Classificação da Série A 2016 – 23ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 23 rodadas. Crédito: Superesportes

A 23ª rodada deixou os clubes pernambucanos numa situação crítica. No Recife, o Santa Cruz cedeu o empate à Chapecoense, se mantendo a sete pontos da saída da zona de rebaixamento do Brasileirão. Em São Paulo, o Sport foi goleado pelo Corinthians, ficando por um triz. Hoje, o Leão tem a mesma pontuação do Figueirense, fora do Z4 apenas pelo número de vitórias (7 x 6). A atualização da classificação enfim mostra uma tabela completa, após a realização dos jogos atrasados no Rio (Botafogo 2 x 1 Grêmio e Flu 3 x 2 Figueira). Com isso, as projeções sobre as campanhas ficam mais confiáveis.

A cada rodada, o blog vem projetando dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo cálculo considera a campanha do 16º lugar, hoje o próprio Leão. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado para cima, resultaria em 45 pontos. Veja o que é preciso para sobreviver…

Sport – soma 27 pontos em 23 jogos (39,1%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 19 pontos em 15 rodadas
…ou 42,2% de aproveitamento
Simulações: 6v-1e-8d, 5v-4e-6d, 4v-7e-4d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 18 pontos em 15 rodadas
…ou 40,0% de aproveitamento
Simulações: 6v-0e-9d, 5v-3e-7d, 4v-6e-5d 

Santa Cruz – soma 20 pontos em 23 jogos (28,9%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 26 pontos em 15 rodadas
…ou 57,7% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-5d, 7v-5e-3d, 6v-8e-1d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 25 pontos em 15 rodadas
…ou 55,5% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-6d, 7v-4e-4d, 6v-7e-2d

A 24ª rodada dos representantes pernambucanos 

11/09 (16h00) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) 

Histórico pela elite…

Na Ilha do Retiro: nenhuma vitória leonina, 1 vitória coral e 1 empate
Com mando do Sport* pela elite: 1 vitória leonina, 2 vitórias corais e 1 empate
* Dois jogos ocorreram no Arruda, em 1975 (Santa 3 x 1) e 1976 (Sport 1 x 0)

Retificação na regra abre a possibilidade de divisão do Troféu Givanildo Oliveira

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa entre Sport e Santa Cruz em homenagem ao centenário do clássico, foi oficializado pela FPF em 19 de fevereiro. Na ocasião, o regulamento apontava a possibilidade de a própria entidade ficar com a taça, em caso de empate na pontuação somando todos os confrontos em 2016. Com a disputa já na reta final, a direção da federação resolveu fazer uma alteração, abrindo mão dessa possibilidade. Ou seja, a partir de agora, igualdade na tabela (não há saldo) resultará na divisão do troféu.

A retificação no “campeonato paralelo” lembra o centenário de Náutico x Sport, em 2009. Na época, o troféu, também ofertado pela FPF, foi disputado em apenas um jogo, no dia seguinte ao centésimo aniversário do Clássico dos Clássicos. Com o 3 x 3, pelo Brasileirão, cada clube ganhou uma peça, idêntica. Voltando ao presente, a entrega da taça ficou para o último Clássico das Multidões, no returno da Série A, na Ilha. E com a devida a presença de Givanildo Oliveira, o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas como jogador e técnico, sendo nove pela Cobra Coral e sete pelo Leão. 

Em 2017 será a vez do centenário do Clássico das Emoções, com a FPF já articulada para repetir a homenagem, nos moldes desta temporada.

Confira a situação do Troféu Givanildo Oliveira…

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, Arruda)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual, Arruda)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A, Arruda)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (Sul-Americana, Arena)

Jogos a disputar
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana, Arena)
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A, Ilha)

Classificação após 6 clássicos
9 pontos – Sport
6 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Em vantagem, com uma vitória a mais, o time rubro-negro precisa de uma vitória em dois jogos ou dois empates. Ambos os clássicos têm mando leonino.

Para dar Santa
O tricolor só tem uma alternativa para ter a taça de forma exclusiva: vencendo os dois jogos. Em seis clássicos na temporada, venceu apenas uma vez.

Para dividir o título
A pontuação final precisa ser, necessariamente, 10 x 10. Assim, precisa ocorrer um empate e uma vitória coral. Um segundo troféu seria confeccionado.

Pokémon GO nos estádios do Recife

Os pokémons nas ruas próximas aos estádios do Recife. Crédito: Cassio Zirpoli/reprodução/PokemonGO

O game Pokémon GO chegou ao Brasil em 3 de agosto de 2016, já como febre mundial e com status de jogo de celular mais popular na história dos Estados Unidos. Atualmente, são 7 milhões de downloads por dia, com os brasileiros dando uma senhora força. Com o estilo de jogo focado na “realidade aumentada”, com cada jogador localizado via GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês), as cidades do país foram digitalizadas no game da Niantic. No Recife, monumentos, esculturas e pinturas tornaram-se referências para o Pokémon GO (como “pokéstops”, para reabastecimento de itens, ou “ginásios”, para batalhas online). Neste contexto, estão os estádios de futebol.

O blog fez um levantamento nos quatro principais campos, capturando imagens e mostrando a força aproximada dos monstros mais comuns em cada local. Uma prévia para os usuários. Até porque nas partidas (de futebol) a jogatina nos celulares deverá se tornar bem comum entre os torcedores…

Os próprios clubes já entraram na onda: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Aflitos
O Náutico contém três pokéstops em sua área, sendo um deles o próprio estádio. Ou seja, pela localização (por aproximação), apenas pessoas que circulem dentro do clube podem alcançar o ícone. Assim como a sede tombada, um pequeno timbu também foi digitalizado com pokéstop. Na Rua da Angustura, é comum a presença de Weepinbell (força por volta de 205). Em relação à ginásios, o mais próximo fica a duas quadras do clube, na Rua do Futuro.

O cenário do game PokemonGO nos Aflitos. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Arena Pernambuco
Na Zona Oeste, apesar de mapeada pelo game, existem poucos pontos de captura. Um deles é justamente a Arena, em São Lourenço, com um pokéstop e um ginásio de batalha. Pela pouca circulação de pessoas (à parte dos jogos), o nível do ginásio “O Jogador” ainda é baixo. No estacionamento leste é possível encontrar pokémons como Eevee (força 159) e Pidgeotto (força 139).

O cenário do game PokemonGO na Arena Pernambuco. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Arruda
Entre os grandes clubes locais, apenas o Tricolor tem um ginásio de batalhas dentro de sua área. O nome é sugestivo: Mundão do Arruda. Além disso, tem uma pokéstop (da calçada, dependendo do sinal, é possível alcançar) baseada no mural do centenário do Santa Cruz. Sobre os pokémons, é possível encontrar na Rua das Moças tipos básicos como o Bellsprout (força 106).

O cenário do game PokemonGO no Arruda. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Ilha do Retiro
Em termos de área, só perde para a arena (10 hectares x 27 hectares). No Sport existem três pokéstops: entrada do arco e a estátua de Ademir Menezes, acessíveis na rua, e a bola da Copa 2014, dentro do clube. Na Avenida Prefeito Lima Castro, na entrada da arquibancada frontal, é possível encontrar Staryu (força 143). Já o ginásio de batalhas mais próximo fica na Escola Politécnica. Porém, o nível já está alto, com um pokémon de força 2.759 (Dragonite).

O cenário do game PokemonGO na Ilha do Retiro. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Sem consórcio e garantia de faturamento, Arena PE encara concorrência de aluguel

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP (Arruda e Aflitos), Sport (Ilha) e Ministério de Esporte (Arena)

O fim do consórcio Arena Pernambuco, numa parceria público-privada entre o governo do estado e a Odebrecht, depois de apenas três anos de operação (malsucedida) colocou o empreendimento numa inédita situação de concorrência na praça. Sem clube algum de contrato assinado, uma vez que o acordo de 30 anos com o Náutico se dissipou junto à supracitada rescisão, o estádio agora só recebe jogos em caso de acordos pontuais. Cenário tanto com o Trio de Ferro quanto para qualquer outro clube de fora que encare os custos.

Neste primeiro momento, uma gestão temporária através da secretaria de turismo, esportes e lazer, cuja pasta está nas mãos de Felipe Carreras. Sem a muleta de faturamento mínimo garantido, numa cláusula pra lá de dispendiosa aceita pelo governo Eduardo Campos, foi preciso calcular custos jogo a jogo. Eis a primeira proposta apresenta ao Timbu, com dois cenários. Em ambos os casos, não haveria cobrança por aluguel e/ou manutenção da arena.

Até 5.000 pagantes
A renda seria insuficiente até para cobrir os custos da Arena. Contudo, o estado arcaria com toda a despesa. 

Acima de 5.000 pagantes
Renda suficiente para bancar os custos operacionais, com clube e governo dividindo a renda líquida. O estado usaria a sua parte para pagar a conta do cenário menor.

O Náutico não aceitou (até porque, em tese, sempre “apostaria” na presença de sua torcida para ter direito a algo) e nem enviou a contraproposta, acertando a realização de um jogo, contra o Bragantino, em 18 de junho, no Arruda. Endureceu a conversa, deixando aberta o restante da sua agenda em 2016. Estima-se que o custo operacional da Arena seja de aproximadamente R$ 70 mil. Os demais estádios da capital contam com uma tabela de aluguel, criada pela FPF para o Estadual e que pode ser usada pelos clubes para o Brasileiro – apesar de no nacional a cobrança ser livre. Neste caso, contudo, quem aluga também se compromete ao custo operacional.

No Arruda, além de pagar até R$ 24 mil, o clube interessado teria que bancar R$ 50 mil de custo (manutenção, estrutura, luz, limpeza etc). Em tese, valores semelhantes. Porém, o simbolismo da troca de mando timbu pesa na negociação, com rubro-negros e tricolores cada vez mais arredios às propostas do estado. Enquanto o governo tenta evitar um prejuízo maior, até a licitação internacional estimada para agosto, os clubes assumem o discurso de uso da arena sem custo e com garantia de receita – como era com o suspenso Todos com a Nota, com 25 mil ingressos subsidiados por lá.

Sem o antigo consórcio, que a arena só abra com condições de gerar receita…

Ah! Em 2017, o estádio dos Aflitos, com reforma mínima orçada R$ 2,5 milhões, aumentará a concorrência no Recife. As vantagens em São Lourenço terão que ser cada vez maiores…

Aluguel/jogo*
R$ 13.579 – Aflitos/dia
R$ 16.338 – Aflitos/noite
R$ 16.338 – Ilha do Retiro/dia
R$ 19.012 – Ilha do Retiro/noite
R$ 21.728 – Arruda/dia
R$ 24.444 – Arruda/noite*
*Valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em relação aos preços tabelados pela federação (e ainda válidos) de 2012.

Custo operacional/jogo
R$ 30 mil – Ilha do Retiro
R$ 50 mil – Arruda
R$ 70 mil – Arena Pernambuco

Aluguel + custo operacional/jogo
R$ 270 mil – Arena Pernambuco**

** Apenas um jogo ocorreu neste modelo, Botafogo x Fluminense, na Série A de 2013, com o aluguel correspondendo a 73% da renda bruta. O alvinegro, mandante, teve um prejuízo de R$ 41 mil. Entretanto, este valor é negociável de acordo com o público projetado.

Projeto de readequação da Ilha, o passo inicial para retomar os 32 mil lugares

Projeto de otimização da Ilha do Retiro. Crédito: Jaime Portugal Arquitetura/Instagram

Com o projeto da arena estagnado, por falta de investidores (R$ 700 milhões em tempos de crise? irreal), o Sport deve partir para reformas pontuais na Ilha do Retiro, visando o conforto, para não ficar tão distante do padrão atual oferecido nos principais estádios do país, e na acessibilidade, que vem limitando a capacidade de público. Por isso, a direção atua em duas frentes.

Com prazo maior, uma comissão de reforma ficou responsável pelo estudo de viabilidade, sobre as verdadeiras necessidades do velho estádio (cadeiras em todos os setores? cobertura? ampliação?). Em outra vertente, para ontem, o objetivo é melhorar o acesso, um dos motivos para a diminuição da capacidade, de 32.983 torcedores para 27.435. Limitação a ponto de não poder liberar 10% (lei) aos visitantes, com o corpo de bombeiros autorizando apenas 2.335 pessoas (em vez de 2.743). Contratado, o escritório Jaime Portugal Arquitetura elaborou esta segunda parte, já concluída, tanto no estádio quanto no entorno.

A princípio, um projeto voltado para a acessibilidade, de cadeirantes e idosos, com rampas e sinalizações, além de numeração das cadeiras. Somando cadeira central, ampliação, especial e sociais, são 12.937 assentos vermelhos. Com a numeração, espera-se uma melhora no processo de venda online. Caberá ao clube adotar ou não as sugestões técnicas. O laudo em vigor dos bombeiros, determinando a capacidade atual, vale até 25 de setembro de 2016, com a Ilha podendo sofrer novas adequações. Inclusive com nova redução.

Projeto de otimização da Ilha do Retiro. Crédito: Jaime Portugal Arquitetura/Instagram

Troféu Givanildo Oliveira a um jogo da decisão, na Ilha. Ou com extra na Sula

Givanildo Oliveira, campeão pernambucano pelo Santa Cruz em 1970 e pelo Sport em 1980

O Troféu Givanildo Oliveira, criado pela FPF em comemoração ao centenário do Clássico das Multidões, está na reta final da decisão. Após cinco partidas entre tricolores e rubro-negros na temporada, a decisão pode acontecer na Ilha do Retiro, em setembro, no returno da Série A. Mas existem algumas observações.

Para dar Sport
O regulamento do troféu especial considera apenas os pontos somados nos clássicos em competições oficiais de 2016, sem critério de saldo de gols. Hoje, o Leão tem três pontos de vantagem. Com apenas mais uma partida marcada, o time jogaria pelo empate para levar a disputa.

Para ficar com a FPF
Sim, a regra prevê uma posse “neutra” em caso de empate na pontuação. Para a taça ficar no salão nobre da federação, é preciso ocorrer uma vitória coral no sexto duelo, encerrando a série atual. Assim, cada rival somaria oito pontos.

Para dar Santa Cruz
A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita estender a tabela de clássicos. E isso só pode ocorrer caso vá à Sul-Americana, ou seja, saindo da Copa do Brasil diante do Vasco. Ainda assim, precisaria ser sorteado no chaveamento leonino e somar ao menos sete pontos nos jogos restantes. Claro, com a Sula, também haveria chance de posse para Sport e FPF.

Jogos disputados
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)

Jogo marcado a disputar
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A)

Possibilidade de confronto
Santa Cruz x Sport (Sul-Americana)
Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)

Classificação
8 pontos – Sport
5 pontos – Santa Cruz

O patrimônio dos clubes pernambucanos, com estádios, CT, imóveis e terrenos

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Crédito: Google Maps 13/11/2015

Os estádios dos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda são os principais pilares dos patrimônios sociais de Náutico, Sport e Santa Cruz. Entretanto, as propriedades dos clubes vão bem além disso. Sede, ginásios, parque aquático, centros de treinamento, terrenos etc. A partir dos balanços financeiros de 2015, publicados em abril no site da federação pernambucana de futebol, o blog elencou os clubes locais com patrimônios acima de R$ 1 milhão. A lista surpreende bastante, sobretudo pelo Central, tomando do Tricolor o lugar no pódio.

Localizado num bairro nobre de Caruaru, Maurício de Nassau, o estádio alvinegro é alvo, há anos, da especulação imobiliária. Só o Lacerdão valeria R$ 88 milhões, já acima do valor estipulado pelo balanço coral, de R$ 63 milhões. Um comparativo no papel, pois em muitos casos as direções “congelam” os valores das propriedades nos relatórios fiscais. Ou seja, em valor de mercado o metro quadrado de cada local (inclusive do Arruda) pode variar bastante (para mais). Como critério, o blog seguiu os dados oficiais, fornecidos pelos clubes.

A lista considerou apenas imóveis. A ressalva é necessária pois alguns clubes informam maquinário, equipamentos eletrônicos e veículos. O Sport, por exemplo, soma R$ 8 milhões só neste quesito. Em tempo: nada está à venda.

Patrimônio social
1º) Sport, R$ 165.480.870 (Ilha do Retiro e clube)
2º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
5º) Sete de Setembro, R$ 18.000.000 (Gigante do Agreste e terreno)
6º) América, R$ 1.700.319 (imóvel)
7º) Porto, R$ 1.361.656 (CT e imóveis)

Observações:
1) No caso de Sport e Náutico, os respectivos centros de treinamentos, em Paratibe e na Guabiraba, não foram listados nos balanços.

2) A lista milionária poderia ser maior caso Centro Limoeirense e Ypiranga, proprietários dos estádios José Vareda e Limeirão, detalhassem seus balanços.

3) O casarão na Estrada do Arraial é alvo de disputa pelo América, que perdeu o imóvel em 2012 num leilão para abater uma dívida. O clube tenta anular o processo. De toda forma, em 2015, passou a ser classificado como Imóvel Especial de Preservação (IEP) e não pode mais ser demolido.

Área dos clubes
1º) Ilha do Retiro, 110 mil m²
2º) Arruda, 57 mil m²
3º) Aflitos, 41 mil m²

Área dos centros de treinamento
1º) Wilson Campos, 49 hectares
2º) Ninho do Gavião, 20 hectares
3º) José de Andrade Médicis, 8,4 hectares

Alírio Moraes no cimento da Ilha do Retiro acompanhando o bicampeonato tricolor

Alírio Moraes assistindo à decisão de 2016, entre Sport e Santa Cruz, na Ilha. Foto: Rafael Brasileiro/DP

O presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, se misturou aos 2.335 tricolores que pagaram ingresso para assistir à final do Campeonato Pernambucano de 2016, na Ilha do Retiro. O dirigente tinha direito a um camarote, numa cortesia comum nos clássicos, mas optou pelo cimento, numa experiência única junto ao povão.

O registro é do repórter Rafael Brasileiro, do Diario de Pernambuco, que filmou a tarde de Alírio na apinhada geral do placar, do contato com a torcida, passando pela apreensão nos noventa minutos e terminando com a festa após o empate, descendo para o campo para festejar o bicampeonato estadual sob sua gestão.

Confira a reportagem completa sobre a presença de Alírio na geral aqui.

Todas as voltas olímpicas no Campeonato Pernambucano, do British Club à Arena

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP (Arruda e Aflitos), Sport (Ilha) e Ministério de Esporte (Arena)

Atualizado em 28 de março de 2018

Em mais de um século de história, nove estádios celebraram o campeão pernambucano. Do antigo campo do British Club, em 1915, num terreno hoje ocupado por parte do Museu do Estado, à Arena Pernambuco, construída para a Copa do Mundo e estruturada com o que há de mais moderno. Os sete campeões estaduais (Sport, Santa, Náutico, América, Torre, Tramways e Flamengo) revezaram inúmeros palcos.

Dentre as 104 edições, 34 foram marcadas com conquistas de forma direta, sem a necessidade de uma final, extra, playoff etc. Exatamente por este motivo, duas voltas olímpicas aconteceram no interior, em Caruaru e Petrolina, com rubro-negros e tricolores ganhando a taça de forma antecipada. Entretanto, o cenário mais comum é mesmo a realização de uma final, com 70 edições até hoje.

Abaixo, confira o rendimento de cada clube em cada estádio, tanto no cenário geral quanto num recorte apenas com as finais de campeonato.

Voltas olímpicas (104 campeonatos)

Ilha do Retiro (37)
Sport (21, com 56%) – 1942, 1943, 1948, 1956, 1958, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008 e 2010
Santa Cruz (10, com 27%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012, 2013 e 2016
Náutico (5, com 13%) – 1945, 1952, 1954, 1964 e 1965
América (1, com 2%) – 1944

Aflitos (21)
Náutico (8, com 38%) – 1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1967, 1968 e 1974
Sport (7, com 33%) – 1917, 1941, 1949, 1953, 1955, 1975 e 2009
Santa Cruz (5, com 23%) – 1947, 1959, 1969, 1972 e 1978
Torre (1, com 5%) – 1926

Arruda (18)
Santa Cruz (9, om 47%) – 1970, 1976, 1979, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015
Náutico (6, com 35%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (3, com 17%) – 1977, 1980 e 1982

Jaqueira (13)
América (3, com 23%) – 1919, 1922 e 1927
Santa Cruz (3, com 23%) – 1931, 1933 e 1935
Sport (3, com 23%) – 1920, 1928 e 1938
Tramways (2, com 15%) – 1936 e 1937
Torre (1, com 7%) – 1929
Náutico (1, com 7%) – 1939

Avenida Malaquias (8)
Sport (3, com 37%) – 1923, 1924 e 1925
América (2, com 25%) – 1918 e 1921
Torre (1, com 12%) – 1930
Santa Cruz (1, com 12%) – 1932
Náutico (1, com 12%) – 1934

British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916

Arena Pernambuco, São Lourenço (2)
Sport (1, com 100%) – 2014
A definir – 2018

Antônio Inácio, Caruaru (1)
Sport (1, com 100%) – 1997

Paulo Coelho, Petrolina (1)
Santa Cruz (1, com 100%) – 2005

Cornélio de Barros, Salgueiro (1)
Sport (1, com 100%) – 2017

Finais do Estadual (69 edições)

Ilha do Retiro (28)
Sport (15, com 53%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa Cruz (10, com 35%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012, 2013 e 2016
Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965
América (1, com 3%) – 1944

Arruda (16)
Santa Cruz (8, com 50%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015
Náutico (6, com 37%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2, com 12%) – 1977 e 1980

Aflitos (15)
Náutico (7, com 46%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974
Sport (5, com 33%) – 1917, 1949, 1953, 1955 e 1975
Santa Cruz (3, com 20%) – 1947, 1959, 1969

Jaqueira (3)
Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935
Sport (1, com 33%) – 1920

Avenida Malaquias (3)
América (1, com 33%) – 1921
Santa Cruz (1, com 33%) – 1932
Náutico (1, com 33%) – 1934

British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916

Arena Pernambuco (2)
Sport (1, com 100%) – 2014
A definir – 2018

Cornélio de Barros, Salgueiro (1)
Sport (1, com 100%) – 2017

Os 14 maiores públicos da história do Clássico das Multidões, acima de 50 mil

Pernambucano 1999, 1º turno: Santa Cruz 1x1 Sport. Crédito: Ricardo Borba/DP/D.A Press

Leonardo e Mancuso, protagonistas do maior público da história do clássico.

O confronto entre Sport e Santa Cruz passou a ser conhecido como Clássico das Multidões em 1943, se popularizando rapidamente no Recife, num reflexo dos públicos apinhados na Ilha do Retiro, o maior palco da cidade até então. Com a inauguração do Arruda, três décadas depois, os borderôs do confronto subiram de patamar, ultrapassando os 50 mil espectadores.

Entre as 547 partidas disputadas em um século de história, catorze superaram a expressiva marca, todas válidas pelo Campeonato Pernambucano – o recorde na Série A é de 47.924, na Copa João Havelange. Exceção feita ao único jogo na Ilha na lista, na época da campanha “Vale Lazer”, os demais foram disputados no estádio coral. Não por acaso, doze ocorreram após a construção do anel superior, em 1982. E olhe que apenas dois jogos decidiram títulos, em 1990 e 2011, ambos conquistados pelo Tricolor, mesmo com vitórias leoninas.

Em relação ao recorde de público do Clássico das Multidões, segundo relatórios oficiais, o número poderia ter sido bem maior. No histórico embate entre Mancuso e Leonardo, no primeiro clássico do argentino, foram 71.197 pagantes, com o povo pagando R$ 6 na arquibancada inferior e R$ 3 na geral. O público total chegou a 78 mil. Entretanto, houve invasão, ingresso iô-iô e superlotação, com fontes garantindo mais de 90 mil torcedores no Mundão em 1999.

Os maiores públicos, com dados de Carlos Celso Cordeiro e arquivo do Diario:

78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, 21/02/1999
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport, 03/05/1998
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport, 18/07/1993
70.000 – Santa Cruz 0 x 2 Sport, 20/02/1994*

67.421 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, 20/05/1990
62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, 15/05/2011
61.440 – Santa Cruz 0 x 0 Sport, 11/07/1993
58.860 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, 27/05/1990
54.742 – Santa Cruz 1 x 0 Sport, 16/05/1999
54.510 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, 19/05/1999
51.192 – Santa Cruz 0 x 0 Sport, 03/12/1983
50.664 – Santa Cruz 2 x 2 Sport, 06/05/1979

50.126 – Santa Cruz 3 x 2 Sport, 14/05/2000
50.106 – Sport 4 x 1 Santa Cruz, 29/03/1998**

* O ingresso promocional foi um recorte do Jornal do Commercio
** O único jogo na Ilha do Retiro

Pernambucano 1999, 1º turno: Santa Cruz 1x1 Sport. Crédito: Ricardo Borba/DP/D.A Press