Classificação da Série A 2015 – 26ª rodada

A classificação do Brasileirão 2015 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Abrindo a 26ª rodada, na quarta-feira, o Sport empatou com o Joinville, com André marcando o gol aos 45 do segundo tempo. Apesar das vitórias de Inter e Santos diante de Corinthians e Galo (líder e vice-líder, respectivamente), a rodada do Brasileirão acabou sendo “positiva”, pois Atlético-PR e Flamengo perderam como mandantes (apesar das apresentações no Couto Pereira e no Mané Garrincha), enquanto o São Paulo ficou num empate sem gols com a Chape. Assim, a diferença do Leão em relação ao G4, mesmo com o “tropeço” diante do vice-lanterna, se manteve em cinco pontos. Agora, já sem o técnico Eduardo Batista, terá o lanterninha pela frente… Mas é bom respeitar.

A 27ª rodada do representante pernambucano
20/09 (16h00) – Vasco x Sport (Maracanã)

Histórico no Rio de Janeiro: 4 vitórias leoninas, 2 empates e 3 derrotas.

Boicote à Copa Sul-Minas serve de lição para o futuro do Nordestão, em 2023

Reunião para a elaboração da Copa Sul-Minas em 2016. Foto: Coritiba/divulgação

A Liga Sul-Minas-Rio foi criada com a assinatura de treze clubes, em 10 de setembro de 2015. Na ocasião, o secretário da organização, Maurício Andrade, diretor-executivo do Coritiba, expôs ao jornal Zero Hora as seguintes condições a para a reedição do torneio. “Antes, precisamos definir questões como patrocinador e direitos de tevê. Outro aspecto fundamental: a participação das federações e o apoio da CBF. Isso é indispensável. Do contrário, não vinga.” 

Sete dias depois, sob o silêncio da confederação, o repórter Wellington Campos, que há anos cobre a CBF, foi sucinto na apuração: “CBF descarta Copa Sul-Minas-Rio. Federações reprovam torneio e televisão não tem interesse.”  Ou seja, todas as exigências necessárias. Boicote? A volta do regional, realizado de 2000 a 2002, teria o apoio da dupla Fla-Flu, rompida com a federação carioca. O esboço de 2016 tinha só oito datas, mas nem isso parece ter adiantado.

Agora, o viés local, com a Copa do Nordeste, que cresceu em nível técnico e faturamento em 2001, na criação da Liga do Nordeste, negociando diretamente os direitos de transmissão e marketing. Durou dois anos, até a CBF, pressionada pelas federações (surpreende agora?) retirar a copa do calendário, sem pena. Em 2003, na base da liminar, o torneio ocorreu sem Bahia, Sport, Santa e Náutico, paralelamente à ação na justiça. Após a longa batalha entre a liga e a CBF, com a indenização em R$ 25 milhões, foi selado um acordo.

Inicialmente, a liga e o detentor dos direitos na tevê por assinatura, o Esporte Interativo, garantiram a realização do Nordestão por dez edições, de 2013 a 2022. Volta com sucesso imediato e até um derivado, a Copa Verde, contemplando o Norte e o Centro-Oeste, com muitos times sem divisão nacional – o que não inviabiliza o “calendário”. No Nordestão, os organizadores projetam o auge em 2018, com faturamento de R$ 50 milhões. Portanto, é bom ficar de olho na atitude da CBF em relação aos movimentos por novas ligas (regionais e nacionais) em centros econômicos de peso. Mesmo em evidência, a Copa do Nordeste não teria, em tese, a garantia após o fim do lastro jurídico. Vide 2003.

Eduardo Batista troca Sport pelo Flu e deixa a Sul-Americana para outro nome

Eduardo Batista confirmado como técnico do Fluminense. Crédito: Site oficial do Fluminense

Às 19h23 desta quinta-feira, o site oficial do Fluminense confirmou Eduardo Batista como novo técnico do clube, firmando um contrato de um ano e meio. A notícia, logo após o empate em Joinville, surpreendeu a cúpula do Sport, que, contatada pela imprensa, recebeu a informação com incredulidade.

O treinador comandou o Leão durante 122 partidas (1 ano e 7 meses)
55 vitorias
30 empates
37 derrotas

Na Ilha do Retiro, o trabalho do filho de Nelsinho resultou em dois títulos (Copa do Nordeste e Estadual, ambos em 2014) e no comando da equipe na primeira divisão, sempre no meio da tabela. Em 2014 e 2015, porém, viveu jejuns na Série A, aumentando a pressão, ora pela falta de peças ora pela estrutura tática desgastada. Apesar do discurso sobre a permanência até dezembro, devidamente bancado pela direção, Eduardo acabou topando um novo projeto.

No Tricolor, Eduardo terá a sua primeira experiência no centro de mídia no país, Rio-SP. No elenco, terá as estrelas Ronaldinho e Fred. Sem dúvida, um trabalho distinto, ainda mais para um profissional em seu segundo ano na função.

Ao Sport, a busca pelo técnico deve ser imediata, faltando menos de uma semana para a disputa contra o Huracán, pela oitavas de final da Copa Sul-Americana. E o discurso do novo nome deve ser afinado 100% com o torneio, o caminho rubro-negro nesta temporada, paralelamente à confirmação na elite.

Alguma ideia sobre o perfil do novo técnico do Leão?

Um medalhão, um emergente, um estrangeiro…? Opine.

Jerôme Valcke, a voz da Fifa nas cobranças à Arena Pernambuco, sai de cena pela porta dos fundos

Jerôme Valcke durante vistoria na Arena Pernambuco em 5 de março de 2013. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

“A Fifa anunciou hoje que o seu secretário-geral Jerôme Valcke foi colocado em licença e liberado de suas funções efetivas imediatamente até novo aviso. Além disso, a Fifa tomou conhecimento de uma série de denúncias envolvendo o secretário e solicitou uma investigação formal pelo Comitê de Ética da Fifa.” 

O afastamento do dirigente um ano após o Mundial de 2014 é emblemático. Ocorreu após as denúncias de que Valcke teria ficado com ingressos da Copa, revendendo ilegalmente com ágio de até 200%, faturando dois milhões de euros, segundo o O Estado de S. Paulo – ato negado pelo francês.

Jerôme Valcke, para quem não lembra, sugeriu um chute no traseiro do Brasil para acelerar as obras. Por mais que a frase não tenha sido bem digerida no país, a declaração se justificou pelo andamento dos estádios. No Recife, ele esteve duas vezes, em 2012 (abaixo) e 2013 (acima). Na primeira visita, a Arena Pernambuco estava em 80%. Na segunda, acompanhado por Eduardo Campos, Geraldo Júlio e Ronaldo, 90%. E só chegou nesse dado por causa do plano de aceleração – que encareceu bastante o empreendimento (até R$ 743 milhões).

26/06/2012
“Há muito trabalho a ser feito, mas tomamos a decisão de aceitar o Recife como sede. Existe a tabela com seis cidades, não só pela beleza, mas com base nos relatórios. Temos a confiança que o estádio ficará mais avançado nos primeiros dias de novembro.” 

05/03/2013
“Estou muito satisfeito com que estou vendo. O governador encontrou as pessoas certas e fez com que as equipes trabalhassem bem. Nenhum estádio pode estar 100% na entrega da obra. Por isso, fazemos testes antes das competições. Recife tem a confiança da Fifa.” 

Esse “alívio” no texto só houve nas rápidas passagens no Recife. Da Suíça, onde coordenou as ações no Brasil, ele teve acesso às imagens via web e aos relatórios enviados quinzenais da obra, sempre com duras cobranças à cúpula do estado, repassadas à Odebrecht e, consequentemente, aos operários.

A Arena foi a última a ficar pronta para a Copa das Confederações, mas fica a impressão sobre o verdadeiro desejo do executivo para a conclusão dos estádios. Um caixa 2 bem debaixo de Joseph Blatter? Pois é. Da postura de “chefe de estado” nas andanças no país, num trato dado pelos políticos pernambucanos, à saída de cena pela porta dos fundos…

Jerôme Valcke durante vistoria na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Podcast 45 (172º) – As metas de Santa, Náutico e Sport até dezembro de 2015

A nova edição do 45 minutos começou com o balanço da Série B, analisando a vitória do Santa Cruz em Varginha, com a matemática para reaproximar o time do G4 e as opções que Martelotte ganhou (sobretudo Bruno Moraes). Antes virar o assunto, um debate sobre a situação de Raniel, que entrou na justiça para deixar o clube. Sobre o Náutico, que empatou em casa com o Atlético-GO, comentamos o distanciamento do time, quase fora da briga – não por acaso, o tema “eleições’ já se tornou realidade. Por fim, o Sport, virando a chave do Brasileiro, na zona da marola após o empate com o Joinville, tendo a Copa Sul-Americana como meta possível até o fim do ano.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!