Argentina e Chile decidem novamente a Copa América, na 19ª final em 100 anos

A decisão da Copa América de 2016, Argentina x Chile. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

Separados pela Cordilheira dos Andes, argentinos e chilenos encaram um cenário inédito no futebol do continente, decidindo a Copa América em dois anos seguidos. Após a inédia conquista de La Roja em 2015, em casa, um novo confronto entre Messi, Vidal, Higuaín e Alexis Sánchez, agora em campo neutro. Bem longe, nos Estados Unidos, que recebem o torneio pela primeira vez, numa composição especial com dez seleções filiadas à Conmebol e seis à Concacaf.

Em 45 edições, esta é a 19ª final. Inicialmente chamado de Campeonato Sul-Americano, o torneio já teve inúmeros formatos. Começou com turno único, tendo uma decisão (“jogo desempate”) em caso de igualdade na pontuação. Assim, a primeira final ocorreu nas Laranjeiras, em 1919, no duelo entre brasileiros e uruguaios. Este clássico, aliás, é o mais recorrente, com quatro finais ao longo de um século. Em apenas três casos a decisão ocorreu em mais de um jogo, entre 1975 e 1983, com o formato sem sede fixa, em jogos de ida e volta. Em caso de empate, disputava-se um terceiro jogo em campo neutro.

Alguns jogos históricos, com status de final, na verdade aconteceram na última rodada de quadrangulares decisivos, como em 1989, com 132 mil pessoas no Maracanã assistindo ao gol de Romário sobre a Celeste. A partir de 1993, todas as edições tiveram fase de grupos, quartas, semi e final. Até hoje, considerando decisões de fato e de direito, foram onze confrontos distintos valendo a taça.

As finais da Copa América
1ª) 1919 – Brasil 1 x 0 Uruguai (Rio de Janeiro)
2ª) 1922 – Brasil 3 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
3ª) 1937 – Argentina 2 x 0 Brasil (Buenos Aires)
4ª) 1949 – Brasil 7 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
5ª) 1953 – Paraguai 3 x 2 Brasil (Lima)
6ª) 1975 – Peru x Colômbia: 0 x 1 (Bogotá), 2 x 0 (Lima) e 1 x 0 (Caracas)
7ª) 1979 – Paraguai x Chile: 3 x 0 (Assunção), 0 x 1 (Santiago) e 0 x 0 (B. Aires)
8ª) 1983 – Uruguai x Brasil: 2 x 0 (Montevidéu) e 1 x 1 (Salvador)
9ª) 1987 – Uruguai 1 x 0 Chile (Buenos Aires)
10ª) 1993 – Argentina 2 x 1 México (Guayaquil)
11ª) 1995 – Uruguai (5) 1 x 1 (3) Brasil (Montevidéu)
12ª) 1997 – Brasil 3 x 1 Bolívia (La Paz)
13ª) 1999 – Brasil 3 x 0 Uruguai (Assunção)
14ª) 2001 – Colômbia 1 x 0 México (Bogotá)
15ª) 2004 – Brasil (4) 2 x 2 (2) Argentina (Lima)
16ª) 2007 – Brasil 3 x 0 Argentina (Maracaibo)
17ª) 2011 – Uruguai 3 x 0 Paraguai (Buenos Aires)
18ª) 2015 – Chile (4) 0 x 0 (1) Argentina (Santiago)
19ª) 2016 – Argentina x Chile (Nova Jersey)

Finais mais repetidas
4 – Brasil x Uruguai
3 – Brasil x Paraguai e Brasil x Argentina
2 – Argentina x Chile
1 – Peru x Colômbia, Paraguai x Chile , Uruguai x Chile, Argentina x México, Brasil x Bolívia, Colômbia x México e Uruguai x Paraguai

O mata-mata da Copa América Centenário

Quartas de final da Copa América de 2016. Crédito: Conmebol/twitter

A primeira fase da Copa América Centenário teve 24 partidas, com a pujante média de 41 mil torcedores. A maior surpresa foi negativa, a eliminação precoce do Brasil em um grupo com Equador, Peru e Haiti. A Seleção, aliás, só conseguiu vencer a fraquíssima equipe haitiana. A campanha ridícula – foi a primeira vez que o país não ficou entre os oito melhores em 35 participações – resultou na saída de Dunga do comando técnico. Já a outra favorita de sempre, a Argentina, cumpriu bem o seu papel, ganhando os três jogos. Entre os 16 participantes, apenas os hermanos conseguiram a campanha perfeita.

O torneio especial de 2016, nos Estados Unidos, correspondendo à 45ª edição da história, já tem o mata-mata definido. Grandes nomes do futebol seguem na disputa, como Lionel Messi, James Rodríguez, Arturo Vidal, Di María, Guerrero, Agüero, Alexis Sánchez, Chicharito. Afunilando cada vez mais, até a decisão no Metlife, em Nova Jersey, no dia 26 de junho.

Estados Unidos/Equador x Argentina/Venezuela
Peru/Colômbia x México/Chile

Pitacos para a semifinal?
Para o blog, EUA x Argentina e Colômbia x Chile…

Entre os oito classificados, o número de semifinais/participações (1916-2015):
Argentina – 33 semifinais/40 participações (82,5%), com 14 títulos
Chile – 20/33 (60,6%), com 1 título
Peru – 15/30 (50,0%), com 1 título
Colômbia – 7/20 (35,0%), com 1 título
México – 5/9 (55,5%), com 2 vices
Equador – 2/26 (7,6%)
Estados Unidos – 1/3 (33,3%)
Venezuela – 1/16 (6,2%)

Copa América Centenário, um torneio de futebol em estádios de futebol americano

Estádios da Copa América Centenário 2016. Crédito: Conmebol/site oficial

Recebendo a Copa América pela primeira vez, os Estados Unidos indicaram dez estádios para a edição especial de 2016, centenária. Nenhum foi construído para o evento, ou mesmo reformado. As últimas modernizações ocorreram entre 2002 e 2014. Por sinal, todos os palcos foram concebidos, originalmente, para o futebol americano, sendo oito na NFL e dois para a liga universitária, poderosa no país. Hoje, apenas um serve para o futebol tradicional (“soccer”), com o Orlando City, time do brasileiro Kaká, dono do maior contrato da liga.

Em relação à capacidade, números bem acima da exigência na Copa do Mundo, por exemplo. No torneio da Fifa, os dados vão de 40 mil (primeira fase) a 65 mil (final). Na 45ª edição do torneio continental, as arenas vão de 61.500 a 82.500, com o ponto alto em Nova Jersey, em 26 de junho. Tamanho gigantismo se explica na assistência, com um milhão de ingressos vendidos.

Em 1994, no Mundial realizado nos EUA, o cenário já havia sido idêntico, com nove estádios de futebol americano. Hoje, a impressão é de que o país poderia receber duas Copas do Mundo de uma vez. Afinal, existem 31 estádios na NFL (Giants e Jets dividem um deles), preenchendo com sobras as normas técnicas do caderno de encargos distribuído pela Fifa para qualquer país interessado na Copa. E olhe que ainda seria possível contar com vários da liga universitária – o da Universidade de Michigan pode receber até 109.901 pessoas.

Eis os palcos da Copa América Centenário…

Levi’s Stadium (Santa Clara, Califórnia)
Capacidade: 68.500
Time: San Francisco 49ers (NFL)

Soldier Field (Chicago, Illinois)
Capacidade: 61.500
Time: Chicago Bears (NFL)

Rose Bowl (Pasadena, Califórnia)
Capacidade: 92.500
Time: Ucla (liga universitária de futebol americano)

Phoenix Stadium (Glendale, Arizona)
Capacidade: 63.400
Time: Arizona Cardinals (NFL)

Gillette Stadium (Foxboro, Massachussetts)
Capacidade: 68.800
Time: New England Patriots (NFL)

NRG Stadium (Houston, Texas)
Capacidade: 71.795
Time: Houston texas (NFL)

Camping World* (Orlando, Florida)
Capacidade: 65.000
Time: Orlando City (MLS)
* Antigo Citrus Bowl, sede da Universidade Central da Flórida de 1979 a 2006.

Linconl Field (Filadélfia, Pensivania)
Capacidade: 69.175
Time: Philadelphia Eagles (NFL)

Century Link Field (Seattle, Washington)
Capacidade: 67.000
Time: Seattle Seahawks (NFL)

Metlife (East Rutherford, Nova Jersey)
Capacidade: 82.500
Time: New York Giants e New York Jets (ambos da NFL)

São Paulo, Boca, Atlético Nacional e Del Valle na semifinal da Libertadores 2016

Semifinais da Liebrtadores 2016: São Paulo x Atlético Nacional e Independiente del Valle  x Boca Juniors. Arte: Conmebol/site oficial

Três ex-campeões na semifinal da Libertadores de 2016, com o Independiente del Valle se mantendo como a maior surpresa. O clube jamais havia chegado tão longe, ficando a um passo de colocar o Equador pela quarta vez na decisão (LDU em 2008 e Barcelona em 1990 e 1998). Terá pela frente um mamute, o hexacampeão Boca Juniors. O time xeneize pode chegar à 11ª final, tornando-se recordista isolado – hoje, divide o status com o Peñarol. Em caso de título, enfim alcançaria o conterrâneo Independiente de Avellaneda, hepta desde 1984! Com Carlitos Tévez e pelo copeirismo histórico, o time argentino é o favorito absoluto.

No outro lado, o time com o melhor futebol do torneio. São Paulo? Não. O time, que pode se tornar no primeiro brasileiro tetracampeão, é um retrato das equipes comandadas por Bauza. Faz o resultado em casa, jogando fechadinho como visitante, no limite. Plasticamente não agrada, mas não dá pra negar a eficiência. Já o adversário, o Atlético Nacional, empolga. Toque de bola, sempre vertical. Venceu 7 dos 10 jogos disputados. No mata-mata, aniquilou os argentinos Huracán e Rosario por 4 x 2 e 3 x 1. Nas quartas, passou no último lance. Estaria no limite? Camisa, tem. Ostenta o título de 1989, com Higuita.

Qual será a final da Libertadores 2016?

  • São Paulo x Boca Juniors (60%, 488 Votes)
  • Atlético Nacional x Boca Juniors (26%, 212 Votes)
  • São Paulo x Independiente del Valle (9%, 70 Votes)
  • Atlético Nacional x Independiente del Valle (5%, 43 Votes)

Total Voters: 812

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A Copa América para o Centenário

Troféu da Copa América Centenário (2016). Crédito: Conmebol/twitter

A 45ª edição da Copa América será especial. Fora do calendário oficial, entre 3 e 26 de junho de 2016, celebra o centenário da disputa continental mais antiga em vigor. Sediada nos Estados Unidos pela primeira vez, em uma parceria entre Conmebol (10 países) e Concacaf (6 países), iniciando uma importante costura para o futebol dos continentes, o torneio também terá um troféu exclusivo.

Com 61 centímetros e 7 quilos, a Copa América Centenário (acima) foi feita em 98 dias, emulando detalhes do modelo tradicional e remetendo também ao logotipo do torneio desta temporada. Produzida com prata e com detalhes de ouro 24 quilates, ela substitui, por uma edição, a peça de 1916. Ao contrário da versão tradicional (abaixo), esta será ganha em definitivo. Para tentar conquistá-la, a Seleção não contará com Neymar, liberado apenas para a Olimpíada.

Em reserva desta vez, a Copa América original, ornada em prata e com uma base de madeiras com insígnias de todos os vencedores, foi comprada por 2.000 francos suíços em uma joalheria de Buenos Aires, há um século. Foi doada à Conmebol, então Confederação Sul-Americana, pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que realizou o primeiro torneio naquele mesmo ano. De cara, uma conquista do Uruguai, ainda o maior campeão.

A Copa América voltará ao curso normal, com a taça antiga, em 2019, no Brasil.

15 títulos – Uruguai
14 – Argentina
8 – Brasil
2 – Peru e Paraguai
1 – Bolívia, Colômbia e Chile

Troféu da Copa América (2015). Foto: ca2015.com

CBF ajusta o regulamento do Nordestão e título valerá vaga na Sula de 2016 e 2017

Copa Sul-Americana. Crédito: Conmebol/divulgação

De forma quase secreta, a premiação do Nordestão de 2016 dobrou. Agora, o campeão irá ganhar vaga na Copa Sul-Americana de 2016 e 2017. Isso mesmo. Por um ajuste de calendário, como vem ocorrendo com a Série D, classificando os clubes para os dois próximos anos, a CBF também estendeu a mudança à Copa do Nordeste, que a partir de 2017 classificará o vencedor para a Sula do ano seguinte (como já é na Copa Verde), em vez da participação na mesma temporada, como é hoje. Para isso, era preciso indicar logo a vaga de 2017.

O ajuste passou quatro meses despercebido. O site esportivamente.com notou uma sutil mudança no regulamento original, divulgado no site oficial da confederação em 15 de dezembro de 2015. Até ali, o cenário óbvio, com o campeão regional de 2016 disputando a Sula de 2016. Porém, três dias depois a página 17, até então limpa, foi retificada com o ofício DCO/GER-894/15, atualizando o artigo 4º. Um texto mínimo, mas de grande importância, assegurando ao campeão duas vagas seguidas – veja os documentos abaixo.

Como algo tão importante passou tanto tempo à revelia da imprensa, torcida e dos próprios clubes? Ponha na trapalhada da CBF. A direção de competições da entidade esqueceu de trocar os regulamentos na chamada oficial da Lampions no site da CBF. Ou seja, ao abrir o link o leitor se depara com a versão antiga, já em desuso. Agora, Santa e Campinense, que se enfrentam em 27/04 e 01/05, vão jogar por mais R$ 500 mil (cada um já ganhou R$ 1,885 milhão) e duas vagas internacionais de uma só vez… Ambos nunca jogaram. Vale demais.

Confira o link onde é possível ver a divulgação da nova fórmula aqui.

A versão original do regulamento do Nordestão em relação à vaga na Sula

Regulamento da Copa Sul-Americana através do Nordestão de 2016. Crédito: CBF/reprodução

A retificação sobre o regulamento, feita três dias após a divulgação original.

Regulamento da Copa Sul-Americana através do Nordestão de 2016. Crédito: CBF/reprodução

A nova versão do regulamento, dando duas vagas na Sula ao campeão regional.

Regulamento da Copa Sul-Americana através do Nordestão de 2016. Crédito: CBF/reprodução

CBF mantém o bizarro critério de classificação à Sul-Americana 2017

Regulamento da Série A de 2016. Crédito: CBF

Em 2013, numa redistribuição das vagas brasileiras à Copa Sul-Americana, a CBF atrelou a classificação ao torneio internacional, na época com a “pré-vaga” no Brasileiro, também à eliminação precoce na Copa do Brasil. Tudo por uma questão de calendário, uma vez que as duas copas ocorrem simultaneamente no segundo semestre. Acabou por esvaziar as duas, na visão do blog.

Para um clube jogar a Sula, não podia chegar nas oitavas da Copa do Brasil, tendo que ser eliminado até a terceira fase. Ser eliminado para ir à Sula? Incompreensível. Logo, o formato tornou-se alvo de críticas de clubes, torcedores e imprensa, com a direção da CBF avaliando a possibilidade de mudança. Esperava-se um novo critério para 2017, mas não será possível. A entidade divulgou o regulamento oficial do Brasileirão de 2016, com o artigo 6º mantendo a fórmula sobre a classificação da Sula. São seis vagas via campeonato nacional e outras duas no Nordestão e na Copa Verde.

E olhe que a CBF criou, em 18 de fevereiro, um comitê de reformas composto por 17 integrantes com o objetivo de avaliar mudanças na estrutura do futebol do país. Infelizmente, essa pauta, pra lá de importante, ainda não foi analisada…

Pernambucanos classificados à Sula (e eliminados na Copa do Brasil):
2013 – Náutico (12º na A de 2012) e Sport (17º na A de 2012)
2014 – Sport (Copa do Nordeste 2014)
2015 – Sport (11º na A de 2014)

Confira a “fila de espera” da Sula 2016, com Sport e Santa, clicando aqui.

A 3ª versão do ranking de clubes da Conmebol, com Sport e Náutico

O ranking de clubes da Conmebol em 2015. Crédito: Conmebol/site oficial

Pela terceira vez em cinco anos, a Conmebol apresenta um ranking de clubes. Desta vez, num trabalho em conjunto com a Data Factory, que já realizava scouts dos jogos para o site oficial, a entidade lançou um formato contabilizando somente as participações na Taça Libertadores da América, com o objetivo de definir os cabeças de chave do próprio torneio.

O novo ranking obedece três fatores em ordem de importância:
1) Performance nos últimos dez anos da Liberta (1ª edição, de 2006 a 2015)
2) Coeficiente histórico (com a pontuação de 1960 a 2005)
3) Títulos do campeonato nacional (1ª edição, de 2006 a 2015)*
* Apenas um por país, sem contar as copas nacionais. Em caso dois campeonatos nacionais por ano, vale metade da pontuação. 

A faixa da última década na Libertadores é a base da lista, que vai conferindo 100% da pontuação ao primeiro ano até 10% ao ano mais antigo. Caso a ultrapasse os dez anos, a campanha passa ser mensurada no segundo quesito, “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. É um pouco complicado, mas impõe uma certa justiça entre feitos recentes e a história escrita.

Na estreia da tabela, o líder é o argentino Boca Juniors, hexacampeão, seguido justamente pelo arquirrival River Plate, o atual campeão. O melhor brasileiro é o Cruzeiro, em 4º. Melhor rankeado entre os nordestinos, o Sport aparece em 80º lugar, uma posição fundamentada na campanha na Libertadores 2009, com 256 pontos, somando outros 20 através do histórico obtido em 1988. Ainda há outro pernambucano na lista. Com uma participação no currículo, em 1968, o Náutico soma 16 pontos. Contudo, na divulgação do novo formato, a Conmebol apresentou apenas os 100 primeiros times.

Os 16 clubes brasileiros no top 100
4º) Cruzeiro – 4.425
6º) Internacional – 3.944
8º) Santos – 3.662
9º) Corinthians – 3.651
11º) São Paulo – 3.598
13º) Atlético-MG – 3.190
16º) Grêmio – 3.096
23º) Fluminense – 2.360
30º) Flamengo – 1.790
31º) Palmeiras – 772
46º) Vasco – 990
61º) Atlético-PR – 522
69º) Botafogo – 446
80º) Sport – 276
83º) São Caetano – 228
98º) Guarani – 138

Vale lembrar as duas versões anteriores do ranking. Inicialmente, a entidade somava todas as participações desde 1960, em atualizações anuais. Considerava-se o número de jogos disputados, independentemente do resultado, dando 1 ou 2 pontos de acordo com o torneio, e também os títulos conquistados, de 10 a 40 por troféu. O ranking era dividido por países. Assim, no Brasil chegaram a figurar 41 times, incluindo Sport (21º) e Náutico (28º). O formato foi descontinuado em 2013. O curioso é que de 2011 a 2013 houve um ranking paralelo, também oficial, mas considerando apenas os resultados nos últimos cincos anos, com atualização semanal. Neste caso, juntando todos os times do continente, apareceram 21 brasileiros, com o Sport em 59º. 

Relembre as 25 participações internacionais dos times nordestinos aqui.

Brasil x Uruguai na Arena, diz CBF. Resta torcer contra ingressos inflacionados

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Atualização (24/02/2016): os ingressos foram anunciados. Veja aqui.

Confirmado: Brasil x Uruguai, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa de 2018, será na Arena Pernambuco. A notícia foi dada pelo coordenador técnico da Seleção, Gilmar Rinaldi, em entrevista ao canal Sportv, com a equipe da CBF já no Recife resolvendo a logística, com hotel e campo de treino da delegação.

Assim, esta será a 18ª apresentação da Canarinha no estado, a primeira no estádio em São Lourenço da Mata (confira o retrospecto aqui).

O clássico deve ocorrer em 24 de março de 2016, na noite de uma quinta-feira. Neymar x Luis Suárez? Um bom duelo entre os colegas de Barcelona.

Apesar dos 46.214 assentos na arena, o consórcio deve liberar 43 mil ingressos, pois é preciso um contingente aos não pagantes. Ainda não se sabe os valores, mas por curiosidade vale lembrar os ingressos na última partida do Brasil, em Salvador, em 18 de novembro. Lá, a venda começou faltando 20 dias. Nesta lógica, aqui a bilheteria, física ou virtual, seria aberta por volta de 4 de março.

Ingressos para Brasil x Peru na Fonte Nova
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (inteira)  

Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração, pois o sistema de iluminação de LED, prometido no projeto, jamais foi instalado.

A fila de espera dos brasileiros para a Sul-Americana 2016, com Sport e Santa

Copa Sul-Americana

Publicação atualizada em 27/07/2016, já com a definição da fila.

Está definida a “fila de espera” para a Copa Sul-Americana de 2016, com dois representantes pernambucanos. Havia a ideia de que os clubes “escolheriam” entre a Copa do Brasil e a Sula, evitando “eliminações propositais” no torneio nacional. Infelizmente, a ideia foi para o papel, com a definição dos clubes brasileiros seguindo a bizarra fórmula adotada há três temporadas pela CBF. Para a disputa internacional de 2016, seis das oito vagas do país serão oriundas do Campeonato Brasileiro, com mais duas via Nordestão e Copa Verde. Na fila, naturalmente ficaram de fora os cinco classificados à Libertadores (G4 e Copa do Brasil) e o 5º lugar. Todos entrarão direto nas oitavas da Copa do Brasil de 2016, logo não poderão  disputar a Sula, simultânea.

Regra: se classificam à Sul-Americana 2016 os seis melhores classificados no Brasileiro 2015 que forem eliminados até a terceira fase da Copa do Brasil (CB) de 2016. Caso um time com a chamada “pré-vaga” vá à oitavas da copa nacional, a vaga internacional será repassada automaticamente ao time seguinte na fila, e assim sucessivamente. 

Fila de espera para as seis primeiras vagas do país (Brasil 1 a Brasil 6)
1º) Sport (6º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 1ª fase da CB)
2º) Santos (7º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
3º) Cruzeiro (8º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
4º) Atlético-PR (10º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
5º) Ponte Preta (11º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
6º) Flamengo (12º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 2ª fase da CB)
7º) Fluminense (13º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
8º) Chape (14º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
9º) Coritiba (15º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 2ª fase da CB)
10º) Figueira (16º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
11º) Botafogo (1º na Série B), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
12º) Vitória (3º na Série B), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
13º) América-MG (4º na Série B), já sem chance, na 3ª fase da CB
14º) Avaí (17º na Série A), já sem chance (eliminado na 2ª fase da CB)
15º) Vasco (18º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
16º) Goiás (19º na Série A), já sem chance (eliminado na 1ª fase da CB)
17º) Joinville (20º na Série A), já sem chance (eliminado na 2ª fase da CB) 

Brasil 1 – Sport
Brasil 2 – Flamengo
Brasil 3 – Chapecoense
Brasil 4 – Coritiba
Brasil 5 – Figueirense
Brasil 6 – Vitória

Brasil 7 (Copa do Nordeste 2016)
Santa Cruz, classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)

Brasil 8 (Copa Verde 2015)
Cuiabá, classificado à Sula (eliminado na 1ª fase da CB)

Na lista, curiosamente os quatro classificados na Série B estão à frente dos quatro rebaixados na Série A. Campeão nordestino, o Santa garantiu a pré-vaga como Brasil 7. Segundo a CBF, mesmo que tenha condições de entrar na fila em uma condição melhor (1 a 6), o título regional garante o time como Brasil 7.

Já o Sport estava numa situação “confortável” desde o início. A aspa se devia à necessidade de  “sair” logo da Copa do Brasil, o que ocorreu diante da modesta Aparecidense. Com isso, vai à Sula pela 4ª vez seguida, no “pote 1” do sorteio, que contará com quatro chaves brasileiras, valendo pela segunda fase do torneio. Com o Tricolor confirmando a vaga e ficando no “pote 2”, haveria 25% de chance sair um Clássico das Multidões no sorteio. Dito e feito.

O formato de sorteio das chaves brasileiras foi implantado pela Conmebol na edição de 2015 (Brasil 1, 2, 3 e 4 no pote 1 e Brasil 5, 6, 7 e 8 no pote 2). No sorteio realizado em Santiago, em 12 de julho, a fase nacional ficou assim:: Sport (BR 1) x Santa Cruz (BR 7), Flamengo (BR 2) x Figueirense (BR 5), Chapecoense (BR 3) x Cuiabá (BR 8) e Coritiba (BR 4) x Vitória (BR 6).

Para saber mais sobre a tabela da Sul-Americana 2016, clique aqui.