Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2016

Copa do Nordeste 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2016 já estão definidos. Após o desfecho do quadrangular final do campeonato paraibano, o Botafogo garantiu a última vaga na 13ª edição do regional, ao terminar como vice estadual, uma vez que o Campinense já havia garantido o título por antecipação. Ao todo, 13 times estiveram entre os participantes do Nordestão passado, vencido de forma invicta pelo Ceará. Serão quatro estreantes, o baiano Juazeirense, o maranhense Imperatriz, o piauiense Flamengo e o sergipano Estanciano.

A fórmula de disputa será a mesma, com cinco grupos de quatro equipes, avançando às quartas de final os cinco líderes e os três melhores segundos colocados. Somando primeira fase e mata-mata, 74 partidas. O sorteio das chaves, com transmissão na tevê, acontecerá em setembro, em Natal, a quarta cidade a receber o evento, após Fortaleza, Salvador e Recife, respectivamente.

Em 2015, a Lampions League teve uma receita de R$ 22.269.796, considerando a bilheteria (R$ 11,12 milhões) e as cotas de participação (R$ 11,14 milhões). Como vem ocorrendo há três edições, a cota deverá aumentar em 2016.

Entre os times tradicionais, as principais ausências são Vitória e Náutico.

Participantes via estadual e campanhas regionais (1994-2015)

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 11 participações, com 1 vice
Coruripe (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Bahia
Bahia (campeão baiano): 11 participações, com 2 títulos, 3 vices e 2 semifinais
Vitória da Conquista (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos
Juazeirense (3º lugar): estreante

Ceará
Fortaleza (campeão cearense): 8 participações, com 2 semifinais
Ceará (vice): 11 participações, com 1 título, 1 vice e 2 semifinais

Maranhão
Imperatriz (campeão maranhense): estreante
Sampaio Corrêa (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Paraíba
Campinense (campeão paraibano): 3 participações, com 1 título
Botafogo (vice): 11 participações, com 1 semifinal

Pernambuco
Santa Cruz (campeão pernambucano): 9 participações, com 2 semifinais
Salgueiro (vice): 2 participações, com 1 quartas de final
Sport (3º lugar): 10 participações, com 3 títulos, 1 vice e 3 semifinais

Piauí
River (campeão piauiense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Flamengo (vice): estreante

Rio Grande do Norte
América/RN (campeão potiguar): 12 participações, com 1 título e 2 semifinais
ABC (vice): 10 participações, com 1 vice e 1 semifinal

Sergipe
Confiança (campeão sergipano): 8 participações, com 8 fases de grupos
Estanciano (vice): estreante

Para lembrar sempre, tatuagens de troféus e participações olímpicas

Tatuagens de troféus, da Copa do Mundo até a Copa do Nordeste

O meia alemão Kevin Grosskreutz gravou na pele os seus maiores feitos no futebol. Ele tatuou nas costas os troféus da Copa do Mundo de 2014, fazendo parte da seleção germânica, e da Bundesliga e da Copa da Alemanha de 2012, ambos pelo Borussia Dortmund. Esse é um caso extremo de uma mania entre os jogadores. A tal ponto que o atacante Marinho, ex-Náutico, tatuou no antebraço a Copa do Nordeste, conquistada vestindo a camisa do Ceará.

Seja no calor da emoção, para cumprir promessa ou por autorreferência, as peles vêm sendo pintadas com vários troféus. Não é difícil encontrar exemplos de outros torneios. Na Liga dos Campeões, o zagueiro Sergio Ramos deixou a marca na sua panturrilha esquerda. Ele foi o autor do gol de empate aos 48 minutos do segundo tempo, que possibilitou ao Real Madrid levar a final contra o Atlético para a prorrogação – no tempo extra, fez 4 x 1 e levou La Décima.

O mesmo aconteceu com o brasileiro Carlos Alberto, que além da imagem da Champions, eternizou o título mundial pelo Porto em 2004. Já o lateral argentino Marcos Rojo fez uma lembrança da Libertadores vencida pelo Estudiantes em 2009. Saindo do futebol, vamos a três exemplos no mosaico com as taças da NFL, da Major League Baseball e da NBA, todas tatuadas em torcedores.

Em questão de tattoo, aliás, a Olimpíada é praticamente imbatível. É quase uma “tradição” no evento, com inúmeros atletas, das mais variadas modalidades, medalhistas ou não, gravando a participação nos Jogos. No centro do mosaico abaixo, os arcos olímpicos no cóccix da nadadora pernambucana Joanna Maranhão, após o histórico 5º lugar nos 400 metros medley em Atenas-2004.

Só como curiosidade… Qual título do seu clube valeria uma tatuagem?

Tatuagens de atletas olímpicos

Exposição dos troféus fora dos museus dos clubes, uma ação simples e eficiente

Santa Cruz apresenta o troféu de campeão pernambucano de 2015 ao governador do estado, Paulo Câmara. Foto: Santa Cruz/assessoria/facebook

Os troféus conquistados em um século estão bem guardados nos museus no Arruda, Aflitos e Ilha. Nem sempre, porém, abertos à visitação. Daí, a importância das ações pontuais realizadas pelos três clubes em uma mesma semana, coincidência pura. O primeiro foi o Santa, campeão pernambucano de 2015, que levou o troféu às redações dos jornais e ao Palácio do Campo das Princesas, em 7 de maio. Lá, a direção, contando com o zagueiro Alemão e o presidente da FPF, foi recebida pelo governador do estado, Paulo Câmara.

Tradicionalmente, o governador recebe o campeão da temporada. No embalo disso, a mídia espontânea (jornais, tevê, redes sociais etc) deve ter agradado aos parceiros tricolores. Dois dias depois, o Náutico fez uma promoção com o seu mascote e o volante William Magrão em um supermercado em Casa Forte. No estande, chamou a atenção uma relíquia prateada, a taça do hexa em 1968. O objetivo timbu era chamar a torcida para tirar foto e, consequentemente, conferir o painel de descontos da Ambev, patrocinadora do Alvirrubro.

Timbu e William Magrão com torcedor alvirrubro. Foto: Náutico/Instagram

Por fim, o Sport, que em sua estreia na Série A, contra o Figueirense, expôs quatro taças no saguão da sede. Como é restrito o acesso à sala de troféus cuidada pelo ex-jogador Baixa, a torcida teve a oportunidade de conferir de perto algumas peças raras, como a do Estadual de 1975, que deu fim ao jejum de doze anos sem títulos locais, o Nordestão de 1994, o primeiro do Leão, a Copa do Brasil de 2008, e o mais recente, a disputa amistosa da Taça Ariano Suassuna. Quem foi ao clube, inevitavelmente passou pela exposição.

Indiretamente, o trio apresentou possibilidades ao alcance de uma ação simples de marketing com apelo junto aos seguidores. O Rubro-negro já adiantou que deverá expor mais taças nos jogos do Brasileirão, assim como o Alvirrubro poderá montar estandes em outros mercados. Ou vice-versa. E o Tricolor, este mais do ninguém, precisa surfar na onda da conquista mais recente.

Museu inacessível? Basta um pouco de criatividade para resolver…

Sport expõe troféus na sede para os sócios. Foto: Sport/facebook

Nordestão com 7,8 mil pessoas no estádio e mais 1,65 milhão de torcedores na TV

Nordestão 2015, final no Castelão: Ceará 2x1 Bahia. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

Paralelamente à média de 7.818 pagantes, a maior entre os torneios do país no primeiro semestre, a audiência televisiva da Copa do Nordeste de 2015 registrou um leve aumento sobre a edição anterior, apesar da restrição de sinal no país.

Considerando os dados projetados a partir do Ibope Parabólicas, cresceram as médias de audiência (3,1%) e de pessoas sintonizadas na televisão (2,4%), via Esporte Interativo, detentor dos direitos na tevê paga, aberta (parabólicas) e plataformas digitais (modelo não computado na audiência). O aumento também foi absoluto, pois neste ano foram 74 partidas, contra 62 do ano passado.

Na tabela geral, cada jogo teve um alcance na televisão de 1.650.000 pessoas. Nas duas finais, entre Ceará e Bahia, com 100 mil torcedores presentes no Castelão e na Fonte Nova, o número na telinha subiu para 5,4 milhões. Isso corresponde ao telespectador que em algum momento dos 180 minutos das partidas sintonizou no canal. Levando em conta o total de pessoas ligadas simultaneamente, a decisão regional chegou a reunir 934 mil telespectadores.

2015
Audiência média: 1,65 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 323.576

2014
Audiência média: 1,60 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 315.987

Em todo o Brasil, mais de 20 milhões de pessoas viram o Nordestão através do EI, fora celulares e tablets. Em 2014 o alcance geral chegou a 19,4 milhões.

Além deste quadro, a Lampions League também foi transmitida em sinal aberto tradicional nas afiliadas da Globo. A título de comparação, com a Globo Nordeste, o Campeonato Pernambucan tem um audiência média de 696 mil telespectadores de acordo com o Ibope Media Workstation.

Portanto, sobre a transmissão da Copa do Nordeste vale destacar que a exibição fechada alcança apenas 20% dos assinantes do país – fora as parabólicas, naturalmente – e que não há sinal aberto para fora da região. Ou seja, ainda há bastante mercado pela frente…

Nordestão 2015, final no Castelão: Bahia 0x1 Ceará. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

CBF, a responsável pelo Nordestão. Quando não quis, acabou sem dó

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Antes do ponto de vista do blog, é preciso ler a nota de esclarecimento da CBF, publicada nesta segunda sem um motivo aparente.

“A Confederação Brasileira de Futebol e a Liga do Nordeste gostariam de esclarecer que a CBF é a única responsável pela organização e coordenação da Copa do Nordeste, apoiada na operação pelas Federações de cada Estado envolvido na competição. O modelo é o mesmo para todas as 13 competições oficiais da CBF das quais a Copa do Nordeste é integrante.

Cabe à Liga do Nordeste a responsabilidade pelos aspectos comercial, de marketing e promoção da competição. Mesmo assim, todas essas ações são desenhadas e planejadas em conjunto pela CBF, Liga do Nordeste e empresas de TV e marketing contratadas.

CBF, Liga do Nordeste e Federações comemoram a realização e o sucesso de mais uma edição da Copa do Nordeste, a terceira consecutiva. Aproveitam para parabenizar os clubes pelo desempenho na grande competição que disputaram e agradecem o apoio e incentivo da imprensa, dos torcedores, patrocinadores e apoiadores.”

O sucesso do Nordestão chama a atenção, fato. A necessidade de a CBF chamar para si esta visibilidade é que causa surpresa. É sempre bom lembrar que foi a própria entidade que implodiu o torneio em 2003, ao retirá-lo do calendário oficial, após pressão das federações – e tendo a implantação dos pontos corridos no Brasileirão como desculpa perfeita. Voltando àquela época, a Lampions League vivia o seu auge, com 16 times no formato de turno.

Em 2001 e 2002, o faturamento foi de R$ 26 milhões. Apesar do contrato assinado com a tevê e patrocinadores, o torneio ruiu. Sem datas em 2003, Bahia, Sport, Santa e Náutico ficaram de fora. Com isso, o torneio teve 12 times (o Vitória topou a briga) e apenas 14 jogos. A Liga do Nordeste, a mesma parceira na atualidade, foi à justiça para recuperar o dano e o caso se arrastou por uma década – intercalado por outro torneio sem calendário, em 2010. O imbróglio virou uma indenização de R$ 30 milhões. Derrotada, a CBF articulou um acordo para evitar o pagamento e aceitou organizar dez edições.

Em 2015, o regional teve a maior movimentação financeira de sua história, na ordem de R$ 29 milhões, com a maior média de público do primeiro semestre (7.818). A ponto de clubes como Flamengo e Goiás quererem participar – francamente, não cabe a presença de times de outras regiões. Com o interesse consolidado no público e os times priorizando a Lampions em detrimento dos estaduais, a competição passou ser tratada como “modelo”.

A CBF organiza a competição? Não há discussão nisso. Mas é impossível esquecer que essa relação só começou após uma batalha nos tribunais, à parte do que era melhor para o futebol da região. A partir de 2023, sem obrigação de chancela, a confederação só realizará a Copa do Nordeste se quiser. Quando não quis, acabou sem dó. Portanto, não há garantias.

Em ritmo de treino, Sport empata com o Central e vai ao Nordestão pela 11ª vez

Pernambucano 2015, disputa pelo 3º lugar: Sport x Central. Foto: Marlon Costa/FPF

A partida foi dura de assistir. Um empate sem gols, sem graça. O confronto até valia alguma coisa, as vagas no Nordestão e na Copa do Brasil de 2016, mas a vitória rubro-negra por 5 x 0 no Lacerdão já havia sacramentado a terceira colocação estadual e consequente a classificação aos dois torneios.

De toda forma, havia a necessidade de jogar a “volta”, num modorrento sábado no Recife. Em uma Ilha do Retiro vazia, com a corneta imperando, tendo Danilo e Vitor com alvos principais, o Sport jogou em ritmo de treino, sem forçar, por mais que toda a equipe titular tivesse sido escalada – na moral, nem havia motivo para isso. O Central, então, parecia nem ter saído em Caruaru.

Com o 0 x 0 mantido até o fim, vaias na arquibancada, com a parcela mais exigente dos 3.469 presentes saciando a vontade de desabafar contra a equipe, fora da final pernambucana após uma década. Aos demais, o jogo cumpriu a sua meta. Como a vaga na Copa do Brasil (será a 22ª) poderia ser obtida sem problemas através do ranking nacional, importava mesmo o lugar na Copa do Nordeste. Neste caso, o Leão garantiu a 11ª participação no regional.

Antes do primeiro semestre de 2016, naturalmente há uma preocupação bem maior, com o Brasileirão, dentro de uma semana. Logo, o ritmo de treino acabou hoje. A “corneta” não, até porque a cobrança a partir de agora será ainda maior.

Pernambucano 2015, disputa pelo 3º lugar: Sport x Central. Foto: Marlon Costa/FPF

A evolução de público e renda do Nordestão no triênio 2013-2015

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O primeiro triênio da Copa do Nordeste, nesta sua volta ao calendário oficial da CBF, apresenta números significativos. Considerando a soma da renda bruta nas partidas e as cotas de participação, o regional movimentou R$ 53,8 milhões de 2013 a 2015, sendo R$ 27,1 mi em bilheteria e R$ 26,7 mi em premiações. A esse montante é necessário somar os investimentos dos patrocinadores, na ordem de R$ 18,2 milhões, totalizando uma movimentação financeira de R$ 72 milhões. Nada mal para um “período de teste” no mercado.

A recém-encerrada edição de 2015, vencida pelo Ceará, registrou a maior renda, tanto no número absoluto quanto na média, de R$ 152 mil. Colaborou bastante para este cenário a arrecadação de R$ 1,8 milhão na decisão no Castelão, com o recorde de público do regional (63.399 pagantes). O Vozão, aliás, parece ser o maior beneficiado no torneio até agora. Foi o clube que mais faturou (renda + cota) nos três regionais, nos quais foi semifinalista, vice e campeão, respectivamente. Ao todo, gerou R$ 12,1 milhões.

Em relação à média de público da Lampions, o índice varia entre 7.600 e 8.400 pagantes. A expectativa da Liga do Nordeste, segundo o presidente da liga, Alexi Portela, é alcançar o número de 20 mil espectadores em 2018, no “auge” do Nordestão, cuja previsão de faturamento atual é de R$ 50 milhões.

Confira os dados do Nordestão e dos clubes pernambucanos de 2013 a 2015:

2015
jogos 74 (1 de portões fechados)
Público: 570.777 pagantes (média: 7.818)
Renda: R$ 11.129.796 (média: R$ 152.462)
Cota: R$ 11,14 milhões
Total: R$ 22.269.796

2014
jogos 62 (1 de portões fechados)
Público: 463.749 pagantes (média: 7.602)
Renda: R$ 8.436.174 (média de R$ 138.297)
Cota: R$ 10 milhões
Total: R$ 18.436.174

2013
62 jogos (1 de portões fechados)
Público: 517.709 pagantes (média: 8.487)
Renda: R$ 7.577.603 (média de R$ 124.223)
Cota: R$ 5,6 milhões
Total: R$ 13.177.603

Movimentação financeira*
2015 – R$ 29 milhões
2014 – R$ 23 milhões
2013 – R$ 20 milhões
*O número leva em conta a soma de bilheteria dos jogos, cotas da televisão e patrocinadores.

2015
Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (campeão), com R$ 5.895.664

Sport (4º)
Público: 62.796 pessoas em 5 jogos (média: 12.559)
Renda bruta: R$ 899.850
Cota: R$ 890 mil
Total: R$ 1.789.850

Salgueiro (7º)
Público: 19.102 pessoas em 4 jogos (média: 4.775)
Renda bruta: R$ 58.486
Cota: R$ 615 mil
Total: R$ 673.48

Náutico (9º)
Público: 4.027 pessoas em 3 jogos (média: 1.342 pessoas)
Renda bruta: R$ 49.585
Cota: R$ 365 mil
Total: R$ 414.585

2014
Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (vice), com R$ 3.607.640

Sport (campeão)
Público: 83.777 pessoas em 5 jogos (média: 16.755)
Renda bruta: R$ 1,275 milhão
Cota: R$ 1,9 milhão
Total: R$ 3.175.000

Santa Cruz  (4º)
Público: 44.335 pessoas em 5 jogos (média: 8.867)
Renda bruta: R$ 785.210
Cota: R$ 850 mil
Total: R$ 1.635.210

Náutico (10º)
Público: 31.715 pessoas em 3 jogos (média: 10.571)
Renda bruta: R$ 763.275
Cota: R$ 350 mil
Total: R$ 1.113.275

2013
Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (4º lugar), com R$ 2.615.434

Santa Cruz (6º)
Público: 91.758 pessoas em 4 jogos (média: 22.939)
Renda bruta: R$ 1.134.515
Cota: R$ 300 mil
Total: R$ 1.434.515

Sport (7º)
Público: 70.810 pessoas em 4 jogos (média: 17.702)
Renda bruta: R$ 791.015
Cota: R$ 300 mil
Total: R$ 1.091.015

Salgueiro (13º)
Público: 27.441 pessoas em 3 jogos (média: 9.147)
Renda bruta: R$ 249.460
Cota: R$ 300 mil
Total:R$ 549.460

Podcast 45 (125º) – Empate no Sertão, 3º lugar em Caruaru e título do Ceará

Uma quarta-feira decisiva na região. No Sertão, com dez mil espectadores no Cornélio de Barros, Salgueiro e Santa ficaram num empate sem gols, na pauta principal do 45 minutos. Arruda lotado e camisa são suficientes para o título coral em 2015? O podcast também debateu a tranquila vitória do Sport no Lacerdão, assegurando na prática a vaga no Nordestão de 2016. Falando no regional, o título histórico do Ceará tmabém chamou a atenção (entrou no “G4 do NE”?). Por fim, a prévia de Jacuipense x Náutico, pela Copa do Brasil.

Neste podcast, com 1h31min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

O Ceará enfim é o campeão do Nordeste

Nordestão 2015, final: Ceará 2x1 Bahia. Foto: Christian Alekson / cearasc.com

O Castelão lotou mais uma vez. Como ocorreu há um ano, mais de 60 mil torcedores alvinegros foram à arena em busca do título da Copa do Nordeste. A espera foi enorme, mas enfim chegou a vez do Vozão.

Semifinalista em 2013, vice em 2014 e campeão em 2015, em uma evolução que salta aos olhos de todos os torcedores da região.

Um clube de massa e estruturado, que necessitava um título de expressão.

Em 1969, o Ceará conquistou o Torneio Norte-Nordeste. A competição interregional foi organizada durante três temporadas pela CBD, precursora da CBF. A última em 1970, com o título do rival Fortaleza. Quase esquecida.

Desde então, o futebol alencarino ficou à margem dos tradicionais rivais pernambucanos e baianos em termos de conquistas de expressão, como Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e a própria Copa do Nordeste.

E foram quatro décadas de espera, tempo demais para tamanha paixão. O primeiro passo foi dado nesta noite, com a cobiçada taça dourada, aumentando a lista de campeões do Nordestão: 1º Sport (1994), 2º Vitória (1997), 3º América-RN (1998), 4º Bahia (2001), 5º Campinense (2013) e 6º Ceará (2015).

O Vozão entrou em grande estilo no seleto grupo, com uma campanha invicta, vencendo o Bahia duas vezes na decisão, cravando 1 x 0 na Fonte Nova e 2 x 1 no Castelão. Os gols históricos foram de Ricardinho (craque do torneio), Charles e Gilvan, numa farra das grandes na terra de Iracema.

Ao planejamento vitorioso, o troféu da Lampions, o prêmio de R$ 2,74 milhões e a vaga na Copa Sul-Americana, na sua terceira participação internacional.

Ceará Sporting Club, um dos maiores clube do Nordeste. Sem contestação.

Nordestão 2015, final: Ceará x Bahia. Foto: twitter.com/pitaqueiros

Detalhes finais de Ceará e Bahia antes do maior prêmio do futebol nordestino

Medalhas e flâmulas da final da Copa do Nordeste de 2015. Crédito: divulgação

Com 40 mil torcedores na Fonte Nova e a venda de 63 mil bilhetes para a segunda partida, no Castelão, a decisão do Nordestão de 2015 ultrapassou a marca de 103 mil espectadores. Um número expressivo, que não ocorria no Brasil, considerando os jogos de ida e volta, desde 2009 – saiba mais aqui.

Em campo, Ceará e Bahia vão por muito mais. Cada um já recebeu R$ 890 mil pelas participações na primeira fase, quartas de final e semifinal. Na decisão regional, o vice ganhará mais R$ 350 mil. Já o campeão, sairá com a taça dourada da Lampions League e com um cheque de R$ 1,85 milhão, totalizando R$ 2,74 milhões em cotas. Além da vaga na Copa Sul-Americana.

Portanto, quando as flâmulas forem trocadas pelos capitães e a moedinha dourada do árbitro, confeccionada especialmente para a partida, girar determinando o mando de campo e a posse inicial da bola, estará em jogo o maior título da região no primeiro semestre, status cada vez mais consolidado.