O ABC foi o primeiro clube a ganhar o título estadual em 2018. Manteve o domínio no Rio Grande do Norte, com o tri – desta vez, de forma antecipada, com a conquista dos dois turnos. Mas o alvinegro de Natal foi além. À parte da relevância de cada competição, o clube se autoproclamou o “Maior Campeão do Mundo”. Um exagero sem tamanho, mas que, acredite, tem justificativa.
Considerando todas as competições oficiais, o ABC se tornou o clube com mais títulos dentro de um mesmo torneio. Chegou ao 55º título potiguar em 97 edições (56,7%) – no país, detém esse recorde há tempos. Com isso, desempatou a ‘disputa’ com o Rangers, que não ergue a taça do campeonato escocês desde 2011 – com o arquirrival Celtic trilhando o hexa. Neste contexto, entre títulos internacionais, nacionais e estaduais, apenas quatro clubes ultrapassaram a barreira de 50 títulos – sem somar torneios distintos, claro, pois o Real Madrid, por exemplo, tem 88 troféus em sua galeria.
Os 10 maiores campeões de uma competição oficial de futebol 55 – ABC (Brasil – Rio Grande do Norte) 54 – Rangers (Escócia) 52 – Linfield (Irlanda do Norte) 50 – Peñarol (Uruguai) 48 – Celtic (Escócia) 47 – Paysandu (Brasil – Pará) 46 – Nacional (Uruguai) 46 – Bahia (Brasil – Bahia) 45 – Rio Branco (Brasil – Acre) 45 – Internacional (Brasil – Rio Grande do Sul)
A Conmebol atualizou o seu ranking de clubes, que considera apenas as campanhas na Taça Libertadores, sendo utilizado justamente para definir os cabeças-de-chave do torneio seguinte – no caso, a edição de 2018. Ao contrário dos dois primeiros anos da lista oficial, apresentando apenas os cem primeiros, agora foram enumerados todos os 208 clubes que já se classificaram ao menos uma vez para o maior torneio sul-americano. O ranking vigente contempla histórico e performance recente, na Liberta e em títulos dos campeonatos nacionais (que funcionam como bônus).
O ranking de 2017 obedece três fatores em ordem de importância: 1) Performance nos últimos dez anos da Liberta (de 2008 a 2017) 2) Coeficiente histórico (com a pontuação de 1960 a 2007) 3) Títulos do campeonato nacional (de 2007 a 2016)* * Apenas um por país, sem contar as copas nacionais. Em caso dois campeonatos nacionais por ano, vale metade da pontuação.
A tabela de campanhas da última década na Libertadores é a base da lista, que vai conferindo 100% da pontuação ao primeiro ano, 90% ao segundo e assim sucessivamente, até 10% ao ano mais antigo. Caso ultrapasse os dez anos, a campanha passa ser mensurada no segundo quesito do regulamento, o “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. É um pouco complicado, mas impõe uma certa justiça entre feitos recentes e a história escrita.
Sobre a atualização, o River Plate tomou a liderança o rival Boca Juniors, tirando uma diferença de 1.364 pontos! Atual campeão continental, o Grêmio saltou do 12º para o 3º lugar, assumindo, consequentemente, a liderança entre os brazucas. Ao todo, 28 times do país já participaram da copa, sendo três nordestinos: Bahia (1960, 1964 e 1989), Sport (1988 e 2009) e Náutico (1968). Melhor colocado, o leão pernambucano era também o único que havia sido listado anteriormente: 80º em 2015, 100º em 2016 e 108º em 2017. Sobre o timbu, a situação poderia ser melhor, com a 163ª posição em vez da 178ª. O clube poderia ter 24 pontos, mas perdeu os pontos de uma vitória (que correspondem a 8 neste ranking) por causa de uma escalação irregular.
Brasileiros no Ranking 1960-2017 (entre parênteses, a posição geral): 1º) Grêmio (3º) – 5.312 pontos (3 títulos, 17 participações) 2º) Atlético-MG (7º) – 3.930 pontos (1 título, 9 participações) 3º) São Paulo (8º) – 3.687 pontos (3 títulos, 18 participações) 4º) Santos (11º) – 3.496 pontos (3 títulos, 13 participações) 5º) Corinthians (12º) – 3.340 pontos (1 título, 13 participações) 6º) Cruzeiro (13º) – 3.229 pontos (2 títulos, 15 participações) 7º) Internacional (16º) – 2.880 pontos (2 títulos, 11 participações) 8º) Palmeiras (22º) – 2.481 pontos (1 título, 17 participações) 9º) Flamengo (35º) – 1.608 pontos (1 título, 13 participações) 10º) Fluminense (26º) – 1.480 pontos (1 vice, 6 participações) 11º) Botafogo (41º) – 1.299 pontos (1 semifinal, 5 participações) 12º) Atlético-PR (50º) – 934 pontos (1 vice, 5 participações) 13º) Vasco (54º) – 810 pontos (1 título, 8 participações) 14º) Chapecoense (89º) – 300 pontos (1 participação) 15º) São Caetano (95º) – 228 pontos (1 vice, 3 participações) 16º) Sport (108º) – 148 pontos (2 participações) 17º) Guarani (110º) – 138 pontos (1 semifinal, 3 participações) 18º) Bahia (127º) – 68 pontos (3 participações) 19º) Criciúma (137º) – 56 pontos (1 participação) 20º) Coritiba (138º) – 52 pontos (2 participações) 21º) Paysandu (142º) – 48 pontos (1 participação) 22º) Goiás (145º) – 40 pontos (1 participação) 23º) Paraná (158º) – 28 pontos (1 participação) 24º) Santo André (163º) – 24 pontos (1 participação) 25º) Paulista (170º) – 20 pontos (1 participação) 25º) Juventude (171º) – 20 pontos (1 participação) 27º) Náutico (178º) – 16 pontos (1 participação) 28º) Bangu (192º) – 8 pontos (1 participação)
A direção de competições da Conmebol divulgou a agenda completa das quartas de final da Copa Sul-Americana de 2017, com jogos de 24 de outubro a 2 de novembro. O Sport jogará em duas quintas-feiras, ou seja, fora da grade da tevê aberta – mas com exibição na Fox ou no SporTV. Para a tabela, a entidade entrou em acordo com as emissoras detentoras dos direitos, com o Fla-Flu caindo para o horário nobre da Globo em duas quartas-feiras.
Sobre o duelo entre o leão pernambucano e o tubarão colombiano, o confronto irá encerrar esta fase da Sula, cuja premiação, em caso de passagem à semi, é de R$ 1,7 milhão. O jogo de ida será na Ilha do Retiro, enquanto a volta será disputada no Estádio Metropolitano. No horário do Recife, ambos os jogos são às 21h45. Contudo, em Barranquilla são duas horas a menos no fuso.
A agenda do Leão durante a 4ª fase da Sula 23/10 (20h00) – Atlético-PR x Sport (Série A) 26/10 (21h45) – Sport x Junior (Sul-Americana) 29/10 (n/d) – Sport x Coritiba (Série A) 02/11 (21h45) – Junior x Sport (Sul-Americana) 05/11 (n/d) – Chapecoense x Sport (Série A)
Definidos os 8 clubes classificados às quartas da Copa Sul-Americana 2017. Em jogo isolado, o Fluminense eliminou a LDU em Quito, diminuindo o trauma dos vices em 2008 (Liberta) e 2009 (Sula). Com isso, fechou a formatação da quarta fase do torneio, com 3 clubes brasileiros, 2 argentinos, 2 paraguaios e 1 colombiano. Entre os remanescentes, apenas um campeão da Sula, o Independiente, e um vice, o próprio tricolor carioca, que terá agora um Fla-Flu.
Eis os confrontos (definem em casa os times à esquerda): Racing (Argentina) x Libertad (Paraguai)
Independiente (Argentina) x Nacional (Paraguai)
Junior (Colômbia) x Sport (Brasil)
Flamengo (Brasil) x Fluminense (Brasil)
Na próxima fase, os jogos de ida devem acontecer nos dias 24, 25 ou 26 de outubro, enquanto os de volta serão na semana seguinte, em 31 de outubro e 1 e 2 de novembro – a Conmebol ainda irá detalhar a agenda de cada partida.
O Sport segue como um dos representantes do país na copa, chegando pela 1ª vez às quartas, cenário inédito em todo o futebol do Nordeste. A partir do chaveamento estabelecido, o blog compilou os possíveis rivais do leão, caso siga caminhando. Em relação à premiação da Sula, a passagem à semifinal valerá, a qualquer participante, o aporte de 550 mil dólares, ou R$ 1,7 milhão.
Possíveis adversários do Sport na Copa Sul-Americana 2017: 1ª fase – Danubio-URU, 3 x 0 e 0 x 3 (4 x 2 no pênaltis) 2ª fase – Arsenal-ARG, 2 x 0 e 1 x 2 Oitavas – Ponte Preta-BRA, 3 x 1 e 0 x 1 Quartas – Junior-COL, a disputar (ida no Recife, volta em Barranquilla) Semifinal – Flamengo-BRA ou Fluminense-BRA* Final – Racing-ARG, Libertad-PAR, Independiente-ARG ou Nacional-PAR* * O leão jogaria a volta do confronto em Pernambuco
Participações (e melhores desempenhos) na Sula: 13 – Libertad (semifinal em 2013) 8 – Independiente (campeão em 2010) 6 – Fluminense (vice em 2009) 6 – Flamengo (quartas em 2017) 5 – Sport (quartas em 2017) 4 – Junior (quartas em 2004, 2016 e 2017) 4 – Racing (quartas em 2002 e 2017) 4 – Nacional (quartas em 2017)
Com a elaboração da Taça Ariano Suassuna, em 2015, o Sport criou um evento particular na pré-temporada, emulando a ideia já tradicional no Barcelona (Joan Gamper) e Real Madrid (Santiago Bernabéu). Ou seja, a apresentação do elenco em um amistoso internacional no Recife, valendo um troféu simbólico. Começou com o pé direito, com 22 mil torcedores na arena diante do Nacional do Uruguai. Em 2016, na Ilha, menos de dez mil para assistir ao duelo contra o Argentinos Juniors. Em 2017, novo confronto inédito, desta vez contra o The Strongest.
Ao contrário das primeiras edições, o clube boliviano não é um campeão continental. Apesar do status de atual campeão nacional (soma 12 títulos), vem de um centro menor. Mantém a aura internacional da disputa, essencial, mas abaixo dos nomes trabalhados no período, como Atlético Nacional (atual campeão da Libertadores) e Lanús (atual campeão argentino). Por sinal, as sondagens só começaram em dezembro, bem em cima da hora para uma data já certa, anual. Após as negativas e com a agenda cada vez mais apertada, a direção leonina recebeu um sinal positivo do aurinegro de La Paz, onde joga o volante Chumacero, com passagem no próprio rubro-negro pernambucano.
A Taça Ariano é uma disputa com potencial de mercado, tanto que será exibida na televisão para todo o país pela 3ª vez, via Esporte Interativo. E merece uma atenção prévia, com o clube transformando de fato o jogo em evento.
24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional-URU; 22.356 pessoas (R$ 547.250)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors-ARG; 8.909 pessoas (R$ 216.865)
22/01/2017 – Sport x The Strongest-BOL, na Arena Pernambuco
Três ex-campeões na semifinal da Libertadores de 2016, com o Independiente del Valle se mantendo como a maior surpresa. O clube jamais havia chegado tão longe, ficando a um passo de colocar o Equador pela quarta vez na decisão (LDU em 2008 e Barcelona em 1990 e 1998). Terá pela frente um mamute, o hexacampeão Boca Juniors. O time xeneize pode chegar à 11ª final, tornando-se recordista isolado – hoje, divide o status com o Peñarol. Em caso de título, enfim alcançaria o conterrâneo Independiente de Avellaneda, hepta desde 1984! Com Carlitos Tévez e pelo copeirismo histórico, o time argentino é o favorito absoluto.
No outro lado, o time com o melhor futebol do torneio. São Paulo? Não. O time, que pode se tornar no primeiro brasileiro tetracampeão, é um retrato das equipes comandadas por Bauza. Faz o resultado em casa, jogando fechadinho como visitante, no limite. Plasticamente não agrada, mas não dá pra negar a eficiência. Já o adversário, o Atlético Nacional, empolga. Toque de bola, sempre vertical. Venceu 7 dos 10 jogos disputados. No mata-mata, aniquilou os argentinos Huracán e Rosario por 4 x 2 e 3 x 1. Nas quartas, passou no último lance. Estaria no limite? Camisa, tem. Ostenta o título de 1989, com Higuita.
Qual será a final da Libertadores 2016?
São Paulo x Boca Juniors (60%, 488 Votes)
Atlético Nacional x Boca Juniors (26%, 212 Votes)
São Paulo x Independiente del Valle (9%, 70 Votes)
Atlético Nacional x Independiente del Valle (5%, 43 Votes)
Exposta na sala de troféus do Sport, a Ariano Suassuna está ao lado da taça da Copa do Brasil de 2008 e da bola da final contra o Corinthians, e da conquista do campeonato estadual de 2010, o segundo pentacampeonato do clube. A peça já foi atualizada após o amistoso contra o Argentinos, na Ilha do Retiro, com o clube divulgando um vídeo com a colocação da insígnia dourada.
Conforme informado, a Taça Ariano Suassuna terá uma base semelhante à Libertadores, com os nomes dos campeões gravados, uma ideia interessante. Nos dois primeiros anos, o próprio nome do Leão foi adicionado à base preta, com as datas dos jogos. Como sugestão, a plaquinha poderia ter também o nome do adversário, sobretudo se o evento de pré-temporada for duradouro.
Veja como ficou a Taça Ariano Suassuna clicando aqui.
O Sport resolveu seguir a linha de torneios tradicionais e manteve o formato da Taça Ariano Suassuna. O troféu será sempre o mesmo na copa amistosa criada pelo clube, tendo como novidade em 2016, na disputa contra o Argentinos Juniors, a entrega de uma segunda peça, de tamanho reduzido.
Não se trata de um troféu para o vice, mas uma réplica do troféu principal, numa ideia semelhante ao critério da antiga Taça das Bolinhas, o prêmio do Brasileirão entre 1975 e 1992. Pela regra, o campeão erguia o troféu original, com 60 centímetros, levando para casa uma réplica com metade do tamanho – o mesmo modelo guardado na Ilha, referente a 1987. Na Ariano Suassuna, o vencedor erguerá o troféu maior no campo, mas o visitante, independentemente do resultado, levará para casa sempre o menor, devidamente customizado sobre o jogo, como lembrança. O original fica em posse do Leão.
Outra diferença é o espaço para colocar placas com o vencedores de cada edição, como acontece na base da Taça Libertadores da América, já tendo a primeira insígnia dourada, de 2015, quando o Sport venceu o Nacional do Uruguai. A taça foi uma concepção artística de Dantas Suassuna, filho de Ariano, ao lado do programador visual Ricardo Gouveia de Melo. A peça apresenta traços armoriais que marcam a história do dramaturgo rubro-negro.
A passagem do Nacional no Recife teve destaque na imprensa uruguaia. A partida na Arena Pernambuco, a única do clube fora do país antes da estreia na Taça Libertadores, estampou a capa de dois periódicos da capital Montevidéu.
No esportivo Ovación, o destaque foi a queda de longa invencibilidade do campeão uruguaio. Eram 16 partidas. “E um dia perdeu”, frisou. O texto principal do jornal abre com a seguinte frase: “Em uma partida que de amistoso só teve o protocolo, o Nacional entrou no clima copeiro”.
Já o Tribuna, numa tradução direta, manchetou “Foi cortado”, também apontando a primeira derrota do Bolso no ano, para o “Sport Recife”. Nas caras abatidas das capas, o centroavante Ivan Alónso e o técnico Álvaro Gutiérrez.
Confira as capas em uma resolução maior: Ovación e Tribuna.
Essa foi a segunda vez que o Nacional veio ao estado. Em 1997, participou da Copa Renner, na Ilha, perdendo do Bahia e vencendo o Cerro Porteño.
Até hoje, nenhum clube do Nordeste conquistou um título internacional oficial.
Quem chegou mais perto foi o CSA, em 1999, finalista da extinta Copa Conmebol. A partir disso, apenas participações sem brilho na Libertadores e na Sul-Americana. No Recife, ao todo, são quatro campanhas do Sport, duas do Náutico e nenhuma do Santa Cruz. Coadjuvantes na essência neste contexto.
Em relação aos torneios amistosos, a lista melhora um pouco, e só. Nesta linha, em competições organizadas pelos próprios clubes contra equipes estrangeiras, o Rubro-negro tem dois troféus. Ambos não oficiais, claro.
O primeiro foi o Torneio Leopoldo Casado, em 1980, num triangular com a seleção da Romênia e o Náutico. Agora, conta também em sua galeria na Ilha do Retiro com a Taça Ariano Suassuna, disputada em 2015 contra o Nacional do Uruguai. Entre os rivais, o Santa também já ganhou um troféu internacional. Em 2003, o Tricolor conquistou Torneio Vinausteel, no Vietnã.
Quem sabe um dia algum clube da região alcance um voo realmente internacional, devidamente chancelado pela Conmebol…