Com a Ilha pulsando, Sport elimina o CRB

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Williams Aguiar/Sport

A apresentação não foi a de um time com cara de campeão. A atmosfera, sim. Barateando os ingressos e entendendo a importância da pressão das arquibancadas, a direção do Sport teve uma resposta à altura. Esqueça o borderô, que apontou 21 mil espectadores, pois é cada vez mais difícil levar a sério os números em dias de lotação. A Ilha do Retiro estava cheia, pulsando. E como esse cenário fazia falta! Ao time e ao próprio torcedor, que se motiva ao ver os seus a caminho do mesmo lugar, consciente da missão a cumprir.

O jogo seria complicado, mas a tal missão não parecia a mais difícil da história do clube. Vencer o CRB pelo placar mínimo, em casa, é um resultado bem acessível, com todo respeito. Se em Maceió o Leão oscilou com bom futebol no primeiro tempo e apatia no segundo, no Recife a atuação foi “regular” nos noventa minutos, com muita raça e pouca imposição tática. No meio-campo, o volante Rithely, comemorando 250 jogos com a camisa rubro-negra, foi um gigante, desarmando, se movimentando e arriscando passes verticais. Ao seu lado, Serginho destoou demais, o que não virou um grande problema pois o alvirrubro alagoano veio disposto a se defender. Quase não se arriscou.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Enquanto isso, o Sport cansou de fazer ligação direta, mesmo com Diego Souza em campo. Danilo Fernandes saía jogando com um zagueiro (Durval ou Henriquez) e o beque mandava um lançamento, cortado facilmente pela zaga adversária. Não sei exatamente o que Falcão pretende com isso, mas é algo recorrente e sem tanta eficácia. Tocando a bola, a diferença na qualidade técnica poderia aparecer mais. Porém, por mais que tentasse, mal conseguia entrar na área, desperdiçando as poucas chances, através de Vinícius Araújo.

O tempo foi passando e o apoio da torcida ficou ameaçado de virar apreensão. Não chegou a tanto. Aos 28 da segunda etapa, Renê recebeu um ótimo passe de DS87 e definiu a vitória, 1 x 0. A reação do time de Mazola foi mínima, até porque passara o sábado fazendo uma cera miserável, num estilo “copeiro” que quase deu certo. Só restou a bola alçada para Neto Baiano, sem convicção, sem sucesso. Uma Ilha já vibrante festejou o apito final, com a terceira classificação seguida à semifinal do Nordestão, garantindo uma cota acumulada de R$ 1,38 milhão nesta edição. Com a Ilha assim, o Sport vai por mais.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Podcast 45 (229º) – Análise da vitória do Santa e da derrota do Sport no Nordestão

O placar a favor dos mandantes foi o mesmo, mas com sentimentos bem distintos para os pernambucanos. No Arruda, nos descontos, o Santa virou sobre o Ceará e conquistou a vantagem para a volta das quartas do Nordestão, domingo, no Castelão. No 45 minutos, analisamos a postura tricolor, ainda sob comando interino – qual será a importância de Milton Mendes em Fortaleza? Na sequência, outro 2 x 1, com o CRB superando o Sport no Rei Pelé. Nem a estreia de DS87 foi suficiente, pois o time caiu bastante no segundo tempo. Quais os caminhos para reverter o quadro na Ilha, no sábado? Debate longo.

Neste podcast, com 1h13, estive ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Após intervalo, Falcão leva nó tático de Mazola e Sport perde do CRB no Rei Pelé

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: CRB 2x1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport fez um bom primeiro tempo no Rei Pelé, jogando bastante no campo adversário, rondando o gol. Com dois minutos o estreante Diego Souza já havia deixado Lenis livre. Com sete, o time já havia cobrado quatro escanteios. A pressão continuou e… o CRB abriu o placar, aos 11. Começou numa falha de Luis Gustavo, que não evitou o cruzamento, e culminou com Henriquez bobeando no corte de cabeça e no rebote. Mesmo assim, o Leão manteve a intensidade e empatou num golaço de Lenis (que destoava até ali, é verdade).

O cenário era favorável. Até o nó tático de Mazola, cuja lembrança na Ilha, acesso de 2011 à parte, não é das melhores. O treinador mudou o time alagoano, fechando a marcação, bem atrás da linha da bola, e “oferecendo” a posse ao Sport, à espera de um erro. Afinal, o time de Falcão, seja lá a situação de perigo, só sai tocando. Levando em conta a noite infeliz da dupla de zaga (como Durval fez falta!) e a marcação à distância de Renê, cujo setor foi um propulsor de bolas alçadas, uma hora haveria o vacilo.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: CRB 2x1 Sport. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Dito e feito, com Somália fazendo 2 x 1 aos 22 minutos da etapa final. E poderia ter feito uma vantagem maior, pois Danilo Fernandes salvou uma vez e outros cruzamentos levaram perigo, fora os contragolpes impedidos por poucos centímetros. Do outro lado, uma queda de produção incrível (e visível). Falcão só mexeu na reta final, acionando Maicon e Luis Antônio.

O primeiro deveria dar mais profundidade (funcionou uma vez) e o segundo tinha que corrigir um meio-campo sem pegada, desde a entrada de Fábio – no lugar de Gabriel Xavier, machucado. Não adiantou muito. O próprio Diego pouco fez, saindo dos seus pés a maior chance, aos 45, acertando a trave. Com o revés em Maceió, o Sport está obrigado a ganhar sábado, na Ilha, para avançar à semi do Nordestão. Mazola não parece disposto a deixar isso acontecer…

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: CRB 2x1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os finalistas da Lampions League 2016 na versão Champions League

Lampions League 2016? Atilla Rodrigues (@AtillaSCR)

O apelido Lampions League pegou. E não há qualquer diminuição da Copa do Nordeste com a alcunha, devidamente adotada pelos torcedores e pela imprensa da região, cujo carisma é indiscutível. Daí, a curiosidade sobre os oito times classificados ao mata-mata do regional de 2016 em “versões europeias”, numa montagem que vem circulando na web, feita por Átila Rodrigues. Seja pelo nome do clube, com alguma aproximação na pronúncia, pelas cores ou pela mais pura aleatoriedade. Concorda com a escolha para o seu time?

Bayern de Munique = Bahia
Real Madrid = Ceará
Milan = Sport
CSKA = Campinense
Arsenal = Fortaleza

PSG = Santa Cruz
PSV = CRB
Galatasaray = Salgueiro 

Dos oito clubes citados, seguem na edição 2015/2016 da Champions League o Bayern, Real e PSG, também nas quartas de final. A taça, chamada de orelhuda, é a meta nos dois torneios.

Caso a brincadeira fosse invertida, quais seriam os nomes dos clubes europeus com os times nordestinos?

Quartas de final da Champions League 2016. Crédito: Uefa/twitter

O caminho até o título do Nordestão 2016

O mata-mata da Copa do Nordeste de 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O caminho está traçado até o troféu dourado da Copa do Nordeste de 2016, com os três pernambucanos entre os oito classificados. O chaveamento foi definido na sede da CBF, no Rio, através de um sorteio dirigido, com direito a transmissão na televisão. Sport e Santa ficaram de lados opostos. Ou seja, o Clássico das Multidões só aconteceria na decisão – nunca houve uma final pernambucana na Lampions League. Nesta edição, com quatro ex-campeões no “pote 1”, o sistema de classificação será o mesmo adotado na Copa do Brasil. Quem fizer mais pontos nos 180 minutos, passa. Em caso de igualdade, vem saldo de gols, maior número de gols na casa do rival e, por último, pênaltis.

A vantagem no mando de campo nas fases seguintes será definida de acordo com a pontuação geral, somando a fase de grupos e os mata-matas.

Ceará x Santa Cruz 
O Tricolor, que apontou o Nordestão como prioridade no primeiro semestre, terá um novo treinador, após a saída de Martelotte. Mesmo com a vaga, a direção perdeu a paciência com o fraco futebol. Agora, ao menos terá um reforço no meio-campo, o volante Uillian Correia, que curiosamente jogou bem no Ceará. Atual campeão, o Vozão começou cambaleando, com o técnico Lisca ameaçado. Nos três anos anteriores o time alcançou a semifinal – sendo o único clube a conseguir isso.
Datas: 30/03 (21h45) no Arruda e 03/04 (16h) no Castelão

Bahia x Fortaleza 
Um duelo com clubes com as mesmas cores. Melhor time da primeira fase, com 100%, o Baêa se deu ao luxo de jogar com os reservas duas vezes. Novamente com os principais nomes, terá o reforço de Thiago Ribeiro, sua principal contratação. A baixa é o atacante Hernane Brocador, que se lesionou quando era o goleador do torneio. Já o Fortaleza, que passou de fase no último lance, parece ter a missão mais complicada nesta fase. Joga por um bom resultado no Castelão.
Datas: 30/03 (21h45) no Castelão e 03/04 (16h) na Fonte Nova

Sport x CRB
Em busca do quarto título, o Rubro-negro terá um reforço de peso. O meia Diego Souza fará a sua reestreia no jogo de ida, no Rei Pelé, quando deverá tomar o lugar de um dos três volantes – mantendo um certo poder de marcação e  aumentando consideravelmente a criação. O Leão enfrentará velhos conhecidos, começando pelo técnico, Mazola. Mas o maior expoente é Neto Baiano, atacante campeão com o clube em 2014, quando foi eleito o melhor jogador do regional.
Datas: 30/03 (21h45) no Rei Pelé e 02/04 (18h) na Ilha do Retiro

Campinense x Salgueiro
Um raro duelo do interior. Campeã em 2013, a Raposa de Campina Grande venceu o Salgueiro duas vezes na primeira fase. Classificado pela terceira vez às quartas, o time tem no atacante Rodrigão (já acertado com o Santos) a maior esperança. É o artilheiro da Lampions, com 7 gols. Já o Carcará, que garantiu parte da receita da Série C com a cota de R$ 430 mil, quer continuar fazendo história. Deve priorizar o torneio, poupando no hexagonal estadual.
Datas: 31/03 (21h30) no Cornélio de Barros e 03/04 (19h) no Amigão

O campeão receberá R$ 2,384 milhões e uma vaga na Copa Sul-Americana…

Pitacos na semifinal: Ceará x Bahia e Sport x Salgueiro (alguma surpresa?).

A classificação dos grupos do Nordestão, com Sport, Santa e Salgueiro nas quartas

A classificação final da fase de grupos do Nordestão 2016. Crédito: Superesportes

A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial da CBF em 2013. Após quatro tentativas, finalmente o futebol pernambucano conseguiu emplacar os seus três representantes nas quartas de final em uma mesma edição. Em 2016, Sport, Santa e Salgueiro avançaram, ganhando de quebra a premiação de R$ 430 mil, para cada. O Leão foi o único a passar como líder, sendo ainda beneficiado pelo empate do CRB, o que lhe rendeu um lugar no “pote 1” para a composição do mata-mata. Enquanto isso, o Santa precisou aguardar o fim da rodada, devido ao revés na Fonte Nova. Acabou ajudado pelo América de Natal, a única zebra na primeira fase. Campeão nordestino em 1998, o time ficou num empate com o Coruripe. Já o Carcará se faz presente na fase eliminatória pelo segundo ano seguido. Precisava golear e torcer. Deu tudo certo, com festa no Sertão.

O sorteio das quartas de final, com a definição do caminho até a decisão, será na sede da CBF, no Rio, às 15h15 desta quinta-feira. Eis os potes do sorteio:

Pote 1: Bahia, Campinense, Ceará e Sport (todos ex-campeões)
Pote 2: CRB, Salgueiro, Santa Cruz e Fortaleza (nenhum campeão)

Ou seja, há 25% de chance de sair um Clássico das Multidões e 50% de um duelo pernambucano (Sport x Santa ou Sport x Salgueiro). Pitacos?

Os clubes classificados às quartas do Nordestão (2013-2016):

2013
ABC, ASA, Campinense, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Sport e Vitória

2014
América-RN, Ceará, CRB, CSA, Guarany-CE, Santa Cruz, Sport e Vitória

2015
América-RN, Bahia, Campinense, Ceará, Fortaleza, Salgueiro, Sport e Vitória

2016
Bahia, Campinense, Ceará, CRB, Fortaleza, Salgueiro, Santa Cruz e Sport

Número de classificações às quartas (2013-2016):

4 – Ceará e Sport
3 – Campinense, Fortaleza, Santa Cruz e Vitória
2 – América-RN, Bahia, CRB e Salgueiro
1 – ABC, ASA, CSA e Guarany-CE

Os campeões do Nordeste e a antiga discussão sobre a chancela dos títulos

Os campeões da Copa do Nordeste: 1994 (Sport), 1997 (Vitória), 1998 (América-RN) e 1999 (Vitória); 2000 (Sport), 2001 (Bahia), 2002 (Bahia) e 2003 (Vitória); 2010 (Vitória), 2013 (Campinense), 2014 (Sport) e 2015 (Ceará)

Post atualizado 25/05/2017

Desde 1946, quando foi realizado um quadrangular em Natal, vencido pelo Fortaleza, foram disputados 38 torneios de futebol de amplitude regional no Nordeste – com pesos diferentes, naturalmente. A antiga discussão acerca da chancela oficial dos títulos segue com a CBF, que evita tocar no assunto sobre as competições anteriores a 1994, data da primeira Copa do Nordeste, também denominada de “Taça Governador Geraldo Bulhões”. Curiosamente, foi a única reconhecida posteriormente, quando a confederação passou a cuidar da Lampions League. Em setembro de 2014 o presidente da liga, Alexi Portela, encaminhou à direção de competições da entidade uma lista de “campeões oficiais”, incluindo o Torneio José Américo de 1975 e 1976. Até hoje, sem resposta.

Em 2012, devido à publicação do Guia Oficial da CBF, com os títulos informados pelos próprios clubes presentes, o Vitória passou a se proclamar pentacampeão nordestino, somando a taça de 1976. No entanto, o próprio site do clube se contradiz ao considerar o título de 1997 como o primeiro (veja aqui).

Historicamente, o Nordestão – alcunha popular há décadas – sempre foi  intermitente no calendário. Retomado em 2013, após um acordo na justiça entre a Liga do Nordeste e a CBF (que escapou de uma indenização milionária), o torneio está garantido pelo menos até 2022. Cada vez maior, saltando para 20 clubes e premiação de R$ 18,5 milhões em 2017, a Copa do Nordeste já surge como um título mais qualificado e desejado que o Estadual. Até hoje, apenas sete clubes ergueram a taça. A “orelhuda dourada”, aliás, já teve outros nove modelos oficiais. Entretanto, vale relembrar as demais disputas com tradição reconhecida, algumas até no período da precursora CBD. No levantamento do blog, seriam onze torneios, considerando até a recém-criada Taça Asa Branca. 

Nordeste:

Copa Cidade de Natal – 1946 
O torneio foi realizado para celebrar a instalação do sistema de iluminação do estádio Juvenal Lamartine, em Natal, que abrigou todas as partidas.

1946 Fortaleza (4 participantes)

Torneio dos Campeões do Nordeste – 1948
Foi o primeiro torneio com representantes de cinco estados. Todos os jogos ocorreram no Recife. O Santa Cruz , campeão pernambucano no ano anterior, estreou na semifinal.

1948 Bahia (6)

Torneio José Américo de Almeida Filho – 1975/1976
A competição foi organizada em homenagem ao estádio homônimo, o Almeidão, em João Pessoa, inaugurado no mesmo ano. Na temporada seguinte, o torneio foi ampliado, com direito à curiosa participação do Volta Redonda, do Rio de Janeiro.

1975 CRB (6)
1976 Vitória (12)

Copa do Nordeste – 1994/2015 (oficial)
Em 1994, a FPF firmou uma parceria com o governo de Alagoas para organizar a “1ª Copa do Nordeste”, como a competição foi lançada. Com o sucesso, acabou ganhando a chancela da CBF, que passou tomar conta do regional em seu período mais duradouro, a partir de 1997, conferindo ao campeão, inclusive, uma vaga na Copa Conmebol. Desde 2014, o campeão vai à Sul-Americana.

1994 Sport (16)
1997 Vitória (17)
1998 América-RN (16)
1999 Vitória (16)
2000 Sport (16)
2001 Bahia (16)
2002 Bahia (16)
2003 Vitória (12)
2010 Vitória (15)
2013 Campinense (16)
2014 Sport (16)
2015 Ceará (20)
2016 Santa Cruz (20)
2017 Bahia (20)

Taça Asa Branca – 2016
É a única disputa com apenas dois clubes envolvidos, com um jogo. Além do caráter amistoso. Ainda assim, mesmo questionável (no entendimento do blog), a Asa Branca se faz presente por um critério claro: é organizada pela Liga do Nordeste. A taça reúne o atual campeão nordestino (o mandante) e um convidado – o Flamengo foi o primeiro convidado. Em 2017 foi chamado o campeão da Copa Verde (por sinal, essa evolução para “Recopa N-NE” funcionaria melhor).

2016 Ceará (2)
2017 Santa Cruz (2)

Norte e Nordeste:

Torneio dos Campeões do Norte-Nordeste – 1951/1952
A premissa do torneio era uma ampliação da competição realizada na capital pernambucana em 1948. Três anos depois, o Norte foi incorporado, com o Remo chegando na final contra o Ypiranga, campeão baiano pela última vez. No ano seguinte, o Náutico, campeão estadual em 1951, entrou na semifinal do torneio, realizado no Recife.

1951 Ypiranga (8)
1952 Náutico (8)

Copa dos Campeões do Norte – 1966
Apesar do nome, a copa reuniu os vencedores da fase Norte-Nordeste da Taça Brasil. Até 1966, apenas clubes nordestinos haviam vencido. Todos os participantes se enfrentaram em jogos ida e volta na Fonte Nova, PV, Aflitos e Ilha do Retiro.

1966 Náutico (5)

Torneio Hexagonal Norte-Nordeste – 1967
Apesar das duas regiões envolvidas, foram incluídos apenas três estados, com dois pernambucanos, dois cearenses e dois paraenses em jogos de ida e volta.

1967 Santa Cruz (6)

Taça Almir de Albuquerque – 1973
A competição foi, na verdade, a primeira fase do Brasileirão. Na ocasião, foi criado um troféu ao melhor time em homenagem ao atacante Almir Pernambuquinho, revelado pelo Sport em 1956 e que faleceu justamente em 1973. A taça foi instituída a pedido da FPF.

1973 América-RN (16)

Copa Norte – A fase Norte-Nordeste da Taça Brasil – 1959/1968
Agora unificada ao Brasileirão, a pioneira Taça Brasil surgiu em 1959 como a competição que indicaria o representante do país à Taça Libertadores do ano seguinte. Com a precária estrutura de deslocamento de um país continental, o torneio de mata-mata foi regionalizado. Na fase Norte, que compreendia o Norte-Nordeste, o campeão tinha direito a vaga na semi ou na final nacional – sem definição prévia. Os vencedores do zonal celebravam as conquistas regionais, ainda que não fossem um torneio à parte.

1959 Bahia (8)
1960 Fortaleza (9)
1961 Bahia (9)
1962 Sport (11)
1963 Bahia (10)
1964 Ceará (11)
1965 Náutico (11)
1966 Náutico (11)
1967 Náutico (10)
1968 Fortaleza (11)

Torneio Norte-Nordeste – 1968/1970 (oficial)
Paralelamente ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa, agora unificado ao Brasileirão, a CBD organizou o interregional oficial para movimentar os clubes, uma vez que não havia sistema de divisão, ou mesmo de classificação, pois a participação no Robertão era via convite.

1968 Sport (23)
1969 Ceará (26)
1970 Fortaleza (36)

Campeões oficiais do Nordeste e do Norte-Nordeste (17):
4 – Vitória e Sport
3 – Bahia
2 – Ceará

1 – Fortaleza, América-RN, Campinense e Santa Cruz

Estados: Bahia (7), Pernambuco (5), Ceará (3), Rio Grande do Norte (1) e Paraíba (1)

Campeões do Nordeste e do Norte-Nordeste, oficiais e não-oficiais (38):
7 – Bahia
5 – Náutico, Vitória e Sport
4 – Fortaleza e Ceará
3 – Santa Cruz
2 – América-RN

1 – Ypiranga, CRB e Campinense 

Estados: Pernambuco (13), Bahia (13), Ceará (8), Rio Grande do Norte (2), Alagoas (1) e Paraíba (1)

Os primeiros nordestinos patrocinados pela Caixa em 2016, Sport, Vitória e CRB

Sport, Vitória e CRB, patrocinados pela Caixa desde 2014

A Caixa Econômica Federal confirmou, através do Diário Oficial da União, os dez primeiros clubes patrocinados em 2016. Entre os times de contrato assinado, tendo como novidade Cruzeiro e Galo, segundo a curta nota na página 78 da edição desta terça, seguem presentes três nordestinos. Sport e Vitória, com R$ 6 milhões cada, e o CRB, o único da Série B até o momento, com R$ 1 milhão. O trio, representando parte do mercado de Recife, Salvador e Maceió, expõe a marca como “master” no uniforme desde 2014 – a empresa pública havia despontado como a maior investidora do futebol brasileiro dois anos antes.

Apesar da renovação, a estagnação. O patamar financeiro dos dois rubro-negros, o mesmo da dupla Atletiba, por exemplo, está congelado desde o início da parceria. Em relação aos dez contratos divulgados, a nota publicado no DOU justifica o fato de não haver necessidade para fazer uma licitação no processo devido ao artigo 25 da Lei 8.666. Neste formato de patrocínio, além do óbvio acordo com o banco, o clube precisa ter em mãos as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com a Caixa – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências.

Nordestinos em negociação: Bahia, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza.

Clubes patrocinados pela Caixa em 2016*
Flamengo R$ 25 milhões
Cruzeiro – R$ 12,5 milhões
Atlético-MG – R$ 12,5 milhões
Sport – R$ 6 milhões
Vitória – R$ 6 milhões
Atlético-PR – R$ 6 milhões
Coritiba – R$ 6 milhões
Chapecoense – R$ 4 milhões
Figueirense – R$ 4 milhões
CRB – R$ 1 milhão

Nordestinos na Caixa (valores por temporada)
2016*
Série A – Sport e Vitória (ambos R$ 6 milhões)
Série B – CRB (R$ 1 mi)
* Até o momento.

2015
Série A – Sport (R$ 6 mi)
Série B – Vitória (R$ 6 mi), ABC (R$ 2 mi) e CRB (R$ 1 mi)

2014
Série A – Sport e Vitória (ambos R$ 6 mil)
Série B – ABC e América-RN (ambos R$ 2 mi)
Série C – CRB e ASA (ambos R$ 500 mil)

Confira a projeção de patrocínio da Caixa para outros clubes na temporada aqui.

No meio da polêmica na Arena, Náutico não passa pelo CRB e G4 fica distante

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No meio da polêmica entre mandar o jogo na Arena ou no Arruda, o principal era fomentar o jogo contra o Bahia, vencendo o CRB. Sem isso, a discussão entre a direção do Náutico e o consórcio seria inócua, criando apenas brechas para ações judiciais dos dois lado. Dal Pozzo bem que tentou manter a pilha no time, falando à imprensa sobre o foco nos alagoanos. Em campo, entretanto (e infelizmente), o Náutico não fez uma boa apresentação, ficando no 1 x 1.

O empate deixou o time de Rosa e Silva em uma situação delicada na Série B. Para não depender do saldo de gols, onde fatalmente levaria desvantagem, o Timbu agora precisa ganhar os últimos dois jogos e torcer para o Santa Cruz somar apenas um ponto. Enquanto os alvirrubros jogarão com Bahia (casa) e Bragantino (fora), os tricolores terão pela frente Mogi Mirim (fora) e Vitória (casa). Complicou bastante.

Neste sábado, com a torcida depositando a última dose de confiança, o Timbu parou num CRB desfalcado de Zé Carlos, o artilheiro da Série B com 18 gols – e que havia deixando o seu na vitória regatiana no primeiro turno. Sem Zé, coube a Pery marcar, de fora da área. Como ocorreu contra o Macaé, o zagueiro Ronaldo Alves até empatou de cabeça, mas a vitória, com o time afobado, não veio. No fim, o árbitro ainda deu seis minutos de acréscimo, somente para aumentar o drama do Náutico. Nesta Série B, o final parece fadado.

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Podcast 45 (187º) – Ruptura entre Náutico e Arena e decisões de Santa Cruz e Sport

A ideia era comentar Brasil x Argentina (adiado), pelas Eliminatórias, e o amistoso da Seleção Olímpica na Ilha do Retiro, com os jogos decisivos do Trio de Ferro na sequência. Porém, a surpreendente decisão do Náutico de mudar o local do jogo contra o Bahia da Arena para o Arruda acabou virando a pauta do 45 minutos. Foi o primeiro assunto do programa, com as consequências e o que isso pode implicar ao Tricolor, concorrente direto em busca do acesso. Por sinal, Náutico x CRB e Botafoto x Santa são jogos com misto de técnica e matemática. Por fim, a missão do Sport no Mineirão, onde não vence desde 1978. Para retornar à Libertadores, somar ao menos um pontinho é vital.

Nesta 187ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!