Os bancos dominam as principais cotas de patrocínio do Brasileirão.
Dos vinte clubes desta temporada, doze contam com bancos como patrocinador master. São oito com a Caixa Econômica Federal, dois (mineiros) com o BMG e dois (gaúchos) com o Banrisul.
Considerando as sete principais ligas nacionais de futebol das Américas, este é o maior índice de um segmento de patrocínio na elite.
Nessa lista está o Sport, cujo contrato de R$ 6 milhões/ano começou a vigorar em 2014. Se agora a Caixa domina o cenário, em 2011 era o BMG, que chegou a ter dez clubes na Série A. O que não muda a predominância recente do setor.
O ramo bancário alcança também o segundo maior índice, registrado na vizinha Argentina, com oito clubes distribuídos em seis agências diferentes.
O levantamento do site Paladar Negro mostra uma clara influência econômica e social de cada país nos acordos com investidores. O mercado mais diversificado no quesito é o México, com dez tipos entre os 18 times participantes.
Confira a lista completa de patrocinadores das ligas americanas aqui.
A blitz germânica sobre a Seleção Brasileira com 7 a 1 em pleno Mineirão foi o maior placar em uma semifinal de Copa do Mundo em todos os tempos. Até hoje, o recorde era da pioneira edição em 1930, com Argentina e Uruguai massacrando Estados Unidos e Iugoslávia por 6 a 1, respectivamente. No entanto, essa goleada sofrida pelo time verde e amarelo em 2014, em casa, foi bem além. A derrota foi a pior da centenária história do futebol da Canarinha.
A marca anterior, de 6 a 0, durava 94 anos. Em 1920, o Brasil, basicamente uma convocação carioca com o reforço do atacante Alvarizza, do Brasil de Pelotas, havia vencido o anfitrião Chile na estreia do Sul-Americano. No dia do confronto contra o Uruguai em Viña del Mar, no litoral chileno, o time – que ainda vestia um uniforme branco – entrou como líder, pois o clássico platense havia terminado empatado. Ledo engano. O Uruguai, ainda sem os títulos olímpicos, passou por cima. Goleou com três gols em cada tempo. No primeiro tempo, uma semelhança com o desastre em Belo Horizonte.
Nesta terça-feira, o time de Felipão sofreu quatro gols da Alemanha dos 23 aos 29 minutos. Há quase século, foram três gols uruguaios dos 23 aos 29. No fim daquela competição continental, o Uruguai terminou com o título, enquanto o Brasil foi o 3º lugar. Catorze anos depois, outra grande derrota da Seleção, em Belgrado, quando a antiga Iugoslávia venceu por 8 a 4, na maior quantidade de gols já sofrida pelo país em uma só partida – recorde que Mesut Özil chutou para fora a chance de igualar aos 44 minutos do segundo tempo.
Aquele amistoso ocorreu seis dias depois da eliminação brasileira no Mundial de 1934, na Itália. Na volta da delegação ao país, de navio, a equipe chegou a ser derrotada pelo Santa Cruz por 3 a 2 no antigo Campo da Avenida Malaquias, no Recife. Não há qualquer registo audiovisual dessas antigadas goleadas, ao contrário do Mineirazo na semifinal da Copa de 2014, exibida em alta definição para 200 países. Será simplesmente impossível esquecer.
Maior goleada da história da Seleção (em casa e em um Mundial)
08/07/2014 Brasil 1 x 7 Alemanha
Maior goleada sofrida em um Sul-Americano
18/09/1920 Uruguai 6 x 0 Brasil
Maior quantidade de gols sofrida
03/06/1934 Iugoslávia 8 x 4 Brasil (amistoso)
Era difícil não enxergar a Costa Rica como o saco de pancadas do Mundial.
Foi o quarto integrante de um grupo com três ex-campeões mundiais, algo inédito na história do torneio. A dúvida era sobre quem sobraria no grupo D entre os tradicionais Itália, Inglaterra e Uruguai.
Na análise prévia, todos venceriam a Costa Rica e depois se matariam. Faltou combinar com representante da América Central, que destruiu quase todas as bolsas de apostas. No bolão do jornal, eu havia colocado Uruguai 2 x 0…
A Celeste ainda saiu na frente, com Cavani cobrando pênalti no primeiro tempo. Na segunda etapa, uma virada relâmpago, em três minutos, e um tiro de misericórdia no finzinho, 1 x 3.
Em Fortaleza, a primeira grande zebra da Copa 2014. O velho aprendizado de que futebol é mesmo no campo…
Rio de Janeiro – A última aparição do Maracanã na Copa do Mundo conta com poucas imagens. Perdida no tempo, possivelmente até pelo trágico desfecho, a filmagem traz lances emblemáticos, dolorosos. Tudo em preto e branco. Na cena final, frames da arrancada do uruguaio Alcides Ghiggia até o chute rasteiro. A sequência do lance só pode ser vista em um outro microfilme, em uma câmera atrás do gol do Maraca naquela tarde. A bola entrou no cantinho esquerdo de Barbosa, num silêncio monumental que todo mundo já ouviu falar. O maior estádio do mundo, e era mesmo, viveu muito futebol depois disso. Com a própria Seleção Brasileira, com os Fla-Flus e com o brilho de muitos craques. Acima de tudo, a casa do futebol esperou bastante para ver o seu retorno ao maior evento esportivo do planeta.
Por fora, se mantém imponente como nunca, de uma beleza digna de cartão postão. Dentro, as diferenças estruturais saltam aos olhos, necessárias pela evolução. Em vez de uma multidão apinhada, em pé, assentos confortáveis. Da colossal assistência de 200 mil espectadores para 71 mil novos privilegiados. Mais de 23 mil dias separam aquele 16 de julho de 1950 deste 15 de junho de 2014. Quantas vezes não se imaginou rever o velho Mário Filho no Mundial? Quem jogaria… Quem brilharia… A longa espera acaba logo mais.
Mais uma vez com hermanos em campo, protagonizando o bom toque de bola com muita determinação. Nada de uniforme celeste, por enquanto, mas sim a camisa albiceleste. Uma reestreia com genialidade no gramado bem cuidado, através de Lionel Messi. Rivalidade à parte, não haverá o “estrondoso silêncio”, mas sim a reverência a um grande jogador. Será apenas a segunda vez do atacante no país – esteve num Brasil 0 a 0 Argentina em 2008, no Mineirão. Messi não tinha lugar melhor para praticar a sua arte, à frente da sempre favorita Argentina, há mais de vinte anos em busca do tri, contra a Bósnia e Herzegovina.
Com liberdade em campo, devidamente autorizada pelo técnico Alejandro Sabella, o craque do Barça será o alvo principal de uma partida transmitida com a mais alta tecnologia. Nada de frames envelhecidos com segundos de uma grande história, mas 90 minutos em alta definição para novos capítulos. Tudo no Maracanã terá mesmo um ar de novidade. O timaço argentino, com outros destaques como Di María e Agüero, vale o ingresso. No lado bósnio, o jogo é tão especial quanto. É a estreia do país, remanescente da antiga Iugoslávia e o único debutante nesta edição. Um jogo encarado como um presente, pelo adversário, pelo local e até pelo público, tão reverenciado e intimamente vinculado à alma do estádio.
A ligação do Maracanã com a Copa do Mundo conta com oito jogos. Agora serão mais sete. Se em 1950 a Seleção foi quase onipresente, com cinco atuações, desta vez só jogará em uma hipotética decisão. Até lá, vale admirar equipes do porte de Argentina, Espanha e França. Mas não se engane, aquela história contada e recontada em microfilmes não será apagada. Contudo, a história da Copa volta enfim a ser contada no velho gigante de concreto.
A transmissão na televisão dos 64 jogos da Copa do Mundo será universal.
Os rostos dos caras dos craques serão amplamento divulgados de forma oficial no torneio de 2014, tudo previamente definido.
Toda a produção está a cargo da Fifa, monitorada no Centro Internacional de Transmissão (IBC, na sigla em inglês) e distribuída para dezenas de emissoras mundo afora.
O material, atrelado ao site oficial da entidade, traz imagens de todos os 736 jogadores. Com inúmeras mudanças nos últimos dias, a Fifa vem correndo para captar imagens de todos os atletas – fotos diferentes daquelas presentes no álbum do torneio.
Aqui, as versões parte dos convocados brasileiros e a produção de uruguaios e franceses.
O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é a principal porta de entrada de turistas no país. Seja no desembarque imediato ou no enorme fluxo de conexões, o movimento é intenso.
Em 2013 foram 36,6 milhões de passageiros nos check-ins, dos quais 12,4 milhões em voos internacionais. Decolagens e pousos num ritmo frenético.
Na Copa do Mundo de 2014 espera-se um recorde – teme-se até um colapso.
Mais de 600 mil estrangeiros devem viajar ao Brasil. Era essa a meta inicial, já batida segundo o balanço de ingressos da Fifa.
As torcidas dos países participantes do Mundial já começaram a desembarcar, a esperar as malas na esteira e a cumprir o lento processo de imigração e alfândega. Contudo, esse público também já começou a curtir o país…
Nesse processo de desembarque, a rivalidade tão cantada nas arquibancadas fica de lado, como no registro do repórter João de Andrade, correspondente do Diario de Pernambuco na capital paulista.
Inlgeses com uniformes das seleções de Brasil, Argentina e Uruguai reunidos numa mesa com o carteado rolando solto após a viagem. E espanhóis observando de longe. Vai ter jogo.
O filme uruguaio Maracaná, documentário sobre a conquista celeste no Mundial de 1950, traz imagens restauradas e cenas inéditas da competição.
Alguns filmes foram encontrados em uma cinemateca em Montevidéu.
A partir disso, o vídeo de uma hora mostra todo o Maracanazo, mas no viés dos uruguaios. A lamentação brasileira, com o “estrondoso silêncio” do Maraca, está lá. Porém, há a grande recepção da delegação hermana na capital, após o bi.
No filme, exibido pela primeira vez na tevê brasileira na ESPN, há um registro bem interessante de Pernambuco, com dois segundos de duração.
O Uruguai não atuou aqui em 1950 – jogou em Belo Horizonte, São Paulo e Rio -, mas o Alto da Sé de Olinda acabou passando como lembrança da única partida no Nordeste, disputada na Ilha do Retiro, Chile 5 x 2 Estados Unidos.
Seis décadas depois, o sítio histórico parece idêntico. Bastava colorizar a foto…
Mais imagens do Recife no primeiro Mundial do Brasil?
Eis uma colagem com imagens do vídeo oficial da Fifa.
A América do Sul terá seis seleções na Copa do Mundo de 2014, sendo cinco países oriundos das eliminatórias e um, claro, como país-sede.
A Conmebol divulgou as imagens dos locais de treinamento de suas equipes no Brasil no período de preparação para o Mundial. Hotel de luxo, campo com grama específica, sala de musculação, imprensa, perímetro de segurança etc.
Na rota, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Além do Brasil, vale a torcida pelos outros representantes do continente?
Brasil – Granja Comary, em Teresópolis/RJ. A reforma do local tradicional da Seleção custou R$ 15 milhões, aumentando a capacidade para 36 suítes.
Argentina – Cidade do Galo (CT do Atlético-MG), em Belo Horizonte/MG. Com 244 mil metros², o local foi apontado em 2010 como o melhor CT de clubes do país.
Uruguai – Estádio do Jacaré, em Sete Lagoas/MG. O estádio foi utilizado pelos clubes mineiros durante a reforma do Mineirão. Fica a 75 km da capital do estado.
Colômbia – CFA Laudo Natel (CT do São Paulo), em Cotia/SP. É uma das estruturas do Tricolor Paulista. Esta é voltada para as categorias de base.
Chile – Toca da Raposa II (Centro de Treinamento do Cruzeiro), em Belo Horizonte/MG. Não satisfeito em ter um bom CT na década de 1980, o clube construiu outro ainda melhor, com hotel, piscina térmica e cinema…
Equador – Resort Vila Ventura, em Viamão/RS. O local com dois campos fica próximo ao hotel de 106 unidades, que será fechado apenas para a seleção equatoriana.
O Uruguai fará dois amistosos em casa antes da Copa do Mundo de 2014. O cenário será o tradicionalíssimo estádio Centenário.
Até aí, nada demais. Outras seleções que disputarão o Mundial no Brasil também vão disputar amistosos na fase preparatória. Contudo, vale conferir a tabela de preços dos jogos da Celeste contra a Irlanda do Norte e Eslovênia. A venda conjunta do setor mais barato sai por 200 pesos uruguaios.
Convertendo para a nossa moeda, R$ 19,13. A média por jogo é de R$ 9,56!
A Seleção Brasileira também fará dois amistosos antes do Mundial, ambos em casa. Em 3 de junho, no Serra Dourada (Brasil x Panamá), e 6 de junho, no Morumbi (Brasil x Sérvia). Nos dois casos, os ingresso mais baratos serão comercializados por R$ 100… ou 1.037 pesos uruguaios.
O primeiro amistoso do grupo verde e amarelo será na cidade que irá abrigar a preparação oficial, Goiânia. São apenas dois tipos de bilhete.
O último amistoso da Canarinha será na mesma cidade da estreia. Em vez da arena do Corinthians, o palco será o estádio do São Paulo.
A Seleção Brasileira já disputou nove jogos oficiais em Pernambuco.
Segundo a norma da Fifa, esse contexto se aplica às partidas envolvendo as seleções reconhecidas entidade, com suas equipes principais.
Todas os duelos aconteceram no Arruda, no período após a conclusão do anel superior do estádio José do Rego Maciel.
Foram oito vitórias do Brasil e um empate, na estreia. A agenda completa incluiu seis amistosos, dois jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e um na Copa América. Nas arquibancadas, nada menos que 541.717 torcedores.
O público presente teve uma excelente média de 60.190 pessoas.
Todas as partidas tiveram destaque na capa do Diario de Pernambuco, no dia seguinte. Reveja todas as capas do jornal, em uma viagem no tempo que mostra também a evolução da própria cobertura jornalística.
Entre 1934 e 1978, o Brasil também esteve no Recife, mas em jogos contra times locais e contra a seleção estadual (veja aqui).
A partida contra os chineses marcou a despedida verde e amarela do Mundão. A partir de agora, os jogos da Canarinha devem acontecer na Arena Pernambuco.