Dinastia Marta

Logotipo dos Jogos Olímpicos de 2008
Logotipo dos Jogos Olímpicos de 2008

Ainda faltam dois dias para a cerimônia de abertura, mas o Brasil já irá estrear nas Olimpíadas de Beijing às 6h desta quarta-feira. O time da super-craque Marta (que joga demais, mesmo) terá de cara a Alemanha, atual campeã mundial. Será um repeteco da decisão do Mundial de 2007, também realizado na China. Naquela final, em 30 de setembro, as germânicas venceram por 2 x 0 em Xangai. Prinz, a ‘Marta’ européia (sem os dribles), e Laudehr fizeram os gols do título.

Hoje, o jogo será disputado em Shenyang, na abertura do Grupo F das Olimpíadas, que conta ainda com Nigéria e Coréia do Norte. O Brasil, que é também o atual vice-campeão olímpico, tem uma chance enorme de “medalhar” novamente. É uma seleção para torcer com gosto. E que tem na alagoana Marta – que com apenas 22 anos já foi eleita duas vezes pela Fifa como a melhor do mundo – o seu maior expoente. A Seleção tem tudo para ter pelo menos mais 10 anos da Dinastia Marta.

No banco de reservas estará Bárbara, primeira representante de Pernambuco a começar o ciclo olímpico de 2008. Há bastante tempo que a goleira do Sport busca uma chance no time titular. Ao todo, serão oito pernambucanos em Beijing, digo, Pequim… Mas o jogo de hoje é Shenyang… Enfim, é na China!

Pódios do torneio feminino de futebol

1996 (Atlanta, EUA)
Ouro – Estados Unidos
Prata – China
Bronze – Noruega

2000 (Sydney, Austrália)
Ouro – Noruega
Prata – Estados Unidos
Bronze – Alemanha

2004 (Atenas, Grécia)
Ouro – Estados Unidos
Prata – Brasil
Bronze – Alemanha

 

Sobre a dúvida asiática, vai aqui um bom texto sobre a diferença entre Pequim e Beijing: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/voz250420013.htm

Caso você tenha preguiça de clicar no link, adianto aqui: as duas formas são, obviamente, corretas.

Mas dizem que os chineses preferem Beijing. Eu só conheço um chinês (matemática esquisita, pois 20% da população mundial é chinesa), e nunca tirei essa dúvida com ele (Yuan).

Tricolores não podem parar

Estádio Amigão, em Campina Grande, dia 6 de julho. O calvário do Santa Cruz na Terceirona começou quando o relógio do árbitro baiano Carlos Nogueira marcou 16h00. Uma verdadeira multidão de tricolores havia invadido a cidade paraibana. O público oficial da partida foi de 10.737 pagantes, apesar de a crônica esportiva da Paraiba ter dito que a quantidade foi bem maior. Apesar do apoio maciço na arquibancada (cerca de 4,5 mil tricolores viajará até Campina Grande), o Santa acabou sendo derrotado pelo Campinense por 2 x 1.

O Santa Cruz voltará nesta quarta-feira, às 20h30, ao ponto de partida da árdua caminhada na Série C. e contra o mesmo Campinense. Outra mega-caravana coral vem sendo articulada, e essa nova presença da torcida será essencial para o Tricolor se recuperar do mau resultado da estréia na segunda fase (empate por 2 x 2 com o Salgueiro, no Arruda). Só fica o registro para que não se repitam os incidentes ocorridos na primeira rodada, quando torcedores do Santa Cruz e do Campinense brigaram fora do estádio e até no centro da cidade. Uma ação mais eficaz das Polícias Rodoviária e Militar será necessária.

Faça a sua parte no Amigão, torcida coral. Repita a mesma festa que coloriu de vermelho, preto e branco o Amigão.

Será que o setor destinado aos tricolores ficará novamente como no vídeo abaixo?

Escudos acompanham a moda

Evolução dos escudos dos três grandes do Recife

  Apesar de os escudos serem considerados um dos mais tradicionais símbolos dos clubes de futebol, Sport e Náutico fizeram mudanças em seus distintivos neste ano. A mais recente foi feita pelo Náutico, que adotou o seu 5° escudo desde a fundação do clube em 1901, e colocou uma estrela alusiva ao título de campeão pernambucano no ano do seu centenário, em 2001. A modernização do emblema – que ficou ainda mais vermelho – foi uma ação do departamento de marketing do clube. Por mais que modificações assim deixem alguns torcedores indignados, por “ferir a tradição”, a verdade é que essas mudanças são até comuns mundo da bola, ao adequar o uniforme ao avanço da moda.

O novo emblema alvirrubro foi, na verdade, uma introdução ao escudo definitivo, que será estampado na camisa timbu apenas em 2010. Nesse caso, o nome “Náutico” não ficará mais grafado. No Brasil, poucos clubes também colocam as suas estrelas dentro do escudo, assim como o Timbu, cujo escudo anterior estava em vigor desde 1995. O Palmeiras, por exemplo, possui oito. Mas ao contrário da grande maioria dos times, elas não representam títulos, mas sim o mês de agosto, data de fundação do Verdão.

Há pouco mais de um mês, que fez o mesmo Sport. Após o título da Copa do Brasil, a diretoria do Leão realizou uma série de discussões apenas para analisar a inclusão de mais uma estrela. E olhe que esse ‘detalhe’ rendeu muita polêmica. Azul, Verde, embaixo do escudo, em cima. O que não faltou foi especulação para uma mudança tão pequena. Assim como na moda, também há espaço para mau gosto.

Mas no final, a escolha foi pela colocação de mais uma estrela dourada, assim como a que representa o título brasileiro de 1987 (do lado esquerdo), deixando o escudo sóbrio (ainda bem). Com isso, a prateada (Série B de 1990) foi centralizada e reduzida. O modelo passou pelo crivo do Conselho Deliberativo do clube na última semana, e foi aprovado, como revelou o presidente do órgão, Adalberto Guerra.

Segundo o dirigente, uma nova ‘mudança’ poderá acontecer em 2009. “Essa mudança vai ser temporária, porque no ano que vem colocaremos quatro estrelas no escudo!”, disse Adalberto, que descartou o Brasileirão 2008 sem perceber. Na década passada, a mudança mais significativa havia sido no contorno do escudo, quando a diretoria do Rubro-negro eliminou a cor amarela, que vigorou desde os anos 50.

Já a última mudança do Santa Cruz foi início desta década, quando os tricolores passaram a ostentar os seus principais títulos. Nada menos que oito estrelas, recorde em Pernambuco, com destaque para o ainda insuperável tri-supercampeonato pernambucano, conquistado em 1957, 1976 e 1983. Também foi adicionado, assim como o Náutico, o ano de fundação do clube (1914). Já nos anos 80, o escudo tinha o modelo idêntico, mas com traços mais rebuscados.

Nos anos 60/70, o escudo coral era o que mais sofria diferença ao ser bordado. O modelo acabava ficando muito diferente do distintivo oficial. Havia até mesmo confusão sobre a disposição das cores vermelha e preta. Como pode ser visto no gráfico, era comum o vermelho ficar do lado esquerdo, do lado errado pelo que preza o estatuto atual. O contorno amarelo também chegou a ser utilizado.

Significado das estrelas

Sport (3 estrelas acima do escudo)
2 douradas – Campeonato Brasileiro de 1987 e Copa do Brasil de 2008
1 prateada – Campeonato Brasileiro da Série B de 1990

Náutico (7 estrelas dentro do escudo)
6 vermelhas – Hexacampeonato pernambucano, de 1963 até 1968
1 branca – Campeão do centenário em 2001

Santa Cruz (3 estrelas em cima do escudo e 5 abaixo)
Estrelas branca, preta e vermelha – Tri-supercampeonato estadual (1957, 1976 e 1983)
5 douradas – Pentacampeonato pernambucano, de 1969 até 1973

Ilha precisa voltar a ferver

Após perder 3 posições na classificação do Brasileiro (agora é o 10° lugar), o Sport tentará voltar vencer na Ilha do Retiro nesta quarta-feira, diante da Portuguesa. Para este jogo, os torcedores já preparam a volta do “espírito da Copa do Brasil”, com sinalizadores nas arquibancadas. Um colorido especial, que deixa o estádio com uma cara de ‘caldeirão’ mesmo, e a pressão acaba aumentando. Mas essa aura precisa ser assimilada pelo time rubro-negro também. Se na Copa do Brasil foram 6 vitórias avassaladoras em 6 jogos, o desempenho no Brasileiro vem deixando a desejar.

O Leão é apenas o 11° melhor mandante, com 17 pontos conquistados no estádio Adelmar da Costa Carvalho. Posição abaixo da média histórica do time, que sempre conquistou a grande maioria dos seus pontos em casa. Com 70,8% de aproveitamento (até razoável), o Sport está bem atrás do líder Palmeiras, que tem 91,7%. Mas para manter o time no pelotão da cima, a torcida rubro-negra deverá se apresentar mais um vez, com muito barulho e energia positiva. Já a situação do Náutico preocupa ainda mais, pois o Timbu está em 15° neste quesito, com 51,9% (um índice que seria aceitável na competição apenas somando os jogos como mandante e visitante). O Alvirrubro, aliás, perdeu os dois últimos jogos nos Aflitos, ambos por 2 x 1, para Coritiba e Figueirense.

Classificação dos mandantes na Série A

1° Palmeiras – 22 pontos / 8 jogos – (91,7%)
2° Cruzeiro – 22 / 9 (81,5%)
3° Vitória – 21 / 9 (77,8%)
4° Grêmio – 21 / 9 (77,8%)
5° São Paulo – 20 / 9 (74,1%)
6° Botafogo – 19 (79.2%)
7° Internacional – 19 / 8 (79,2%)
8° Atlético-MG – 18 / 8 (75%)
9° Vasco – 17 / 8 (70,8%)
10° Coritiba – 17 / 8 (70,8%)
11° Sport – 17 / 8 (70,8%)
12° Flamengo – 16 / 9 (59,3%)
13° Portuguesa – 16 / 9 (59,3%)
14° Figueirense – 15 / 8 (62,5%)
15° Náutico – 14 / 9 (51,9%)
16° Atlético-PR – 14 / 9 (51,9%)
17° Santos – 12 / 8 (50%)
18° Goiás – 12 / 8 (50%)
19° Ipatinga – 11 / 9 (40,7%)
20° Fluminense – 11 / 9 (40,7%)

É confronto direto, Timbu

O Náutico pode estar vivendo uma crise neste Brasileiro, mas vale lembrar que em 17 rodadas o time ainda não entrou na zona de rebaixamento. Mas agora corre um sério risco. Com 18 pontos, o Alvirrubro soma apenas um a mais que o Atlético-PR, o primeiro na zona de degola e justamente o próximo adversário. O jogo será em Curitiba, e, quem sabe, pode ser mais um vez o ponta-pé inicial para uma reviravolta do Timbu. Em 4 de julho do ano passado, o time estava afundado na Série A. Havia perdido o clássico contra o Sport por 4 x 1 e demitido o técnico PC Gusmão, e também jogou na rodada seguinte contra o Furacão, na Arena da Baixada. Aquela partida marcou a estréia do técnico Roberto Fernandes no comando do Náutico.

No final, um importante empate por 1 x 1, com o goleiro Rodolpho operando um milagre no finzinho da partida. Depois disso veio a sensacional arrancada que manteve o time de Rosa e Silva na elite. Nesta quarta, Roberto Fernandes curiosamente seria o adversário, mas em 15 jogos como treinador do time paranaense o ex-técnico do Timbu sofreu oito derrotas e foi demitido ontem com um aproveitamento de apenas 28,8%, um dos piores do clube nesta década. Roberto teve um desempenho abaixo do alcançado por Givanildo Oliveira, outro pernambucano que dirigiu o Atlético-PR recentemente (e que ganhou apenas 38% dos pontos em 2006).

Como visitante, o Náutico conseguiu apenas uma vitória, na segunda rodada, diante do Fluminense (0 x 2). O time ainda empatou uma vez (0 x 0 com o Ipatinga) e perdeu seis vezes. No total, apenas 16,7% de aproveitamento. Mas, como se diz, esses números são apenas estatísticas. E não devem interferir no jogo. O pensamento é outro. Esse é um momento de superação, até porque o Náutico terá um adversário numa fase tão complicada quanto a sua, no popular “jogo de 6 pontos”. E quem sabe não sai a primeira vitória de Pintado…

Classificação dos visitantes na Série A

1° Grêmio 14 pontos / 8 jogos (58,3%)
2° Flamengo 12 / 8 (50%)
3° Cruzeiro 11 / 8 (45,8%)
4° São Paulo 10 / 8 (41,7%)
5° Coritiba 9 / 9 (33,3%)
6° Palmeiras 9 / 9 (33,3%)
7° Figueirense 9 / 9 (33,3%)
8° Vitória 8 / 8 (33,3%)
9° Goiás 8 / 9 (29,6%)
10° Sport 7 / 9 (25,9%)
11° Internacional 6 / 9 (22,2%)
12° Botafogo 6 / 9 (22,2%)
13° Santos 5 / 9 (18,5%)
14° Náutico 4 / 8 (16,7%)
15° Atlético-PR 3 / 8 (12,5%)
16° Portuguesa 3 / 8 (12,5%)
17° Atlético-MG 3 / 9 (11,1%)
18° Fluminense 2 / 8 (8,3%)
19° Vasco 2 / 9 7,4%)
20° Ipatinga 2 / 8 (8,3%)

Roger dispensado

Sérgio Malandro, e o velho "glu-glu"
Sérgio Malandro, e o velho "glu-glu"

Pegadinha do Malandro! Calma, torcida rubro-negra… Não foi o centroavante Roger, mas sim o meia homônimo que estava no Náutico. Ele assinou a rescisão de contrato na tarde desta segunda juntamente com o lateral-esquerdo Berg (que conseguiu perder a posição para o zagueiro Everaldo), o ala direito João Paulo e o zagueiro Adriano. Vassourada necessária nos Aflitos.

O Roger leonino, por sua vez, segue firme na Ilha (com a torcida completamente dividida entre os que aprovam e reprovam o atacante). Apesar da segunda-feira difícil que o atacante está passando por causa das cobranças, o jogador ainda tem crédito com a comissão técnica (apesar de Nelsinho ter ficado chateado com as finalizações do time no final da partida contra o Galo). Roger marcou um gol – finalmente – e foi importante lá na frente, trabalhando a bola.

Aula do professor Cristiano Ronaldo para Ciro

Seríssimo candidato ao prêmio de melhor jogador do ano pela Fifa, o craque português Cristiano Ronaldo já começa a servir de exemplo para jovens revelações, como o rubro-negro Ciro, que diz se inspirar no atacante. A prata-da-casa leonina – que procura imitar até mesmo o corte de cabelo – revelou que procura ver vídeos do atacante na internet, para tentar imitar os dribles posteriormente.

O repertório de dribles do atacante do Manchester United é realmente impressionante. Joga pelo lado esquerdo, pelo direito, chuta forte e marca muitos gols (tanto que foi o artilheiro, com 8 gols, da última Liga dos Campeões, vencida pelo próprio Manchester). Apesar da decepção da Seleção de Portugal na última Eurocopa, dificilmente Cristiano Ronaldo perderá a chance de ganhar a coroa que hoje pertence ao brasileiro Kaká. Com apenas 23 anos, o luso pode ser o segundo jogador de seu país a ganhar o prêmio. O primeiro foi o meia Luís Figo, em 2001.

Abaixo, um vídeo de 3min29s com algumas das muitas belas jogadas do português. Vê se aprende direito, Ciro!

Sport aparece em 82° no ranking mundial. Timbu é o 271°

A Federação de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) divulgou a atualização do seu ranking mensal de clubes (com o período entre 1° de agosto de 2007 e 31 de julho de 2008). Pela segunda vez seguida, o Sport aparece entre os 100 maiores times do mundo. O Leão, que estava na 86ª posição, agora subiu para a 82ª. O Rubro-negro soma 124 pontos, segundo a contagem da instituição reconhecida pela Fifa e com sede na Alemanha. Contribuiu bastante para a boa posição o título da Copa do Brasil e a campanha regular na atual Série A.

O Náutico também figura na lista dos 350 principais clubes. O Timbu, com 72 pontos, divide a 271ª colocação com mais 12 clubes, entre ele o Corinthians, que ainda soma pontos da Série A de 2007, mas se mantém no ranking por causa do vice-campeonato da Copa do Brasil deste ano. Para a elaboração do ranking (que existe desde 1991), são contabilizados os pontos das competições nacionais de elite, assim como os torneios internacionais (Libertadores e Copa Sul-Americana, na Conmebol), num período de um ano.

O líder é o inglês Manchester United, atual campeão da Liga dos Campeões da Uefa. Os britânicos, aliás, são maioria entre os 10 primeiros do ranking, com mais quatro clubes (três da Inglaterra e um da Escócia). A equatorina LDU, atual campeã da Taça Libertadores da América, está apenas em 46° lugar. O melhor sul-americano é o Boca Juniors/ARG, em 9°.

Em tempo, o Santa Cruz não está no ranking.

Top 10 
1° Manchester United (Inglaterra) – 286
2° Glasgow Rangers (Escócia) – 258,5
3° Chelsea (Inglaterra) – 258
4° Bayern de Munique (Alemanha) – 252
5° Barcelona (Espanha) – 251
6° Roma (Itália) – 248
7° Liverpool (Inglaterra) – 243
8° Arsenal (Inglaterra) – 237
9° Boca Juniors (Argentina) – 231
10° Internazionale (Itália) – 226

Clubes brasileiros
11° São Paulo – 223
13° Fluminense – 218
18° Cruzeiro – 190
30° Flamengo – 185
48° Santos – 163
54° Vasco – 154
62° Botafogo – 144
82° Sport – 124
161° Grêmio – 92
167° Figueirense – 90
175° Atlético-MG – 88
188° Palmeiras – 86
236° Internacional – 78
247° Goiás – 76
261° Atlético-PR – 74
271° Náutico – 72
271° Corinthians – 72

Lista completa: http://iffhs.de/?10f42e00fa2d17f73702fa3016e23c17f7370eff3702bb1c2bbb6f28f53512

Tem alguém sorrindo hoje no Recife?

Se até torcedor do Barcelona chora...
Se até torcedor do Barcelona chora...

Rodada pífia para o trio de ferro do Recife. No sábado, o Náutico deu seqüência à sua péssima fase ao perder para o Figueirense por 2 x 1, em um daqueles jogos que na época do técnico Roberto Fernandes eram chamados de “confronto direto”. E era mesmo. Mas não deu. Paciência… Pelo menos é o que pede diretoria, jogadores e comissão técnica. E é também o que a torcida alvirrubra não tem mais. O Náutico precisa reagir logo, até porque faltam apenas duas rodadas para o final do primeiro turno.

Jajá aquela desculpa que ‘ainda restam muitos jogos’ não adiantará de nada, pois o temor poderá virar realidade. No momento em que o goleiro Eduardo diz que “financeiramente o Náutico vive o seu melhor momento nos últimos dois anos” (e acredito na sinceridade do goleiro), é porque ainda há luz no fim do túnel alvirrubro. Mas é visível que a questão é puramente técnica. Assim, o Náutico chega a um jejum de 7 partidas sem vencer. Seis derrotas e um empate. Precisa dizer mais?

No Mineirão, já no domingo, o Sport deixou escapar uma vitória que parecia certa. E nem estou falando isso por causa da crise do Atlético-MG (que somente no ano do seu centenário já foi goleado por 6 x 1, 5 x 0, 5 x 1 e 4 x 0 – por Vasco, Cruzeiro, São Paulo e Botafogo, respectivamente). Mas sim por causa do volume de jogo do Leão, que voltou a fazer uma boa partida fora de casa. Não se acovardou nem ficou lá atrás, esperando a hora certa de atacar (hora certa que, para o time da Ilha, de vez em quando sequer chega). No final, os dois gols perdidos por Roger fizeram uma enorme diferença, e o Sport acabou ressuscitando mais um defunto na Série A, ao tomar a virada por 2 x 1. É cabalístico.

E com a derrota, o Sport não conseguiu chegar à 4ª vitória seguida, que igualaria a marca de 2000, quando o Sport conseguiu o feito duas vezes. Muito se falou sobre essa série de vitórias, mas a maior do Rubro-negro na 1ª divisão do Brasileiro foi em 1985, quando conseguiu cinco. As vítimas: ABC (3 x 0), Sergipe (4 x 0), Ceará (1 x 0), CSA ( 2 x 0) e Nacional (1 x 0).

Já no Arruda, o Santa Cruz parecia que largaria com tudo na segunda fase da Série C. Mas o que os mais de 20 mil torcedores corais viram mesmo foi a virada do bravo Salgueiro. No finalzinho, o atacante Edmundo – sempre ele – empatou (2 x 2), salvando o Santa de um resultado ainda mais complicado do que já foi essa primeira rodada. Foi o 3º empate seguido do Tricolor sob o comando do gaúcho Bagé. Preocupa o fato de dois desses empates terem sido no Arruda, que é o maior trunfo coral nesta Terceirona.

A semana começa com as três torcidas cabisbaixas. Mas a chance de mudar o humor pode vir já nesta quarta-feira, quando os três jogarão às 20h30.

Série A
Atlético-PR x Náutico
Sport x Portuguesa

Série C
Campinense x Santa Cruz

Música para Edinho

Edson Nogueira
Edson Nogueira

Frasista nato, o presidente do Santa, Edson Nogueira, vem tendo que agüentar nos últimos dias o troco da própria torcida. Após o sucesso da música “E eu não paro, não paro não…” entre os tricolores, parte da torcida agora tira uma onda com Edinho com outra versão. “E eu não saio, não saio não. Pode vir Zé Neves, Romerito e Mendonção”. Um visível manifesto por causa da contestada administração do mandatário coral, que nem assim perde o bom humor.

Na última semana, quando começaram as obras para reformar o anel superior do estádio do Arruda, Edinho comentou sobre os operários que estavam no local. “Vocês (imprensa) pensam que eu contratei mais gente, foi? Que nada. Eles são os mesmos que estavam fechando o muro da sede. Aqui é cobertor curto. Cobre a cabeça, mas descobre os pés”. Falando em reforma, as obras deverão durar um mês (o mesmo tempo de duração da segunda fase da Terceirona).