Após dois empates na Ilha do Retiro, o Sport foi derrotado como visitante. Em Curitiba, jogou mal, sem organização, voltando para casa bem pressionado pela situação na classificação da Série A. Em uma gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Rithely foi o pior?), além da briga contra o descenso. Estou neste debate com os jornalistas Celso Ishigami e Lucas Fitipaldi. Ouça!
O Sport parecia encaminhar o terceiro empate seguido, pelo mesmo placar, quando Rithely cometeu um pênalti infantil aos 40 minutos do segundo tempo. Gedoz, que havia sofrido a falta, cobrou muito bem, batendo no cantinho de Magrão, que ainda foi na bola. Apesar da falha individual na reta final, o revés por 2 x 1 acabou sendo econômico devido às intervenções do goleiro leonino, muito seguro na partida, com três grandes defesas. Quanto ao restante do time, uma atuação confusa, inexplicavelmente passiva em alguns momentos. O empate, embora batalhado, não traduzia a partida em Curitiba.
Luxa montara o time com Anselmo e Rithley na cabeça de área e Patrick acionado mais à frente, na ponta, auxiliado por Mena – aproveitando a improvisação de Zé Ivaldo, que foi muito mal no rival. Na visão do blog, a montagem esteve próxima da ideal – Ronaldo Alves não pôde jogar. Porém, teoria é uma coisa, prática é outra. No campo sintético, o furacão largou melhor, com o Sport equilibrando aos 15 minutos. Sendo justo, o visitante até criou a primeira chance, mas depois bateu cabeça no meio-campo, abusando dos erros. Anselmo desarmava e errava o passe. Rithely nem isso.
Embora a partida não estivesse sendo um primor de técnica, os dois times procuravam o ataque, com o mandante mais organizado. No leão, André parecia preso à função de pivô. Faz bem a função, mas também tem faro de gol. Sem chutar, perde a sua principal característica, assim como o time.
Na etapa complementar, o futebol do Sport caiu, numa passividade incrível. Além de não ter marcado bem, errou quase tudo que tentou, tomando seguidos contragolpes. Num deles, o golaço Lucho González, aos 15, num chute de longe. Mesmo sem mudar a postura, chegou ao empate oito minutos depois. Rogério, que acabara de substituir Anselmo, recebeu um tranco de Zé Ivaldo. Pênalti. Diego Souza deslocou Weverton e chegou a 8 gols na competição. E se Luxemburgo ‘acertou’ na escalação, falhou na leitura, ao não enxergar a peça negativa no meio, além da demora para tirar Osvaldo, sem poder de fogo. No finzinho, tentando administrar o resultado, o Sport falhou de novo. Tendo apenas 1 vitória nas últimas 13 rodadas, a pressão é altíssima…
Atlético-PR x Sport em Curitiba pelo Brasileirão (14 jogos)
8 vitórias do Furacão
5 empates
1 vitória do Leão (2014)
O meia Diego Souza voltou a ser lembrado por Tite na Seleção Brasileira em 2017. Artilheiro do Brasileirão da temporada anterior, o jogador havia sido chamado para as cinco primeiras partidas do escrete nacional, atuando quatro vezes. No entanto, após uma queda técnica, simultânea ao imbróglio sobre a quase saída para o Palmeiras, DS87 acabou ficando fora das listas seguintes, para quatro partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
Com o fim da fase classificatória ao Mundial, com o Brasil classificado como líder, o treinador terá quatro amistosos preparatórios. Começa já agora, num giro na Europa, em Lille, na França, diante do Japão, e em Londres, na Inglaterra, contra os donos da casa. Entre os 25 nomes chamados, o do principal jogador do Sport, que ganha mais duas chances, recolocado-se na disputa de forma até surpreendente neste momento – embora tenha voltado a jogar bem. Vale lembrar que, para a Canarinha, Diego Souza vem sendo chamado como “atacante”, numa briga ferranha com Firmino, que, apesar de se destacar no Liverpool, ainda não brilhou com a camisa verde e amarela.
E essa pode ser a última oportunidade para “testes” na visão de Tite, que quer utilizar os dois amistosos de 2018 (Rússia em 22/03 e Alemanha em 27/03) já com o grupo fechado. Ou seja, com a lista final de 23 nomes…
Obs. Em relação à Série A, o jogador poderá desfalcar o leão contra Botafogo (08/11), Atlético-GO (12/11) e Palmeiras (16/11). Aí, depende da logística.
Diego Souza no Sport em 2017 46 jogos 17 gols 8 assistências
Diego Souza na Seleção em 2017 4 jogos 2 gols
Participação de Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017 25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos) 23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos) 28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos) 09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou) 13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols)
31/08 – Brasil 2 x 0 Equador (não foi convocado) 05/09 – Colômbia 1 x 1 Brasil (não foi convocado) 05/10 – Bolívia 0 x 0 Brasil (não foi convocado) 10/10 – Brasil 3 x 0 Chile (não foi convocado)
10/11 – Brasil x Japão (a disputar) 14/11 – Inglaterra x Brasil (a disputar)
O Sport empatou o terceiro jogo seguido como mandante, todos com o mesmo placar. Desta vez, ficou em desvantagem com três minutos, melhorando no segundo tempo, sobretudo após a saída de Wesley – na coletiva, Luxemburgo admitiu que a vaia excessiva ao meia foi um dos motivos, embora não tenha concordado com a crítica. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (DS jogou bem? E a falha de Magrão?), além da situação na classificação. Estou neste debate com os jornalistas Lucas Fitipaldi e Rafael Brasileiro. Ouça!
Ao empatar com o Santos, em 1 x 1, o Sport alimentou uma estatística incômoda neste Campeonato Brasileiro. Já são sete partidas seguidas sem vencer como mandante, justamente num cenário historicamente favorável ao leão. Nesta sequência atual de participações, iniciada em 2014, o time venceu ao menos dez jogos em casa, Ilha ou Arena. Em 2017, soma apenas cinco resultados positivos, restando quatro jogos. Ou seja, ainda que vença tudo a partir de agora, terminará com o pior desempenho no recorte.
Tentar, o time vem tentando. Embora tenha repetido o placar contra Vasco, Atlético-MG e Santos, foram três jogos em que, na maior parte do tempo, o Sport foi melhor. Contra o peixe, diria até que foi bem incisivo. Tanto que passou da conta, pois tomar dois contragolpes no mano a mano em apenas três minutos é inacreditável. Foram duas finalizações de Ricardo Oliveira, com Magrão salvando na primeira e falhando na segunda. Já seria um compromisso difícil, imagine “largando dos boxes”. E o Sport buscou a bola aérea como solução. Nada menos que 65 cruzamentos. Dado elevadíssimo e pouco eficiente, com apenas 12 acertos (18%), segundo o Footstats.
Organização mesmo, só teve alguma após o intervalo, com a entrada de Juninho no lugar de Wesley (mal outra vez) e Samuel Xavier no de Prata. De cara, Luxa recuou Diego Souza para o meio, onde sempre rende mais – e foi o seu terceiro jogo seguido mostrando bom futebol -, e também puxou Patrick para o setor, embora tivesse continuado com liberdade para atacar.
Esse Sport, mesmo com a posse de bola equilibrada, jogou bastante no campo ofensivo, com o scout de finalizações, entre certas e erradas, apontando 26 x 8. Além da ótima performance de Vanderlei, foram vários desperdícios, alguns com Juninho. Ele foi bem na função de quebrar a linha de defesa adversária, mas concluiu mal, como ocorrera no domingo. Como se tratava de um adversário qualificado, a imposição leonina, recompensada com um gol de Rogério aos 38/2T, quase ruiu nos contragolpes cedidos, com direito a uma chance incrível de Kayke. Ficou o pontinho, grão em grão…
O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A 23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco) 02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro) 19/10 (29ª) – Sport 1 x 1 Santos (Ilha do Retiro)
7 jogos; 5 empates e 2 derrotas, 5 GP e 8 GC; -3 SG
O Sport empatou com o Galo com basicamente o mesmo time que venceu o Vitória. Para isso Luxa acionou Juninho no lugar de André. O time rendeu. Durante a partida, fez três mudanças, mas aí sem tanto resultado – sofrendo até mais perigo depois. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Estou neste debate com os jornalistas Fred Figueiroa e Lucas Fitipaldi. Ouça!
Foi um jogo de muita luta, com os dois times buscando a afirmação. Após nove rodadas de jejum, o Sport tentava engatar a segunda vitória seguida. Para isso, Vanderlei Luxemburgo manteve a estrutura tática do time visto em Salvador, com Juninho no lugar do suspenso André – a escalação do jovem atacante, envolvido num inquérito policial, dividiu a torcida. Com o apoio na Ilha do Retiro, após o chamado atendido, com 20 mil espectadores, o leão conseguiu impor um ritmo veloz no primeiro tempo de um jogo equilibrado.
Atuando na ponta esquerda, o volante Patrick foi um dos melhores em campo, sendo o responsável pelo gol com apenas 9 minutos, após bela assistência de Diego Souza. Vantagem que manteve o time à frente, desperdiçando chances. Lá atrás, o encaixe dos laterais na recomposição não foi dos melhores, com Raul Prata irregular durante toda a partida e Mena driblado facilmente no gol de empate do Galo – com Fred concluindo de cabeça. Porém, é justo destacar que a equipe errou na saída de bola, numa desatenção que ocorreria outras vezes até o apito final, como visitante levando perigo nos contragolpes.
No segundo tempo, Juninho perdeu três ótimas oportunidades em sequência, tendo como mérito apenas a presença de área. Como também não participou muito coletivamente, acabou substituído, junto a Osvaldo. Numa troca dupla, aos 20, entraram Rogério e Thomás. O primeiro não conseguiu espaço para arremates, a sua principal caraterística. Já o segundo não produziu nada com a bola e foi ainda pior sem ela, sem cumprir a função no meio, fazendo DS87 – já como centroavante – recuar novamente para armar o time.
Com os volantes atuando muito bem, Anselmo (ladrão de bolas), Patrick (polivalente) e Rithely (até acabar o gás), o Sport foi competitivo, merecendo os aplausos da torcida. Contudo, ampliando a análise, o empate em 1 x 1 ampliou o jejum como mandante no Brasileirão. Não vence em casa desde 20 de julho! E no geral, tem apenas uma vitória nas últimas onze rodadas….
O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A
23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco) 02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro)
6 jogos; 4 empates e 2 derrotas, 4 GP e 7 GC; -3 SG
O Sport não vencia o Vitória no Barradão desde 1995. Eram 22 anos de jejum, tendo como exceção um triunfo pernambucano em Feira de Santana, na Série A de 2014. De forma, o tabu acabou, inclusive neste Brasileirão, cuja sequência negativa chegava a nove rodadas. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou a apresentação nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Diego Souza como maior destaque?). Terminando, claro, com a situação na tabela. Estou neste debate. Ouça!
Na história do Campeonato Brasileiro, considerando o período a partir de 1971, alguns nomes se firmaram no futebol nordestino pelo poder de fogo país afora. Três deles chegaram terminar a competição na liderança da artilharia atuando em clubes da região. No caso, Ramon no Santa (1973), Charles no Bahia (1990) e Diego Souza no Sport (2016). Ao todo, dez clubes já tiveram goleadores com ao menos dez tentos numa edição, sendo 3 em PE, 2 na BA, CE e RN e 1 na PB. Ampliando o histórico em todas as temporadas, seis grandes clubes da região já tiveram jogadores com mais de vinte gols. São scores representativos, com o levantamento exposto aqui no blog.
Dados atualizados até 03/12/2017
Os maiores artilheiros dos clubes do NE em todas as edições da Série A:
Eram 9 rodadas sem vitória na Série A, num jejum que derrubou o Sport da zona da Libertadores à zona de rebaixamento. Futebol e confiança abaixo, com foco em Diego Souza, cuja qualidade técnica molda o leão, positiva ou negativamente. Jogando mal e irascível, o meia acabou sofrendo a pressão que cabe a um atleta de sua categoria. Cabia ao próprio sair dessa, pois bola tem. E em Salvador, fez por onde, sendo o nome da vitória. Curiosamente, a última também havia sido na capital baiana, no 3 x 1 sobre o Bahia em 30 de julho. Em outro clássico nordestino, mas contra o Vitória, DS87 fez gol e deu assistência, tirando o time do Z4. Contando com uma rodada camarada, voltou à zona da Sula – a princípio, um objetivo mais modesto que o de outrora.
No Barradão, no duelo entre os rubro-negros, o pernambucano teve mais posse de bola no primeiro tempo. E não foi um falso domínio, pois o time rodou bastante, procurando o ataque. Em duas oportunidades o bom goleiro Caique apareceu muito bem, primeiro num chute cruzado de Diego, de canhota, e depois numa cabeçada de André, após boa trama com Wesley e Patrick. Tendo paciência, o visitante conseguiu abrir o placar aos 45 minutos, numa cobrança de falta. Diego Souza mandou no ângulo, golaço. Assim, tornou-se o maior goleador do Sport no Brasileirão, chegando a 34 gols.
Embora tenha arrancado triunfos de peso atuando como visitante, sobre Corinthians, Flamengo, Botafogo e Atlético Mineiro, tendo o segundo melhor rendimento neste contexto, o Vitória deve bastante em casa. Tem apenas dois resultados positivos em 14 partidas, sendo o pior mandante. Daí a pressão por mudanças na equipe. Aos 15/2T, Mancini promoveu a entrada de André Lima (centroavante) e Patric (ala), lançando o time ao ataque. No mesmo instante, Luxemburgo tirou Wesley (atuação ok) e Osvaldo (destoou), colocando Rodrigo e Lenis, reforçando a marcação e o poder de contragolpes.
E na primeira bola recuperada o Sport conseguiu ser fatal, com André limpando a jogada no meio-campo e tocando para DS, livre. O camisa 87 avançou e, na saída do goleiro, rolou para Lenis, com o colombiano empurrando para o gol vazio. No feriado, o Sport enfim se apresentou para o jogo. O resultado só não foi efetivamente tranquilo porque o rival diminuiu aos 38, com o também colombiano Trellez, numa sobra. Sufoco até os descontos, mas com a vitória assegurada, 2 x 1. Faz tempo… Precisamente, 74 dias.
Vitória x Sport na Bahia pelo Brasileirão (11 jogos)
6 vitórias do Leão da Barra
2 empates
3 vitórias do Leão da Ilha (1995, 2014 e 2017)