A torcida coral foi a única a festejar no Recife neste fim de semana. Após um jejum de cinco rodadas, o Santa venceu o Inter, neste domingo, e voltou a subir na classificação. O 45 minutos analisou o jogo (e os desdobramentos na tabela) numa gravação exclusiva. O podcast já havia feito o mesmo com os jogos de sábado, nas duas derrotas locais. Primeiro na Arena, com oito mil torcedores assistindo ao primeiro revés do Timbu como mandante. Num confronto direto pelo G4, o CRB foi superior. Depois, à noite, o Leão até ensaiou um bom resultado, abrindo o placar com Rogério, mas tomou a virada, permanecendo no Z4 (12 de 14 rodadas). Ao todo, 84 minutos. Ouça agora ou quando quiser!
A Torre Eiffel, no Champ de Mars, em Paris, ganhou as cores portuguesas.
O título da Eurocopa teve toda a entrega possível de Portugal, que bateu a França no Saint-Denis com um gol no segundo tempo da prorrogação, com Éder mandando de fora da área. O favoritismo era todo dos Bleus, com uma campanha melhor, com o artilheiro (Griezmann, 6 gols), com o apoio da torcida e ainda mais com a saída prematura de Cristiano Ronaldo, que sofreu uma entrada dura com apenas 18 minutos de bola rolando na decisão.
E quem esperava o time luso retraído, se enganou. Surpreendeu o adversário, criando chances, ainda que tenha tomado um susto daqueles no último lance do tempo regulamentar, com Gignac acertando a trave. No tempo extra, com os atacantes abertos, foi à frente e arrancou a vitória. 1 x 0 para a história, apagando a frustração de 2004, quando sediou o torneio e perdeu a final da Grécia. Nesse tempo todo, CR7 chorou de tristeza, de dor e, enfim, de felicidade. Uma vitória quase sem sua presença, mas ele mesmo avisou…
“Não somos 11, somos 11 milhões!”
Com a conquista continental, Portugal encerra a busca por um título de primeira linha. Já havia sido semifinalista do Mundial em 1966 e 2006 e em outras quatro vezes terminou entre os quatro melhores no Velho Mundo. Agora, o topo.
Tornou-se o 10º país campeão da Euro. Antes tarde do que nunca.
Eram dois times em crise. O Santa Cruz com cinco derrotas seguidas, afundando no Z4, e o Internacional sem vitória há cinco jogos, saindo do G4. Ambos os lados enxergavam o adversário como um objetivo possível, necessário. Finalmente jogando em casa numa tarde de domingo, após 14 rodadas, o tricolor venceu o embate e se recuperou. Fez 1 x 0 completando uma rodada perfeita. Começou no sábado com o empate sem gols entre Coxa e Botafogo. Seguiu à noite, com o Sport perdendo de virada. Já no domingo, pela manhã, foi a vez do Figueirense ser derrotado. Em São Paulo, o América Mineiro foi goleado. Ou seja, todos os concorrentes diretos tropeçaram.
O Santa foi o único a “andar” no fim de semana, chegando a 14 pontos e ficando a apenas 1 da saída da zona de descenso. Isso mesmo. Apesar da série com oito derrotas em nove jogos, o clube ainda se mantém na briga, graças ao ótimo início. Agora, a chance para “recomeçar” na Série A, com uma sequência favorável. No próximo domingo, o América como visitante (com oito pontos, o Coelho deve ser o primeiro rebaixado nesta temporada), e depois o Coritiba em casa. Não dá para se queixar da tabela. Nesse meio tempo, os corais ainda terão o Vasco pela Copa do Brasil (com o dilema de ir ou não à Sul-Americana), mas talvez neste momento o mata-mata sirva de combustível para a equipe, que ao menos vontade demonstrou no Arruda.
Tecnicamente, o time não esteve bem, tampouco o Colorado, com Argel sob justa contestação. O golaço de Keno, no último lance do primeiro tempo, fomentou um jogo de contragolpes na etapa complementar. Nos primeiros quinze minutos, o time criou chances para ampliar, ficando mais precavido depois disso, marcando forte. A bola na trave de Sasha, a dez minutos do fim, foi só mais um susto em uma campanha em busca de dias melhores…
O Náutico foi superado pelo CRB na Arena Pernambuco e chegou a duas derrotas seguidas na Série B, se afastando do G4. Zerando em dois sábados seguidos, o time alvirrubro viu a distância em relação ao grupo de acesso passar de 1 para 6 pontos. Vai ter que remar com muita paciência agora para se reaproximar. O primeiro passo será fora de casa…
Na disputa pela liderança, o Vasco voltou a vencer em São Januário, apesar da queda de rendimento nas últimas rodadas.
A passividade do Sport no segundo tempo em Campinas foi determinante para a 8ª derrota em 14 partidas, se mantendo, como de praxe, na zona de rebaixamento (12 rodadas lá). Foi um time de uma nota só, com lançamentos procurando uma casquinha de Diego Souza para pegar a defesa paulista no contrapé. Defensivamente, um caos, com Serginho (intocável e injustificável) errando botes e se distanciando das jogadas. A sua titularidade, há seis meses, diz muito sobre a má fase leonina, encaminhando uma campanha frustrante.
Durval e Matheus Ferraz não vêm repetindo a performance de 2015, mas o buraco à frente só complica. Rithely jogando por dois, sempre, não dá. E desta vez acabou saindo machucado, na reta final do jogo. Logo depois, o definitivo gol ponte-pretano, 2 x 1. A Macaca, comandado por Eduardo Batista (enfrentando o ex-time), não fez uma grande partida, mas esteve mais ligada, até abusando das faltas (15 x 7, via Footstats), pois em termos de chances foi semelhante na primeira etapa, com Rogério marcando aos 9 e Pottker empatando aos 16.
Na retomada, conforme já comentado, o Leão se contentou logo com o empate. De fato, um pontinho ajudaria, mas a tática adotada passou longe disso. Ao tomar a virada, Oswaldo de Oliveira, claro, se lançou ao ataque, com Edmílson. Sem qualquer organização ou efetividade e com Lenis (também acionado no decorrer) perdido outra vez. Essa foi a 4ª vez que o Sport saiu na frente como visitante neste Brasileiro. Somente na primeira, no Clássico das Multidões, pontuou. Nas demais, perdeu de virada. Não por acaso, tem a segunda pior defesa, com 24 gols sofridos. Tal inoperância é um retrato da gestão.
Apoiado por uma numerosa e barulhenta torcida alagoana na Arena, o CRB venceu o Náutico com autoridade, 3 x 1, com direito a dois golaços por cobertura. O resultado está longe do acaso, sendo o quinto triunfo como visitante em oito apresentações. O rendimento consistente, no Rei Pelé ou fora dele, deixa o time regateano em 3º lugar, abrindo vantagem no G4. Ensaia um acesso há muito aguardado, tendo como última lembrança o Brasileirão de 1984. Neste sábado, volta a Maceió consciente de que jogou mais futebol que o Timbu.
O alvirrubro pernambucano não chegou perto do domínio exercido quando atua como mandante. Sofreu o primeiro revés em casa ao abusar da ligação direta e ao deixar a defesa desguarnecida, com a zaga sempre adiantada, diante de um adversário com um contragolpe rápido. O CRB abriu o placar aos 28, com Gerson Magrão encobrindo Júlio César. Não foi surpresa, pois o visitante vinha insistindo nas bolas enfiadas. Ainda que o empate tenha saído dez minutos depois, com Rony aproveitando um rebote tosco do goleiro, o jogo estava aberto, perigoso. No segundo tempo, Gallo tentou corrigir os problemas acionando Maylson (para fortalecer o meio-campo, espaçado) e Daniel Morais (para prender a bola no ataque e definir melhor as poucas chances).
Não surtiu muito efeito, com o CRB dominando. Fez o segundo gol com Galdezani, que quase não atuou no Sport, e no fim fechou o placar com Roger Gaúcho, o meia vice-campeão nordestino pelo Campinense. Num lance semelhante ao primeiro gol. Linha burra e conclusão por cima. Permanecendo com 21 pontos, a torcida local viu a zona de classificação se distanciar, de 4 para 6 pontos. E só não ficou pior porque o Ceará conseguiu perder do Tupi. De toda forma, o hiato parece maior ao ser relacionado com o futebol descendente do time, com apenas uma vitória nas últimas sete rodadas…
O Rei Pelé segue como o maior ídolo no futebol dos brasileiros. É o que aponta uma pesquisa do Ibope produzida em 2016, com respostas espontâneas. Entretanto, o que já foi a suprema maioria da torcida do país hoje representa apenas 13%. O tricampeão mundial (58, 62 e 70), hoje com 76 anos, é seguido de perto por Neymar e Zico, ambos com 10%, numa lista com outras surpresas midiáticas. O argentino Lionel Messi, em 5º lugar, e o português Cristiano Ronaldo, em 7º, são os estrangeiros presentes entre os 14 principais nomes, divulgados pelo diretor-executivo do Ibope-Repucom, José Colagrossi.
A liderança de Pelé e a ascensão de craques do “presente” são sinais das faixas etárias pesquisadas. Com a renovação da população, diminui a parcela de pessoas que viram Pelé, in loco ou na tevê (uma dura concorrência atual).
Obs 1. O quadro mediu a idolatria, com o “melhor jogador” em outra questão.
Obs 2. Entre os brasileiros eleitos pela Fifa como melhor do mundo, só Rivaldo não foi lembrado: Ronaldo 9%, Ronaldinho 3%, Kaká 2% e Romário 2%.
Obs 3. Também chama a atenção as citações de Ceni, Marcos e Sócrates, indicando uma visão clubista em São Paulo, epicentro das pesquisas no país.
Numa ação para aproximar a direção da torcida, o Santa Cruz lançou o espaço “Conversa com o Presidente”, com vídeos produzidos pela TV Coral com depoimentos de Alírio Moraes. A primeira versão, gravada no Arruda, foi separada em dois arquivos distintos, abrindo com a relação de Alírio como torcedor do clube, desde a década de 1970, e encerrando com a gestão do clube e a mudança no patamar financeiro, de R$ 15 mi para até R$ 40 milhões este ano. O rendimento do time de futebol, claro, foi avaliado.
Em seu segundo ano como mandatário (foi eleito para um triênio), Alírio se mostra aberto a entrevistas, coletivas e exclusivas. A iniciativa corporativa (tanto através de vídeos quanto textos, notas etc) também é interessante, embora o questionamento seja, compreensivelmente, diferente. De toda forma, é mais um canal para ouvir o presidente tricolor, independentemente da fase…
A menos de um mês para os Jogos do Rio de Janeiro, o 45 minutos apresenta o seu mais novo programa: o Podiocast. A primeira edição, com mais de duas horas, girou em dois temas, o peso psicológico de atuar em casa para os brasileiros e as principais chances de medalha de ouro para o país em 2016. No programa, outros assuntos como narrações históricas, os grandes atletas e episódios inesquecíveis na Olimpíada. Sempre com debate e números.
Neste projeto olímpico, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade, Rafael Brasileiro e de dois novos integrantes, Cabral Neto e Lucas Fitipaldi. A ex-nadadora e psicóloga esportiva Isabela Amblard foi a convidada.
Uma potência em busca de uma nova conquista diante do seu povo. Um coadjuvante de respeito querendo a primeira taça de sua história.
O Stade de France vai abrigar, em 10 de julho, a decisão da Eurocopa 2016, com a França de Antoine Griezmann, o artilheiro desta edição, com 6 gols, e Portugal de Cristiano Ronaldo, o maior goleador da história do torneio, com 9 tentos. As jornadas foram bem contrastantes, com os Bleus superiores em quase todas as apresentações. Apenas no encerramento da fase de grupos, já classificados, pisaram no freio e ficaram num empate sem gols com a Suíça.
No mata-mata, a França avançou com tranquilidade, com direito a um triunfo sobre a atual campeã mundial. Vai em busca do tricampeonato, com a força do “mando”. Disputando torneios oficiais em casa, são 17 jogos de invencibilidade. Não por acaso, é o último anfitrião campeão europeu (1984) e campeão mundial (1998). Mais: venceu o adversário lusitano nos últimos dez jogos, numa série iniciada em 1978! Contra todas essas estatísticas, os portugueses tentam preencher a lacuna de 2004, quando sediaram a Euro e, com a sua melhor geração, deixaram a taça escapar numa zebraça comandada pelos gregos. Presente naquele ano, CR7 chega como protagonista, com três gols em 2016, decidindo a semi contra Gales do companheiro Bale. Foi a primeira vitória categórica de um time recheado de empates, jogando no limite.
A 15ª decisão europeia mantém a tradição de finais distintas na competição. Até hoje, apenas uma repetição, com alemães e tchecos em 1976 e 1996. Ainda assim, há a ressalva da unificação alemã e da separação tcheca no período.
As campanhas dos finalistas de 2016 França 5 vitórias, 1 empate, nenhuma derrota, 13 GP, 4 GC
Todas as finais da Euro 1ª) 1960 – União Soviética 2 x 1 Iugoslávia (Paris, França) 2ª) 1964 – Espanha 2 x 1 União Soviética (Madri, Espanha) 3ª) 1968 – Itália x Iugoslávia: 1 x 1 (Roma, Itália) e 2 x 0 (Roma, Itália) 4ª) 1972 – Alemanha Ocidental 3 x 0 União Soviética (Bruxelas, Bélgica) 5ª) 1976 – Tchecoslováquia (5) 2 x 2 (3) Alemanha Oc. (Belgrado, Iugoslávia) 6ª) 1980 – Alemanha Ocidental 2 x 1 Bélgica (Roma, Itália) 7ª) 1984 – França 2 x 0 Espanha (Paris, França) 8ª) 1988 – Holanda 2 x 0 União Soviética (Munique, Alemanha) 9ª) 1992 – Dinamarca 2 x 0 Alemanha (Gotemburgo, Suécia) 10ª) 1996 – Alemanha 2 x 1 República Tcheca (Londres, Inglaterra) 11ª) 2000 – França 2 x 1 Itália (Roterdã, Holanda) 12ª) 2004 – Grécia 1 x 0 Portugal (Lisboa, Portugal) 13ª) 2008 – Espanha 1 x 0 Alemanha (Viena, Áustria) 14ª) 2012 – Espanha 4 x 0 Itália (Kiev, Ucrânia) 15ª) 2016 – França x Portugal (Saint-Denis, França)
* Rússia herdou o histórico da União Soviética
** Alemanha herdou o histórico da Alemanha Ocidental *** República Tcheca herdou o histórico da Tchecoslováquia*
*** Sérvia herdou o histórico da Iugoslávia
O campeão europeu deverá enfrentar o Chile, o campeão da Copa América Centenário, num duelo intercontinental promovido pela Conmebol e pela Uefa…