Náutico desperdiça pênalti e perde do Ceará. Já acumula 284 minutos sem gol

Série B 2017, 3ª rodada: Náutico 0 x 2 Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com a bola rolando já aos 30 minutos do segundo tempo, o jogo na Arena Pernambuco reunia os únicos times sem gols marcados nesta edição da Série B, já na terceira rodada. Náutico e Ceará. No caso alvirrubro, o cenário era ainda pior, devido à penalidade desperdiçada por Anselmo na primeira etapa. O centroavante bateu pra fora, na melhor chance do mandante. Isolou.

Àquela altura, o timbu já não contava mais com Erick, que se machucou pouco antes do intervalo, dando lugar a Gerônimo, destaque na Copa São Paulo. Outra mudança, essa por opção tática, havia sido a entrada de Maylson, que substituíra Jefferson. O técnico Waldemar Lemos só errou na escolha do Jefferson, ao tirar Nem e deixar Renan, o pior em campo. O outro Jefferson, o goleiro, seguia tendo trabalho para substituir Tiago Cardoso. Ao menos ia garantindo o empate, que numa fase tão ruim, técnica e financeira, poderia ser encarado depois como favorável. Entretanto, a desorganização da equipe, sem poder ofensivo e com muitos buracos na defesa, pesou para o resultado.

Voltemos à primeira linha do texto. Numa bola levantada pela esquerda, dois jogadores do Vozão livrinhos. O primeiro furou, com a bola sobrando para Roberto. O ponta-direita alvinegro bateu com força, num espaço mínimo entre a trave e o goleiro. Gol e aperreio para a maior parte dos 2.143 espectadores. Alguns nem viram o golaço de Felipe Menezes aos 41, de fora da área. Outra vez num espaço mínimo, entre o goleiro e o travessão. Revés como mandante, 0 x 2, único clube que ainda não balançou as redes (284 minutos!), zona de rebaixamento e perspectivas cada vez menores até novembro…

Série B 2017, 3ª rodada: Náutico 0 x 2 Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Classificação da Série B 2017 – 2ª rodada

A classificação da 2ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Após duas rodadas na Série B, apenas dois times se mantêm 100%: Figueirense e Santa Cruz. Curiosamente, dois clubes que disputaram a elite na temporada passada, num lastro esperado para esta edição da segundona. Já o Inter, favorito absoluto ao título, cedeu o empate no Beira-Rio, somando quatro pontos. O outro rebaixado, o América, largou com dois empates.

Os pernambucanos entraram em campo no sábado, com resultados opostos. No Recife, o Santa venceu o Guarani, com um gol de Ricardo Bueno aos 38 minutos do segundo tempo. É o vice-líder (de 5º para 2º). Em Florianópolis, o Náutico foi goleado pelo Figueirense, sem qualquer poder de reação na partida. É o vice-lanterna (de 11º para 19º). Apesar da rodada finalizada, a classificação do Brasileiro aponta um jogo a mais, antecipado da 4ª rodada. No caso, Paraná 2 x 0 Goiás, já disputado devido ao compromisso do clube de Curitiba pelas oitavas da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro.

Resultados da 2ª rodada
Brasil 1 x 1 Londrina
Ceará 0 x 0 Boa Esporte
Paraná 0 x 0 Paysandu
Vila Nova 0 x 0 Juventude
América-MG 1 x 1 Goiás
Oeste 1 x 0 Criciúma
Luverdense 1 x 1 CRB
Santa Cruz 2 x 1 Guarani
Figueirense 3 x 0 Náutico
Internacional 1 x 1 ABC (27.605 pessoas, o maior público)

Balanço da 2ª rodada
3V dos mandantes e 7E; 10 GP dos mandantes e 5 GP dos visitantes

Agenda da 3ª rodada
23/05 (19h15) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
23/05 (21h30) – Guarani x Figueirense (Brinco de Ouro)
26/05 (19h15) – Criciúma x América-MG (Heriberto Hülse)
26/05 (20h30) – Boa Esporte x Oeste (Dilzon Melo)
26/05 (21h30) – Goiás x Brasil (Serra Dourada)
27/05 (16h30) – Londrina x Luverdense (Café)
27/05 (16h30) – Paysandu x Internacional (Mangueirão)
27/05 (16h30) – Náutico x Ceará (Arena Pernambuco)
27/05 (16h30) – ABC x Vila Nova (Frasqueirão)
27/05 (19h00) – Juventude x Paraná (Alfredo Jaconi)

Náutico é goleado pelo Figueirense e escancara a necessidade de reforços

Série B 2017, 2ª rodada: Figueirense 3x0 Náutico. Foto: Luiz Henrique/Figueirense

Sem dificuldades, o Figueirense venceu o Náutico no Orlando Scarpelli. Dominou o jogo inteiro e construiu as melhores jogadas, sem dar espaço ao visitante, que chega à segunda rodada zerado no ataque. Rebaixado no último ano, o time catarinense entrou na Série B num processo de reformulação, mas com lastro financeiro para reforços pontuais acima da média na competição. Como nos casos dos atacantes Jorge Henrique e Luidy, vindos de Vasco e Corinthians. Exatamente o oposto do alvirrubro, que não vem conseguindo honrar os salários do grupo atual. Após perder Marco Antônio, mantém Maylson e Anselmo no limite, com novas promessas a cada semana. No restante do time, jovens valores e atletas de clara limitação.

Na estreia da Série B, quando empatou com o América Mineiro numa arena de portões fechados, o mérito do time foi a disposição, a partir do técnico Waldemar Lemos. Convenhamos, é muito pouco para um campeonato tão longo quanto este Brasileiro. De fato, um revés em Florianópolis não pode ser encarado com um tropeço fora da cartilha, mas a falta de futebol, sim. Tecnicamente, o timbu mostrou muito pouco. O Figueira marcou duas vezes ainda no primeiro tempo, sempre envolvendo o visitante. Após tomar o segundo gol, aos 32, Waldemar fez duas trocas. Saíram David e Cal Rodrigues e entraram Joazi e Alison. E o período até o intervalo foi o único momento de lucidez alvirrubra, com Maylson encostando no ataque.

Sem conseguir diminuir o placar, o time sofreu um duro golpe logo no começo da etapa complementar, com a expulsão de Darlan – em dez jogos no clube o volante recebeu seis cartões. O jogo acabou ali, com o Náutico limitando-se a evitar um placar mais dilatado, o que não conseguiu, pois o dono da casa transformou a vitória em goleada, 3 x 0. Com o time atual, a expectativa por um futebol competitivo não parece das maiores…

Série B 2017, 2ª rodada: Figueirense 3x0 Náutico. Foto: Luiz Henrique/Figueirense

Náutico capta R$ 1,5 milhão para reforma dos Aflitos e ação contra a Odebrecht

Ivan Brondi assinando a autorização do empréstimo de R$ 1,5 milhão. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

As eliminações precoces na Copa do Brasil e no Nordestão, ambas na primeira fase, atingiram o caixa do Náutico. O objetivo mínimo era alcançar a terceira fase do torneio nacional e ao menos as quartas do regional. Com isso, teria direito a R$ 1,635 milhão. Curiosamente, o número é próximo ao acordado com o canal Esporte Interativo, num empréstimo agora oficial.

O presidente alvirrubro, Ivan Brondi, assinou a autorização para o pagamento do “contrato de aporte financeiro”, no valor de R$ 1,5 milhão. Não é um adiantamento de cotas, até porque o clube já está fora da próxima Lampions, mas um empréstimo sem juros. O Náutico se comprometeu a pagar cinco parcelas de R$ 300 mil nos próximos cinco anos, sempre em dezembro. O acordo, claro, estreitou as partes, mas sem uma contrapartida clara.

Sobre o destino da receita, são quatro frentes…

R$ 1 milhão – Reforma dos Aflitos (1/3 do mínimo necessário à reabertura)
R$ 200 mil – Parcelas do Profut (dívidas fiscais)
R$ 200 mil – Salários do quadro administrativo
R$ 100 mil – Ação contra a Odebrecht

O último caso se refere à taxa para dar início ao processo contra a construtora que operou a Arena Pernambuco de 2013 a 2016, período em que firmou um acordo de 30 anos com o alvirrubro – que mandaria seus jogos lá. Como o governo rescindiu a parceria público-privada, a empresa fez o mesmo com o clube. Na visão timbu, a rescisão unilateral poderia resultar numa indenização milionária. Agora, será na justiça, através de uma “Câmara de Arbitragem”. Por sinal, o fórum instalado para conflitos no sistema financeiro também foi criado entre a Odebrecht e o governo do estado, para decidir o valor final da construção do estádio, com R$ 241 milhões de diferença entre as partes.

Santa empata com o Náutico e garante a 3ª vaga de PE no Nordestão. Na fase Pré

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Arruda vazio, time reserva. Embora o Santa Cruz não tenha criado o cenário ideal para um jogo tão importante, valia a definição da terceira vaga do estado na Copa do Nordeste de 2018. Com a vantagem construída na arena, quando venceu, o tricolor jogou sem forçar. Controlou parte do jogo, com o esfacelado Náutico lutando bastante, e segurou o empate em 1 x 1, suficiente para terminar o campeonato estadual em terceiro lugar.

Com a classificação, o tricolor participará, em julho, de uma fase preliminar do regional. A etapa, recém-criada pela CBF, contará com oito clubes, divididos em quatro mata-matas. Os confrontos ainda serão definidas por sorteio. Quem passar, vai à fase de grupos da Lampions, reduzida de 20 para 16 clubes. Ou seja, durante a Série B o time de Vinícius Eutrópio terá que compartilhar o foco. Provavelmente, veremos uma equipe mais qualificada que a formação no sexto Clássico das Emoções no ano, sob olhares de 3.387 espectadores.

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Jacsson no gol, Nininho na direita (neste caso justificável, devido à lesão de Vítor), Wellington Cézar, Gino, Everton Santos… Não por acaso, este time deu chance ao Náutico, que no primeiro tempo equilibrou a disputa, com boas chances de ambos os lados. O empate em branco parecia encaminhado até os 46, quando Everton Santos, que perdera um gol cara a cara, teve mais uma chance. Diante de Jefferson, o goleiro acionado no lugar do machucado Tiago Cardoso, o atacante marcou. Chegou a 6 gols no torneo. Artilheiro isolado, mesmo sem ser titular, mesmo sem agradar. Coisas desse Pernambucano.

No segundo tempo, os dois treinadores mexeram bastante, com a saída de Erick sendo a mais surpreendente. Foi a segunda vez seguida que Waldemar Lemos tirou o jovem atacante, hoje o principal nome timbu. Injustificável. Na reta final, após perder duas chances, uma delas em boa jogada de Maylson, o Náutico já parecia aceitar o revés. Até os 38, quando Anselmo pegou um rebote e empatou. A partida seguiria ate os 49, mas àquela altura o Santa enfim mostrava organização, prendendo a bola no ataque, com Pitbull de volta. No geral, o clássico não fez justiça ao nome, mas decidiu o futuro. No Santa, a 3ª participação seguida na Lampions. No Náutico, a 3ª ausência em seis anos. E nas três em que participou, não saiu da primeira fase…

Troféu Gena*
8 pontos – Náutico (2v, 2e, 2d)
8 pontos – Santa (2v, 2e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar: Santa Cruz x Náutico. Foto: Peu Ricardo/DP

Classificação da Série B 2017 – 1ª rodada

A classificação da 1ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Favorito absoluto ao título, com o vice-campeonato podendo ser apontado como vergonhoso, o Internacional estreou com tudo na Série B do Brasileiro. A primeira partida do colorado fora da elite foi no Estádio do Café, onde goleou o mandante, o Londrina. Tendência de “G3” em 2017.

Por sinal, entre os clubes que caíram, três estrearam com vitória. Também fora de casa, o Santa venceu o Criciúma, largando em 5º lugar. Não por acaso, nesta segundona esses clubes largam com os maiores repasses da tevê (de 6,0 a 6,4 mi), após o novo formato de divisão de cotas. O América empatou com o Náutico na arena e foi o único rebaixado sem vitória. Curiosamente, o timbu, 5º colocado na Série B de 2016, é o remanescente de maior cota.

No G4, dois gaúchos, um paulista e um paraense.

A 2ª rodada dos representantes pernambucanos
20/05 (16h30) – Santa Cruz x Guarani (Arruda)
20/05 (16h30) – Figueirense x Náutico (Orlando Scarpelli)

Sem torcida na Arena, Náutico inicia Série B remendado e com empate com América

Série B 2017, 1ª rodada: Náutico 0x0 América-MG. Foto: América-MG/site oficial

O Náutico bateu na trave nos últimos dois anos, terminando a Série B em 5º lugar. A frustração em 2016 passou do ponto, com invasão de campo e a consequente punição do STJD, com a arena de portões fechadas na estreia da nova participação. Numa semana intensa, com troca de técnico e saída de jogadores importantes, o alvirrubro encarou o América Mineiro, rebaixado da elite, mas com superávit de R$ 10 milhões – comparativo importante, uma vez que o time pernambucano vem se afundando em dívidas.

Num cenário tão adverso, com Waldemar Lemos escalando seis jogadores da base, o Náutico empatou em 0 x 0. Por mais que Erick seja o ponto alto do CT, a sua maturidade para resolver está longe. Portanto, um pontinho aceitável nesta primeira rodada, intercalada a outra frente importante, a disputa contra o Santa Cruz pela terceira vaga do estado no Nordestão, já na próxima terça.

A disposição, praticamente a única exigência do novo técnico devido ao tempo escasso e à clara limitação técnica, pode ser um sinal, mas a reestruturação do elenco é necessária – sabe-se lá como, com o caixa vazio. A caminhada do Náutico começou nebulosa, sob poucos olhares… E será longa.

Série B 2017, 1ª rodada: Náutico 0x0 América-MG. Foto: América-MG/site oficial

O entrave do lado emocional e o discurso tático no futebol

Série A 2012: Sport 2x1 Cruzeiro. Foto: Sport/divulgação

Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Waldemar Lemos foi demitido do Sport. O anúncio ocorreu neste sábado.

Ele encontrou a equipe leonina em uma situação crítica. Na Ilha, foram dez jogos, com três vitórias, quatro empates e três derrotas. Sai consciente de que não é o problema.

O post, contudo, vai focar a guerra fria entre psicólogos e estragistas no futebol.

O índice de Waldemar, 43,3%, foi insuficiente para tirar o time na zona de rebaixamento. Nos Aflitos, onde comandou o Timbu durante 60 jogos, o aproveitamento foi de 56,6%.

Nos dois rivais, o mesmo perfil. Tranquilo, focado, agregador. Sempre trabalhando o lado psicológico dos atletas, dia a dia, de forma individual. Era uma prioridade o bem-estar.

Tecnicamente falando, realizou alguns treinos pouco ortodoxos. Pelo menos externamente. No grupo, parecia ter apoio nos dois elencos em relação às atividades.

Taticamente, tentou extrair características distintas das peças à disposição.

Um atacante de área fora da área, outro atacante limintando-se a fechar os espaços pelas alas, como um marcador etc. A ressalva, plausível, é que no futebol atual “todo mundo marca”, citando nada menos que o Barcelona na explicação.

Guardiola no Barcelona. Foto: www1.skysports.com

De fato, esta é a atitude do Barça. Porém, o brilhante time montado por Pep Guardiola não foi obra do acaso, mas um trabalho desde as categorias de base.

Para impor isso na escala profissional, do marco zero, é preciso haver um plantel técnico, homogêno. Nem sempre será possível converter um atleta desta forma.

Nem mesmo trabalhando o lado emocional, diante da limitação com a bola nos pés.

A passagem de Waldemar Lemos no futebol pernambucano deixou evidente a importância de uma base forte no comportamento do grupo. A necessidade de confiança.

Não se vive apenas de estatísticas e projeções. O lado psicológico é fundamental.

Assim como também é uma preparação tática apurada, antenada à modernidade, sem esquecer das diferenças técnicas encontradas em cada plantel.

A estratégia no esporte jamais pode ser deixada de lado ou subjugada. De opções em contragolpes à compactação da defesa. Sim, com a participação de todos em campo.

Uma organização fundamentada na capacidade da equipe e na formação do adversário.

Isso vale no Camp Nou, Aflitos e Ilha do Retiro…

Waldemar Lemos no Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Leão é goleado no Pacaembu e vê o alívio se distanciar

Série A 2012: Corinthians 3x0 Sport. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Havia a chance de deixar a zona de rebaixamento dez rodadas após o frustrante o ingresso. Era difícil, mas existia, com uma vitória fora de casa e um tropeço do Coritiba.

A oportunidade mexeu com o Sport. No Pacaembu, encarou o campeão da Taça Libertadores. Se no primeiro turno foi uma equipe mista na Ilha do Retiro, em São Paulo o técnico Tite mandou o melhor que tinha à disposição – no caso, só não teve os atacantes Emerson, suspenso, e Jorge Henrique, lesionado.

O Rubro-negro começou marcando bem, com os zagueiros atentos e Tobi correndo bastante. No entando, o time pernambucano pecava bastante no setor ofensivo. Nervoso, o jovem lateral-esquerdo Renê parecia querer se livrar rapidamente da bola.

Do outro lado, o experiente Cicinho se atrapalhou com a pelota e estragou contragolpes. Mesmo sem um grande desgaste, o Timão finalizou oito vezes no primeiro tempo e teve dez escanteios. Acuou o Leão, que tinha mais posse de bola, mas sem objetividade.

Em Curitiba, o empate sem gols ia agradando. Na etapa complementar, o Sport teve um pênalti não assinalado logo no primeiro lance, quando o goleiro Cassio derrubou Rithelly.

Os pernambucanos ficariam naquele lampejo. Enquanto isso, era um olho cá, o ouvido lá. Aos 9 minutos, o sistema de som informou o gol do Coxa. O que era péssimo se tornou pior no mesmo instante, com o gol de Paulinho, que entrou na área desmarcado.

Desandou de vez aos 25, em outra falha nas alas, dessa vez na direita, com Romarinho ampliando. A marcação já não era a mesma, com a bola respingando o tempo todo na área. O mesmo Romarinho ainda faria mais um, definindo o 3 x 0 a favor dos paulistas.

Se no começo do domingo os leoninos estavam a um ponto para deixar o Z4, no fim da tarde a distância aumentava para quatro. O único alento do dia foi o gol de empate do São Paulo, no finzinho. Fim do domingo e Sport a dois pontos de deixar o Z4.

Série A 2012: Corinthians 3x0 Sport. Foto: Piervi Fonseca/Agif/AE

Um ponto fora da casa, dessa vez sem comemoração no Sport

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Um desperdício que se repete, de forma nociva à classificação final dos rubro-negros.

Contra o Bahia, na Ilha do Retiro, uma atuação convincente no primeiro tempo. Finalizou dez vezes. Só não aproveitou tanto assim, marcando apenas um gol.

Contra o Internacional, onze chutes a gol na primeira etapa, jogando Beira-Rio. Tocando bem a bola e usando como nunca as laterais, o time teve um aproveitamento melhor, com dois gols. Nas duas apresentações, o Sport foi bastante superior aos adversários.

Até o intervalo. Quinze minutos no vestiário que mudaram profundamente a equipe.

Diante do Tricolor de Aço, passou a administrar o jogo, sem tanto empenho ofensivo. A marcação ficou mais frouxa. Mesmo sem atacar tanto, o visitante empatou no finzinho.

Neste domingo, em Porto Alegre, a situação foi ainda mais tensa, considerando a frenética luta rubro-negra para tentar deixar a zona de rebaixamento da Série A.

O Leão recuou excessivamente no pesado gramado do Colorado, castigado pela chuva durante todo o dia. Seu contragolpe foi anulado pelo Inter. Cansou. Não precisou sequer da pressão da torcida, com um estádio em obras e apenas 5.448 pessoas presentes.

Com o time pernambucano encostado na parede, sem saída de bola, o Inter pilhou a zaga rival. E o técnico Waldemar Lemos demorou além da conta para enxergar isso.

Os gols de Rithely e Gilsinho, que davam uma improvável vitória longe da Ilha, acabaram igualados pelos tentos de Cassiano, aos 17, e Leandro Damião, aos 30.

Após o empate o Leão seguiu encurrado. Por pouco não veio a virada gaúcha. De onze finalizações no primeiro tempo para apenas uma etapa complementar. Analisando friamente, esse pontinho conquistado com o 2 x 2 até poderia ser comemorado.

No entanto, o contexto parecidíssimo ao da partida contra o Bahia, na última quarta, indica que foram mais dois pontos perdidos. Jogando melhor, mas sem pontuar tanto.

Em 25 rodadas, apenas 5 vitórias. De empate em empate não se vai tão longe.

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE