Estudo de viabilidade de R$ 2,2 milhões e nova parceria privada na Arena em 2017

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

Foi dada a largada para compor uma nova operação privada na Arena Pernambuco. O governo do estado lançou o o edital (abaixo) para um estudo de viabilidade do estádio em São Lourenço, considerando, entre outras coisas, momento econômico, potencial de ocupação e clubes engajados, com possíveis cenários entre Náutico, Santa e Sport – hoje, nenhum tem acordo oficial para mandar jogos. O curioso é que em 5 de março deste ano foi entregue o relatório da Fundação Getúlio Vargas, com o mesmo tema. Porém, na ocasião foi voltado para o “aprimoramento do programa estadual de parcerias público-privadas, a partir do estudo de caso de concessão administrativa para a exploração da arena multiuso da Copa 2014”. Considerava, claro, o contrato de 30 anos com a Odebrecht, já desfeito. Com dispensa de licitação, aquele estudo, de 225 páginas, custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palácio do Campo das Princesas.

Desta vez será ainda mais caro, R$ 2,2 milhões. Segundo o edital, entretanto, não deve haver ônus para o estado, pois o valor será ressarcido justamente pela empresa que, posteriormente, vencer a licitação de operação da arena multiuso. Sim, são dois processos. Cronologia a seguir.

08/11/2016 – Públicação do edital para o estudo de viabilidade da Arena
30/11/2016 – Fim do prazo para a retirada do edital por parte dos interessados
30/12/2016 – Anúncio da empresa que ficará responsável pelo estudo
30/04/2017 – Limite para a produção do relatório (120 dias)

Concluída a etapa, será aberta uma licitação internacional, com expectativa para o segundo semestre de 2017. O novo operador pode ser anunciado no fim do ano. Na primeira vez em que estádio passou por um processo do tipo, em 22 de março de 2010, três grupos apareceram: as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS. Antes da operação, teriam que construir o estádio. Do edital à contratação oficial foram seis meses. Agora, há apenas a operação em disputa, num formato de concessão a ser definido de acordo com o futuro estudo de viabilidade, com projeções de receita mais modestas.

Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (atual operadora) justifica:

“a finalidade (do estudo) é identificar o tipo de operação menos dispendiosa para a administração pública na exploração, manutenção e operação futura do empreendimento” 

“(o estudo) estará atualizado com a nova realidade da Arena de Pernambuco, com nova administração, custos bem mais baixos do que antes de o Governo do Estado assumir e uma realidade econômica nacional diferente da apresentada na época do material da FGV”.

Espera-se uma modelagem bem distinta e justa. Ou seja, nada de contratos longínquos ou garantia de receita mesmo com prejuízo operacional…

Licitação para estudo de viabilidade da Arena Pernambuco em novembro de 2016. Reprodução: Diário Oficial de Pernambuco

Classificação da Série A 2016 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Sport venceram numa mesma rodada pela segunda vez neste Brasileirão. Curiosamente, contra os mesmos adversários, América e Grêmio, como já havia ocorrido no primeiro turno. Agora, os corais bateram o Coelho no Arruda e os leoninos golearam o tricolor gaúcho em Porto Alegre.

No caso tricolor, em termos de tabela, o resultado serviu apenas para largar a lanterna. No caso leonino, numa disputa viva contra o descenso, a vitória abriu cinco pontos sobre o Z4. Por sinal, nesta 34ª rodada, o Internacional foi o grande derrotado. Perdeu do Palmeiras no Allianz Parque. Revés na conta. Porém, os três concorrentes, Vitória, Coritiba e Sport, venceram, mesmo diantante de adversários brigando por Libertadores.

As dez maiores probabilidades de rebaixamento após 34 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 34 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 34 jogos (42,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 4 rodadas
…ou 25,0% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-3d e 0v-3e-1d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 1 ponto em 4 rodadas
…ou 8,3% de aproveitamento
Simulação mínima: 0v-1e-3d

Permanência: 98.0% (Infobola)

Santa Cruz – soma 27 pontos em 34 jogos (26,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura): não é mais possível
Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º): não é mais possível
Única possibilidade: vencer os quatro jogos, chegar a 39 pontos e torcer para que o Vitória perca os seus quatro jogos e que o Inter não some dois pontos

Permanência: 1.0% (Infobola) 

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos 

16/11 (20h00) – Coritiba x Santa Cruz (Couto Pereira, Curitiba)
Histórico no Paraná pela elite: 1 vitória coral, nenhum empate e 2 derrotas

16/11 (20h45) – Sport x Cruzeiro (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 7 empates e 5 derrotas

Com goleada, Sport vence o Grêmio pela primeira vez em Porto Alegre na Série A

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Demorou 46 anos, mas finalmente o Sport venceu o Grêmio em Porto Alegre em um jogo oficial. Até hoje, eram 18 derrotas e 4 empates, incluindo o revés na final da Copa do Brasil de 1989. Algoz de longa data. Mas o primeiro triunfo, que deixou o rubro-negro a um triz da permanência no Brasileirão, foi categórico, 3 x 0. O placar tem nome: Diego Souza. Além de ditar o ritmo do jogo, o meia balançou as duas redes da arena gaúcha.

No último lance do primeiro tempo, ele marcou um golaço, batendo de fora da área – após quatro chutes sem direção dos companheiros. O lance foi aplaudido até pela torcida tricolor (pela pintura ou por complicar ainda mais o Inter?). A vantagem era a tranquilidade que o time pernambucano precisava para apurar os contragolpes na volta do intervalo. E logo na retomada praticamente matou o jogo, com Ruiz (muito bem) arrancando pela direita e cruzando para Rogério bater de prima. Outro golaço. A partir dali, o mandante, com uma formação mista, tentou diminuir de forma afobada, com a zaga leonina ligadíssima (apesar de algumas espanadas de Matheus Ferraz). Vale frisar que o próprio Sport jogou desfalcado de quatro peças, incluindo Rithely (neste ano, não havia vencido os noves jogos anteriores sem o camisa 21).

O jogo seguiu com muita aplicação e obediência tática do Sport, recuando quando preciso e trabalhando a bola. Durante a transmissão do Premiere foi possível ouvir a orientação de Daniel Paulista na beira do campo. O resultado, que abria cinco pontos em relação ao Z4, já era ótimo, mas Diego Souza parecia querer mais. Num contra-ataque, livre, tocou por cima de Grohe, mas a bola, caprichosamente, bateu na trave. No finzinho, após longa troca de passes (103!), DS recebeu livre e completou. Chegou a 13 gols na competição, assumindo a artilharia ao lado de Fred. Lembrando que DS87 é meia. Eis um indício claro de sua importância para essa recuperação do Sport, com direito a vitórias improváveis.

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Forbes aponta os 50 clubes mais valiosos da América, com o Sport fechando a lista

A revista Forbes, uma das mais conceituadas em economia no mundo, costuma aventurar-se no âmbito esportivo, com listas de atletas mais bem pagos, clubes mais ricos, maiores audiências etc. Desta vez, a Forbes focou o mercado das Américas, apontando os 50 clubes valiosos. O ranking avaliou as 16 principais ligas dos três continentes, com mais de 150 clubes envolvidos.

Segundo a revista, “o ranking é elaborado a partir de quatro quesitos: os valores dos jogadores que pertencem a cada clube (não estão inclusos os atletas emprestados), as receitas com direitos de transmissão na televisão, o custo do estádio (caso pertença ao clube) e o valor da marca do clube”.

Número de clubes por país
17 – Estados Unidos
13 – Brasil
11 – México
4 – Argentina
3 – Canadá
1 – Colômbia
1 – Chile

A força da Major League Soccer. Além da maior média de público (acima de 21 mil torcedores), conta com 20 clubes no estudo, com pleno domínio norte-americano, com 17 equipes. Os canadenses, que também jogam a MLS (como ocorre na NBA), são representados por três equipes. O futebol brasileiro vem logo depois, mas com a vantagem de ocupar todo o pódio Historicamente, os times brasileiros já levavam vantagem em relação aos valores dos direitos econômicos dos jogadores – descontando as estrelas negociadas com os EUA.

Para a lista de 2016, o país acabou beneficiado também pelo “fator arena” (pós-Copa 2014), com os donos das novas e modernas Arena Corinthians, Allianz Parque e Arena do Grêmio no pódio. Talvez por não contar um estádio e o ter um centro de treinamento ainda sendo aparelhado, o Flamengo apareça apenas em 27º lugar, mesmo tendo a maior cota de tevê do Brasil. Entre os treze brasileiros cistados, apenas um nordestino, o Sport, que fecha o Top 50 do continente. A Forbes não detalhou o quadro pernambucano. Também surpreende a presença do América Mineiro, à frente. Neste caso, a posse da Arena Independência (utilizada inclusive pelos rivais Cruzeiro e Atlético) parece decisiva.

Justificavas da revista para (algumas) posições polêmicas
Argentinos – crise econômica, problemas de corrupção e disputas políticas
Santos – apesar da grande história, segue sem renovação em suas instalações

Abaixo, os 50 clubes listados, com os valores em dólar, a moeda utilizada pela revista, e em real, com a cotação de 7 de novembro (R$ 3,19 = US$ 1,00).

Os 50 clubes mais valiosos da América em 2016, segundo a revista Forbes

A premiação oficial do Brasileirão de 2011 a 2016, do campeão ao 16º colocado

Troféu do Campeonato Brasileiro da Série A. Foto: CBF/divulgação

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro dobrou entre 2014 e 2016. Passou de R$ 30 milhões para R$ 60 milhões (quadro abaixo). Antes, o valor total esteve congelado durante três anos. A receita passou a ganhar fôlego sobretudo na edição vigente, com 67,5% de aumento, com verbas milionárias para 13 times.

Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, a simples permanência na elite já vale R$ 700 mil na conta em dezembro, com evolução gradativa colocação por colocação.

Evolução da premiação total da Série A
2016/2015 – 67,5%
2015/2014 – 19,3%
2014/2013 – 0%
2013/2012 – 0%
2012/2011 – 7,1%
2011/2010 – 0% 

Os seis primeiros colocados (consequentemente, os classificados à Taça Libertadores da América, após a nova composição “G6”) recebem 78% de toda a premiação (ou R$ 44,7 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 7 milhões a mais que o Corinthians, o vencedor da última competição. 

Pernambucanos que receberam premiações
2015 – Sport/6º (R$ 1,4 milhão)
2014 – Sport/11º (R$ 600 mil)
2012 – Náutico/12º (R$ 500 mil)

Obs. Na caixa de comentários, veja as premiações dos clubes de 2010 a 2015.

Premiação oficial do Brasileirão (2016-2011). Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)

Probabilidades de título, Libertadores e permanência a 5 rodadas do fim da Série A

Faltando apenas cinco rodadas para o encerramento do Brasileirão, o blog traz as probabilidades calculadas por duas fontes tradicionais no quesito. O Infobola, com dados de Tristão Garcia, professor de engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do seu departamento de matemática. O Chance de Gol, outro canal popular em probabilidades, não atualizou os seus dados até agora.

Com a classificação atualizada após 33 rodadas, vamos aos três principais pontos para definição da Série A 2016: chances de título (nas mãos do Palmeiras), de vaga na Libertadores (anteriormente, os sites calculavam o “G4”, mas se adaptaram ao “G6” após a ampliação oficializada pela Conmebol) e permanência na elite (ainda sem clubes matematicamente rebaixados).

Na briga para evitar o descenso, o Sport ganhou fôlego após vencer a Ponte e contar com tropeços dos concorrentes diretos, oscilando agora entre 90% e 92%. Quase lá. Já o Santa, em último lugar, aparece com no máximo 1%. 

Em relação à disputa pela Liberta, o Leão aparece com o 14º (e último) percentual de chance, ainda que seja irrisório (0,004%). De forma, também há chance de o G6 virar G7 após a Copa do Brasil, cuja final reúne Grêmio e Galo. Além de um possível título da Chapecoense na Sula, que abriria outra vaga. Apenas curiosidade, pois a luta é a do parágrafo anterior…

Fórmula do Estadual de 2017 prevê nove times na 1ª fase e dez vagas em torneios

Regulamento na FPF. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Campeonato Pernambucano de 2017 será recordista em vagas para outros torneios, passando de oito para dez classificações. Além das três vagas na Copa do Nordeste, o estado foi contemplado com uma vaga a mais na Copa do Brasil (agora, 4) e outra na Série D (agora, 3). Um mesmo clube pode ganhar até três vagas. Em relação à fórmula, a 103ª edição mantém o formato da fase principal, com seis clássicos em dez rodadas no hexagonal do título.

Entretanto, o Estadual, que tem o Tricolor como atual bicampeão, volta a ter nove times na primeira fase após três temporadas. Fora do Nordestão de 2017, o Salgueiro perdeu o privilégio de estrear já no hexagonal, reservado às equipes presentes nas Séries A e B e/ou classificadas ao regional. Ou seja, apenas o Trio de Ferro (classificado à Lampions, Brasileiro à parte) atende à exigência. Para a fase preliminar, que deve ser disputada toda no mês de janeiro, existem duas propostas da federação, que serão apresentadas aos clubes no conselho arbitral, em 7 de novembro, na sede da Boa Vista.

Nos últimos anos, a determinação do calendário oficial da CBF, com férias em dezembro e pré-temporada em janeiro, vinha sendo um empecilho na elaboração no torneio, com a entidade local ignorando a orientação. Porém, numa consulta ao departamento jurídico da CBF, argumentando que os participantes (da primeira fase) não atuam até novembro, a FPF obteve uma autorização específica. Portanto, vamos aos primeiros detalhes, apurados pelo blog …

Regulamento

Primeira fase
1ª proposta – Turno único entre os nove times, com cada participante jogando oito partidas (quatro em casa), com os três melhores colocando avançando

2ª proposta – Três grupos com três times cada, com os integrantes de uma chave enfrentando apenas os das outras duas chaves. Cada clubes jogaria seis vezes (três em casa), com os líderes dos grupos avançando

Hexagonal do título
Os seis clubes (os três melhores da primeira fase, além Náutico, Santa e Sport, que estreiam nesta etapa), se enfrentam em jogos de ida e volta, com dez jogos para cada um. Os quatro melhores colocados avançam.

Mata-mata
Tanto na semifinal quanto na final, o critério de desempate após os dois jogos (ida e volta) é o seguinte: pontos e saldo de gols. Mantendo a igualdade, pênaltis. A melhor campanha no hexagonal define o mando no jogo de volta. Assim como ocorre desde 2014, segue a disputa de 3º lugar.

Hexagonal do rebaixamento
Os seis times eliminados na primeira fase disputam, paralelamente ao hexagonal principal, uma fase para definir que se mantém na elite em 2018. Os dois últimos colocados nesta fase serão relegados à Série A2.

Tabela
A primeira fase do Estadual deve começar em 4 de janeiro, caso a primeira proposta seja escolhida, ou 11 de janeiro, caso optem pela segunda. A fase principal deve iniciar em 28 de janeiro, um sábado, possivelmente com o Sport em ação. No domingo, 29, Náutico x Santa Cruz, dando sequência aos clássicos na primeira rodada – foi assim em 2015, Santa 0 x 3 Sport, e 2016, Náutico 2 x 0 Santa. A competição tende a ser encerrada em 30 de abril – depende do ajuste no calendário brasileiro, após as mudanças da Conmebol.

Distribuição de vagas (10 ao todo)

Copa do Brasil 2018 (4 vagas)
O campeão, o vice e o 3º lugar estão garantidos. A quarta vaga deve ser dada ao melhor time da primeira fase. Caso este posteriormente termine entre os três primeiros lugares, a vaga seria repassada ao 4º colocado geral.

Copa do Nordeste 2018 (3 vagas)
O campeão, o vice-campeão e o 3º lugar serão os representantes do estado.

Série D 2018 (3 vagas)
Os três melhores colocados na primeira fase. Caso o Salgueiro, que está na Série C, seja um desses times, a vaga seria repassada ao 4º lugar da fase inicial

Artilharia
Apesar das inúmeras fases, a lista de artilheiros só leva em conta os gols no hexagonal do título e no mata-mata. Ou seja, até 14 jogos para o goleador.

Participantes
Santa Cruz, Sport, Náutico, Salgueiro, América, Central, Atlético, Serra Talhada, Belo Jardim e Vitória. O campeão e o vice da A2 de 2016 completam a lista

Participação na Libertadores ou na Sula? A partir de 2019, só se tiver time feminino

Troféus da Libertadores e da Sul-Americana

A partir de 2019, todos os clubes que participarem da Taça Libertadores ou da Copa Sul-Americana terão que contar com departamentos de futebol feminino. Sim, para a disputa masculina no continente, também será preciso desenvolver a prática feminina. A ativação da categoria é uma das 41 exigências formuladas para a nova “Licença de Clubes”, criada pela Conmebol e contendo cinco tópicos (esportivo, infraestrutura, administrativo, legal e econômica). Apenas com esta licença o clube estará apto a participar dos torneios continentais. O prazo de execução das medidas está distribuído entre 2018 e 2021.

Entre as punições previstas pela confederação sul-americana, no ato da inscrição nas copas supracitadas, a agremiação poderá ser advertida, receber uma multa ou ter a licença suspensa, cancelada e até negada indefinidamente. Já no ano de estreia da licença serão 24 exigências (confira aqui).

Em relação à norma do departamento feminino, eis a tradução do regulamento:

“O clube solicitante deverá ter um time de futebol feminino na categoria principal ou associar-se a um clube que possua. Além disso, deverá ter ao menos uma categoria de base feminina ou associar-se a um clube que possua. Nos dois casos, o solicitante deverá prover suporte técnico, material esportivo e infraestrutura (campo de jogo e local de treinamento) necessários e em condições adequadas para o desenvolvimento dos dois times. Finalmente, se exige que as equipes participem de competições nacionais e/ou regionais autorizadas pela respectiva associação membro.”

Caso válida anteriormente, a título de curiosidade, a regra teria impedido a participação do Náutico na Sula de 2013 e do Sport em 2015 e 2016.

Vamos à situação atual da categoria nos grandes clubes do Recife…

Náutico
As alvirrubras já foram bicampeãs estaduais (2005/2006), mas passaram quatro anos sem atividade, até 2014, quando um novo grupo foi montado, com 19 jogadoras, no embalo da ativação dos esportes amadores em Rosa e Silva. Além do Pernambucano, onde foi vice em 2015, passou a disputar a Copa do Brasil. Treinam e jogam nos Aflitos, em estado de conservação inadequado desde que o time masculino passou a atuar na Arena Pernambuco, em 2013.

Time feminino do Náutico em 27 de abril de 2015. Foto: Patrícia Lima/Diretoria de Esportes Olímpicos e Amadores do Náutico

Santa Cruz
Após nove anos sem qualquer atividade na categoria, o tricolor reativou o departamento feminino em 2016. Começou com uma peneira no campo do Caxangá Atlético Clube, amplamente divulgada nas redes sociais do clube. Ao todo, 15 meninas foram selecionadas, completando o elenco com as 12 contratadas. Em sua primeira competição, chegou à semifinal do Estadual. O objetivo é participar do Campeonato Brasileiro a partir de 2017.

Time feminino do Santa Cruz em 10 de maio de 2016. Foto: Santa Cruz/site oficial

Sport
Vice-campeão da Copa do Brasil em 2008 e cinco vezes campeão estadual, tendo em sua principal formação a goleira Bárbara, que defendeu a Seleção Brasileira, o time rubro-negro acabou desativado no início de 2015 – apesar da queixa dos torcedores. Os treinos com as meninas eram realizados no campo auxiliar da Ilha, com o gramado em mau estado. Não havia previsão de volta, mas a decisão da Conmebol forçou a reativação.

Time feminino do Sport em 2014.. Foto: Sport/divulgação

Podcast – O novo calendário em 2017, venda de mando e 1ª pesquisa de torcida

Em quase duas horas de gravação, o 45 minutos analisou três pautas em destaque no futebol local nesta semana. Iniciamos com o polêmico acordo feito pelo Santa Cruz, que levou o jogo contra o Corinthians do Arruda para a Arena Pantanal. Valeu o lado financeiro? Fica ou não uma mancha na imagem do clube? O debate seguiu com os novos calendários da Conmebol e da CBF, com mudanças consideráveis na Libertadores, Copa Sul-Americana, Brasileirão e Copa do Brasil. Por fim, um resgate com a primeira a pesquisa de torcida feita pelo Ibope, há 47 anos, no Brasil e em Pernambuco. Avaliamos as diferenças nos dados (atuais) com metodologia, títulos dos clubes e margem de erro

Neste podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Link dos temas no blog: venda de mando, novo calendário e pesquisa antiga.

CBF projeta G5 para Libertadores, Copa do Brasil encurtada e vaga direta na Sula

Manoel Flores, diretor de competições da CBF, comentando a reforma no calendário brasileiro de 2017. Imagem: CBF/youtube (reprodução)

Dois dias após o anúncio da Conmebol, esticando a Libertadores até dezembro, agora paralela à Copa Sul-Americana, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, comentou, no Rio de Janeiro, sobre as primeiras mudanças no futebol brasileiro em 2017. Com o calendário oficial divulgado em 6 de julho, a mudança sul-americana tornou a agenda inócua (uma nova de ser anunciada na primeira quinzena de outubro). Confira as novidades, com consequências no Recife.

1) Uma possível sexta vaga na Libertadores. Além dos quatro primeiros da Série A, o 5º lugar também seria contemplado (além do campeão da Copa do Brasil, claro). Ou seja, G5 já em 2016. Definição em 2 de outubro, em Bogotá.

2) Fim do bizarro critério de classificação à Sul-Americana atrelado à eliminação precoce na Copa do Brasil. Os representantes do país serão os times colocados no Brasileirão em seguida aos classificados à Libertadores. Manoel Flores não comentou sobre a possibilidade de redução de vagas (hoje, oito) ou a situação das copas regionais (Nordestão e Copa Verde). Lembrando que Santa e Paysandu têm pré-vagas na Sula de 2017. A partir de 2018, cenário nebuloso.

3) Qualquer clube poderá disputar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os torneios internacionais (Libertadores ou Copa Sul-Americana). Ou seja, até três torneios simultâneos. A última temporada sem restrições foi a de 2000!

4) Redução da Copa do Brasil. Atualmente composta por 86 clubes e disputada de março a novembro, o torneio será encurtado no número de datas. Exemplo: em vez de quatro semanas para definir uma fase, como costuma ocorrer nas primeiras etapas, apenas duas, otimizando a competição e dando fôlego ao calendário. Ou seja, finalizada em menos de nove meses – e possivelmente concentrada no primeiro semestre, pois a Sula começará em junho.

5) As datas dos campeonatos estaduais devem ser mantidas, indicando a eterna força política das federações. Ou seja, até 18 datas.

6) Férias em dezembro e pré-temporada em janeiro mantidas, assim como a pausa nas competições interclubes para as Eliminatórias da Copa.