Segunda divisão pernambucana na tevê aberta

Transmissão da TV Nova Nordeste. Foto: TV Nova

Restam duas vagas para a centésima edição do Campeonato Pernambucano. Os últimos integrantes do torneio de 2014 serão definidos através da segunda divisão, composta por quinze clubes. O torneio deste ano terá duas novidades.

Em relação à formação dos elencos, cada time só poderá ter no máximo cinco jogadores com mais de 22 anos. A medida, claro, visa fomentar a revelação de novos atletas. A segunda é a transmissão ao vivo na televisão.

Acredite, o curioso fato não é inédito. Em 1999 a segundona local foi exibida pela TV Pernambuco, que passou a final entre Central e Íbis, em Caruaru, para todo o estado. Desta vez, novamente em sinal aberto, os jogos vão passar aos domingos na TV Nova Nordeste. Resta conferir o nível técnico da boleirada.

A transmissão será em estádios precários a partir de três mil lugares…

Participantes: Altinho, América, Araripina, Cabense, Jaguar, Centro Limoeirense, Ferroviário do Cabo, Flamengo de Arcoverde, Íbis, Olinda, Serrano, Sete de Setembro, Timbaúba, Vera Cruz e Acadêmica Vitória.

Na sua opinião, quais são os dois clubes favoritos ao acesso?

Saiba mais detalhes sobre a Série A2 de 2013 clicando aqui.

Transmissão da TV Nova Nordeste. Foto: TV Nova

Náutico x Sport, um confronto definitivo na Copa Sul-americana

Copa Sul-americana de 2013. Crédito: Conmebol

A Conmebol confirmou a tabela da Copa Sul-americana, com 47 clubes.

O clássico entre Náutico e Sport está mantido na edição de 2013.

Mesmo contra a vontade da FPF, cujo presidente Evandro Carvalho manifestou interesse em mudar o duelo pernambucano, a confederação sul-americana reafirmou nesta segunda a tabela previamente definida (veja aqui).

As datas das duas partidas, marcadas para a Ilha do Retiro, ida, e Arena Pernambuco, volta, ainda serão divulgadas.

Mas é fato, o Clássico dos Clássicos terá a sua inédita versão internacional. O vencedor avançará às oitavas de final.

E a FPF, de forma inacreditável, conseguiu sair desgastada nesse episódio, mesmo fora de sua alçada. A entidade já aceitou a tabela.

Tabela da Copa Sul-americana 2013, com a Zona da Brasil. Crédito: Conmebol

A misteriosa vidraça da federação pernambucana de futebol

Vidro quebrado

A insistência da FPF para evitar o inédito clássico pernambucano na Copa Sul-americana teve a seguinte explicação.

“É natural que a imprensa e a opinião pública não tenham conhecimento de todos os aspectos. Futebol é negócio. O jogo em si não é só um jogo. Envolvem negociações de patrocínios, de televisionamento e outras questões que não têm porque irem a público. É obrigação da Federação fazer o melhor para os clubes, independentemente da opinião pública e da imprensa.”

Antes fosse ficção, mas a inacreditável declaração é real, dada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, ao repórter João de Andrade, do Superesportes (veja aqui).

O duelo entre Náutico e Sport está marcado pela Conmebol. Porém, nota-se um apelo fora dos critérios desportivos no pleito da entidade local.

Sem revelar nomes, mas insinuando bastante, Evandro diz estar servindo de vidraça, passando por cima da necessária transparência no futebol.

Na prática, estaria absorvendo todas as críticas por alguém. Por quem?

Governo do estado? Arena Pernambuco? Emissora de televisão? Um clube? Os dois clubes? Mas pelo menos o recado foi dado na atual gestão…

O jogo em si não é só um jogo. Sobretudo nos bastidores.

Náutico x Sport na Sul-americana, mesmo contra a vontade da FPF

Nota da FPF sobre possível mudança de Náutico x Sport na Copa Sul-americana 2013

O duelo entre Náutico e Sport tem tudo para ser um destaque na fase brasileira da Copa Sul-americana de 2013.

Caso a Federação Pernambucana na Futebol não tente melar a história…

No dia seguinte à classificação rubro-negra, tendo como consequência o Clássico dos Clássicos, a entidade se posicionou contrária ao jogo.

Sim, contrária. Basta ver a nota oficial sobre a posição da FPF.

A justificativa seria o fato de que “os dois times poderiam passar de fase”, em caso de chaves distintas. Ou poderiam cair logo de cara, óbvio.

Apesar do texto dúbio, a federação “jogou” a responsabilidade sobre a “possível alteração” para os clubes. No entanto, os diretores de Náutico (André Campos) e Sport (Marcos Amaral) garantem o jogo.

“O jogo da Sul-americana tem que ser Nautico e Sport. Com  as duas torcidas juntas fazendo uma grande festa. E o Nautico vencendo.”

“Se fosse pra escolher um adversário, escolheria o Náutico, porque não precisaria viajar nessa fase e em agosto teremos 8 jogos”

Então, será que a FPF ficou encurralada em sua própria ideia? Péssima, aliás.

A entidade teria que mexer em todas as peças na mesa. Dos outros seis clubes do país na Sul-americana, cinco já confirmaram os duelos nos respectivos sites oficiais: Coritiba, Vitória, Bahia, Ponte Preta e Criciúma.

Haja política nos bastidores para impor tantas mudanças…

Os contratos do Campeonato Pernambucano serão turbinados em 2015

Federação Pernambucana de Futebol. Crédito: FPF/divulgação

Dois grandes contratos do Campeonato Pernambucano vão acabar em 2014. A transmissão na televisão e a marca do torneio, através do naming rights.

Rede Globo e Coca-Cola. R$ 1,32 milhão e R$ 600 mil anuais, respectivamente.

O acordo com a tevê está em vigor desde 2010, enquanto o da indústria de refrigerante foi assinado em 2011. A Federação Pernambucana de Futebol já recebeu as primeiras sondagens para os novos contratos.

Na televisão dificilmente haverá uma nova emissora. Resta ajustar os valores com os clubes. Segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o objetivo é levar a cota ao 5º lugar entre os estaduais, abaixo apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Veremos a resposta do mercado.

A estrutura da emissora, com exibição para 56 países, pesa a favor.

Em relação ao naming rights, cujo acordo atual é o primeiro da historia do certame, três empresas já têm interesse. A própria Coca-Cola, a Chevrolet, que patrocina os outros oito campeonatos estaduais do Nordeste, e a Ambev.

A certeza é que o quadriênio 2015-2018 deverá impor um novo patamar econômico ao Campeonato Pernambucano.

Considerando que os contratos foram assinados antes do boom no futebol brasileiro, nos direitos de transmissão do Brasileiro e nos preços praticados nas arenas, não será uma surpresa se os valores dobrarem. No mínimo…

Evandro Carvalho mirando a presidência da FPF até 2019. Depois é a vez da CBF

Evandro Carvalho, presidente da FPF. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Evandro Carvalho tornou-se presidente da FPF em setembro de 2011.

Assumiu o posto do falecido Carlos Alberto Oliveira. O ex-presidente estava no primeiro dos cinco anos do seu quinto mandato.

Seriam quatro, mas para que Carlos Alberto ficasse no comando no ano do centenário da entidade, em 2015, os clubes deliberaram e aprovaram o aumento de uma temporada extra no mandato.

Como vice-presidente, Evandro herdou o mandato integral.

Desde os primeiros dias ele sempre se posicionou contra a reeleição, fato comum nos dirigentes do futebol em todos os cantos do país.

Manteve o quanto pôde o discurso… Mas cedeu.

Durante uma entrevista ao blog, sobre a proposta para o novo Pernambucano, com até 60 clubes, o dirigente foi questionado sobre como implantaria a ideia, uma vez que seria na “temporada 2015/2016”, fora de sua alçada.

Admitiu que irá disputar um novo mandato, de quatro anos, de 2015 a 2019.

“Vou ser candidato. Entendemos que esse modelo pode ser rentável para Pernambuco. Se eu não for é porque terei saído da FPF para a CBF”.

Para quem iria exercer um mandato-tampão, nove anos na presidência da federação parece tempo demais. E a saída será só para um voo mais alto…

Campeonato Pernambucano articulado para se tornar o “Maior do Brasil”

Pernambuco

O Campeonato Pernambucano deverá passar por uma grande revolução estrutural. Adiantando que não é um devaneio, pois a proposta já está no papel.

Em breve, o Estadual poderá ser iniciado na temporada “anterior”. Exatamente. A edição de 2016, data da estreia do novo modelo, começaria em 2015.

Estilo europeu? Parou aí. Dos atuais doze clubes, em uma estrutura já inchada, a FPF prevê um novo formato com até 60 clubes. Repetindo: 60!

A CBF já aprovou verbalmente a mudança no calendário local. O governo do estado já foi contatado sobre a possibilidade de estender a campanha promocional Todos com a Nota nesse modelo.

Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, a resposta teria sido positiva para o aumento no subsídio.

Portanto, não haverá mais segunda divisão. Não nos moldes tradicionais.

Todos os clubes seriam agregados em um só torneio. Novas agremiações surgiriam, com o apoio de prefeituras, a especialidade da casa. Segundo Evandro, 26 prefeitos já toparam. Abaixo, o formato estudado há um ano pela federação pernambucana de futebol em parceria com consultorias.

1ª fase – De 30 a 60 clubes, integrando os atuais participantes da segunda divisão e novos times em processo de profissionalização na entidade.

A etapa será regionalizada, com o objetivo de fomentar a rivalidade entre as cidades, além de menor gasto de deslocamento. À medida em que a competição for afunilando haverá disputa entre as microrregiões locais.

Somente o campeão irá avançar à segunda fase.

Capacidade dos estádios: a partir de 1.000 lugares
Período: entre outubro e dezembro do ano anterior à fase final.

2ª fase – Com 10 clubes, a etapa será mais um classificatório, reunindo o ganhador da etapa preliminar e os nove times previamente classificados à elite estadual (de 2015, a possível última no modelo vigente) e fora do Nordestão.

Com turno único, essa fase dará vaga aos cinco primeiros lugares.

Capacidade dos estádios: a partir de 5.000 lugares
Período: a disputa seria paralela à Copa do Nordeste, de janeiro a março.

3ª fase – Com 8 times, enfim a fase final do Campeonato Pernambucano.

Turno e returno, 14 jogos. Falta decidir apenas se os vencedores dos turnos disputarão a taça ou se os dois melhores pontuadores irão à decisão, provavelmente na Arena Pernambuco.

Capacidade dos estádios: 5.000 lugares no turno e a partir de 15 mil na final.
Período: a etapa seria agendada entre março e maio, colada no Brasileirão.

Ao blog, Evandro Carvalho justificou a decisão…

“Conversamos bastante sobre isso e essa é a fórmula ideal para movimentar todo o estado e não só num pequeno período. Não queremos estádios e times ociosos. São 60 times, mas se a ideia evoluir, por que não 100?”

Não por acaso, a FPF tem, atualmente, 93 filiados.

Imagine o Conselho Arbitral desse possível torneio, numa soma de Séries A1 e A2, além da atual Copa do Interior de seleções municipais…

Em tempo: o maior Campeonato Pernambucano, em número de participantes, aconteceu em 1994, com 16 times divididos em dois módulos.

Você concorda com essa mudança radical na competição? Comente.

Um prejuízo de R$ 41 mil no borderô de Botafogo x Fluminense na Arena

Borderô de Botafogo 1x0 Fluminense na Arena Pernambuco na Série A 2013

O borderô do clássico carioca na Arena Pernambuco, divulgado pela CBF, apresentou o primeiro prejuízo do novo empreendimento.

O duelo entre Botafogo e Fluminense, que valeu a liderança da Série A no domingo, terminou com saldo negativo nas finanças, apesar da renda de R$ 368 mil proporcionada pelos 7.882 pagantes.

As despesas foram bem maiores…

Mandante, o Fogão alugou o estádio, pagando R$ 270 mil. Ou seja, só o alguel do espaço correspondeu a 73% de toda a receita.

Porém, ainda houve gasto com ingressos (R$ 36 mil) e taxas para as federações do Rio (R$ 36 mil) e Pernambuco (R$ 18 mil).

No fim, a conta do alvinegro foi de R$ 41 mil, mas no vermelho.

A escolha pelo Recife não foi mesmo das melhores, pois o rombo foi superior aos jogos do clube em Volta Redonda, onde o estádio já vinha apresentando públicos pífios.

O jogo anterior do Botafogo como mandante no Brasileiro havia sido no Raulino de Oliveira, contra o Cruzeiro. Na ocasião foram apenas 2.685 pagantes.

A renda foi negativa, mas o fumo foi menor, de R$ 410.

Ou seja, o prejuízo no Recife foi 100 vezes maior…

Quando os clássicos pernambucanos também atravessaram a fronteira

Nordeste

A história do futebol pernambucano é concentrada em Náutico, Santa Cruz e Sport. Os embates envolvendo as três principais forças passam de 1.500.

Desde 1909, quando o primeiro Clássico dos Clássicos foi disputado no campo do British Club, nos primórdios do futebol no país.

De todas essas partidas, apenas três não aconteceram em Pernambuco.

Num fluxo inverso ao que se desenha no estado a partir de agora, com Botafogo x Fluminense na Arena Pernambuco.

Santa Cruz 0 x 0 Sport na Paraíba – 1951

O primeiro clássico local em outro estado foi em 22 de abril de 1951, em João Pessoa. Inicialmente, Santa e Sport, já populares, fariam a curta viagem para enfrentar as forças locais, Botafogo e Auto Esporte, respectivamente.

Não seria um torneio, mas as vitórias pernambucanas acabaram resultando numa “final das multidões”, segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro. Detalhe, o clássico foi no mesmo dia dos triunfos sobre os paraibanos.

Porém, o Clássico das Multidões terminou num empate sem gols. Acabou até antes do tempo regulamentar, pois faltou energia no estádio. Título dividido?

Náutico 2 x 1 Santa Cruz no Rio Grande do Norte – 1975

Em 9 de março de 1975, alvirrubros e tricolores se enfrentaram no Castelão, em Natal. Castelão? Sim, este este o antigo nome do tradicional Machadão, que agora dá lugar a uma nova arena. Era a penúltima rodada do Torneio Cortez Pereira, em homenagem ao governador potiguar.

A vitória do Náutico sobre o Santa, que abriu a rodada dupla, foi presenciada por 9.375 pessoas. O atacante Jorge Mendonça marcou de pênalti o tento decisivo. Três dias depois o Timbu venceria o Bahia e conquistaria o pentagonal amistoso.

Sport 2 x 0 Náutico na Bahia – 1976

Em 15 de agosto de 1976, o Clássico dos Clássicos inaugurou o estádio Ruberleno Oliveira, em Paulo Afonso, na Bahia, a 443 km do Recife. O palco às margens do Rio São Francisco foi custeado pela Chesf, que tem usinas hidrelétricas na cidade e empregava 5,8 mil dos 65 mil moradores na época.

O jogo só não foi um Ba-Vi porque os rivais decidiram o título baiano no mesmo dia. Mesmo assim, a lotação foi esgotada, com 4 mil torcedores. O Leão venceu o amistoso com gols de Pedrinho e Cláudio Mineiro, que abriu o placar aos 8 minutos, e, assim, ganhou uma placa comemorativa no estádio.

O jogo contou com a presença do presidente da FPF, Rubem Moreira. Posteriormente, o “Rubão” mudou de nome para Álvaro de Carvalho.

Campeonato da segunda divisão a definir

Tabela da Série A2 do Campeonato Pernambucano de 2013. Crédito: FPF

A FPF divulgou a tabela oficial da segunda divisão pernambucana de 2013.

Os 15 clubes estão divididos em três grupos. Ao todo serão dez rodadas.

As datas estão ok. Já os estádios… Mistério. Não há definição alguma.

Na Série A2 a capacidade mínima de público é de 3 mil espectadores. Não precisa sequer contar com iluminação artificial na fase inicial.

Na semifinal e na decisão do Estadual o número estipulado pela fedederação subirá para 5 mil torcedores, além da exigência de refletores. Porém, alguns times não contam com praças com as condições mínimas.

Basta ver a situação do estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, a casa do Jaguar. Faltando um mês para o campeonato não existe nem grama.

De fato, os laudos técnicos dos palcos ainda vão chegar…

Confira a tabela completa clicando aqui.

Estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, em julho de 2013. Foto: Washington Vaz/divulgação