Foi quase uma hora de gravação. Numa conversa franca, no Arruda, o atacante Grafite conversou com o podcast 45 minutos. Fez um balanço completo da temporada do Santa Cruz, sob sua ótica, claro. Avaliação inclusive sobre a sua queda de rendimento, tanto na questão física quanto técnica. Falou sobre a (má) preparação do clube para a Série A de 2016 – contratações, estrutura e finanças -, a indefinição sobre a prioridade na Sula, entre outros temas. Vale o play…
Nesta gravação, estou com Cabral Neto, Celso Ishigami e Fred Figueiroa.
Em 4 de dezembro, Sport e Santa Cruz entrarão em campo pela última vez no Campeonato Brasileiro de 2016. Ainda lutando para permanecer, o Leão receberá o Figueirense, na Ilha, precisando da vitória. Com o descenso já confirmado, a Cobra Coral irá cumprir tabela no Pacaembu, contra o São Paulo. Individualmente, lá no ataque, os rivais têm objetivos em comum. O meia Diego Souza e o atacante Grafite somam 13 gols, um a menos que Fred, do Galo. Nenhum deles jamais terminou a Série A como goleador máximo.
DS foi o 11º jogador rubro-negro a passar de 10 gols em uma edição, enquanto o Grafa foi o 5º tricolor (lista abaixo). Sobre a artilharia, hoje ao alcance, trata-se de algo bem incomum no Nordeste, que até hoje, considerando a competição desde 1971, só emplacou duas, sendo uma do próprio Santa – lembrando que na Taça Brasil, unificada pela CBF, foram mais seis artilharias. O último jogador a conquistar a chuteira de ouro foi o centroavante Charles, que ajudou o Bahia a chegar à semifinal em 1990. E lá se vão 26 anos, com no máximo um vice-artilheiro. No caso, o uruguaio Acosta, destaque do Náutico em 2007.
Quem tem mais chance entre os pernambucanos…
…Diego Souza, atuando em casa diante de um adversário rebaixado, mas com a obrigação de vitória (ou seja, prioridade coletiva), ou Grafite, fora de casa e sem compromisso com o resultado, mas com o time voltado para si?
A chance do futebol pernambucano ter um goleador em 2016 é boa. E a de ter dois de uma só vez, com as camisas 87 e 23, não é nada desprezível.
Principais goleadores do Brasileirão 2016 (até a 37ª rodada) 14 gols – Fred (Atlético-MG) 13 gols – Diego Souza (Sport), Grafite (Santa Cruz) e Pottker (Ponte Preta) 12 gols – Gabriel Jesus (Palmeiras, Robinho (Atlético-MG) e Sassá (Botafogo)
Artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste
Série A 1973 – Ramón (Santa Cruz), 21 gols 1990 – Charles (Bahia), 11 gols
Vice-artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste
Taça Brasil 1959 – Bentancor (Sport), 7 gols
Série A 1988 – Zé Carlos (Bahia), 9 gols 1989 – Bizu (Náutico), 10 gols 2007 – Acosta (Náutico), 19 gols
Maiores artilheiros do Sport em uma edição do Brasileiro (+10 gols) 14 gols – Luís Carlos (1984) 13 gols – Leonardo (2000), Taílson (2000), Carlinhos Bala (2007), André (2015) e Diego Souza (2016) 12 gols – Dario (1975) e Mauro (1978) 11 gols – Marcelo (1995) e Roger (2008) 10 gols – Luís Müller (1996)
Maiores artilheiros do Santa em uma edição do Brasileiro (+10 gols) 21 gols – Ramón (1973) 14 gols – Nunes (1977)
13 gols – Grafite (2016)
11 gols – Nunes (1978) 10 gols – Fumanchu (1977) e Keno (2016)
Maiores artilheiros do Náutico em uma edição do Brasileiro (+10 gols) 19 gols – Acosta (2007) 14 gols – Jorge Mendonça (1974) 13 gols – Felipe (2008) e Kieza (2012) 12 gols – Baiano (1983) e Carlinhos Bala (2009) 11 gols – Jorge Mendonça (1975) 10 gols – Bizu (1989), Bizu (1991) e Felipe (2007)
Era o último jogo do Santa Cruz no Mundão em 2016. A despedida do Brasileirão após uma campanha melancólica, mas o público estava lá. Diminuto ou não, os 2.227 torcedores queriam ver o time vestido de preto, branco e encarnado jogando o melhor futebol possível, com dignidade. Encararia o Grêmio, virtual campeão da Copa do Brasil. Nome de peso no futebol nacional. O adversário não mandou o time principal? Nem mesmo o técnico Renato Gaúcho? Pouco importa. Aliás, importa sim, para o próprio tricolor gaúcho, que amargou a maior derrota da história do confronto.
Com vontade de sobra, os corais fizeram 5 x 1, com direito a três gols após os 40 do segundo tempo. Superaram o 4 x 0 aplicado pelos gremistas em 1973. O dilatado (e surpreendente) placar é, também, o maior deste Brasileirão, igualando o 5 x 1 do Sport sobre a Chapecoense. Impressiona se dar conta disso, considerando as campanhas ruins dos dois pernambucanos. De volta ao Arruda, o torcedor tricolor viu Grafite marcar duas vezes, de cabeça. Chegou a 13 gols e é um dos vice-artilheiros da competição, a um de Fred, do Galo.
Se na rodada final, contra o São Paulo, o jogo seria apenas para cumprir tabela, um objetivo de última hora se faz presente. Que a equipe jogue por seu atacante, por seu principal nome, que pode se tornar um dos goleadores mais experientes da história da Série A – e repetir o feito de Ramón, goleador da edição de 1973. Por sinal, conforme já dito anteriormente, o ataque até funcionou. É, hoje, o 10º mais positivo, com 45 gols. Infelizmente, o sistema defensivo (marcação lá na frente, recomposição e defesas) não contribuiu, sendo vazado 64 vezes. Por isso, essa alegria vista no domingo foi um ponto fora de curva.
O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.
Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.
Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…
Desde que o Brasileirão passou a contar com o sistema de acesso e rebaixamento, em 1988, esta foi a sexta participação coral, com o quinto rebaixamento. E só não caiu em 2000 porque a competição não teve degola. Ainda assim, foi o lanterna na ocasião. O quadro, de quase três décadas, mostra o distanciamento do clube em relação à elite no período, num reflexo de gestões irresponsáveis num passado não tão distante. Em reconstrução, o clube teria, no segundo semestre de 2016, o ponto alto de uma caminhada iniciada há cinco anos. O bicampeonato pernambucano e o inédito título nordestino alavancaram a confiança, turbinada pelo início arrasador, com goleadas no Arruda e a liderança.
Sem a devida qualificação técnica, uma lacuna nítida, a equipe não deu conta da competição, acumulando longos jejuns sem vencer e tropeços em casa, além da inoperância como visitante, como nesta quarta, diante do Coritiba. Após desperdiçar quatro excelentes chances durante a partida (Grafite, Léo Moura, João Paulo e Jádson), o tricolor acabou sofrendo o único gol da noite aos 29 do segundo tempo, com Leandro tocando na saída de Tiago Cardoso. E o descenso foi consumado no Couto Pereira, 1 x 0, com o primeiro rebaixado desta edição. Antes, a chance de escapar era apenas 1%.
Em relação ao desempenho de sempre acabar rebaixado é algo que pesa no Arruda. Diminui o clube, um mamute do tamanho de sua torcida, de seu estádio, mas que há pelo menos três décadas não se comporta de maneira digna na elite. Somando todas as participações, incluindo a Copa João Havelange, foram 161 partidas no período, com apenas 28,3% de aproveitamento…
Campanhas na Série A (na era com acesso/descenso) 1988 – 22º lugar entre 24 clubes (rebaixado) 1993 – 23º lugar entre 32 clubes (rebaixado) 2000 – 29º lugar entre 29 clubes* 2001 – 25º lugar entre 28 clubes (rebaixado) 2006 – 20º lugar entre 20 clubes (rebaixado) 2016 – 19º lugar entre 20 clubes (rebaixado, em andamento) *A Copa João Havelange foi a única edição sem rebaixamento no período
Desempenho coral na elite (1988-2016)* 161 jogos 34 vitórias 35 empates 92 derrotas 166 gols marcados 282 gols sofridos -116, o saldo * Até a 35ª rodada de 2016
A Bundesliga, a poderosa liga alemã de futebol, está promovendo uma enquete em suas redes sociais para escolher o gol mais bonito já anotado por um latino em toda a história da competição, sob essa chancela desde 1963. Foram pré-selecionados cinco lances, com quatro atletas latino-americanos e um espanhol, com votação entre 10 e 14 de novembro. Entre os tentos, o antológico gol de Grafite em 2009, quando driblou três jogadores do Bayern e finalizou de calcanhar. O atacante, hoje no Santa Cruz, liderou a campanha no inédito título do Wolfsburg, sendo eleito posteriormente o melhor jogador da Bundesliga.
Raúl González (Espanha) 13/08/2011 – Schalke 5 x 1 Köln
Arturo Vidal (Chile) 19/09/2015 – Darmstadt 0 x 3 Bayern de Munique
Grafite (Brasil) 04/08/2009 – Wolfsburg 5 x 1 Bayern de Munique
Chicharito (México) 01/04/2016 – Bayer Leverkusen 3 x 0 Wolfsburg
Pizarro (Peru) 05/03/2016 – Werder Bremen 4 x 1 Hannover
Abaixo, assista os cinco gols.
Para votar (e o gol do Grafa me parece o mais bonito mesmo), clique aqui.
O descenso já é realidade no Arruda. A direção do Santa já trabalha a redução da folha para 2017, numa forçada readequação de receita, e o próprio povão parece consciente da situação. Ainda assim há campeonato em disputa. Antes da abertura da 34ª rodada, a chance de permanência não passava de 1%, e, claro, não foi esse número a motivação em busca da vitória. Foi, precisamente, o dado no borderô no José do Rego Maciel, com 7.632 espectadores.
Além de cantar e empurrar o time o jogo todo, a presença valeu pela campanha solidária #Dia06VouPelaCamisa, numa iniciativa dos próprios tricolores, nas redes sociais, com o objetivo de ajudar no pagamento dos salários atrasados (cinco meses) de funcionários do clube. Muitos compraram mais de um ingresso, outros levaram cestas básicas. E o jogo em si foi apenas a agenda para esta movimentação, recompensada. Jogando melhor, apesar da partida tecnicamente fraca, o campeão nordestino venceu o América Mineiro por 1 x 0, numa cabeçada de Léo Moura, que já havia marcado no empate no Beira-Rio.
A última vitória coral havia sido em 14 de setembro.O resultado encerrou um jejum de oito jogos e tirou o time da última colocação. Logo, deve ampliar em alguns décimos o percentual de chance para escapar. Talvez até haja quem ainda acredite, mas, à parte disso, ao menos por uma tarde o Santa Cruz voltou a trazer felicidade à sua torcida neste Brasileirão. Por ir além do futebol…
O Santa Cruz fez uma grande partida contra o Independiente. Sobrou, na verdade, com Grafite brilhando, após quinze jogos de jejum. O camisa 23 marcou três gols, colocando o tricolor com a mão na vaga até os 31 minutos do segundo tempo. O time pernambucano, dessa vez sem poupar ninguém, atacou mais e se defendeu bem, com Néris e Danny Morais implacáveis diante do confuso ataque colombiano – errando tempo de passe e chutes na entrada da área. Entretanto, numa infelicidade do goleiro Edson Kölln, que saiu muito mal numa cobrança de escanteio, a bola sobrou para Ibarguen, que fez o único gol visitante, 3 x 1. O diferencial num confronto equilibrado.
Vestindo a camisa tricolor pela terceira vez, o goleiro substituiu Tiago Cardoso, pela primeira vez no banco em seis anos de clube. A pressão existia e a oportunidade foi dada. Ainda que algum torcedor o culpe pela eliminação, creio que a maior falha foi institucional, com a decisão de poupar Keno, João Paulo e Léo Moura em Medellín, justo na primeira experiência internacional. Com um time esfacelado tecnicamente, perdeu lá por 2 x 0 e deixou a missão indigesta.
Além disso, aquela decisão da direção foi atrelada à péssima campanha no Brasileiro. E o reflexo veio no Arruda, com apenas 5.474 torcedores. Ao menos o povo estava animado, com 200 músicos corais rasgando o frevo. E foi no ritmo, acelerado, que o Santa comandou o primeiro tempo, com Grafa marcando em duas cabeçadas, aos 13 e aos 30, esta adiantado. Com o placar igualado, na segunda etapa o time atuou de forma mais cadenciada, sem aperreio.
Era buscar a bola e sair com inteligência, contando ainda com a má apresentação do campeão colombiano, inoperante à frente e deixando muito espaço. E deixou mesmo, para Grafite, chegando ao hat-trick internacional aos 25. Foram seis minutos com a classificação às quartas da Sula, um feito ainda inédito no Nordeste, até o baque. Aplaudido no apito final (de forma merecida), o Santa deixa a Sula com R$ 2,1 milhões em cotas e com o gostinho de uma campanha necessária para o clube, moral, técnica, financeiramente. Hoje, tem a pré-vaga para 2017. Quem sabe com decisões institucionais melhores…
O compromisso contra o Santos, no Pacaembu, parecia uma escala para Medellín, para o aguardado jogo de quarta. Afinal, enfrentar o embalado time de Lucas Limas e Ricardo Oliveira, a uma vitória do G4, seria uma tarefa árdua a qualquer um do Brasileirão. Franco atirador, ao menos neste domingo, pois a luta permanece, o Santa fez uma boa partida. Ao contrário de seu retrospecto recente, reagiu. Duas vezes, inclusive no finzinho, ensaiando o valoroso empate, mas acabou em frustração. O Peixe abriu o placar com Copete com apenas cinco minutos, fazendo valer toda expectativa inicial, com a disparidade tática e técnica. Em ascensão, o organizado time paulista chegaria a três vitórias.
Porém, encontraria dificuldades, com os corais tentando manter o embalo após a vitoria sobre o Atlético-PR. Após acalmar o ímpeto do mandante, o time de Doriva procurou acertar contragolpes. Sem loucura, pois o adversário não perdoaria. E as oportunidades apareceram, ambas concluídas com Keno. A primeira aos 10 da segunda etapa, pegando um rebote após cruzamento de Léo Moura. Após a queda de energia – numa noite chuvosa em São Paulo -, o Santos empatou numa boa trama. O time pernambucano manteve a pegada, sempre no lado direito. Lá, Grafite, que começara no banco, veio a assistência para Keno, que recebeu livre, empatando de novo, aos 39. Sobre o Grafa, ainda que siga em jejum, é inteligente e joga bem demais servindo os companheiros, sendo incomparável, neste quesito, ao general Bruno Moraes.
Com o jogo no finzinho e com boa parte dos 28 mil espectadores pressionando o próprio time, o momento era todo do Santa. Entretanto, logo na sequência, veio um longo lançamento, do meio-campo, com Vítor Bueno dominando na ponta da área e mandando no ângulo de Tiago Cardoso, 3 x 2. Placar cruel, como costuma ser a Série A. O resultado adverso, mas nada fora da curva, obriga o Santa Cruz a vencer o Figueirense na próxima rodada, também fora de casa. Antes, uma viagem à Colômbia. Novos ares, necessários.
O ânimo estava renovado, após a classificação na Sula, com o Santa Cruz voltando à arena para tentar vencer também no Brasileirão, onde vivia um hiato de sete rodadas. Os três pontos diante da Chapecoense eram essenciais para qualquer conta que alimente a chance de permanência. Não dava mais para deixar a recuperação para a rodada seguinte, era decisão. Por isso, o castigo no fim, com o 2 x 2 no placar deixa a campanha por um triz. Não há como negar que o tricolor se esforçou no jogo. Embora frustrados, os 12 mil torcedores também saíram resignados pela atuação, minada por erros individuais.
O time fez uma boa partida, mostrando consistência e velocidade na saída de jogo. Era bem melhor quando sofreu o primeiro gol. Aliás, bem melhor. Tinha finalizado duas vezes com perigo e tinha 64% de posse. Contudo, num lateral mal cobrado por Allan Vieira, a Chape engatou um contragolpe mortal, com Kempes definindo. No segundo tempo, uma sucessão de lances para transformar o jogo numa virada espetacular – que seria a primeira dos corais na competição. Começou com Arthur completando de cabeça um belíssimo cruzamento de Léo Moura (um dos melhores em campo, tática e tecnicamente). Ainda na comemoração, Grafite (ainda em jejum) foi substituído por Bruno Moraes. Deu nem pra impor uma pressão sobre o time catarinense, pois Luan Peres tomou o segundo amarelo, desestruturando a equipe.
Acredite, o Santa continuou melhor mesmo com um a menos. Jogando de forma inteligente e sem se expor (até ali), ainda conseguiu virar. Herói há uma semana, contra o Sport, o general mostrou estrela outra vez. Foi lançado por João Paulo, dominou rapidamente e bateu no cantinho. 2 x 1, num lampejo de oxigênio. A Chapecoense, claro, passou a arriscar mais, já com dois centroavantes em campo – Bruno Rangel foi acionado. Trocando passes à frente, com Cléber Santana protegendo a bola, o visitante começou a levar perigo. Após desperdiçar duas chances, invadiu a área mais uma vez, com Danilo Pires atropelando Kempes. Pênalti bobo, aos 41! Mesmo na condição de reserva, Bruno Rangel segue artilheiro. Chegou a nove gols e definiu um empate que mantém o campeão nordestino sem uma reação efetiva nos jogos. Já ficou atrás no placar em 16 jogos, pontuando em apenas três, esbarrando no empate.