Brasil lidera Ranking da Fifa após 7 anos

Ranking da Fifa em abril de 2017. Crédito: Fifa/twitter

A incrível sequência de Tite, com nove vitórias em nove jogos, já é a maior arrancada de um técnico na Seleção Brasileira. E olhe que foram oito jogos pelas Eliminatórias da Copa 2018, fazendo com que o time saísse de uma situação complicada para o status de primeiro classificado, à parte do país-sede. Com isso, o Brasil voltou ao topo do Ranking da Fifa, após sete anos.

A última vez que a Canarinha havia liderado a lista mensal foi em maio de 2010, antes do Mundial na África. Ali, iniciou-se o reinado da Espanha, depois revezado com Alemanha e Argentina. Neste hiato, até países sem títulos mundiais alcançaram o topo no futebol, como as vizinhas Holanda e Bélgica.

A goleada sobre o Paraguai por 3 x 0, na Arena Corinthians, foi fundamental para ultrapassar os hermanos. Só em caso de vitória seria possível através do complexo (e questionável) sistema, com pesos diferentes aos jogos de todos os filiados – somente no último mês foram 129 partidas contabilizadas. Em abril o Brasil chegou a 151 meses de liderança, de um total de 285 desde a criação do ranking, em agosto de 1993. Ou seja, mesmo em jejum – e chegou a ser 18º em 2012 -, o time verde e amarelo já liderou em 52,9% do tempo.

Meses na liderança (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):
Brasil – 151 (09/1993)
Espanha – 64 (07/2008)
Argentina – 26 (03/2007)
Alemanha – 18 (08/1993)
França – 14 (05/2001)
Itália – 6 (11/1993)
Bélgica – 5 (11/2015)
Holanda – 1 (08/2011)

Desempenho da Seleção Brasileira no Ranking da Fifa:

O desempenho da Seleção Brasileira no Ranking da Fifa

Robben participa do lançamento da camisa “holandesa” do Sport

Robben apresentando a nova camisa do Sport, em Munique. Crédito: Youtube/reprodução

A camisa azul do Sport já havia sido vazada no mercado, mas o lançamento oficial acabou surpreendendo. A parceria com a Adidas acabou viabilizando a participação do astro holandês Arjen Robben, do Bayern, ambos patrocinados pela marca alemã. A escolha do garoto-propaganda se deveu à justificativa da nova camisa, uma homenagem à ligação histórica entre o Recife e a Holanda.

Falando em inglês, num vídeo gravado em Munique, o jogador  de 31 anos, vice-campeão mundial em 2010, mandou um recado de “boa sorte na temporada” ao Leão, devidamente vestido com o novo uniforme do Rubro-negro.

“Muito obrigado por ter sido o primeiro a receber essa camisa”.

Haja marketing…

Borderô lotado e estádio nem tanto. Pernambucano? Copa do Mundo

A expectativa da Fifa apontava plena ocupação dos estádios brasileiros nos 64 jogos da Copa do Mundo de 2014, com 3.334.524 pessoas presentes, o que proporcionaria numa média de 52.101 espectadores.

Nesta conta estão treze categorias de público, incluindo torcida geral, cortesias, os caríssimos pacotes de hospitalidade, jornalistas credenciados etc. Numa balanço nos dois primeiros dias do Mundial, os espaços vagos estão visíveis nas transmissões na televisão…

É curioso constatar isso levando em conta os ingressos esgotados para os respectivos jogos. Há de se considerar a capacidade reduzida pela Fifa nas doze arenas por questão de segurança (veja aqui).

Ainda assim, números curiosos. Dos quatro jogos analisados, dois passaram da ocupação máxima projetada, mesmo com os clarões na arquibancada.

Públicos oficiais dissociados do visual… Esse modus operandi não é novo.

Brasil 3 x 1 Croácia – Itaquerão (62.103 pessoas)
Capacidade máxima: 67.349
Capacidade na Copa: 59.955
Ocupação na estreia: 103,58%

Estatística do jogo Brasil 3x1 Croácia na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Kevin Cox/Getty Images/Fifa

México 1 x 0 Camarões – Arena das Dunas (39.216 pessoas)
Capacidade máxima: 44.070
Capacidade na Copa: 39.305
Ocupação na estreia: 99,77%

Giovani dos Santos, craque da partida México 1x0 Camarões, na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Mike Hewitt/Getty Images/Fifa

Espanha 1 x 5 Holanda – Fonte Nova (48.173 pessoas)
Capacidade máxima: 54.907
Capacidade na Copa: 49.280
Ocupação na estreia: 97,75%

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Espanha 1 x 5 Holanda. Foto: Jeff Gross/Getty Images/Fifa

Chile 3 x 1 Austrália – Arena Pantanal (40.275 pessoas)
Capacidade máxima: 44.335
Capacidade na Copa: 39.553
Ocupação na estreia: 101,82%

Copa do Mudo de 2014, fase de grupos: Chile x Austrália. Foto: Clive Mason/Getty Images/Fifa)

Holanda voa sobre a Espanha com conexão na Fonta Nova

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Espanha x Holanda. Foto: Ryan Pierse/Getty Images/Fifa

A atual campeã caiu de forma vexatória em Salvador. No replay da final da Copa do Mundo de 2010, a vice Holanda foi à forra, dando olé.

Até sofreu um gol de cara em outro pênalti mandrake – “sofrido” pelo brasileiro Diego Costa -, mas, com muita qualidade técnica no setor ofensivo, reagiu e virou para incríveis 5 x 1, com vaga pra mais. Show de Van Persie e Robben.

Quando foi campeã na África, a Espanha tomou dois gols em sete jogos. Quatro anos depois, o Rojo chegou de novo como favorito ao título. Ou o maior segundo a imprensa local. Segue o toque de bola incessante. Só não é mais mistério…

Jornais Marca e AS na abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho de 2014

A marcação forte na intermediária seguida de uma rápida troca de passes parece desmanchar a estrutura tática de Del Bosque. Ao menos funcionou para a Holanda, impiedosa na meta de Casillas no primeiro jogaço da nossa Copa.

A título de curiosidade, só um país foi campeão mesmo sofrendo uma goleada no mesmo torneio. Em 1954, a Alemanha perdeu da Hungria por 8 x 3 na primeira fase. Na decisão, os germânicos venceram a própria Hungria por 3 x 2.

A Espanha terá que se reinventar para repetir o feito 60 anos depois…

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Espanha x Holanda. Foto: Walton/Getty Images/Fifa

Copeiro, Felipão já estimula os pênaltis, com Júlio César, Victor e Jefferson

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Teresópolis – O Brasil sequer estreou na Copa do Mundo, então falar de uma disputa de pênaltis a partir das oitavas de final talvez seja bastante cedo. Ou não. Copeiro em sua essência futebolística, o técnico Felipão vai estimulando ao fim de cada coletivo na Granja Comary uma série de cobranças de pênalti.

Há duas formas de observar esse treinamento. Ou no viés dos atacantes, que não vêm rendendo bem, ou dos goleiros, em excelente forma caso necessário o dramático desempate. Júlio César, Victor e Jefferson vêm defendendo várias cobranças nos treinos. Aqui, um registro do blog com o goleiro do Botafogo, com duas defesas em quatro cobranças.

Todos os cobradores, Neymar, Fred, Marcelo, David Luiz e Willian, são os já indicados por Felipão caso necessária uma situação do tipo. A ordem possivelmente seria esta.

Até hoje, a Seleção Brasileira já passou por três disputas assim, todas dramáticas. em 1986, quando Zico perdeu uma cobrança ainda no tempo normal, o país acabou eliminado pela França de Platini (3 x 4). Em uma das cobranças, a bola bateu nas costas do goleiro Carlos entrou. Era o início do fantasma dos Bleus.

Nas outras duas, apesar da elevada carga emocional imposta, os resultados foram festejados. Em 1994, na primeira final da história decidida nos tiros livres, com Baggio chutando por cima a última bola da Azzurra (3 x 2), e em 1998, numa semifinal antológica contra a Holanda (4 x 2), com Taffarel brilhando com duas defesas nos pênaltis – e já havia defendido o chute de Massaro quatro anos antes.

Na última disputa de pênaltis da Seleção, na Copa América de 2011, o país foi eliminado pelo Paraguai desperdiçando quatro cobranças. Portanto, é bom que os atacantes melhorem também…

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

De Puskas a Riquelme, os sonhos internacionais dos recifenses

Craques estrangeiros especulados no futebol pernambucano: Salenko (1996), Petkovic (2005), Verón (2008), Puskas (1957), Riquelme (2014), Ortega (2008), Davis (2009) e Luca Toni (2012)

Uma contratação de peso, internacional.

Pense em algo bem raro no futebol pernambucano, até que alguém noticie a negociação de um astro veterano com um dos grandes clubes da capital.

Durante dias especulações do tipo ganham corpo, envolvendo a torcida. Artilheiro da Copa, meia da seleção holandesa, craque argentino etc. Perfis variados entre os gringos. Em alguns casos, a sondagem é até concreta, com proposta salarial. Obviamente, bem acima da realidade, travando o desfecho.

Quase sempre, o fim da história é frustrante, diga-se.

O primeiro caso emblemático aconteceu há bastante tempo, em 1957, quando o Sport tentou contratar Ferenc Puskas. Isso mesmo, o craque húngaro que hoje dá nome ao prêmio da Fifa para o gol mais bonito da temporada.

No registro do extinto Diario da Noite, o diretor Leopoldo Casado chegou a oferecer 100 contos de réis por mês ao craque, que estava parado.

Diário da Noite em 1957

No ano anterior, Puskas liderou um movimento para que os compatriotas não voltassem à Hungria, após a revolução comunista do país. Acabou suspenso pela Fifa. Ele não acertou com o Rubro-negro. No ano seguinte, o major galopante assinou com o Real Madrid, e conquistou a Copa dos Campeões.

Confira a histórica edição do jornal em alta resolução aqui.

Relembre alguns casos curiosos de especulações internacionais no Recife.

Sport
1996 – Salenko, 27, Rússia (Valencia) – O artilheiro da Copa do Mundo de 1994, que alcançou a marca com cinco gols em um jogo, já sem chances de classificação, teria sido oferecido no Brasileirão. Não estava bem fisicamente.

2005 – Petkovic, 33, Sérvia (Fluminense) – Havia um rumor nos bastidores, mas foi uma “pegadinha”. Em vez da chegada de um helicóptero com o meia, passou na Ilha um avião monomotor com a frase “hexa é luxo”.

2008 – Verón, 33, Argentina (Estudiantes) – O nome do meia surgiu em novembro, mirando a Taça Libertadores do ano seguinte. Juan Sebastián disputou a Liberta, mas pelo Estudiantes. E foi campeão…

2012 – Luca Toni, 35, Itália (Juventus) – Curiosamente, a informação surgiu na própria Itália, através do TuttoSport, que cravou a sua saída com destino ao Leão. A direção do Sport jamais admitiu sequer o contato com o empresário.

2014 – Riquelme, 35, Argentina (Boca Juniors) – A surreal bola da vez. O veterano ídolo da Bombonera vê o seu contrato perto do fim. A renovação parece natural, no Recife foi divulgada a possibilidade de um acerto para a Série A (!).

Náutico
1998 – Piekarski, 23, Polônia (Flamengo) – O jogador surgiu no país no Atlético Paranaense. As tratativas chegaram a ficar na “reta final”, inclusive com apoio financeiro da FPF, mas o Alvirrubro acabou não chegado a um acordo.

2009 – Edgar Davids, 36, Holanda (Ajax) – Já experiente, o ex-meia da Juventus e Ajax teria sido oferecido ao Timbu. Sua “vontade” era atuar no Brasil. A novela durou duas semanas, sem ter tido ao menos o primeiro capítulo.

Santa Cruz
2008 – Ariel Ortega, 34, Argentina (River Plate) – O talentoso jogador sofria de alcoolismo, que o tirou do futebol. A passagem no Santa seria um recomeço na carreira. Trocou o Arruda pelo pequeno Independiente Rivadavia.

Lembra de mais algum “sonho” internacional no futebol pernambucano?

Os primeiros pitacos sobre a Copa de 2014

Grupos da Copa do Mundo de 2014. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

As 32 seleções classificadas ao Mundial de 2014 foram distribuídas.

Bem distribuídas, diga-se.

Grupo da morte? É melhor enxergar a alcunha no plural.

Obviamente, serão seis meses de projeções e mesas redondas até a bola rolar, na segunda Copa do Mundo da história organizada no país.

Falando nisso, vamos aos pitacos preliminares do blog…

Grupo A – Brasil, Croácia, México e Camarões
A Seleção Brasileira, em evolução técnica sob o comando de Felipão, caiu em uma chave moderada, no máximo. Representante europeia no quarteto, a Croácia enfrentou problemas para alcançar a sua vaga. O México até vem dando trabalho ao Brasil, mas nas categorias de base, como nas Olimpíadas e no Mundial Sub 17. No time principal, em Copas, é freguês – e não atravessa boa fase. Já Camarões cumpre a cota histórica de times africanos no caminho verde e amarelo. O foco o entendimento para contar com Eto’o.

Vagas: Brasil e México

Grupo B – Espanha, Holanda, Chile e Austrália
Um dos grupos mais difíceis do torneio, sem dúvida alguma. Nada menos que a atual campeã mundial e a atual vice-campeã. Protagonistas da batalha no Soccer City, na África do Sul, Fúria e Laranja Mecânica seguem em boa fase, novamente apontadas como favoritas. O Chile, por sua vez, registrou uma campanha sólida na eliminatória sul-americana, acabando em 3º lugar. Tem um forte conjunto e deve contar com apoio maciço da torcida. Sem surpresas, a Austrália é a zebra.

Vagas: Espanha e Holanda

Grupo C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão
Uma chave bastante equilibrada, mas, ao menos na tradição dos Mundiais, nivelada por baixo. Cabeça de chave através do ranking da Fifa, a Colômbia tem mais uma chance de realizar uma boa campanha e superar o trauma de 1994, quando chegou como favorita e decepcionou ainda na primeira fase. Quem não quer mudar é a Grécia, sempre com o seu truncado jogo e que às vezes se mostra eficiente. A Costa o Marfim tem em Drogba o principal jogador da chave. Por último, o Japão visa repetir a boa imagem deixada na Copa das Confederações, com um futebol rápido e ofensivo.

Vagas: Colômbia e Costa do Marfim

Grupo D – Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália
Eis um poderoso grupo a morte, com três campeões do mundo. A Costa Rica deve deixar o Brasil rapidamente. Difícil mesmo será apontar o campeão que também deixará o Mundial ainda na primeira fase. A Itália, do técnico Prandelli, conta com um grupo qualificado e tem tradição demais para ser relegada. Cenário semelhante ao da Inglaterra, sempre times de estrelas, no papel. No entanto, 1966 à parte – quando foi campeã como anfitrião -, o English Team costuma ficar pelo caminho. E o que dizer da aguerrida Celeste? Vem com Suárez, em grande fase, Forlán e Cavani disposta a manter a aura de 1950.

Vagas: Itália e Uruguai

Grupo E – Suíça, Equador, França e Honduras
A Suíça foi a cabeça-de-chave oficial, mas com o sorteio levando a França para a chave E, acabou havendo uma inversão de valores. As bolinhas camaradas no sorteio fizeram os Bleus de Franck Ribéry “ressurgir” na Copa, já com status de favoritos no grupo. A França tem boas chances de manter a sina de uma Copa boa e outra ruim. No caso, estea seria a “boa” (foi campeã em 1998, eliminada na 1ª fase em 2002, vice em 2006 e eliminada novamente na fase e grupos em 2010). Equador e Honduras não devem passar de meros figurantes.

Vagas: França e Suíça

Grupo F – Argentina, Bósnia, Irã e Nigéria
Historicamente, os hermanos são sorteados para grupos dificílimos. É algo cultural na torcida vizinha. Desta vez, entretanto, o sorriso foi largo em Buenos Aires. O time de Lionel Messi deve conquistar três vitórias (goleadas?) na primeira fase. Bósnia, Irã e Nigéria proporcionarão uma briga tremenda pela outra vaga nas oitavas. Leve vantagem para os nigerianos, com um lastro futebolístico – incluindo um título olímpico de 1996, sobre os próprios argentinos.

Vagas: Argentina e Nigéria

Grupo G – Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos
Outra chave equilibrada e de nível técnico elevado. A Alemanha esteve presente nas duas últimas semifinais, com equipes jovens de muita qualidade. Os lusos também tem uma boa memória recente, com a 4ª colocação em 2006. E ainda contam com o provável melhor jogador até a Copa, Cristiano Ronaldo – favorito ao prêmio da Fifa em 2013. Os EUA podem até endurecer algum confronto, mas não a ponto de mudar o destino dos classificados. Gana, que por pouco não alcançou a semifinal no Mundial passado, chegou na Copa ao atropelar o Egito na repescagem africana. O que não é suficiente para impor outro contexto.

Vagas: Alemanha e Portugal

Grupo H – Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul
No derradeiro grupo da Copa, os sul-coreanos fomentam a principal chance de evitar a classificação de dois europeus às oitavas. Arrumada, a Bélgica vive uma grande fase após quase três décadas de inércia na competição – foi semifinalista em 1986 – curiosamente, no calor mexicano. Sede da Copa do Mundo seguinte ao Brasil, a Rússia quebra um hiato de presenças que durava desde 2002. Nas Eliminatórias, deixou Portugal de CR7 em segundo lugar. No mínimo, merece respeito.

Vagas:  Rússia e Bélgica

Todos os cabeças de chave da Copa do Mundo

Campeões mundiais de futebol: Brasil (5), Itália (4), Alemanha (3), Argentina (2), Uruguai (2), França (1), Inglaterra (1) e Espanha (1)

A atualização do ranking da Fifa em outubro, com oito meses de antecedência, foi a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave da Copa do Mundo de 2014. Além do Brasil, a bilionária sede, seis países já foram confirmados, incluindo surpresas como Bélgica e Colômbia (lista abaixo). A oitava vaga depende do resultado do Uruguai na repescagem. Se passar pela Jordânia, a Celeste será um dos oito principais times do Mundial. Em caso de classificação inédita da Jordânia, a Holanda ocupará o posto.

O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa. No histórico de 1930 a 2014, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais selecionadas nos sorteios como cabeças de chave, os pseudo-favoritos. No 20º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, três deles não serão cabeças de chave. Ou seja, Itália, França e Inglaterra devem surgir em grupos da morte…

À parte do desempenho, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, o regulamento deve ser mantido.

Confira a tabela histórica com todos os países escolhidos pela Fifa como cabeças de chave. São 114 indicações.

1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958  – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e mais um*
* Uruguai ou Holanda (2014)

18 – Brasil
15 – Itália
14 – Alemanha
12 – Argentina
7 – Inglaterra
6 – Espanha e França
5 – Uruguai
4 – Holanda
3 – Hungria e Bélgica
2 – Áustria, Estado Unidos, México e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Polônia, Romênia, Suécia, Suíça e Turquia

Em três Copas, o número de cabeças de chave foi superior ao de grupos envolvidos. Em 1930 e 1978, foram cinco times para quatro vagas. Naturalmente, uma chave ficou com duas equipes de peso. Em 1954, num regulamento incomum, com partidas entre grupos distintos, foram dois cabeças de chave por chave.

Há ainda a curiosidade de que duas Copas do Mundo sequer tiveram cabeças de chave. Em 1958, na Suécia, o sorteio do torneio, com 16 países, contou com quatro potes distintos em relação às regiões, e não ao nível técnico. Assim, cada grupo contou necessariamente com um europeu ocidental, um europeu oriental, um país britânico e um das Américas.

Em 1970, no México, o sistema foi semelhante ao da edição de doze anos antes. Porém, os potes foram divididos em Europa 1 e 2, Américas e Resto do mundo.

Os critérios para a escolha os cabeças… 

Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990, 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998,  2002 e 2006
Ranking: 2010 e 2014

Histórico das 25 seleções que encabeçaram algum grupo no Mundial até 2010. No destaque (triângulo), os países que ganharam a Copa

Cabeças de chave da Copa do Mundo de 1930 a 2010. Crédito: Fifa

Os cabeças de chave que mais decepcionaram, caindo na 1ª fase.

Cabeças de chave da Copa do Mundo de 1930 a 2010. Crédito: Fifa

Seedorf, voz e violão, uma estrela solitária

Seedorf no Botafogo

A música “Sittin´on the dock of the bay” foi escrita pelo cantor de soul Otis Redding e pelo guitarrista Steve Cooper. A primeira gravação da canção aconteceu em 1967, poucos dias antes da morte de Otis. O disco, lançado em seguida, foi o primeiro álbum póstumo a ficar no topo das paradas de sucesso.

Composição datada de 1979, o reggae “Redemption Song” foi um dos maiores sucessos do jamaicano Bob Marley. A música foi listada pela revista Rolling Stones como a 66ª melhor da história. Marley faleceu pouco depois, em 1981.

Essas duas músicas estão entre as preferidas do holandês Clarence Seedorf, de 36 anos. Fluente em cinco idiomas, incluindo o português, o meia do Botafogo se arrisca como cantor, em inglês. Com bom desempenho.

Tanto que gravou duas das 16 faixas do álbum Percorsi di Vita, lançado em 2007, quando atuava no Milan. O objetivo foi levantar fundos para um hospital.

Confira Sittin´n the dock of the bay na voz do craque. Já a original, clique aqui.

Agora, a vez do reggae, com Redemption Song. Escute a original aqui.

Como bonus track, Seedorf cantando Redemption Song, de Bob Marley.

Em vinte anos, o Brasil vai da supremacia no ranking da Fifa ao fundo do poço

Ranking da Fifa em fevereiro de 2013

Com uma atualização mensal, o ranking da Fifa já teve o Brasil na liderança em 150 oportunidades desde a sua criação, em 1993.

Considerando que foram 235 listas divulgadas com o complexo sistema de pontuação, a Seleção Brasileira, de Careca a Neymar, liderou a tabela durante 63,8% do tempo nas últimas duas décadas do futebol.

Provavelmente por isso, por enxergar a Canarinha sempre tão alto num passado não muito distante, seja surreal observar a equipe verde e amarela afundada pelo terceiro mês consecutivo no 18º lugar, a pior colocação de sua história.

Noventa dias como coadjuvante, sem conseguir superar grandes adversários, aumentando ainda mais a pressão. A menos de 500 dias de sua própria Copa.

Enquanto isso, a Espanha mantém a liderança, agora com 18 meses seguidos, desde fugaz primeira colocação da Holanda, em agosto de 2011.

Atualmente, a Fúria, atual campeã mundial e europeia, registra uma segura diferença de 153 pontos sobre a segunda colocada, a Alemanha (veja aqui).

Será possível alguma mudança na liderança até a Copa do Mundo de 2014?

Meses na liderança do ranking (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):

Brasil – 150 (09/1993)
Espanha – 48 (07/2008)
França – 14 (05/2001)
Argentina – 10 (03/2007)
Alemanha – 6 (08/1993)
Itália – 6 (11/1993)
Holanda – 1 (08/2011)