Com clássicos no Recife e em Salvador, semifinal do Nordestão 2017 reúne 9,8 milhões de torcedores e 10 títulos

Semifinais da Copa do Nordeste de 2017: Sport x Santa Cruz e Bahia x Vitória. Fotos: Williams Aguiar/Sport, Rodrigo Baltar/Santa Cruz, Felipe Oliveira/Bahia e Vitória/twitter (@ECVitoria)

Os clássicos mais populares dos principais centros futebolísticos da região compõem a semifinal da Copa do Nordeste de 2017. De um lado, o Clássico das Multidões. Do outro, o Ba-Vi. Já está assegurada a decisão Pernambuco x Bahia, que não ocorre há 16 anos. Com Sport, Santa Cruz, Bahia e Vitória envolvidos, a reta final traz uma carga pesada de tradição. São dez títulos entre os 13 torneios oficiais desde 1994. Nas arquibancadas, os confrontos têm a atenção direta de 9.891.907 torcedores. Gente demais, numa projeção a partir da último levantamento nacional, do Paraná Pesquisa. São 4,12 milhões de aficionados no clássico recifense e 5,77 milhões no clássico soteropolitano.

Torcida nacional
11º) Bahia – 2,0% (4.121.628)

14º) Sport – 1,3% (2.679.058)
16º) Vitória – 0,8% (1.648.651)
19º) Santa Cruz – 0,7% (1.442.570)

Títulos do Nordestão
4 – Vitória (7 finais)
3 – Sport (4 finais)
2 – Bahia (5 finais)
1 – Santa (1 final) 

Enquanto o Santa tenta manter a orelhuda dourada no Arruda, os outros três, presentes na Série A desta temporada, querem matar logo a saudade da taça, de 3 anos no Sport, 7 no Vitória e 15 no Bahia. Caso o Leão da Ilha avance, repetirá a final. Seja contra o Bahia (foi vice em 2001), seja contra o Vitória (foi campeão em 2000). Em caso de classificação da cobra coral, a decisão seria inédita – até hoje, o clube só fez semifinais contra os dois rivais baianos.

Em relação à premiação, cada clube já acumulou R$ 1,6 milhão em cotas, somando a fase de grupos, as quartas de final e a semi. Agora, a premiação oferece mais R$ 550 mil ao vice e R$ 1,25 milhão para o grande campeão, além da pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil de 2018.

Qual será a final da Copa do Nordeste de 2017?

  • Sport x Bahia (35%, 1.514 Votes)
  • Sport x Vitória (31%, 1.325 Votes)
  • Santa Cruz x Bahia (22%, 944 Votes)
  • Santa Cruz x Vitória (12%, 526 Votes)

Total Voters: 4.308

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Sport x Santa Cruz
Mais uma semifinal das multidões. Em 2014, disputaram uma vaga na mesma condição, com a volta no Mundão. Nesta edição, o Sport investiu bastante, com direito à aquisição de André por R$ 5,2 milhões. O “time principal” atuou poucas vezes, hora com a lesão de Rithely, hora com a convocação de Diego Souza. Agora, de comando novo, chega completo. No Santa, com uma campanha até melhor, a crítica vai para o excesso de precaução de Eutrópio, com seguidas atuações quase sem atacar – com a bola parada de Anderson Salles decidindo. Defende-se bem, mas não se impõe à frente, com Pitbull disputando jogadas praticamente sozinho. Ataque contra defesa?

Datas: 26/04 (Ilha do Retiro, 19h45) e 30/04 (Arruda, 16h)
Santa Cruz: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 11 GP e 2 GC
Sport: 16 pontos, 5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 16 GP e 9 GC
Em mata-matas no torneio: Sport 1 x 0 Santa (semi de 2014)

Bahia x Vitória
Sem dúvida alguma, um dos Ba-Vis mais importantes dos últimos tempos. Após as três finais regionais, sendo a última em 2002, com triunfo tricolor, poucos duelos tiveram tanto destaque. Exceção feita à inauguração da Fonte Nova, com goleada leonina por 5 x 1. Nesta chave, ambos chegam com força. Venceram lá e lô nas quartas. No Baêa, a boa fase de Régis, artilheiro do time no ano (7 gols), ajuda a dividir as atenções com o Brocador e outras peças, como o polivalente Juninho. No rival, Argel mantém a estrutura tática de um time pegador, rápido. No ataque, Kieza e David se destacam, com a equipe precisando de mais intensidade em Cleiton e Gabriel Xavier.

Datas: 27/04 (Barradão, 20h30) e 30/04 (Fonte Nova, 16h)
Bahia: 20 pontos, 6 vitórias e 2 empates; 18 GP e 2 GC
Vitória: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota; 14 GPC e 9 GC
Em mata-matas no torneio: Vitória 2 x 1 Bahia (finais em 1997, 1999 e 2002)

Pitaco do blog sobre a decisão: Sport x Vitória…

A análise do podcast 45 minutos sobre as semifinais nordestinas

Santa na 3ª semi do Nordestão em 4 anos com outro gol de falta de Anderson Salles

Copa do Nordeste 2017, quartas de final: Santa Cruz x1 0Itabaiana. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

O Santa Cruz trabalhou bem a vantagem construída em Itabaiana e avançou pela terceira vez em quatro anos à semifinal da Copa do Nordeste – a exceção foi em 2015, quando não participou. Diante do maior público do ano no futebol pernambucano, com 21.101 pessoas, o atual campeão regional venceu novamente. Outra vez por 1 x 0, outra vez numa falta cobrada por Anderson Salles. Por isso, decidirá a semi no mesmo Arruda.

O tricolor foi a campo com três desfalques no meio. Elicarlos e Léo Costa já eram ausências certas. Minutos antes de a bola rolar, David sentiu um desconforto. Assim, Gino, Thomás e, de última hora, Wellington Cézar. A ressalva é importante porque o visitante trabalhou melhor a bola no meio-campo, recuperando e trocando passes até a área coral. Não houve pressão, mas foi mais organizado na primeira etapa e até acertou o travessão numa cabeçada. No tricolor, Halef Pitbull esteve isolado outra vez, recebendo poucas bolas. Técnico, Thomas tentou conduzir o time, mas não houve aproximação, com os laterais irregulares. Tanto Tiago Costa quanto Vítor.

Copa do Nordeste 2017, quartas de final: Santa Cruz x Itabaiana. Foto: Rafael Brasileiro/DP

No segundo tempo, uma mudança. André Luís no lugar de Éverton Santos. O atacante deu mais mobilidade ao mandante, que enfim conseguiu se impor. A Itabaiana só assustou uma vez, num chutaço de fora área, defendido por Júlio César. Quanto ao Santa, seguidas jogadas pelo lado direito, forçando a “linha burra” no time sergipano. Porém, o que motivou mesmo a torcida foi a falta sofrida por Pitbull na entrada da área, aos 26 minutos. Com o aproveitamento de Salles, parecia um pênalti. Na cobrança, zagueiro/artilheiro buscou novamente o canto direito do goleiro. Colocado e com força. E com sucesso.

Ampliando a vantagem, o Santa a administrou a posse de bola, fechando o espaço, sua principal virtude nesta competição – são apenas dois gols sofridos em oito partidas. Não por acaso, segue na busca pelo bi.

Campanhas do Santa na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação)

2013 – Quartas de final (R$ 300 mil)
2014 – Semifinal (R$ 850 mil)
2015 – não participou
2016 – Campeão (R$ 2,385 milhões)
2017 – Semifinal (R$ 1,6 milhão, ainda em disputa*) 

Total de cotas: R$ 5,135 milhões*

Copa do Nordeste 2017, quartas de final: Santa Cruz 1x0 Itabaiana. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com gol de falta de Anderson Salles, Santa vence em Itabaiana pelas quartas

Nordestão 2017, quartas de final: Itabaiana 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

O Santa Cruz traz ao Recife a vantagem do empate para avançar à semifinal da Copa do Nordeste de 2017. Em busca do bi, os corais venceram a Itabaiana no interior sergipano por 1 x 0. Três dias após o clássico na Ilha, quando atuou com os reservas, a força máxima, exceção feita ao machucado Léo Costa. No entanto, a proposta foi semelhante. O futebol segue focado na marcação, tentando esticar bolas a Pitbull, isolado e obrigado à disputa física. Ainda que tenha tentado controlar o jogo, o tricolor criou muito pouco. Então, entrou em ação uma arma (calibrada) em mata-matas, a bola parada.

Com o zagueiro Anderson Salles mostrando uma precisão incrível, a falta sofrida por Tiago Costa aos 19 minutos, na entrada da área, já animou a torcida coral, diante da tevê e presente no estádio Etelvino Mendonça, incluindo Carlinhos Bala. Salles justificou a expectativa e mandou no ângulo direito do goleiro. Foi o 3º gol de falta do jogador desde a sua chegada – acertando ainda duas bolas no travessão nesta passagem.

Nordestão 2017, quartas de final: Itabaiana 0 x 1 Santa Cruz. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

É verdade que a Itabaiana quase empatou no minuto seguinte, com André Beleza exigindo uma ótima defesa de Júlio César. Depois, apenas bolas alçadas e finalizações de longe, sem tanto perigo. Após o intervalo, sem mudanças, o mandante se lançou bastante ao ataque. Camisa 10, André Beleza apareceu outra vez logo na retomada, acertando a trave. Bastou para o técnico Vinícius Eutrópio reforçar ainda mais a contenção, com a entrada do volante Wellington Cézar no lugar do atacante Éverton Santos.

Àquela altura, 15 minutos, a Itabaiana havia finalizado muito mais (10 x 4). Porém, aquela troca faria o tricolor dar campo ao adversário. Em tese. Errando bastante e já com sinais de cansaço, o clube sergipano acabou caindo na armadilha, com o jogo travado. Quanto ao Santa, satisfeito, apenas um contragolpe. Um chute do lateral Vítor, raspando a trave. Para quem praticamente abdicou do ataque, a vitória foi excelente. Agora, é confirmar a vaga no Arruda, às 18h15 de sábado. Saindo para o jogo ou precavido?

Nordestão 2017, quartas de final: Itabaiana 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Wendell Rezende/Itabaiana/instagram (@wendellrezende e @itabaianaoficial)

Santa vence o Campinense e confirma a classificação às quartas do NE no pote 1

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1x0 Campinense. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

Um simples empate e o Santa Cruz seguiria em busca do bicampeonato nordestino. Uma vitória e a situação nas quartas de final seria um pouco melhor, decidindo em casa. Ou seja, era inegável o caráter decisivo contra o Campinense, num repeteco da última decisão. E o time paraibano, ano a ano, vai se mostrando um adversário complicado na Lampions. Já classificado, não deixou por menos, endurecendo o confronto e exigindo muita aplicação do tricolor. A vitória veio, suada, por 1 x 0. Em uma partida de poucas oportunidades reais de gol, em ambos os lados, o mandante marcou forte no meio-campo, jogando com o regulamento debaixo do braço.

Era uma noite na qual não cabia vacilo. Quando a partida no Arruda começou, o outro jogo do grupo, em Horizonte, já estava com 7min26s. E com apenas 14 o Náutico já fazia o placar necessário, marcando quatro gols. O gol da vitória foi marcado por Anderson Salles, grata surpresa na bola parada. Cobrou uma falta no travessão e depois converteu bem o pênalti sofrido por Éverton Santos – ter um jogador assim é essencial em mata-matas. No segundo tempo, com a Raposa buscando o empate, que a deixaria na liderança, o zagueiro foi novamente decisivo, salvando uma bola em cima da linha. Foi o nome da noite, confirmando a sua vaga numa defesa ainda observada pelo técnico Vinícius Eutrópio.

No fim das contas, o Santa saiu com todos os objetivos alcançados, ficando no pote 1 do primeiro mata-mata e evitando confrontos contra Bahia, Vitória e Sport. Ah, ganhou mais R$ 450 mil, um verba importante para otimizar a folha.

Santa Cruz na fase de grupos
2013 – 15 pontos (5v-0e-1d, 1º)
2014 – 11 pontos (3v-2e-1d, 2º)
2016 – 10 pontos (3v-1e-2d, 2º)
2017 – 13 pontos (4v-1e-1d, 1º)

Campanhas do Santa na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação)
2013 – Quartas de final (R$ 300 mil)
2014 – Semifinal (R$ 850 mil)
2015 – não participou
2016 – Campeão (R$ 2,385 milhões)
2017 – Mata-mata… (R$ 1,05 milhão até as quartas*) 

Total de cotas: R$ 4,585 milhões*

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1x0 Campinense. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

Santa Cruz marca com Pitbull logo no início e segura a vitória em Salgueiro

Pernambucano 2017, 6ª rodada: Salgueiro 0x1 Santa Cruz. Crédito: Vandinho Dias/SG10 Comunicações

A derrota no Arruda, a primeira na temporada, obrigou Vinícius Eutrópio a mudar o planejamento do Santa Cruz, escalando as principais peças no Sertão. Afinal, um novo tropeço poderia tirar o bicampeão pernambucano do G4 nesta rodada. Pegando a BR-232, com 512 quilômetros pela frente, os corais chegaram com gás no Cornélio de Barros, jogando um futebol bem mais convincente que aquele visto na quinta-feira. Ao menos em termos de obediência tática.

Ignorando o calor de 34 graus, o visitante se impôs diante do líder no primeiro tempo, criando as melhores oportunidades e deixando o Carcará sem ação (finalizando apenas uma vez na primeira meia hora). Os corais chegaram com Léo Costa (de volta, fez falta), Barbio e Half Pitbull, que marcou um belo gol logo aos 10 minutos. Estava distante da área quando recebeu a bola. Girou e bateu forte, contando com um leve desvio rumo ao ângulo de Mondragon. Foi 5º gol do xodó da torcida coral, sendo 3 no regional e 2 no estadual.

Com o 0 x 1, os tricolores se retraíram (daí a “obediência tática” no início), ocupando espaço e travando o jogo do Carcará. Futebol nada vistoso, mas eficiente para o resultado que era necessário. Ao tirar a invencibilidade do Salgueiro e contar com a derrota do Belo Jardim (que acabou goleado pelo Central), o Santa volta a ter plena folga no G4, cinco pontos à frente. Ou seja, o técnico pode repensar numa formação alternativa, priorizando a Copa do Nordeste. Com o atual faro de gols, difícil vai ser convencer Pitbull a folgar…

Pernambucano 2017, 6ª rodada: Salgueiro 0x1 Santa Cruz. Crédito: Vandinho Dias/SG10 Comunicações

Salgueiro tira invencibilidade do Santa em pleno Arruda e amplia liderança estadual

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Dando sequência a uma campanha irretocável, o Sagueiro venceu o Santa Cruz por 2 x 1, no Recife, e consolidou a primeira colocação no hexagonal estadual. A vantagem saltou de 2 para 4 pontos. Considerando a fase preliminar, já são onze apresentações do time sertanejo, ainda invicto. São 9 vitórias e 2 empates, num reflexo direto de uma equipe encaixada, competitiva no cenário local. Já enfrentou os três grandes da capital, somando sete pontos de nove possíveis.

O time comandado por Evandro Guimarães é uma equipe à vontade no Pernambucano. Se antes fazia os resultados no Cornélio de Barros, agora já começa a somar pontos com regularidade nos estádios tradicionais. Num intervalo de um ano, venceu o Sport na Ilha (em 2016), o Náutico na Arena (em 2017) e agora o Santa no Arruda. Nesta volta do futebol após o carnaval, o Salgueiro foi um time mais consciente, tanto na distribuição em campo quanto na troca de passes. O inverso do bicampeão, tendo Primão como maior exemplo do rendimento abaixo, que resultou na primeira derrota em 2017. Nem chutava nem armava. Pitbull e Vitor perderam boas chances, nas raras chances criadas.

Não que o visitante tenha tido mais, mas chegou de forma bem mais organizada. Foram três lances neste contexto, aos 37, 42 e 45. Saíram dois gols, com Willian Lira de cabeça (5º gol, somando a primeira fase) e Toty num chute no cantinho (numa trama iniciada no lançamento de Rodolfo Potiguar e com Willian fazendo o pivô). No segundo tempo, sem melhora, surgiram gritos de olé entre vários dos 5 mil espectadores. O tricolor só conseguiu diminuir aos 38, num gol contra de Ranieri, cortando o cruzamento de Vítor (que fez boa jogada). Insuficiente para tirar a vitória do Carcará. Mais uma na capital…

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Cirúrgico, Santa bate Uniclinic de novo e mantém melhor campanha no Nordestão

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Uniclinic 0 x 2 Santa Cruz. Imagem: Rede Globo (TV Verdes Mares)/reprodução

O Santa não só faz boa campanha na Lampions como faz a melhor, com 10 pontos e 7 gols de saldo. No sábado de carnaval, longe da folia recifense, os corais foram até Horizonte, a 50 quilômetros de Fortaleza, onde enfrentaram o Uniclinic, agora com quatro derrotas e ainda sem gol a favor. Num estádio deserto, onde quase todos os espectadores eram tricolores, o time fez 2 x 0, com gols de Thomás e Júlio César, o primeiro do atacante pelo clube.

Apesar do placar e da fragilidade do adversário, a partida não foi ditada pelos corais. Na verdade, o time pernambucano pouco atacou. No primeiro tempo, por exemplo, o número de chances foi 9 x 2, a favor do mandante. Ao menos, quando chegou, teve 50% de aproveitamento no período. No de cabeça do meia, a jogada foi iniciada por Pitbull, que fez um bom trabalho de pivô – se marcou três gols no confronto anterior, desta vez teve um papel mais tático.

Na segunda etapa, o Uniclinic tentou evitar a eliminação precoce, chegando várias vezes à meta tricolor. Se defendendo bem, mas com dificuldades para tramar uma boa jogada, o Santa só conseguiu finalizar aos 26 minutos. Bastou. Aproveitando uma bola mal rebatida pelo goleiro após um cruzamento de Vítor (bom desempenho em 2017), o centroavante de 37 anos girou e marcou com tranquilidade. Com o carnaval só começando, não havia motivo para gastar mais energia. O resultado já estava consolidado. A liderança também.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Uniclinic 0 x 2 Santa Cruz. Imagem: Rede Globo (TV Verdes Mares)/reprodução

Podcast – Análise do primeiro Clássico das Multidões no Pernambucano 2017

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O primeiro confronto entre Santa e Sport nesta temporada não foi dos mais vistosos, mas rendeu debate. Pela má atuação dos times (bem nervosos em campo), pela maior aplicação do corais, pela falta de variação de jogadas dos leoninos e pelo trabalho do árbitro Sebastião Rufino Filho (expulsões? impedimento?)). Os assuntos foram debatidos numa gravação exclusiva do podcast 45 minutos. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!

Confira um infográfico com a pauta do programa aqui.

18/02 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (38 minutos)

Em jogo polêmico, Santa Cruz consegue empate com Sport mesmo após expulsão

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O empate em 1 x 1 no Clássico das Multidões foi quente. Com Everton Felipe provocando o Santa, os dois times entrando pilhados. Nos primeiros minutos, o excesso de faltas ríspidas (sobretudo de Roberto no próprio Everton) abafou a expectativa de bom futebol. Ao todo, seriam 36 faltas (Santa 21 x 15 Sport). Para completar, uma arbitragem que não colaborou. Com 50 segundos, o Sport escapou de um vermelho, quando Leandro Pereira revidou o puxão de Jaime. Só amarelo. A maior polêmica ocorreu aos 23, numa bola enfiada para Pitbull. O assistente assinalou impedimento – congelando a imagem da transmissão, Halef pareceu um pouco à frente. No lance (cujo replay da TV não mostrou impedimento), Magrão saiu da área e derrubou o camisa 9. Caso a jogada tivesse sido validada, o goleiro teria sido expulso. E assim seguiu o primeiro tempo, com Sebastião Rufino Filho cercado pelos jogadores dos dois times.

Só não dá para cravar que faltou futebol porque aos 40 minutos Diego Souza marcou um golaço. Recebeu na meia lua, girou e mandou de canhota (ele é destro), acertando o ângulo direito do Júlio César. Mesmo sem atuar com regularidade (só teve intensidade nos últimos dez minutos), o Sport detinha a bola, com 61% de posse. Quanto ao Santa, seguidas tentativas de ligação direta, marcando mal no meio-campo e perdendo a bola rapidamente.

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Peu Ricardo/DP

No intervalo, os dois técnicos foram expulsos – e as queixas eram justas dos dois lados. E os auxiliares teriam trabalho na volta, na conduções dos times e dos ânimos. O visitante até teve a chance de controlar a partida, quando André Luís recebeu o segundo amarelo logo na retomada, por simulação (as duas advertências foram corretas). Se os corais buscavam ter mais posse, ali o cenário complicou. Só não ficou pior porque o rubro-negro chegava à frente com o freio de mão puxado, um ritmo que só mudou após sofrer o gol de empate.

Aos 14, Pitbull completou uma assistência na pequena área (como ocorreu contra o Uniclinic), com a defesa leonina desarmada, pedindo impedimento (inexistente). Se DS comemorou imitando um leão, Halef levou a torcida da casa à loucura repetindo o pitbull. Com a igualdade, mas em desvantagem numérica, o Santa jogou bem atrás da linha de bola, esperando um contragolpe (o que não aconteceu). Lá do outro lado, camisas douradas invadiam a área de Júlio, à espera de um cruzamento, numa insistência sem fim (falta de variação tática?). Ou, melhor dizendo, até o apito aos 49 minutos, estendendo mais reclamações com os dois invictos (Santa 7 jogos, Sport 8). E foi só o primeiro de 2017.

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Peu Ricardo/DP