Um dado interessante na proposta apresentada pela Federação Pernambucana de Futebol para o próximo Estadual foi a projeção de público e renda.
A entidade fez um levantamento com as últimas médias do certame e acredita que a futura competição local terá uma média de público de 9.035 torcedores, pouco abaixo do índice registrado nesta temporada, de 9.134, a maior do país.
No caso, o Santa Cruz seria o campeão de público pela quinta vez consecutiva. Será possível alcançar manter a média geral de nove mil torcedores por jogo? A conferir.
Veja a análise sobre o calendário do Pernambucano e o Nordestão aqui.
Eis a nova lista com as maiores médias de público das principais ligas do futebol mundial, em levantamento da Pluri Consultoria. O ranking, com dados da temporada 2011/2012, é uma atualização do último estudo realizado (veja aqui).
O (mau) desempenho brasileiro aponta que uma receita direta de aproximadamente R$ 200 milhões deixou de existir na última Série A, só com bilheteria.
Até porque o índice de ocupação, de 44%, foi o pior entre as vinte maiores ligas…
Entre as causas desse índice aquém do potencial estão a qualidade dos jogos, o preço do pay per view, valores do ingresso e de outros serviços (alimentação, estacionamento etc), condição e acesso dos estádios e, claro, violência. Ao todo, são catorze pontos.
Com as doze arenas da Copa do Mundo e os novos estádios de Grêmio e Palmeiras, o país terá uma oferta de 765 mil assentos de primeiro nível até 2014.
Com isso, a empresa prevê um acréscimo de 40% na média de 2011, elevando o índice a 20.500 torcedores por jogo, o que não ocorre há quase três décadas.
Se essa expectativa for correspondida, a taxa nacional de ocupação chegaria a 60%.
Como era esperado, a reedição da Copa do Nordeste mudou completamente a estrutura do Campeonato Pernambucano. Torneio enxuto? Acredite, foi o oposto. O esboço da competição mostra que o já inchado calendário ficará perto do colapso organizacional.
O calendário da CBF prevê 23 datas para os campeonatos estaduais de 2013. Em Pernambuco, há algum tempo esse limite é ultrapassado. Na soma geral, um recorde.
O Nordeste é a única região que contará também com um torneio interestadual.
São 12 datas agendadas para o Nordestão, começando no dia 20 de janeiro, mesma data reservada para todos os campeonatos estaduais do país.
Por aqui, o Pernambucano terá uma fase preliminar paralela ao regional.
Em campo, nove clubes desconsiderando Santa Cruz, Sport e Salgueiro, integrantes da Copa do Nordeste. Entre os participantes, o Náutico. A disputa será num turno único.
Os cinco primeiros avançam para a fase principal e o melhor garante vaga na Copa do Brasil 2014. Já os eliminados realizarão um quandragular para definir os dois rebaixados.
Obviamente, a fase principal só começará após o Nordestão. Ou seja, os três representantes locais poderão jogar de seis a doze partidas antes da estreia no Estadual. Por sinal, por não disputarem o primeiro turno, não poderão ser rebaixados…
O regional acabará no dia 17 de março. Portanto, daí até o dia 19 de maio será um ritmo frenético de jogos, com 18 datas até a finalíssima. O octogonal terá jogos de ida e volta, catorze ao todo. Depois, semifinal e final, também em ida e volta.
Se um time chegar às finais do Nordestão e do Pernambucano, serão 30 partidas em 120 dias. Média de um jogo a cada quatro dias. Para quem participar da primeira fase, serão 26 partidas em 120 dias, com uma média de um jogo de cinco em cinco dias.
Sem estender muito o post, nota-se que o calendário já estaria no limite.
Contudo, a Copa do Brasil está agendada para começar em 3 de março…
Pela enésima vez, a Arena Pernambuco ficou em xeque em relação à presença na Copa das Confederações de 2013.
Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, segue dando indiretas sobre a quantidade de subsedes no “festival de campeões” (em vez de seis estádios, cinco ou até quatro) e o governo do estado segue plenamente otimista sobre o desfecho dessa longa história.
Estrutura de concreto à parte, já com 64% de avanço físico, o capítulo final deve respingar no desejo político de Eduardo Campos em 2014, com a possível disputa pela presidência. Inteligente, o socialista sabe muito bem das consequências possíveis.
A realização dos torneios de 2013 e 2014 na arena a transformaria em um dos principais palcos esportivos do país nesta nova geração. Por outro lado, um ponto de corte na Copa das Confederações resultaria numa munição de grosso calibre para futuros adversários, sobretudo com o investimento extra utilizado para acelerar a obra.
Considerando este ponto e o fato de que na Fifa a política caminha (historicamente) à frente dos dados técnicos, a permanência da Arena Pernambuco – cujo anúncio definitivo será em novembro – é uma verdadeira incógnita, ainda mais após as recentes declarações do governador, fazendo uma leve dissociação de antigos aliados, ainda no poder na esfera federal, e trilhando uma aventura solo na próxima eleição.
Que fique claro, isso é apenas a opinião de quem acompanha todo esse processo, ainda que de fora, há mais de dois anos. E que viu a Arena Pernambuco entrar na lista da Copa das Confederações justamente pela força política local, em sintonia com Brasília.
Na décima sexta rodada da Terceirona, duas derrotas pernambucanas.
No Arruda, num jogo tumultuado, o Santa Cruz perdeu de virada para o Fortaleza. Enquanto o time cearense assumiu a liderança, o Tricolor saiu do G4, 2 x 1.
No Ceará, Niel e Luizão marcaram os gols do 2 x 0 a favor do Icasa sobre o Salgueiro. O alencarino saltou do 6º lugar para o 3º, surpreendendo no G4.
A 17ª rodada para os pernambucanos no grupo A da Série C.
20/10 (16h00) – Santa Cruz x Luverdense-MT
21/10 (16h00) – Paysandu x Salgueiro
Uma situação quase consumada após a 30ª rodada do Brasileirão. Veja as projeções para evitar o descenso. Ainda mais a favor dos Aflitos e desforável na Ilha.
Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Bahia (35 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar seria de 45 pontos. A projeção caiu um ponto em relação à rodada passada, arredondando os dados para cima, na margem de segurança.
O Náutico já não aparece mais na projeção do Infobola, que não leva em conta os decimais. No Chance de Gol, tem 0,3%. Precisaria somar mais 5 pontos, em tese. Uma vitória e dois empates. E o Timbu ainda terá quatro jogos nos Aflitos.
O Sport segue agonizando. A probabilidade de queda à Segundona vai de 93% a 96,8%. Necessita de 18 pontos, ou 6 vitórias. Restam quatro jogos na Ilha e quatro fora.
Uma ressalva. Segundo o Chance de Gol, com 45 pontos, a margem atual, o risco é menor que 0,05%. Com 44, índice de 0,4%. Com 43, o dado fica em 2,3%.
Além dos sites de probabilidades em campeonatos de futebol, há os cálculos do departamento de matemática da UFMG. Nesta, Náutico em 0,6% e Sport em 86,4%.
Fim da trigésima rodada da Série A, com sentimentos opostos nos rivais centenários.
Domingo marcado por mais uma vitória alvirrubra e mais uma derrota rubro-negra.
Nos Aflitos, o atacante Kieza, sempre ele, marcou o único gol da partida contra o Palmeiras, reafirmando a força timbu em seu reduto, 1 x 0. O foco já começa a ser uma boa classificação visando a Copa Sul-americana, a ser definida na Copa do Brasil.
No estádio Independência, o Sport bem que tentou segurar o Atlético Mineiro. Esteve em vantagem durante boa parte do jogo. No finzinho, num sufoco danado, sofreu a virada em partida com arbitragem pra lá de polêmica, 2 x 1.
A 31ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
17/10 (19h3o) – Coritiba x Náutico
Em Curitiba (4 jogos): 1 vitória alvirrubra, 1 empate e 2 derrotas
Três derrotas seguidas, desestimulado e com a chance de rebaixamento chegando a 96%. Ataque inoperante, seis meses sem marcar um gol de bola parada.
Sem contar o fortíssimo adversário pela frente, o terceiro colocado, jogando com o apoio da torcida neste domingo. Em casa, ainda não havia perdido na competição.
Contra tudo isso, o Sport parecia surpreender em Belo Horizonte.
Vencia o Atlético Mineiro até os 31 minutos do segundo tempo. Gol de cabeça de Hugo após cobrança de escanteio de Cicinho, aos 15 minutos da primeira etapa.
Até a igualdade, o sufoco foi intenso, além de uma arbitragem controversa, minando quase toda as ações leoninas, fora os dois pênaltis não assinalados.
Caseiro além da conta o árbitro Flávio Rodrigues Guerra.
Ainda assim, o time pernambucano encaixou alguns contragolpes.
Em um deles, Gilsinho fez muito torcedor rubro-negro arrancar os cabelos ao entrar cara a cara com o goleiro. O atacante perdeu uma chance de ouro de ampliar.
Rithely também havia perdido o seu gol, como quase sempre acontece. Uma vantagem mais larga fez falta até o apito final, com quatro minutos de acréscimo.
Aos 31 e aos 47 minutos, o atacante Leonardo virou a partida, 2 x 1.
Dois gols sofridos no segundo tempo, algo de praxe nesta campanha na Série A. Nas três derrotas anteriores, dos onze gols sofridos, nove haviam sido na segunda etapa.
Havia esta preocupação. Desta vez, até houve luta. Não bastou… Faltou afinco.
Não foi a melhor apresentação do Náutico nos Aflitos.
Não atacou tanto e também não marcou com a mesma pressão já vista nesta competição. Acredite, isso não importa. No apito final, o script foi o mesmo.
Mais uma vitória alvirrubra em seu caldeirão, com um tento de Kieza, é claro. Onze gols em treze atuações do artilheiro com a camisa vermelha e branca.
O desempenho do centroavante enfim chama a atenção do estado.
Em grande fase jogando no Recife, o Timbu encarou um Alviverde completamente desfalcado, sem peças como o atacante Barcos e o meia Marcos Assunção.
Ao forte mandante, o inverso, com a volta de duas peças essenciais. O próprio Kieza e o volante Elicarlos, que dá equilíbrio ao meio-campo armado por Gallo.
O triunfo por 1 x 0 sobre o Palmeiras, na tarde deste domingo, aumentou o já alto rendimento do Náutico no estádio Eládio de Barros Carvalho nesta Série A.
São 11 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, com um aproveitamento de 77,7%.
Dos 40 pontos, 35 foram conquistados em casa, numa diferença quase inacreditável. Com a chance de rebaixamento irrisória, o clube já vislumbra um voo mais alto.
Os alvirrubros começam a consolidar a posição na antiga zona de classificação à Copa Sul-americana. De fato, essa zona não existe mais. De forma direta…
Terminando no máximo em 13º lugar, o Náutico só não disputará o torneio internacional se não (reforçando: “não”) chegar às oitavas de final da Copa do Brasil do ano que vem.
Em seu último ano, o velho estádio empurra o Náutico para os seus objetivos. Mesmo com o freio de mão puxado, como neste domingo, o Náutico faz sua torcida acreditar…