As fabricantes de material esportivo têm um tino especial no futebol.
A cada ano volta a corrida pela chuteira mais leve do mercado.
São eventos cinematográficos para o lançamento de um novo modelo, dotado de extrema tecnologia e boas doses avanço renovável, atendendo a uma demanda atual.
Cada grama a menos é digno de comemoração pelos departamentos de marketing.
Em 2009 a Nike surpreendeu ao quebrar a barreira das 200 gramas, com a chuteira Mercurial Superfly, de apenas 185 gramas.
Com material sintético e direito a “raspagens” para cortar qualquer peso extra, a Puma lançou no ano seguinte a V1.10, de 150 gramas.
O dado assustou o mercado. Em 2011, cercada de expectativa, a Adidas, tendo Lionel Messi como garoto propaganda, colocou nas prateleiras a AdiZero.
Na balança, o modelo do craque do Barcelona ficou em 165 gramas. Agora, em 2012, a Nike tentou recuperar o posto, com a Green Speed. Chegou perto, com 158 gramas.
Assim como se discute até quando os recordes continuarão sendo batidos no esporte, como no atletismo e na natação, quanto mais pode cair o peso de uma chuteira?
Chegará a menos de 100 gramas? O atleta ficará quase descalço…
Essa corrida acelerou na década de 1970, com a produção focada no design e no peso.
A primeira chuteira específica para o futebol, de couro e madeira, foi desenvolvida pelos ingleses no final do século XIX, algumas décadas depois da criação da modalidade.
Pesava 500 gramas e ficava com o dobro do peso em jogos na chuva…