Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2018, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos a cada partida, com estruturas distintas a partir das fases ou clubes envolvidos. A formação mais básica envolve os jogos entre intermediários, com a arbitragem, o delegado do jogo e um assessor, enquanto a mais complexa (e cara) é a da final, com oito funções: árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo e assessor de protocolo.
Soma das taxas de arbitragem em cada jogo Semifinal e final – de R$ 11.985 a R$ 13.774 Clássicos/3º lugar – de R$ 9.809 a R$ 11.257 Mando dos grandes (turno) – de R$ 5.946 a R$ 6.279 Mando dos intermediários (turno) – de R$ 2.705 a R$ 2.955
Como indicam as reproduções do documento emitido pela federação pernambucana de futebol, cada partida é precificada de uma forma, inclusive pelo nível dos árbitros escalados. Logo, os valores da final podem chegar a 11 mil reais de diferença sobre os do turno, de R$ 2,7 mil a R$ 13,7 mil – no caso dos assistentes, a cota equivale a 60% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 30% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 2,9%. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros, com valores pré-determinados pela cidade da partida, tendo o Recife como marco zero (e R$ 40). A diária mais alta é a de Salgueiro, R$ 210.
A responsabilidade de pagamento do mandante, detalhada no artigo 19 no regulamento do Estadual, não é regra geral. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 2 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Emerson Sobral.
Na nova fórmula, cada time joga 5 vezes como mandante e 5 como visitante no turno. Descontando os 3 clássicos, o quadro abaixo vale para 12 jogos
O quadro mais barato contempla 8 times, à parte do Trio de Ferro. A escala vale inclusive para confrontos contra os próprios grandes. Ao todo, 40 partidas
A capa do plano comercial do Pernambucano 2018. Slogan ousado…
A média de público no Campeonato Pernambucano de 2017 foi a segunda pior desde que a FPF passou a contabilizar os dados, há 28 anos. Com índice de 2.402 espectadores, só ficou à frente de 1997, com 2.080. Mesmo considerando apenas a fase principal, a partir do hexagonal do título, o dado foi ruim, com 4.808. Agora, o contraponto. Arquibancadas vazias e muita gente sintonizada diante da televisão. As transmissões da Globo Nordeste, 13 ao todo, tiveram uma audiência média de 2,2 milhões de telespectadores, número revelado durante o evento de lançamento do Estadual 2018, na sede da emissora. O blog analisa os planos comerciais da competição desde 2010. Durante sete anos, os dados da audiência consideraram o Grande Recife, a área de maior atuação, variando de 524 mil a 974 mil pessoas/jogo. Desta vez, o relatório trouxe os números do estado, considerando todos os municípios cobertos pela Globo Nordeste (Região Metropolitana e Zona da Mata), TV Asa Branca (Agreste) e TV Grande Rio (Sertão).
Aqui, alguns registros do plano comercial oficial, com as audiências de todos os jogos exibidos em 2017, com a decisão entre Sport e Salgueiro, no Cornélio de Barros, alcançando 41,9 pontos, de acordo com a medição do canal. O ‘share’ daquela partida indica que a cada 100 televisões ligadas no horário, 70 estavam sintonizadas na peleja. É bastante coisa, levando à reflexão sobre o porquê de tanta audiência num torneio tecnicamente fraco como foi o último. Então, imagine num campeonato mais organizado…
Audiência média do Pernambucano na TV aberta 2010 – 541 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2011 – 526 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2012 – 524 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2013 – 555 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2014 – 696 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2015 – 974 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)* 2016 – 700 mil telespectadores (RMR, 14 municípios) 2017 – 2,2 milhões de telespectadores (Pernambuco, 186 municípios)
* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão
As maiores audiências da história da Globo NE no Estadual (Grande Recife) 1.153.620 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010, final) 1.050.763 – Sport (5) 1 x 0 (3) Santa Cruz (13/04/2014, semifinal) 1.040.976 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/2011, final)
As 4 maiores audiências de 2017 foram nos mata-matas. Curiosamente, em 2018 a fórmula ampliou a fase eliminatória, agora com quartas de final
Apesar da vantagem na audiência, numa comparação proporcional com o Paulistão e o Carioca, o dado local utilizado na arte foi o da decisão. Distorceu
A seguir, as propostas de propaganda para 2018 e as ações planejadas para promover a competição. Naming rights, exposições, redes sociais etc.
20 anos da ausência de futebol local na TV à maior disputa por mercado
Na TV aberta, o último ano com concorrência sobre o futebol pernambucano, em relação à Globo, havia sido 1999. Na época, o locutor Luciano do Valle adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Pernambucano por R$ 600 mil, exibindo os jogos na TV Pernambuco, emissora estatal com histórico de ‘traço’ na audiência – até então, partidas locais passavam de forma esporádica. O sucesso foi estrondoso, chegando a marcar 50 pontos num Clássico das Multidões. Paralelamente a isso, a Copa do Nordeste corria sem exibição, com a Globo Nordeste limitando-se ao Paulista e ao Brasileirão. Como se sabe, a emissora comprou os direitos do Estadual no ano seguinte, pagando R$ 1,92 milhão por quatro edições. Fez o mesmo com o Nordestão, ficando à parte do regional apenas em 2003 e 2010, as edições marcadas pela briga jurídica entre a Liga do Nordeste e a CBF – com vitória da liga.
Pois bem. Passado tanto tempo, surge um cenário incomum, com os dois principais torneios no âmbito regional em sinais abertos distintos no Grande Recife – havendo a ressalva sobre as Série D e C, com alguns jogos do Santa na Nova NE e TV Pernambuco, respectivamente. O Pernambucano segue na Globo. Porém, a Lampions foi parar nas mãos do SBT, com transmissão nos nove estados da região, com o sinal local a cargo da TV Jornal.
Ou seja, líder e vice-líder de audiência na Região Metropolitana do Recife, agora estendida a 4 milhões de habitantes, após a entrada do 15º município, Goiana. Apesar da concorrência – com o Nordestão sendo esportivamente mais importante, frise-se -, os horários a princípio não batem. Na prática, o número de jogos locais poderá dobrar numa semana, chegando a quatro – tendo três como mínimo, sendo 2 na Globo e 1 na TV Jornal. De toda forma, fica a curiosidade sobre a intensidade da cobertura das duas empresas sobre as competições ‘rivais’, uma vez que, comercialmente, são concorrentes de fato na disputa pela atenção de consumidores alvirrubros, rubro-negros e tricolores. Um embate (ético) entre produto e informação.
Em 2017, as decisões dos torneios foram exibidas para o Recife, pois o Sport alcançou a final do Nordestão. Eis os dados dos 4 jogos na tevê aberta:
Pernambucano 833.147 telespectadores (34,3 pontos) – Sport 1 x 1 Salgueiro (07/05, ida) 976.458 telespectadores (40,2 pontos) – Salgueiro 0 x 1 Sport (28/06, volta)
Nordestão 1.107.600 telespectadores (38,2 pontos) – Sport 1 x 1 Bahia (17/05, ida ) 1.184.400 telespectadores (41,4 pontos) – Bahia 1 x 0 Sport (24/05, volta)
Abaixo, os perfis dos telespectadores dos canais, considerando a RMR:
TV Jornal (Grande Recife) – 2º lugar no Ibope Horários dos jogos: terça-feira (21h45) e sábado (16h) Narrador: Aroldo Costa Comentarista: Maciel Júnior Principais clubes envolvidos: Santa, Náutico e Bahia (nº jogos não divulgado)
Globo Nordeste (Grande Recife) – 1º lugar no Ibope Horários dos jogos: quarta-feira (21h45) e domingo (16h) Narrador: Rembrandt Júnior Comentarista: Cabral Neto Principais clubes envolvidos: Sport (7 jogos), Santa (4) e Náutico (2)
Entre 2013 e 2017, o Campeonato Pernambucano teve três aplicativos oficiais, desenvolvidos pela Look Mobile. Para a edição de 2018, a FPF firmou uma parceria com uma nova empresa de softwares, a Pronto Tecnologia, que opera no RJ, SP e PE. Desta vez, trata-se de uma plataforma de entretenimento – para smartphones e computadores – idealizada para operar com diversas competições, embora o Estadual tenha sido o primeiro da lista. Além de tabela e classificação atualizadas, detalhes dos times, estádios e cidades, o app (gratuito) foca num ‘bolão’, com os usuários tentando acertar os resultados do torneio selecionado, com direito a ranking e premiações. No caso do Estadual, o torcedor, após escolher o seu time, entre os 11 clubes participantes, passa a arriscar o placar rodada a rodada – ao todo, 63 partidas.
Eis a lógica da pontuação no aplicativo ‘Futebol Conectado’:
60 pontos – placar exato 15 pontos – resultado certo (vitória do mandante, do visitante ou empate) 10 pontos – acertar qual clube faz o primeiro gol do jogo (ou 0 x 0 também) 5 pontos – acertar o tempo do primeiro gol (1T, 2T ou 0 x 0 também)
Bônus em caso de placares exatos na rodada: 3 (200 pts), 4 (500) e 5 (1.000) Bônus em caso de resultados certos na rodada: 3 (50 pts), 4 (125) e 5 (180)
Em relação aos smartphones e tablets, o aplicativo, na versão 1.0, demanda 52 megas. Já a compatibilidade vai a partir de 4.1 no Android e 8.0 no iOS.
A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018 começou ainda no ano passado, em 15 de agosto, acabando apenas em 13 de janeiro, a três dias do início da fase principal do torneio, que distribui R$ 22,4 milhões em cotas. Esta edição marca a reforma promovida pela Liga do Nordeste junto à CBF, após três temporadas com o mesmo formato. Logo, a fase de grupos foi reduzida de 20 para 16 times, com o número de jogos caindo de 60 para 48, visando uma maior competitividade – daí a necessidade de criar uma seletiva.
Com a definição de todos os participantes, confira a tabela definitiva da etapa, que classificará os dois melhores colocados de cada chave às quartas de final, além das observações iniciais do blog sobre a 15ª edição da Lampions.
Grupo A Santa Cruz (3º lugar no Pernambucano 2017) – R$ 1 milhão de cota CRB (1º em AL) – R$ 850 mil Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil Treze (2º na PB) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Sem dúvida, este é o grupo mais equilibrado desta edição, embora aparente ser tecnicamente nivelado por baixo, sendo o CRB o time de divisão nacional mais elevada – está na Série B. Mesmo na condição de cabeça de chave, o tricolor pernambucano, campeão em 2016, entra com um elenco reformulado e uma folha na casa de R$ 250 mil, patamar semelhante ao dos adversários. A chave também conta com as menores distâncias entre as sedes.
Pitaco do blog sobre os classificados: CRB (1º) e Santa Cruz (2º)
Tabela do grupo A
16/01 (19h00) – Treze x CRB (Amigão) 16/01 (21h45) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) 01/02 (19h00) – CRB x Confiança (Rei Pelé) 06/02 (21h45) – Santa Cruz x Treze (a definir) 15/02 (19h00) – Confiança x Treze (Batistão) 20/02 (20h45) – Santa Cruz x CRB (Arruda) 10/03 (16h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) 12/03 (19h15) – Treze x Confiança (PV) 20/03 (19h00) – Confiança x CRB (Batistão) 22/03 (19h00) – Treze x Santa Cruz (PV) 29/03 (21h15) – CRB x Treze (Rei Pelé) 29/03 (21h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda)
Grupo B Vitória (1º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota ABC (1º no RN) – R$ 850 mil Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Tentando aumentar o seu recorde, de quatro conquistas, o Vitória entra com mudanças em relação ao que disputou o Brasileiro, dispensando alguns medalhões e vendendo David (R$ 8 milhões). Como terminou em 16º na Série A nos últimos dois anos, a medida é compreensível. Na briga pela segunda vaga, o ABC tem mais lastro (técnico e financeiro), apesar do descenso à terceirona – Ferrim (de volta após 19 anos) e Globo correm bem por fora.
Pitaco do blog sobre os classificados: Vitória (1º) e ABC (2º)
Tabela do grupo B
16/01 (21h45) – Globo x Vitória (Manoel Barretto) 17/01 (19h00) – Ferroviário x ABC (Presidente Vargas) 31/01 (19h00) – ABC x Globo (Frasqueirão) 01/02 (21h15) – Vitória x Ferroviário (Barradão) 10/02 (16h00) – ABC x Vitória (Frasqueirao) 21/02 (18h00) – Ferroviário x Globo (Presidente Vargas) 10/03 (18h15) – Globo x Ferroviário (Manoel Barretto) 11/03 (19h00) – Vitória x ABC (Barradão) 20/03 (22h00) – Globo x ABC (Manoel Barretto) 21/03 (19h00) – Ferroviário x Vitória (Presidente Vargas) 27/03 (22h00) – Vitória x Globo (Barradão) 27/03 (22h00) – ABC x Ferroviário (Frasqueirão)
Grupo C Bahia (2º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil Altos (1º no PI) – R$ 775 mil Náutico-PE (4º em PE) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
Com o maior orçamento da região em 2018, R$ 119 milhões, o Bahia entra como franco favorito ao título regional – com o tetra, se igualaria ao rival. O tricolor vendeu algumas de suas principais peças (Jean e Juninho Capixaba) e juntou a mais dinheiro, com a formação em andamento. Na briga pela segunda vaga, uma possível disputa polarizada entre Botafogo e Náutico, futuros adversários na Série C. O time paraibano trouxe algumas peças de maior experiência e técnica, como o meia Marcos Aurélio.
Pitaco do blog sobre os classificados: Bahia (1º) e Botafogo (2º)
Tabela do grupo C
17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) 18/01 (21h15) – Bahia x Botafogo (Fonte Nova) 30/01 (21h45) – Altos x Bahia (a definir) 08/02 (19h00) – Botafogo x Náutico (Almeidão) 22/02 (18h00) – Botafogo x Altos (Almeidão) 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) 10/03 (16h00) – Náutico x Bahia (Arena PE) 12/03 (21h30) – Altos x Botafogo (a definir) 20/03 (22h00) – Bahia x Altos (Fonte Nova) 22/03 (21h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) 27/03 (22h00) – Altos x Náutico (a definir) 27/03 (22h00) – Botafogo x Bahia (Almeidão)
Grupo D Ceará (1º lugar no Cearense 2017) – R$ 1 milhão de cota Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil (somando a seletiva)
De volta ao Brasileirão, o Vozão só deve investir pesado neste ano a partir de abril, no início do nacional. Ainda assim deve ter, no mínimo, a terceira maior folha desta Lampions, com o reforço de nomes como Felipe Azevedo (atacante) e Juninho (volante). Ao carcará, com boa sequência de participações, a missão é difícil após a drástica mudança do elenco – manteve a base por anos. Com dois acessos seguidos, o CSA aparece bem cotado.
Pitaco do blog sobre os classificados: Ceará (1º) e CSA (2º)
Tabela do grupo D
16/01 (21h45) – Salgueiro x Ceará (Cornélio de Barros) 18/01 (21h15) – CSA x Sampaio Corrêa (Rei Pelé) 30/01 (21h45) – Ceará x CSA (Castelão-CE) 07/02 (19h00) – Sampaio Corrêa x Salgueiro (Castelão-MA) 15/02 (21h15) – CSA x Salgueiro (Rei Pelé) 20/02 (21h00) – Sampaio Corrêa x Ceará (Castelão-MA) 10/03 (16h00) – Ceará x Sampaio Corrêa (Castelão-CE) 10/03 (20h30) – Salgueiro x CSA (Cornélio de Barros) 20/03 (22h00) – CSA x Ceará (Rei Pelé) 22/03 (19h00) – Salgueiro x Sampaio Corrêa (Cornélio de Barros) 29/03 (19h00) – Ceará x Salgueiro (Castelão-CE) 29/03 (19h00) – Sampaio Corrêa x CSA (Castelão-MA)
Em 2018, a Globo chega a 19 anos seguidos transmitindo o Campeonato Pernambucano. Por sinal, esta temporada marca o encerramento do contrato de TV firmado em 2015 – R$ 3,73 milhões/ano. Na 1ª fase, a emissora tem onze jogos garantidos na grade, sendo um por rodada e já selecionados – entre os grandes, 7 do Sport, 4 do Santa e 2 Náutico. Claro, também estão previstos alguns jogos das quartas e da semifinal, além da decisão, em ida e volta. Marcando a largada, o canal lançou um comercial com o narrador e o comentarista da casa, Rembrandt Júnior e Cabral Neto. Assista à peça abaixo.
“A emoção vai voltar aos estádios e a paixão vai entrar em campo. É o Campeonato Pernambucano 2018 chegando na Globo. Aqui é emoção. A emoção de abrir a temporada do ano da Copa”
No futebol local, o foco diferenciado no Estadual também está atrelado ao fato de a Globo Nordeste não ter os direitos do Nordestão, exibido no canal de 2013 a 2017 – agora presente na TV Jornal, a concorrente afiliada ao SBT.
Jogos com exibição programada na Globo Nordeste 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (Arena PE*) 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) * A confirmar
Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.
A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.
“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.” A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia!
“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.” Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.
“E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.” Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.
“Made in Nordeste” “O Nordeste merece” “Sangue tipo NE”
A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.
Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.
A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.
Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.
Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?
O primeiro troféu da temporada pernambucana foi erguido no sertão, embora ainda no contexto de ‘pré-temporada’, no duelo sertanejo entre Afogados e Salgueiro. O amistoso foi simbólico, marcando o primeiro jogo profissional noturno da história de Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife.
Como a Coruja – apelido do time da casa – havia disputado apenas a segunda divisão e a primeira fase do Estadual, sem os grandes clubes da capital, até então não havia a exigência de refletores por parte da FPF. Porém, com o novo regulamento, agora com turno único envolvendo todos os participantes, a prefeitura precisou adequar o Estádio Municipal Valdemar Viana, o Vianão.
A obra ocorreu após o aporte de R$ 590 mil junto ao Ministério do Esporte. O novo sistema tem seis torres e 108 lâmpadas de LED. Com o investimento também foi possível reformar os dois vestiários e os bancos de reservas.
Num campo cheio, 1 x 1, com Roger abrindo o placar para o Afogados, no 1T, e Maurício empatando para o Salgueiro, no 2T. Como estava em disputa a amistosa Taça Aderval Viana, em homenagem a um desportista local, os times encararam os pênaltis – experiência interessante a ambos, pois o Estadual de 2018 conta com três fases eliminatórias e penalidades em caso de igualdade. E o atual vice-campeão pernambucano venceu por 4 x 2. Começou copeiro…
Há alguns anos a Liga do Nordeste promove o “tour da taça”, levando a orelhuda às cidades envolvidas na competição regional. Para isso, conta com o simbolismo do troféu dourado do Nordestão, com modelo fixo. Não é o que ocorre em Pernambuco, mas, por outros caminhos, a FPF também resolveu adotar o “tour da taça” na versão local. Alguns pontos colaboram para a ideia no Campeonato Pernambucano de 2018. O primeiro é a definição prévia do troféu, pois há bastante tempo as peças eram apresentadas já na reta final das competições. Desta vez, o design da taça foi revelada durante o conselho arbitral, em 3 de outubro. Passados dois meses, com a finalização da obra, o troféu será levado às sete cidades do interior nesta edição.
Segundo a entidade, o projeto é realizar exposições públicas do troféu de campeão estadual, título jamais conquistado pelo interior – até hoje, quatro vices. A própria federação reconhece o distanciamento causado pela edição de 2017, com vários campos vetados fora do Grande Recife.
“O objetivo do tour da taça do Pernambucano 2018 é aproximar os torcedores dos clubes e da competição Estadual, que este ano sofreu modificações no regulamento e terá jogos do trio de ferro no interior do Estado”
Rota do Estadual 2018 no interior 50 km – Vitória de Santo Antão 130 km – Caruaru 187 km – Belo Jardim 215 km – Pesqueira 256 km – Flamengo 386 km – Afogados da Ingazeira 518 km – Salgueiro
Curiosamente, as primeiras exibições ocorrem paralelamente a outras taças. No primeiro fim de semana do ano, dois amistosos com taças em disputa. No dia 6, Afogados x Salgueiro, inaugurando os refletores do estádio Vianão. Ao vencedor, a Taça Aderval Viana. No dia 7, Flamengo x Íbis no Áureo Bradley, celebrando os 59 anos do rubro-negro sertanejo. Ao vencedor, a Taça Evandro Carvalho. Quem sabe a taça principal também não fica por lá…