A 21ª rodada da Série B começou excelente para os pernambucanos, com tropeços dos três primeiros colocados. Na abertura, na terça, o Vitória cedeu o empate no Barradão. Na sexta, perderam América-MG (em casa) e Botafogo (fora). Ajudas improváveis de Oeste, Luverdense e CRB, abirndo caminho para a aproximação de alvirrubros e tricolores. Só um aproveitou.
Com gol no último minuto, o Náutico venceu o Boa Esporte, subindo do 7º para o 6º lugar. Mais importante: em vez de dois pontos abaixo do G4, agora tem a mesma pontuação do 4º (35), atrás no saldo. E está a três pontos do líder! Já em Curitiba, o Santa Cruz perdeu do Paraná, apesar do ótimo começo. Era a chance de ficar a um pontinho da zona de classificação (e a quatro do líder). Além da queda, o coice: perdeu Grafite (expulso) e Aquino (terceiro amarelo) para a próxima rodada, uma terça cheia. A dupla já marcou 13 gols na Série B.
No G4, um baiano, um paraense, um carioca e um mineiro.
A 22ª rodada dos representantes pernambucanos
01/09 (19h00) – Criciúma x Náutico (Heriberto Hülse)
01/09 (20h30) – Santa Cruz x América-MG (Arruda)
A rodada cheia da Série B nesta terça-feira começou às 19h30, com oito partidas, incluindo a derrota do Náutico para o Mogi Mirim no interior paulista. O mau resultado, a vitória do Bahia e o empate do América Mineiro tiraram o Timbu do G4. Agora está na 5ª posição, mas com a mesma pontuação do Bahia, um degrau acima. Depois, mais dois jogos às 21h50 completaram a 11ª rodada, um deles com a apresentação tricolor no Arruda. Na base da superação, o Santa Cruz ganhou de virada do CRB, subindo para o 10º lugar, a seis pontos da zona de classificação. Num clima bem distinto entre as equipes, agora haverá o choque em São Lourenço, com o primeiro Clássico das Emoções desta edição.
No G4, um carioca, um paraense, um mineiro e um baiano.
A 12ª rodada dos representantes pernambucanos
11/07 (16h30) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)
O Sport irá trocar o alambrado da Ilha do Retiro por um modelo de vidro laminado e temperado, já utilizado em outros estádios do país, como Curuzu, PV, São Januário, Ressacada, Vila Belmiro e Arena Barueri. O modelo é mais conhecido por causa da La Bombonera (acima), a cancha do Boca Juniors. Se seguir a tendência dos demais palcos brasileiros, o vidro deverá ter entre 10 e 12,5 milímetros de espessura, com a proteção especial de uma película.
O projeto é o estágio avançado de uma ação leonina em relação à divisa entre campo e arquibancada. O primeiro passo, paliativo, foi dado com a diminuição do alambrado nas sociais (abaixo). Um trecho já passou pela reforma. O objetivo é reduzir todo o alambrado da área, com 3.500 assentos, ainda em 2015.
O fato é que a grade da Ilha, presente desde a reforma para a Copa do Mundo de 1950, é um empecilho na visibilidade dos jogos, com inúmeros pontos-cegos. Daí, a necessidade de uma troca geral no segundo estágio do planejamento, colocando as placas de vidro através da parceria firmada com a empresa Toyolex Toyota, de acordo com o próprio clube.
Ao mesmo tempo em que o Sport vai modernizando aos poucos o seu estádio, também cabe a interpretação de que o projeto da arena vem esfriando. Ao menos o clube não está parado nesta indefinição sobre o futuro da Ilha.
Na abertura da 8ª rodada da Série B, na terça, Náutico e Paysandu empataram na Arena Pernambuco. Na ocasião, ambos estavam no G4. Com o desfecho da rodada, no sábado à noite, o Papão saiu da zona de classificação, mas o Timbu permaneceu lá. Porém, a vantagem alvirrubra sobre o 5º colocado caiu de 2 pontos para 1 ponto. Na liderança, o Botafogo aparece como único invicto, já com três pontos de vantagem (favoritismo esperado). Na parte de baixo da tabela, o Santa Cruz também ficou num empate, um eletrizante 3 x 3 com o Ceará, mas o gol sofrido no último lance da partida em Fortaleza manteve o campeão pernambucano de 2015 no Z4.
No G4, um carioca, um pernambucano, um baiano e um mineiro.
A 9ª rodada dos representantes pernambucanos
27/06 (16h30) – Santa Cruz x Sampaio Corrêa (Arruda)
27/06 (16h30) – ABC x Náutico (Frasqueirão)
Após cinco jogos em casa, nesta Série B, o Náutico saiu sem a vitória pela primeira vez. Teve que se contentar com o 1 x 1 com o Paysandu. O confronto (direto pelo G4) marcou a abertura da oitava rodada, mas, desde já, se sabe que o Timbu terminará a semana na zona de classificação, devido à gordura acumulada. É verdade que o apito final trouxe um misto de vaias e aplausos entre os 6.390 torcedores presentes na Arena Pernambuco, mas o placar pode ser considerável aceitável, hoje. Pela limitação técnica imposta pelos desfalques, entre lesões (Ronaldo Alves e William Magrão) e suspensões (Marino e Douglas), e pelo rendimento ascendente do adversário.
O Papão havia largado com duas derrotas, ambas por 1 x 0. Da vice-lanterna, o time paraense engatou uma série de cinco vitórias consecutivas e subiu ao 3º lugar. Sob o comando do pernambucano Dado Cavalcanti, e tendo o versátil Yago Pikachu como destaque, o time veio de Belém em busca do resultado.
Com o conhecido volume de jogo nos primeiros 15 minutos, o Alvirrubro logo balançou as redes, com a boa jogada de Hiltinho pela esquerda, seguida de um cruzamento rasteiro para Carmona finalizar – um gol importante para retomar a forma do meia. Na segunda etapa, porém, o visitante ajustou a marcação e deu trabalho. O empate veio com Pikachu, de falta, chegando a 53 gols na carreira, mesmo sendo um lateral de 23 anos. A partir daí, a partida ficou franca, com as duas equipes cercando a vitória, com gás. Não por acaso, ambas estão no G4.
A liderança da Série B foi mantida pelo Botafogo ainda na terça-feira, vencendo o Oeste fora de casa. Somente a vitória deixaria o Timbu na cola. No Serra Dourada, não chegou nem perto disso. O Náutico perdeu do Atlético-GO por 2 x 0, pondo fim à sua melhor arrancada na Segundona. Queimou um pouco a gordura acumulada e ainda tem dois pontos de vantagem.
Enquanto isso, com menos de quatro mil torcedores no Arruda, o Santa Cruz ficou no empate sem gols com o Boa Esporte, segundo tropeço seguido como mandante. Terminou a rodada no Z4, um ponto atrás do 16º lugar. E na próxima semana terá outro “confronto direito”…
No G4, um carioca, um pernambucano, um paraense e um maranhense.
A 8ª rodada dos representantes pernambucanos
16/06 (19h30) – Náutico x Paysandu (Arena Pernambuco)
20/06 (16h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)
Dez pontos separam o Náutico (vice-líder) do Santa Cruz (vice-lanterna). Um cenário surpreendente considerando o período de um mês desde o Estadual, com o Tricolor campeão e o Alvirrubro em último lugar no hexagonal. Na preparação para a Série B, os alvirrubros fizeram uma reformulação, enquanto os tricolores bancaram uma equipe com uma visível limitação técnica, apesar do título. E vale destacar que a liderança na 5ª rodada só não ficou com o Náutico porque o Botafogo venceu o Paraná aos 48 minutos do segundo tempo, com um gol de Rodrigo Pimpão.
No G4, um carioca (líder), um pernambucano, um baiano e um mineiro.
A 6ª rodada dos representantes pernambucanos
05/06 (19h30) – Náutico x América/MG (Arena Pernambuco)
06/06 (16h30) – Luverdense x Santa Cruz (Passo das Emas)
Os circuitos de um transformador explodiram, deixando a Curuzu na penumbra. A energia só foi restabelecida 54 minutos depois, não para o Santa. O título estadual foi comemorado com justiça, mas a limitação era evidente. Desde então, contra adversários de nível técnico um pouco melhor (do que Serra, Central e Salgueiro), o time se apagou. Quatro derrotas em cinco jogos e um início preocupante na Série B. Hoje, dez pontos separam alvirrubros (13) e tricolores (3). O revés para o Paysandu por 2 x 1, num jogo ruim, aumentou o questionamento sobre o trabalho de Ricardinho, num senso comum.
Uma visão mais periférica alcança a reposição ruim e a queda de rendimento de alguns atletas, como o meia João Paulo, eleito o melhor do Estadual. Mas há também uma parcela de culpa do treinador, que mesmo mudando cinco peças não abre mão de um sistema extremamente precavido – mas vazado dez vezes em cinco rodadas. Ao ensaiar um pouco mais de ofensividade, vem a carência máxima do atual campeão pernambucano. Bruno Mineiro, que em janeiro parecia uma ótima contratação, simplesmente não cumpre um papel decente. E depender só de Anderson Aquino, autor do gol de pênalti no Pará, não é o ideal.
A isso tudo, adicione um problema crônico no desempenho de qualquer time: salário. É simplesmente uma regra não escrita no futebol, a de que o um grupo com os ordenados atrasados (de forma recorrente) cai vertiginosamente. A bronca, claro, foi ver esse cenário estourar na competição mais importante do ano para o Santa Cruz. O texto soou pessimista demais? Para alguns torcedores, sem dúvida. Seguem com a visão turva em relação à conquista local. Enxergam a saída de Ricardinho como solução. Talvez a mais barata, só.
A CBF oficializou em 2015 o horário de 11h para a Série A. O objetivo é abrir mais uma faixa no pay-per-view no domingo, com um jogo a cada fim de semana, e possibilitar a comercialização da competição para a Ásia. Entre os jogos reagendados, um do Sport. A partida contra o Santos na Vila Belmiro, em 31 de maio, teve o horário modificado, saindo das 18h30. A situação, ainda incomum no país, não é inédita no futebol pernambucano. Os três grandes já passaram por isso, mas na segunda divisão nacional. No Recife, o calor sempre beirou o insuportável, com um sol para cada um. No interior, o Salgueiro viveu um de seus maiores capítulos numa manhã de domingo…
07/09/1997 – Náutico 0 x 3 Vila Nova (Aflitos, Série B)
Foi a primeira vez, no Campeonato Brasileiro, que um time pernambucano jogou de manhã. Nos Aflitos, com 7.834 pagantes, o Timbu foi goleado pelo Vila Nova, com show de Sabino. No fim, vaias para o técnico Homero Cavalheiro (alguém lembra?) e para os goleiros Roberval e Ney. Ambos jogaram e ambos falharam. Aquela equipe se recuperaria na Série B e disputaria o acesso com a Ponte Preta, em Campinas. Horário? Novamente às 11h. O empate em 1 x 1 deu a vaga à Macaca. O último jogo cedinho do Alvirrubro foi em 2004, também pela Segundona. Nos Aflitos, derrota para o Ceará (3 x 1), com 40º no termômetro.
03/10/1999 – Tuna Luso 3 x 0 Santa Cruz (Mangueirão, Série B)
O Tricolor capengou bastante na segunda divisão de 99 até arrancar na raça para o acesso à elite. Antes da classificação às quartas, que viria somente na última rodada do turno, atuações pífias. Como aquela às 10h em Belém (11h no Recife), num Mangueirão deserto, com 565 espectadores. Mas, conhecendo bem a cancha e o clima (“forte calor”, segundo a reportagem o Diario), a Tuna venceu marcando três gols ainda no primeiro tempo. No fim da peleja, o técnico coral, Nereu Pinheiro disparou: “O time não quer jogar”. Uma hora, quis.
09/05/2004 – Sport 0 x 0 Portuguesa (Ilha do Retiro, Série B)
Cimento fervendo na Ilha do Retiro. Na única partida do Leão às 11h, a temperatura chegou a bater em 45 graus, segundo o relato da partida publicado o Diario. O público de 14 mil pessoas ainda esperava uma melhora do time rubro-negro, que vivia péssima fase no Brasileiro, mas Robgol só chutou uma vez. Após o empate sem gols, o técnico do Sport, Luís Carlos Ferreira, provocou uma cena impagável. Foi até o banco de reservas da Lusa e disse em voz alta. “Vocês vão sofrer nesse campeonato, porque não ganhar desse meu time, desse jeito hoje, não existe!”. Não por acaso, era apelidado de “Doido”.
17/10/2010 – Paysandu 2 x 3 Salgueiro (Curuzu, Série C)
Um jogo histórico para o Carcará e para o futebol do estado. Numa Curuzu abarrotada com 16 mil torcedores, com transmissão ao vivo na TV para todo o país, o Salgueiro surpreendeu e conquistou a inédita vaga à Segundona ao vencer, de virada, o Paysandu. A festa em Belém já era certa para o Papão, que ainda tinha o empate a favor. O terceiro gol pernambucano, que sacramentou a vaga, foi anotado pelo meia Edu Chiquita. De calor, Salgueiro entende.
Os estádios dos grandes clubes pernambucanos são relativamente próximos. Encravados na área urbana mais antiga do Recife, as distâncias entre os tradicionais palcos variam entre 2,1 e 4,7 quilômetros. Perto? Basta comparar com os estádios rivais mais próximos do mundo. O recorde fica no interior da Escócia, na pequena Dundee. Os times levam o nome do municípcio, sendo um FC e outro United. Entre os dois pequenos estádios, o Dens Park com 11.506 lugares e o Tannadice Park com 14.229, apenas 100 metros de calçada.
A partir do Google Maps, o blog traçou as distâncias mínimas a pé entre os pontos mais próximos dos estádios, utilizando as vias públicas, claro. Basta caminhar alguns quarteirões. Entre as rivalidades próximas, três estão no Brasil. E uma se encontra na África, com dois estádios gigantescos na vizinhança.
Distância a pé entre os estádios do Recife
2.100m – Aflitos x Arruda
3.200m – Aflitos x Ilha do Retiro
4.700m – Arruda x Ilha do Retiro
A distância da tripla rivalidade recifense não se compara aos percursos entre os uruguaios Bella Vista, Wanderers e River Plate, fincados no Parque del Prado, em Montevidéu. Já pensou algo parecido por aqui?
650m – Bella Vista (A) x Wanderers (C)
750m – Wanderers (C) x River Plate (B)
850m – Bella Vista (A) x River Plate (B)
Eis as rivalidades polarizadas com os estádios mais próximos do mundo…
1º) Dundee (Escócia) – Dundee FC (A) x Dundee United (B), 100 metros
2º) Belém (Brasil) – Remo (B) x Paysandu (A), 250 metros
3º) Avellaneda (Argentina) – Independiente (B) x Racing (A), 350 metros
4º) Santos (Brasil) – Santos (A) x Portuguesa Santista (B), 400 metros
5º) Omdurman (Sudão) – Al-Hilal (A) x Al-Merreikh (B), 550 metros
6º) La Plata (Argentina) – Estudiantes (B) x Gimnasia y Esgrima (A), 650 metros
7º) Nottingham (Inglaterra) – Notts County (A) x Nottingham Forest (B), 700 metros
7º) Belgrado (Sérvia) – Partizan (B) x Estrela Vermelha (A), 700 metros
9º) Campinas (Brasil) – Guarani (A) x Ponte Preta (B), 800 metros
10º) Liverpool (Liverpool) – Liverpool (A) x Everton (B), 1.100 metros