIO – A
São Paulo vice-campeão da Sul-americana 2012, confirmado na Copa do Brasil 2013.

Náutico
O Alvirrubro ficou com a 7ª vaga na Copa Sul-americana. No caso, depende apenas do clube, que já adotou o discurso de participar do torneio. Ou seja, deve escalar um time misto na Copa do Brasil. Resta saber em qual fase, pois o Timbu precisa ser eliminado no máximo na terceira etapa. Abrir mão da vaga na Copa do Brasil, uma vez que não há a real intenção de disputá-la, não é possível.

Sport
Ao invés de “secar”, o Rubro-negro irá “torcer” por outras equipes. A chance é remota, mas existe. Dos quinze times na sua frente, pelo menos oito, independentemente da divisão, precisam se classificar às oitavas de final da Copa do Brasil.

CENÁRIO – B
São Paulo campeão da Copa Sul-americana. Assim, o Tricolor sairia da Copa do Brasil 2013, pois teria que disputar a Libertadores e a Sul-americana no mesmo ano. Neste caso, o Vasco, melhor colocado no Brasileirão entre os não classificados à Libertadores, irá automaticamente às oitavas da Copa do Brasil. Logo, está fora da Sul-americana.

Náutico
Mesmo contexto do cenário A.

Sport
A possibilidade melhoraria um pouquinho. Em vez de 15 times na sua frente, seriam 14. Isso diminuiria também o número de equipes classificadas à quarta fase da copa nacional, agora com sete.

Em caso de dúvida, veja o texto oficial da CBF sobre o critério da Sul-americana aqui.