Desempenho sofrível e empate na última lembrança alvirrubra dos Aflitos

Série A 2013, 3ª rodada: Náutico x Portuguesa. Foto: Paulo Paiva/DP.D.A Press

Foi a 1.763ª apresentação do Náutico nos Aflitos desde 1917. É muito tempo jogando lá nas bandas de Rosa e Silva. Numa ordem de grandeza, foram mais de 158 mil minutos de bola rolando no velho Eládio de Barros Carvalhos, um estádio que passou por inúmeras transformações. Em 1939, 1950, 1996, 2002.

Neste 2 de junho de 2013 ocorreu o epílogo alvirrubro. Se não houver surpresas, o Timbu só jogará como mandante a partir de agora na Arena Pernambuco. A torcida vermelha e branca atendeu ao apelo de um jogo tão importante e marcou boa presença nas arquibancadas, com 15 mil pessoas.

A esperança era assistir in loco à recuperação na Série A diante da Portuguesa. Os primeiros momentos neste Brasileirão têm sido constrangedores. Desta vez, mais vontade em campo, ao menos. O atacante Rogério, batalhando quase só, abriu o placar escorando de cabeça um cruzamento de Jones Carioca.

Jones, atacante bastante contestado, ainda acertaria o travessão. Vinha bem, mas acabou substituído por Rodrigo Souto, quando Silas enxergou a melhora do adversário, já com o placar empatando e pressionado a meta de Felipe.

No segundo tempo o jogo continuou encardido, fraco tecnicamente. O que já não era bom piorou com a cobrança de falta de Ferdinando, com um desvio maroto. Nos descontos, Marcus Vinícius evitou um vexame histórico, 2 x 2.

No último ato dos Aflitos, o primeiro pontinho no Brasileirão. É pouco, até porque o time, numa visível crise técnica, terá dois jogos longe do Recife. Em julho inicia um novo ciclo, na Arena Pernambuco. Precisa mudar até lá.

História nos Aflitos, em 96 anos de bola rolando:

1.764 jogos, 1.138 vitórias, 334 empates e 292 derrotas.

Série A 2013, 3ª rodada: Náutico x Portuguesa. Foto: Paulo Paiva/DP.D.A Press

Preocupante a fragilidade alvirrubra, como visitante e mandante

Série A 2013, 2ª rodada: Náutico x Vitória. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

A primeira apresentação alvirrubra no campeonato nacional já havia sido nula.

Em noventa minutos de bola rolando em Caxias do Sul o Náutico não produziu nada. O Grêmio atuou sem temor algum na defesa e cheio de espaços no ataque, criando bastante. Venceu sem dificuldades.

Esperava-se um contexto diferente nos Aflitos, que abrigará dois jogos pela Série A antes da mudança para a arena. Em 2012, quando obteve a vaga na Sul-americana, o Timbu teve o quarto melhor rendimento como mandante.

Foi implacável nos Aflitos, tudo o que não conseguiu nesta noite, contra o Vitória. A fragilidade vista na primeira rodada se estendeu ao seu campo.

Em vez de quatro volantes, três. No entanto, novamente sem um meia de criação. Não surpreendeu a inoperância dos atacantes alvirrubros. A bola pouco chegou, mascada. Não houve pressão dos comandados de Silas.

Na verdade, o dono da partida foi o leão baiano, que goleou por 3 x 0, com dois gols do argentino Max Biancucchi e um de Magal. Deixou o Timbu na lanterna.

O colegiado, formado por dezessete diretores, terá bastante trabalho para reformular a equipe de Rosa e Silva, longe de qualquer competitividade.

A reação da torcida, deixando o estádio ainda no intervalo, só aumenta a necessidade de celeridade nas contratações. De novos titulares.

Que o estádio dos Aflitos tenha uma depedida digna no domingo, contra a Lusa.

Série A 2013, 2ª rodada: Náutico x Vitória. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Alvirrubro larga no Brasileirão repetindo o pífio rendimento como visitante de 2012

Série A 2013, 1ª rodada: Grêmio x Náutico. Foto: EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A vida alvirrubra sempre foi difícil no Rio Grande do Sul diante do Grêmio. No Olímpico, com confrontos desde 1968, nunca venceu. No domingo, em sua estreia na grande competição do ano, continuou a sina em solo gaúcho.

Jogando em Caxias do Sul, uma vez que o Tricolor precisava cumprir a perda de um mano de campo, no 16º duelo, o Timbu saiu derrotado por 2 x 0.

Em campo, o time de Silas estava armado com quatro volantes. Josa, Elicarlos, Rodrigo Souto e Martinez, esse último um pouco mais adiantando, tentando municiar os dois atacantes, isolados na frente. Era o material humano à disposição, deixando claro que o colegiado terá que investir o quanto antes.

Apesar dos inúmeros cabeças de área, a marcação pernambucana fraquejou. Do posicionamento ao combate. Os gols de Zé Roberto (15/1T) e Elano (25/2T) saíram com os experientes gremistas livres na área. O time gaúcho jogou melhor, criou outras oportunidades e poderia ter goleado.

O representante pernambucano, que teve bastante tempo para se preparar após a eliminação na semifinal estadual, começa o Brasileirão repetindo o seu pífio desempenho como visitante. Em 2012 o Náutico somou apenas sete pontos fora dos Aflitos – onde foi implacável. Fora de casa foi apenas uma vitória.

Compactar a equipe nesta arrancada do Nacional é uma meta urgente…

Série A 2013, 1ª rodada: Grêmio 2x0 Náutico. Foto:Lucas Uebel/Grêmio

Com arrecadação milionária, Alvirrubro estreia com empate em sua nova casa

Amistoso internacional, 2013: Náutico 1x1 Sporting. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A expectativa era grande na Arena Pernambuco, de todos. Conhecer a nova casa, o lar pelas próximas três décadas. Tudo novinho. Cadeiras, gramado impecável, cobertura moderna, serviços diferenciados. Faltava apenas o futebol alvirrubro ir no embalo. A torcida do Náutico fez a sua parte e, como cobaia do governo estadual, se deslocou em peso via metrô, lotando as estações.

No amistoso internacional contra os portugueses do Sporting, o time pernambucano ficou no 1 x 1, repetindo o empate no primeiro amistoso (ou “amigável”, como se diz em Lisboa), em 1952, no Recife. De forma incrível, o primeiro tento foi contra, anotado pelo zagueiro Luiz Eduardo, no primeiro tempo.

No restante do jogo, como nove substituições do técnico Silas, o que se viu foi um esforço desordenado da equipe vermelha e branca, há menos de uma semana da estreia na Série A, maior objetivo da temporada.

Amistoso internacional, 2013: Náutico 1x1 Sporting. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A acústica da arena mostrou a sua força, com um “uhhhhhhh” em altíssimo volume na bola na trave de Adeilson e numa falta cobrada por Dadá. Seria ainda maior no gol. Alguns torcedores já deixavam o estádio, certamente pelo temor do esquema de mobilidade para voltar para casa, quando veio o empate.

No pênalti cobrado por Elton, nos minutos finais, o centroavante entrou para a história, com o primeiro dos muitos gols que deverão ser marcados pelo clube em São Lourenço até 2043. Neste primeiro ato foram 26.803 espectadores, proporcionando uma renda espetacular, de R$ 1.040.104, a segunda maior da história dos clubes pernambucanos. Confira o ranking do blog aqui.

A bilheteria foi excelente para uma estreia. Nesta quarta especial, a receita foi toda do consórcio. A partir de agora, consórcio e Náutico irão dividir a renda.

Amistoso internacional, 2013: Náutico 1x1 Sporting. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Encerrada a participação alvirrubra nos Aflitos com o mínimo de dignidade

Pernambucano 2013, disputa pelo 3º lugar: Náutico x Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Seguindo à risca o contrato assinado pelo clube com o consórcio da Arena Pernambuco, a partida desta noite nos Aflitos foi a última do Náutico em sua velha casa pelo campeonato estadual, onde atua desde 1918.

Em 2014, quando lutará para não completar uma década de jejum de taças, o Alvirrubro atuará apenas no novo estádio em São Lourenço da Mata. Na medida do possível, se é que era possível, a despedida foi digna.

Um jogo às moscas, desinteressante, válido pela disputa de terceiro lugar da competição – na qual o favoritismo era do Náutico. No entanto, era primordial para o time vermelho e branco superar o Ypiranga e conquistar a vaga na Copa do Nordeste do ano que vem, uma vez que nesta temporada ficou ausente.

Confirmada a meta, o Náutico não participará do tenebroso primeiro turno do próximo Campeonato Pernambucano. Em vez disso, um torneio mais rentável, com o regional e todas as suas partidas exibidas na televisão.

Nesta quarta, a goleada por 3 x 0 sobre a Máquina de Costura, garantida na Série D de 2013 e na Copa do Brasil de 2014, expôs o mínimo de gana do elenco atual, já observado por Silas com foco no Brasileirão, a caminho.

Na Série A, o Timbu terá a sua despedida oficial dos Aflitos. Que seja melhor…

Pernambucano 2013, disputa pelo 3º lugar: Náutico x Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Alvirrubro em alerta para beliscar a vaga no Nordestão

Pernambucano 2013, decisão de 3º lugar: Ypiranga x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Disputar a terceira colocação de um campeonato estadual após uma dura eliminação dentro de casa em um clássico seria difícil para qualquer um.

Por isso não surpreendeu o esforço em Rosa e Silva para buscar ânimo contra o Ypiranga. O apelo era até considerável. Classificados à Copa do Brasil de 2014, ambos disputam um lugar na próxima Copa do Nordeste, com uma premiação ainda maior que a deste ano, sem contar a vaga ao campeão na Copa Sul-americana, que deve se tornar no objetivo dos clubes da região.

Não teve jeito. A tarde deste sábado em Caruaru não atraiu a atenção do público, com o Lacerdão às moscas. No surrado gramado, após o merecido minuto de silêncio em homenagem ao ex-craque timbu Nado, emoção a conta gotas.

Vavá abriu o placar para a Máquina de Costura aos 5 minutos de jogo. No fim do primeiro tempo, aos 39, Elton completou mais uma jogada de Rogério e chegou a 17 gols, ampliando a sua artilharia na competição.

O jogo insosso, no qual o time agrestino teve até mais chances na etapa final, terminou mesmo em 1 x 1. Apesar de poder jogar por um empate sem gols na volta, o placar deixa o Alvirrubro em alerta para a próxima quarta, na última partida dos Aflitos no Pernambucano. Uma decisão de terceiro lugar irá dar um tom melancólico, mas cabe ao Timbu ao menos se garantir no Nordestão.

Pernambucano 2013, decisão de 3º lugar: Ypiranga x Náutico. Foto: Náutico/divulgação

Na bola, na raça e sem precisar da sorte, o Santa Cruz arranca para o tricampeonato

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Na bola, nos cartões, no sorteio. Sairia de todo jeito um finalista neste domingo.

Em uma tarde histórica, em três cores, o Clássico das Emoções caminhava de forma agônica para os bizarros critérios de desempate. O gol de Elton logo aos quinze minutos fez com que a definição do finalista do Estadual fosse revezada o tempo inteiro com cartões e o sorteio, através de um bingo.

Amarelo para o Santa? Logo em seguida um alvirrubro recebia. Advertência para o Náutico? Não demorava cinco minutos para um tricolor também levar um cartão. Se a ideia era disciplinar a disputa, atrapalhou, pois o árbitro Giberto Castro economizou o quanto pôde nos cartões nos Aflitos, repleto de gente.

Os times marcavam a distância, com temor de botar a tudo a perder. Mas as faltas duras aconteceram, algumas na correção verbal. A chuva foi o tempero final da tarde, com mais uma apresentação raçuda do Santa em um clássico.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Após o gol sofrido no primeiro tempo, o time de Marcelo Martelotte, até então invicto como visitante, até perigou levar o segundo. Pouco atacava, tentando conter o ímpeto do Timbu. O seu meio-campo estava travado. Parecia esperar por um venenoso contragolpe, digno de uma cobra coral. Veio, letal.

O clima já era tenso quando, aos 32 minutos, Renatinho foi derrubado por Alison. Na área, num pênalti claríssimo. Envolvido numa polêmica sobre uma possível transferência para o próprio Alvirrubro, Dênis Marques quis nem saber e converteu muito bem. A vaga coral estava quase garantinda na decisão.

Seis minutos depois, outro pênalti sem contestação, do outro lado. Elton até definiu a vitória timbu por 2 x 1. Insuficiente para brecar a caminhada tricolor em busca do tri. A Cobra Coral mostrou força, camisa. E nem precisou de sorte.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

De perna direita, o canhoto Renatinho deixa o Santa com um pé na final

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

A história de mais um triunfo do Santa Cruz sobre o Náutico nesta temporada começou da forma mais tensa possível.

O meia Natan vinha numa boa sequência na temporada. Até ficou ausente em alguns jogos, lesionado, mas foi efetivo na maior parte da campanha coral. Com o seu talento, tornou-se destaque no Santa. Mas veio a hora H e a surpresa.

Voltou a sentir a velha dor na coxa, em uma hora crucial, na semifinal deste domingo, em um clássico. O jovem apoiador deixou o campo com apenas oito minutos de bola rolando no Arruda, parcialmente ocupado por 28 mil torcedores.

O técnico Marcelo Martelotte mandou para o campo o xodó Renatinho, outrora titular na lateral esquerda tricolor e agora acionado no meio campo, bastante povoado pelo bicampeão estadual nessa formação atual, 4-5-1.

Ao lado de Luciano Sorriso e Natan, tentaria municiar Dênis Marques.

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas o baixinho coral foi bem além. Marcou um golaço no segundo tempo, as seis minutos. O gol da vitória que abriu caminho para mais uma decisão.

Na jogada, zagueiros e atacantes brigaram com a bola. Quicou aqui, bateu num ombro ali, espirrou para a fora da área e Renatinho apareceu.

Como um missil, o elemento surpresa emendou de perna direita. O canhoto acertou o ângulo esquerdo do goleiro alvirrubro Felipe.

Com o formato do gol qualificado, o magro 1 x 0 se torna num grande placar a favor dos corais em busca da terceira decisão seguida. No critério dos cartões, apesar da disputa pegada, só um amarelo para cada lado, mostrando que a intenção da FPF de coibir a violência passou longe de funcionar.

No próximo domingo, no último Clássico das Emoções nos Aflitos, o Náutico terá que voltar a jogar um futebol há tempos esquecido neste Estadual…

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Análise da semifinal 2013 – Náutico

Náutico em 2013. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Recomeço em cima da hora. Único representante do estado na Série A, com a pré-classificação à Copa Sul-americana, orçamento acima de R$ 40 milhões e estável em janeiro. O favoritismo do Náutico, que busca o título estadual desde 2004, era mais do que óbvio. Agora, em abril, foco no novo trabalho de Silas.

Algumas peças deixaram o elenco que terminou o Brasileirão em 12º lugar, sendo Kieza o principal desfalque, mas a base permaneceu. Fora do Nordestão, o Timbu ainda teve o primeiro turno como “pré-temporada”. Mas desandou. A saída de Gallo para a seleção brasileira de base foi o ponto-chave. Indicado pelo ex-treinador, Vágner Mancini assumiu o time ainda no primeiro turno.

O Náutico chegou a empolgar, com seguidas goleadas, artilheiro e vice. Mas vieram os clássicos e as duas derrotas balançaram o clube. A apatia ofensiva contra rubro-negros e tricolores, a marcação passiva e as improvisações minaram Mancini. Assim, o Náutico repete de certa forma o mata-mata do Estadual 2012. Ali, Gallo assumiu o Timbu no jogo de volta. Silas chega ainda no jogo de ida, consciente do trabalho de psicólogo. Cabe ao grupo aceitar.

Esquema tático do Náutico no Pernambucano 2013. Arte: this11.com

Destaque
Rogério, sem dúvidas. Após a saída de Kieza, para o futebol chinês, o atacante tomou as rédeas do setor, calibrou o pé e emendou um golaço atrás do outro. No embalo, dando assistências, viu Elton assumir a artilharia. A velocidade de Rogério é o principal vetor ofensivo do time em busca da retomada da boa fase.

Aposta
O lateral-esquerdo Douglas Santos não vinha fazendo um grande campeonato, mas viu a sua carreria ser sacudida com a convocação para o time principal da Seleção Brasileira. Ganhou confiança após a passagem na Canarinha e pode ser a surpresa timbu no mata-mata.

Ponto fraco
A defesa teve inúmeras formações durante a caminhada no Pernambucano. Pior, viu o seu melhor jogador, Jean Rolt, desfalcar o Náutico em várias oportunidades, inclusive nos dois clássicos inteiros. O retorno do defensor é essencial para a zaga.

Campanha no 2º turno (11 jogos)
21 pontos (2º lugar)
7 vitórias (quem mais venceu)
0 empate (quem menos empatou)
4 derrotas (o 4º que menos perdeu)
32 gols marcados (melhor ataque)
12 gols sofridos (a 3ª melhor defesa)

Geral: 40 pontos, 19 jogos, 13 vitórias, 1 empate, 5 derrotas, 49 GP, 20 GC.

Melhor apresentação: Náutico 8 x 0 Petrolina, em 24 de fevereiro.

Confira também as análises de Sport, Santa Cruz e Ypiranga.

Qual é a sua opinião sobre o desempenho do Timbu na fase final?

Revés aproxima Timbu da Sul-americana, mas também expõe a má fase geral

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Crac-GO 3x1 Náutico. Crédito: Rede Globo/reprodução

Uma noite para despachar o Crac ou encaminhar a inédita classificação à Copa Sul-americana? Esse era o absurdo dilema do Náutico criado pela CBF para a estreia na Copa do Brasil. Pré-classificado à competição continental, o Alvirrubro precisa ser eliminado até a terceira fase para confirmar a vaga.

Então, fazer força pra quê? A torcida quer a campanha internacional, num jejum desde a Libertadores de 1968. A diretoria pode até não tornar pública essa opinião, mas deseja o mesmo. Mas o momento do time não é dos melhores.

Com a saída de Vágner Mancini, após uma sequência ruim no campeonato pernambucano, os jogadores alvirrubros precisavam mostrar um poder de superação, mesmo envoltos nesta dúvida sobre a Sul-americana.

Não chegou nem perto disso. A apatia do Náutico foi geral, mostrando uma formação desarrumada. Num campo pesado no interior goiano, o Timbu foi derrotado pelo Crac, que briga contra o rebaixamento no seu estadual.

O revés por 3 x 1, com gols de Pantico ainda no primeiro tempo, amplo domínio do mandante e um frangaço de Felipe, marcou a quarta derrota nos últimos cinco jogos do Alvirrubro. Escalado com as principais peças, Rogério, Elton e Martinez, o futebol não evoluiu nesta quarta.

Isso mostra de certa forma que mesmo com o desejo de disputar uma competição da Conmebol o foco precisa ser retomado. Sul-americana à parte, isso é preocupante. Sobretudo com a fase final do Pernambucano batendo na porta. E isso também é prioridade, desde 2004…

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Crac-GO 3x1 Náutico. Crédito: Rede Globo/reprodução