Assim, esta será a 18ª apresentação da Canarinha no estado, a primeira no estádio em São Lourenço da Mata (confira o retrospecto aqui).
O clássico deve ocorrer em 24 de março de 2016, na noite de uma quinta-feira. Neymar x Luis Suárez? Um bom duelo entre os colegas de Barcelona.
Apesar dos 46.214 assentos na arena, o consórcio deve liberar 43 mil ingressos, pois é preciso um contingente aos não pagantes. Ainda não se sabe os valores, mas por curiosidade vale lembrar os ingressos na última partida do Brasil, em Salvador, em 18 de novembro. Lá, a venda começou faltando 20 dias. Nesta lógica, aqui a bilheteria, física ou virtual, seria aberta por volta de 4 de março.
Ingressos para Brasil x Peru na Fonte Nova
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (inteira)
Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração, pois o sistema de iluminação de LED, prometido no projeto, jamais foi instalado.
Ao término do empate em 1 x 1 entre Brasil e Argentina, no Monumental de Nuñez, com um gol de Lucas Lima, ex-Sport, o locutor Milton Leite encerrou a transmissão no canal de tevê por assinatura SporTV anunciando Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco. O jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, está agendado entre os dias 21 e 24 de março de 2016. Seria a terceira partida seguida da seleção principal no Nordeste, após Fortaleza (Venezuela) e Salvador (Peru). Escudo contra as críticas?
Caso confirmada, será a estreia da Seleção no Arena, substituindo o Mundão, que recebeu todos os jogos desde 1978. Seria também a 18ª partida da seleção principal no estado, sendo o segundo clássico entre brasileiros e uruguaios aqui. Em 1985, diante de 59.946 torcedores no Arruda, vitória com gols de Careca e Alemão. Em relação à fase classificatória para o Mundial, a última apresentação foi em 2009, contra o Paraguai. Em partidas oficiais, ou seja, contra seleções nacionais, a Canarinha jamais perdeu em Pernambuco…
Avenida Malaquias
27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport
30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz
04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico
07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana
10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz
Ilha do Retiro
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana
Arruda
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai
10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China
Arena Pernambuco
21/03/2016 – Brasil x Uruguai* *A confirmar.
Inicialmente, a Copa América de 2015 deveria ter sido organizada pelo Brasil, que trocou de vez com o Chile por causa da quantidade de eventos esportivos já agendados para o país. Aos chilenos, entretanto, a oportunidade era excelente. Uma chance de levantar a autoestima do país, que sofreu catástrofes recentes, além de colocar em campo a sua melhor geração, com chances reais de título. Algo que jamais havia sido alcançado por La Roja.
Jogando seis vezes no Estádio Nacional, em Santiago, sempre com uma pressão incrível de sua torcida, o Chile chegou lá. Superou a Argentina de Messi nos pênaltis, após 120 minutos em branco numa tensa final. A penalidade decisiva foi assinalada pelo craque da seleção, Alexis Sánchez. Um cavadinha para a história do país, o 8º membro da Conmebol a ganhar a Copa América.
Ano do 1º título sul-americano 1916 – Uruguai (15 no total) 1919 – Brasil (8) 1921 – Argentina (14) 1939 – Peru (2) 1953 – Paraguai (2) 1963 – Bolívia (1) 2001 – Colômbia (1) 2015 – Chile (1)
Eis o gol mais importante da história do futebol chileno…
A primeira fase da Copa América no Chile foi bastante movimentada, com 40 gols em 18 partidas, proporcionando uma média 2,22. Todos os favoritos avançaram, até mesmo pelo formato do torneio, quase impossível de ser eliminado (classificação abaixo). Assim, o mata-mata está formado até a decisão do 47ª título continental. Curiosamente, entre os oito países restantes estão os sete ex-campeões. O único sem título é justamente o dono da casa.
Eis os duelos pelas quartas de final…
Chile x Uruguai (24/06, 20h30, Santiago)
Organizando o torneio pela 7ª vez, o Chile enxerga neste ano a sua maior chance de enfim erguer a taça. Com dez gols na primeira fase, La Roja vai justificando a expectativa. Resta saber se irá suportar a pressão. Enfrentará o Uruguai, campeão sul-americano em solo chileno em 1920 e 1926, com a geração da “Celeste Olímpica”, os charrúas seguem com o script de sempre. Sem agradar em campo, mas com copeirismo demais, mesmo sem Suárez.
Bolívia x Peru (25/06, 20h30, Temuco)
É o único confronto sem uma seleção gabaritada, mas ainda assim com dois ex-campeões – de um tempo quase remoto no futebol continental. Dificilmente o campeão de 2015 sairá desta chave, mas bolivianos e peruanos, vizinhos na América, fizeram campanhas dignas, com Marcelo Moreno e Paolo Guerrero como principais nomes. À Bolívia pesou o massacre sofrido para o Chile (5 x0). No Peru, a coletividade do time ainda deixa a desejar.
Argentina x Colômbia (26/06, 20h30, Vinã del Mar)
Os hermanos seguem como favoritos, mas ainda esperam por Messil, que, até aqui, teve apenas lampejos. Eles enfrentarão um inconstante Colômbia, com apenas um gol marcado. A sua vaga esteve por um triz, torcendo para que o Brasil não cedesse o empate para a Venezuela. Na verdade, só jogou mesmo contra a Seleção. Nas outras apresentações, em branco, nada de James Rodriguez e cia. Tal cenário contra a Argentina é eliminação certa.
Brasil x Paraguai (27/06, 18h30, Concepción)
Repeteco do duelo pelas quartas de final de 2011, em La Plata, na Argentina, com a classificação paraguaia. Curiosamente, agora, em 2015, a diferença é ainda menor entre as equipes. Pelo mau momento dos brasileiros, sem Neymar e sem personalidade, e também pela força apresentada pelo time guarani, com Lucas Barrios à frente e um sistema de marcação eficiente. O tempo de preparação, seis dias, pode ajudar Dunga a remendar as feridas da Seleção.
Pitacos do blog sobre os semifinalistas: Chile, Peru, Argentina e Brasil.
“Los bohemios confirmaron en la tarde del miércoles, que aceptaron un ofrecimiento que llegó desde la vecina orilla, y estarán jugando la próxima semana un torneo Cuadrangular internacional ante Rosario Central, que será su primer rival, Unión de Santa Fé y Sport Recife de Brasil.”
A notícia vem do Uruguai. A sucinta nota foi saiu no site tenfield.com.
O texto, de 28 de janeiro, vem sem mais detalhes, nem mesmo a cidade argentina que abrigaria a disputa. Rosário ou Santa Fé? Certeza, na notícia, é a presença de um time uruguaio (Montevideo Wanderers, o tal “boêmio”), dois argentinos e um brasileiro, o Sport. Achou a notícia estranha? O Sport também.
Após a publicação, o vice-presidente rubro-negro, Arnaldo Barros, foi direto.
“A gente não tem nem calendário para isso. Não sei nem de onde saiu isso.”
De fato, uma apuração simples mostra que o tal quadrangular não faz o menor sentido com a presença do Leão. Na próxima semana, durante o tal torneio, o time pernambucano enfrenta o Sampaio Corrêa fora de casa, pelo Nordestão, e o Náutico no Recife, pelo Estadual. Ambos com transmissão na tevê.
Vamos a uma tradução direta da publicação:
“Os Boêmios confirmaram na tarde desta quarta-feira que aceitaram uma oferta que veio do país vizinho e irá jogar jogar na próxima semana um torneio quadrangular internacional contra Rosario Central, o seu primeiro adversário, Unión de Santa Fé e Sport Recife do Brasil.”
Trata-se de uma notícia puramente aleatória… mas a ideia era até boa.
A passagem do Nacional no Recife teve destaque na imprensa uruguaia. A partida na Arena Pernambuco, a única do clube fora do país antes da estreia na Taça Libertadores, estampou a capa de dois periódicos da capital Montevidéu.
No esportivo Ovación, o destaque foi a queda de longa invencibilidade do campeão uruguaio. Eram 16 partidas. “E um dia perdeu”, frisou. O texto principal do jornal abre com a seguinte frase: “Em uma partida que de amistoso só teve o protocolo, o Nacional entrou no clima copeiro”.
Já o Tribuna, numa tradução direta, manchetou “Foi cortado”, também apontando a primeira derrota do Bolso no ano, para o “Sport Recife”. Nas caras abatidas das capas, o centroavante Ivan Alónso e o técnico Álvaro Gutiérrez.
Confira as capas em uma resolução maior: Ovación e Tribuna.
Essa foi a segunda vez que o Nacional veio ao estado. Em 1997, participou da Copa Renner, na Ilha, perdendo do Bahia e vencendo o Cerro Porteño.
Até hoje, nenhum clube do Nordeste conquistou um título internacional oficial.
Quem chegou mais perto foi o CSA, em 1999, finalista da extinta Copa Conmebol. A partir disso, apenas participações sem brilho na Libertadores e na Sul-Americana. No Recife, ao todo, são quatro campanhas do Sport, duas do Náutico e nenhuma do Santa Cruz. Coadjuvantes na essência neste contexto.
Em relação aos torneios amistosos, a lista melhora um pouco, e só. Nesta linha, em competições organizadas pelos próprios clubes contra equipes estrangeiras, o Rubro-negro tem dois troféus. Ambos não oficiais, claro.
O primeiro foi o Torneio Leopoldo Casado, em 1980, num triangular com a seleção da Romênia e o Náutico. Agora, conta também em sua galeria na Ilha do Retiro com a Taça Ariano Suassuna, disputada em 2015 contra o Nacional do Uruguai. Entre os rivais, o Santa também já ganhou um troféu internacional. Em 2003, o Tricolor conquistou Torneio Vinausteel, no Vietnã.
Quem sabe um dia algum clube da região alcance um voo realmente internacional, devidamente chancelado pela Conmebol…
A pioneira edição da Taça Ariano Suassuna foi conquistada pelo Sport. Num jogo duro, como não poderia deixar de ser, considerando o aguerrido adversário uruguaio, o Leão venceu por 2 x 1, em sua estreia em 2015. O Nacional, atual campeão nacional, vinha de quatro vitórias em sua pré-temporada, mas acabou superado na Arena Pernambuco, com 22.356 espectadores, um bom público.
No amistoso internacional, com inúmeras modificações, só se viu futebol no primeiro tempo. No 4-1-4-1, o Leão impôs um ritmo veloz, apesar da natural falta de ritmo. Substituindo Diego Souza, Régis mostrou valor. Só depende de sua condição física. Rápido e habilidoso, procurou tabelas e enfiadas de bola.
Antes de Régis se destacar, o Leão abriu o placar com o centroavante Samuel, concorrente de Joelinton. Aproveitando a ausência da revelação leonina – que só entrou no finzinho -, o estreante mandou para as redes. Depois, o lance mais bonito, numa tabela entre Régis e Elber, terminando com o gol de Danilo, atento.
O time ainda teve a mais chance, com Alex Silva, postulante à vaga deixada por Patric. A zaga uruguaia tirou em cima da linha. Do outro lado, Durval não teve a mesma sorte, cortando para as próprias redes, deixando o jogo “vivo”.
Tanto que na etapa final o árbitro Nielson Nogueira teve trabalho para controlar os ânimos, com muitas faltas. Além dos amarelos, houve um cartão vermelho, para o experiente centroavante dos visitantes, Iván Alonso, de 35 anos. No fim, foi preciso jogar na base do “copeirismo”. De fato, valia taça.
Ao organizar a Taça Ariano Suassuna, o Sport tentou mudar a imagem de simples “amistoso internacional” para um torneio de pré-temporada do clube.
Primeiro, anunciou a regularidade da disputa, anual. Para valorizar a imagem de seu projeto, foi criado um logotipo oficial e até um troféu exclusivo, com elementos da obra do escritor, torcedor do clube. Mas não ficou só nisso.
O Leão também incorporou uma ação relativamente nova, que é a marca do torneio na própria camisa, numa espécie de selo chamado “patch”. Já se faz presente na Copa do Mundo, na Liga dos Campeões e na Libertadores, para citar as mais importantes. Para isso, contou com a colaboração do Nacional. A “Taça Ariano Suassuna” também está estampada no uniforme uruguaio.
Seja qual for o vencedor da edição de 2015, o Sport parece ter alcançado o seu objetivo, fomentando junto à sua torcida o desejo de assistir e conquistar o torneio amistoso. Quanto mais interesse, mais chance de continuidade.
No futebol, a história de confrontos entre pernambucanos e uruguaios data de 1955, segundo o historiador Carlos Celso Cordeiro. Naquele ano, o Náutico fazia uma excursão ao sul do país. Durante a viagem, a direção alvirrubra conseguiu agendar um amistoso contra o poderoso Peñarol, campeão nacional nos dois anos anteriores. No mítico estádio Centenário, o Timbu foi arrasado pelos charrúas, 6 x 0.
Depois, uma série de jogos no Recife. Já no ano seguinte veio o Rampla Juniors, do bairro de Villa del Cerro. Campeão uruguaio em 1927, o tradicional Rampla acabara de conquistar o Torneo Competencia de 1955, a fase preparatória da liga nacional. Na raça, os corais conquistaram o pioneiro triunfo local. Em 1957 foi a vez do Montevideo Wanderers excursionar no estado, jogando duas vezes nos Aflitos. Dois anos depois, viria desta equipe o meia Raúl Bentancor, marcado no Sport como o “Bigode que joga”, com 91 gols em 254 jogos. Ainda houve, em 1965, um amistoso da seleção estadual, com atletas alvirrubros, rubro-negros e tricolores, contra o Peñarol. Na Ilha, o visitante – que ganharia o Mundial Interclubes do ano seguinte – venceu.
Um hiato de 30 anos durou até 1995, quando o Santa firmou um contrato com a Parmalat, então a maior investidora do futebol brasileiro – e co-gestora do Palmeiras bicampeão brasileiro em 1993 e 1994. Para a estreia do uniforme com a nova patrocinadora foi organizado uma partida contra o Peñarol, pentacampeão da Libertadores. Numa noite chuvosa no Mundão, o Carbonero ganhou por 1 x 0, gol de Romero aos 31 do segundo tempo. Depois, novo hiato, agora de 20 anos, até a pioneira edição da Taça Ariano Suassuna, com o duelo entre Sport e Nacional. Em 2017, enfim uma partida oficial, com o confronto Sport x Danubio, pela Copa Sul-Americana.
Ainda é digno de nota os dois confrontos entre as seleções do Brasil e do Uruguai no Recife. Em 1985, num amistoso no Arruda, a Seleção venceu com gols Alemão e Careca, diante de 59.946 espectadores. Em 2016, pelas Eliminatórias da Copa, empate emocionante no recorde da Arena Pernambuco, com 45.010 pessoas. Outra curiosidade é o fato de o Nacional já ter jogado duas vezes no Recife, em 1997. Só não enfrentou times locais. Na Copa Renner, o tri da Libertadores perdeu do Bahia (4 x 1) e venceu o Cerro Porteño (5 x 2).
Atualizado até 11/05/2017
Pernambucano vs uruguaios
16/04/1955 – Peñarol 6 x 0 Náutico 11/03/1956 – Santa Cruz 3 x 2 Rampla Juniors 14/03/1956 – Sport 1 x 2 Rampla Juniors 11/07/1957 – Santa Cruz 1 x 1 Wanderers 16/07/1957 – Náutico 2 x 0 Wanderers 01/08/1965 – Seleção de Pernambuco 1 x 2 Peñarol 15/06/1995 – Santa Cruz 0 x 1 Peñarol 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (Taça Ariano Suassuna) 06/04/2017 – Sport 3 x 0 Danubio (Sul-Americana) 11/05/2017 – Danubio (2) 3 x 0 (4) Sport (Sul-Americana)
10 jogos disputados, 4 vitórias de PE, 1 empate, 5 derrotas; 13 GP, 18 GC
Confronto entre selecionais no Recife
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (Arruda) 26/03/2016 – Brasil 2 x 2 Uruguai (Arena Pernambuco)